quinta-feira, 12 de setembro de 2013

21 de Dezembro de 2012

21 DE DEZEMBRO DO ANO DE 2012

O imperceptível há de tornar-se perceptível, por aqueles que são limpos de mão e puros de coração, e aguardam ansiosamente o dia da revelação do Filho do homem

NASCIMENTO DO PAREPA, PArtido da REconstrução do PAraíso. Horário: 20:00 Horas

LOCAL: Igreja Evangélica Obras do Espírito Santo. Localização: Jardim Guanabara, cidade de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, País Brasil, Hemisfério Sul, Continente Latino-Americano, Planeta Terra. 

PRESENÇA: Quatorze corpos-espíritos em busca de uma nova sociedade, livre de toda e qualquer opressão.

MODELO A SER SEGUIDO EM TODA A TERRA

TRÊS HINOS FORAM CANTADOS. 169 por Jonathan; 577 por Osvaldo; 187 por Agnaldo.

LEITURA DA PALAVRA POR SILVIO: Jó 2.7

Após a abertura dos trabalhos com uma oração, então Pastor Luiz Baldez faz uso da Palavra e por cerca de meia hora expressa a sua esperança e confiança na chegada de um novo tempo. Com tino diz que ficou difícil falar de política, tanto é a podridão no seu meio. Mas enfatiza que este Encontro que está acontecendo no espaço da Igreja Obras do Espírito Santo dirigida por ele é sobre outra e nova política, a Teocracia de Deus. Enfatiza que ao contrário da política feita pelos homens que é jogo de interesse, de puro interesse, a Teocracia de Deus se revela a verdadeira política, pois se resume ao serviço. Ao serviço em prol da sociedade, e com especificidade ao serviço com os necessitados. A Teocracia de Deus trás inquebrantável a ética, a moral, e o respeito a toda a diversidade de que se compõe a sociedade. Deus não é um particular, mas um universal. Deus é O Universal, assim como expressado por Mestre Ekhart, Hegel, Teilhard de Chardin e por Pietro Ubaldi.

Após meia hora com explanações que enfatizam a proximidade do Reino, e não economizando palavras que a organização é fundamental, é preciso criar a base sobre a qual se levantará todo o edifício do novo partido, entrelaçar e harmonizar as suas diferentes organizações de poder que trará a libertação, a libertação de modelos político-econômicos que se revelaram predadores, não só da natureza como do espírito, passa então a palavra para Adamir Gerson para que fale sobre a criação do Parepa neste dia de 21 de dezembro, que, como ele mesmo diz convicto de esperança, será um dia histórico.

Capítulo Primeiro

Adamir Gerson em tom de oração: Ao nosso Pai amado: sejas louvado hoje e eternamente. E se dirige aos presentes: “Saudações e agradecimentos a todos os irmãos que ouviram o chamado do Pastor Baldez e aqui se fizeram presente. Vamos pedir a Deus que nos dê uma noite abençoada e quando estivermos saindo daqui, para as nossas casas, que a nossa saída seja como a de Abraão do Egito, rico, riquíssimos, da graça de Deus e do conhecimento da sua santa e bendita Palavra”.

E prossegue com a palavra: “No final da década de 70 aconteceu no ABC paulista, mais precisamente que na cidade de São Bernardo do Campo, o pipocar das greves operárias. Os trabalhadores estavam sendo oprimidos pelo patronato e decidiram fazer a greve como forma de sua luta e de suas reivindicações. E realizavam as suas assembléias no estádio de Vila Euclides. Dezenas de milhares de trabalhadores se reuniam no Estádio de Vila Euclides para ouvir um desconhecido líder sindical, barbudo, com a voz rouca, chamado Luis Inácio, que mais tarde veio se tornar Presidente da República Federativa do Brasil.

“Mas surgiu a reação dos militares, da ditadura militar, e os trabalhadores foram impedidos de continuar no Estádio de Vila Euclides. Sem ter para onde ir então um frade que acompanhava todos aqueles acontecimentos com esperança, Frei Beto, indicou a igreja matriz de São Bernardo do Campo lugar em que continuariam com as suas assembléias de operários. De modo que foi por entre os bancos da igreja matriz de São Bernardo do Campo, na discussão de operários, que o então metalúrgico Lula nasceu como líder político.

“E aquele frade no meio deles, Frei Beto, homem de fé, profundo conhecedor das Escrituras, naqueles dias em que Lula nascia politicamente e naqueles dias de nascimento do PT não teve a menor dúvida de que aquelas gigantescas greves ocorridas no ABC paulista e que tiveram desfecho político na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo, transformando um líder operário em um líder político, tudo aquilo foi cumprimento de profecia. Para Frei Beto aqueles acontecimentos não foram outra coisa senão que a mulher gloriosa de Apocalipse 12 dera à luz ao seu filho varão com a missão de governar todas as nações com vara de ferro. A mulher gloriosa era a Igreja Matriz de São Bernardo do Campo e o filho varão era o operário iletrado Lula. Luta tinha um histórico de vida que fazia lembrar em muito a José do Egito, posto governante do Egito por Deus, e quem mais poderia ser o filho varão com a missão de governar as nações da terra senão Lula? Uma verdade: a reação da ditadura militar, tentando impedir aquele nascimento novo no Brasil, para Frei Beto não era outra coisa senão a reação do dragão, lutando para tragar o filho varão.

E Adamir Gerson prosseguia com a palavra, endereçando-a aos presentes: “Mas, façamos a pergunta: Apocalipse 12 se cumpriu realmente naquele final da década de 70 e início da década de 80, como creu Frei Beto? A Igreja Matriz de São Bernardo do Campo foi mesmo a mulher gloriosa de Apocalipse 12 e Lula o seu filho?

“As esperanças de Frei Beto não foram em vão. E aqueles acontecimentos operários que tiveram desfecho político na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo foi mesmo um parto divino; mas o que nascia naquele dia era Esaú. Aquele operário barbudo, nascendo politicamente numa igreja vermelha, a Teologia da Libertação, e sendo por ela posto nas fraldas vermelhas do Marxismo, o que se deu naqueles dias foi o nascimento de Esaú.

“Do Esaú que incapacitado de retirar do mato o alimento de sua sobrevivência, por indolência, preguiça ou lá o que for, barganhou o que tinha de mais sagrado, a primogenitura, por um prato de comida. Desprezou uma dádiva dada por Deus: ‘De que me vale a primogenitura se simplesmente estou morrendo de fome? De que nos vale a ética, de que nos vale a moral, se não temos o poder? Bradavam o Esaú Lula e PT. E assim trocaram a ética, a moral, o embasamento espiritual que fez muitos olharem para o PT e Lula naquele início da década de 80 com confiança no futuro, sim, trocaram a primogenitura, o que era primeiro, o alicerce de todo agir, pelo prato de lentilhas do poder, como costumava dizer Leonel Brizola.

“O PT se esvai... como se esvaiu Esaú... e o futuro que o aguarda, e está bem perto, já batendo às portas, é o choro amargo de Esaú por ter tido tudo e ficado sem nada...

“Mas, passado quase trinta e quatro anos, podemos dizer que não foi naqueles dias, mas é hoje, neste dia 21 de dezembro do ano de 2012, que a mulher gloriosa de Apocalipse 12 está dando à luz ao seu filho que há realmente de governar a terra com vara de ferro. Não foi o PT, como creu piamente Frei Beto, Leonardo Boff, e todos os teólogos ligados à Teologia da Libertação, de que o PT iria criar um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz, mas é o PAREPA nascendo no dia de hoje. Aqui, numa igreja simples, freqüentada por pessoas simples, boa parte recuperada das drogas e do crime, como foi o testemunho do jovem Jefferson, que testemunhou faz dois meses o Evangelho o resgatou do crime no Estado do Paraná, e está se recuperando dos seus traumas, e do jovem Jonathan que disse faz quatro dias deixou a penitenciária de Caiuá, depois de se envolver com o crime do tráfico. Aqui não tem os holofotes que cercaram a igreja matriz de São Bernardo do Campo, com aquele nascimento sendo literalmente televisado para o Brasil e o mundo. Ninguém sabe de nada do que está acontecendo aqui nesta noite, aqui na igreja Obras do Espírito Santo, a não ser este grupo pequeno de pessoas e seguramente Deus, que está no nosso meio.

“E será este nascimento, e não aquele quem irá realmente criar um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz. Porque ao contrário daquele nascimento, que nascia desligado do Alto, confiando no poder e na capacidade de homens, este nasce ligado à Transcendência, confiando, não no seu poder, mas no poder e na capacidade de Deus. É Deus, através de instrumentos de carne, quem irá construir um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz. Fazer com que a terra inteira viva debaixo da graça e do amor de seu filho Jesus Cristo.

“E para finalizar quero dizer: Se o PT foi capaz de trocar ética e a moral pelo prato de lentilhas do poder, a ética e a moral serão os instrumentos com os quais o PAREPA construirá o poder. Resultando num poder limpo e transparente, que há de enxugar todas as lágrimas, as lágrimas do desempregado, as lágrimas dos lares destruídos, as lágrimas da mãe que no lugar de ver o filho na escola o vê numa penitenciária, as lágrimas da Terra que chora por causa da depredação que se faz contra os seus recursos naturais. E quando lá no pólo norte uma calota de gelo se derrete é uma lágrima que escorre por sua face...”

E Pastor Luiz Baldez retoma novamente a palavra. E ao estar mais uma vez falando da Teocracia de Deus, que o que o move a acreditar no PAREPA é que se trata de uma nova política, portadora dos valores do Reino, então Adamir Gerson abre a Bíblia no livro do Apocalipse e pede para o jovem Jefferson fazer a leitura do verso 15 ao verso 18 no capítulo 11. E após a leitura, Adamir Gerson retoma a palavra.

Capítulo Segundo

Estamos aqui a dizer que tem chegado o tempo do reinado de Cristo. A leitura da Palavra feita pelo irmão Jefferson não deixa nenhuma dúvida quanto ao governo de Cristo. Mas, é preciso esclarecimentos para que a chegada deste grande momento na história da humanidade seja compreendida em toda sua magnitude.

“No ano de 1823 o inglês John Acquila Brown publicou o livro The Even-Tide, que quer dizer A Noite. E ele fez constar no livro uma profecia que podemos dizer se cumpriu ao pé da letra. Tomando como ponto de partida a destruição de Jerusalém por Nabucodonozor, que datou no ano 604ª.c, e interpretando os sete tempos que aparecem no livro do profeta Daniel (1) como um período profético de 2520 anos, período profético que ele entendeu seria o tempo exato em que o trono de Deus permaneceria vago, sendo seu último rei Zedequias, ora, Brown concluiu simplesmente que no ano de 1917 Israel iria se manifestar no seu estado pleno. Literalmente que neste ano iria ser estabelecido novamente a Teocracia de Deus, agora sublimada. Literalmente o reino messiânico visionado por todos os profetas, em especial por Isaías.” E Adamir Gerson se dirige aos presentes e faz a pergunta: “Alguns dos irmãos que estão aqui nesta noite sabe responder o que de importante aconteceu no ano de 1917 ligado a profecia de Brown?” Dirige-se a um e a outro com a pergunta. E quando aponta para Carlos Batista, celestial de longa data, ele responde: “A revolução russa!”

“Sim, a revolução russa. A revolução russa foi o acontecimento que deu cumprimento cabal ao profetismo de John Acquila Brown. O governo que se estabeleceu na Rússia naquele final da década de 10 e início da década de 20, que expropriou a riqueza dos poderosos e os mandou embora, de mãos vazias, com os oprimidos se saciando plenamente, aquele governo encabeçado por Lênin foi sim o cumprimento da profecia constante no livro The Even-Tide.

“Mas, como tem muitos estudiosos da Palavra de Deus que conhecedores da profecia de John Acquila Brown reconhecem que ela realmente foi verdadeira; um vaticínio que se cumpriu realmente naquele ano de 1917, apenas que se toma outro acontecimento, a Declaração Balfour, documento assinado pelo chanceler inglês que outorgava de forma oficial o direito dos judeus retornarem ao antigo lar de seus antepassados e reconstruir ali para si um “Lar Nacional”, ora, qual dos dois acontecimentos seja o verdadeiro? A mente lógica irá dizer: se foi a Declaração Balfour não pode ter sido a revolução russa; e seu foi a revolução russa não pode ter sido a Declaração Balfour”.

E Adamir Gerson prossegue nos seus esclarecimentos, dizendo: “Realmente as mentes tem ficado confusas sobre estes dois acontecimentos frente à profecia de Brown. E posso dizer que tem chegado o tempo de tudo ser devidamente esclarecido. Ora, no dia 2 de novembro do ano de 1917 o chanceler britânico, Lorde Balfour, assinou a histórica Declaração, permitindo aos judeus retornar ao antigo lar de seus antepassados, deixando de ser peregrino entre as nações, de ser enxotados de governo a governo; e neste mesmo período doze líderes bolcheviques se reuniram e decidiram fazer a revolução, uma revolução que iria dar aos oprimidos um lar nacional, o socialismo, com eles deixando de peregrinar de emprego em emprego, de ser enxotado de patrão a patrão.

“O que foi isso?", pergunta Adamir Gerson aos presentes, e ele mesmo responde: “Foi que naquele final do ano de 1917 deu-se na terra o aparecimento do fruto do Reino. O que é um fruto? Ora, planta-se a semente; e ela morre para nascer uma arvore, e futuramente quando aparece o fruto junto com ele re-aparece também a sua respectiva semente. Isto explica porque o advento do socialismo na terra o mesmo foi gestado entre o povo judeu. Marx, Engels, Lênin, Trotsky, Kamenev, Zinoviev, eram judeus. Dos doze líderes bolcheviques que participaram do histórico encontro que decidiu a revolução sete deles eram judeus; e do órgão máximo da Revolução, Comissário do Povo, das 556 cadeiras 457 eram ocupadas por judeus.

“Mas, é preciso mais este esclarecimento: aquele governo, voltado para o socialismo, que se estabeleceu na Rússia naquele final da década de 10 e início da década de 20 foi mesmo o governo do Reino, mas pelo lado da lei. Ele reviveu Moisés, o judaísmo. Por isso a história do Lênin foi repetição puro e simples da história de Moisés. Mas, futuramente o governo do Reino iria reviver Jesus. Seria então um novo tempo, um novo socialismo a ser construído, não mais pelo poder do fuzil e da baioneta, mas agora pelo poder do Evangelho. Pelo poder da Palavra de Deus. Todos iriam compreender a real vontade de Deus, na alegria do espírito, se entregando a ela: a construção de uma terra em que todos são realmente iguais, se relacionando como irmãos, cada qual tendo segundo as suas necessidades. Transformando e convertendo, aos poucos e progressivamente, o reino da opressão iria se transformando em reino de Jesus Cristo.”

E concluiu Adamir Gerson: “Bem tem feito o Pastor Baldez ao falar que o que está nascendo nesta noite, aqui na Igreja Obras do Espírito Santo, é a Teocracia de Deus. Porque o socialismo foi realmente Teocracia de Deus. Quer queiram quer não, foi cumprimento da Palavra de Deus. Oculto, invisível a todos, a comunistas, a católicos, a evangélicos, a capitalistas, todavia o socialismo foi mesmo Teocracia de Deus. O início do reino messiânico davídico sobre a terra, a verdadeira visão que teve John Acquila Brown naquele ano de 1823. E hoje, dia 21 de dezembro do ano de 2012, aqui no espaço da Igreja Obras do Espírito Santo, a Teocracia de Deus está se revelando em nova figura de espírito, no lugar da Ditadura do Proletariado, a revivência da Lei, eis agora a Democracia de Jesus, a revivência da Graça; no lugar do Partido Comunista, que quis construir na terra o Paraíso sem Deus, eis agora o PAREPA, que há de construir o Paraíso sob domínio absoluto do Todo-Poderoso, numa íntima ligação com a Transcendência; entre céu e terra.”

E Pastor Luiz Baldez retoma a palavra, dizendo: “Irmão Gerson, não é bom pararmos? Muitas informações podem ter o efeito de confundir. Não é melhor passarmos a mensagem em sucessivas reuniões?” Adamir Gerson: “Sim. Vou apenas abordar mais um tópico que creio não pode ficar para trás fora deste dia”.

Capítulo Terceiro

De modo que Adamir Gerson prossegue, dizendo: “Na metade do século passado, com o aparecimento da Teologia Humanista, uma geração inteira de teólogos que se acordou para os graves problemas sociais e políticos da sociedade, a luta por transformações não podia ser atributo só do povo socialista, mas o povo cristão tinha também a obrigação de se inserir nela, a verdade é que não tardou e houve o confronto entre as duas concepções. De modo que os de mentalidade teológica afirmavam que a História possuía reducionismo teológico absoluto. A História era cristofinalizada. Mas os de mentalidade antropológica, vide o povo socialista, negavam por completo que a História pudesse ter reducionismo teológico absoluto e fosse cristofinalizada. Como nenhuma das partes conseguiu provar a sua tese, a questão foi protelada, jogada para o futuro. O futuro iria decidir quem, então, estava com a verdade.

“E a verdade é que estamos aqui para causar o desempate. E afirmar com embasamentos necessários que aqueles que defenderam que a História possuía reducionismo teológico absoluto e era cristofinalizada estiveram com a verdade. A História realmente possui reducionismo teológico absoluto e é mesmo cristofinalizada. Ela nasceu do Cristo e tende para o Cristo.

“A História vai de Paraíso a Paraíso. Todo o devir histórico não foi outro senão que o Paraíso estava sendo gestado no ventre da História. O retorno de Eva se deu com a religião cristã, e o retorno de Adão, com o socialismo. O que está acontecendo neste dia 21 de dezembro do ano de 2012 é tão somente que Adão e Eva estão principiando a se manifestar juntos, em um só corpo, um só espírito. Antes deste dia de 21 de dezembro podemos dizer a humanidade caminhou na noite escura da pré-história, em que o homem foi lobo do próprio homem, mas a partir de home, deste dia em diante, a humanidade estará caminhando na luz da História. Na libertação de Ciro aqueles receberam a missão de reconstruir Jerusalém, e hoje, na libertação do Ciro Maior, Jesus Cristo, presente aqui no meio de nós, eis que estamos recebendo a missão para reconstruir o Paraíso de Deus e introduzir nele uma humanidade que foi lavada, remida no sangue do Cordeiro, para que ocupe as moradas eternas que o filho do carpinteiro um disse as iria construir para os seus. Deus nosso Pai seja hoje e eternamente louvado!”

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Invasões americanas mundo afora

Reproduzo levantamento feito por Alberto da Silva Jones, publicado em 2007 no sítio do Centro de Mídia Independente/Brasil: 

Entre as várias invasões que as forças armadas dos Estados Unidos fizeram nos séculos XIX, XX e XXI, podemos citar:


1846/1848 - México - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;


1890 - Argentina - Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos;

1891 - Chile - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;

1891 - Haiti - Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;

1893 - Hawai - Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;

1894 - Nicarágua - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;

1894/1895 - China - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;

1894/1896 - Coréia - Tropas permanecem em Seul durante a guerra;

1895 - Panamá - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;

1898/1900 - China - Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;

1898/1910 - Filipinas - Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;

1898/1902 - Cuba - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;

1898 - Porto Rico - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos;

1898 - Ilha de Guam - Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;

1898 - Espanha - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;

1898 - Nicarágua - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;

1899 - Ilha de Samoa - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;

1899 - Nicarágua - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);

1901/1914 - Panamá - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;

1903 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;

1903/1904 - República Dominicana - Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;

1904/1905 - Coréia - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;

1906/1909 - Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;

1907 - Nicarágua - Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;

1907 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;

1908 - Panamá - Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;

1910 - Nicarágua - Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;

1911 - Honduras - Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;

1911/1941 - China - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;

1912 - Cuba - Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;

1912 - Panamá - Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;

1912 - Honduras - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;

1912/1933 - Nicarágua - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;

1913 - México - Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;

1913 - México - Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;

1914/1918 - Primeira Guerra Mundial - EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;

1914 - República Dominicana - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;

1914/1918 - México - Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;

1915/1934 - Haiti - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;

1916/1924 - República Dominicana - Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;

1917/1933 - Cuba - Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;

1918/1922 - Rússia - Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;

1919 - Honduras - Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;

1918 - Iugoslávia - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;

1920 - Guatemala - Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;

1922 - Turquia - Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;

1922/1927 - China - Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;

1924/1925 - Honduras - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;

1925 - Panamá - Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;

1927/1934 - China - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;

1932 - El Salvador - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN -
comandadas por Marti;

1939/1945 - II Guerra Mundial - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;

1946 - Irã - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;

1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;

1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;

1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;

1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;

1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;

1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;

1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;

1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;

1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;

1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;

1961/1975 - Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;

1962 - Laos - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;

1964 - Panamá - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;

1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;

1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;

1969/1975 - Camboja - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;

1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;

1975 - Camboja - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;

1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;

1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;

1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;

1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;

1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;

1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;

1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.

1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;

1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;

1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;

1992/1994 - Somália - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;

1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;

1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;

1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;

1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;

1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;

2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");

2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;

2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.


* Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadiam países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em nome da "democracia" (deles).

Nota do perfil "Porra Serra":
Como o levantamento acabou em 2007, acrescentei:
2011 - Líbia
Ataques norteamericanos com VANTS (Veículos Aérios Não Tripulados): Síria, Iêmen, Paquistão, Somália, Irã, Afeganistão e Iraque.

A real história dos EUA

MUNDO: Levantamento de países invadidos pelos Estados Unidos


A direita brasileira, marionete de Washington. costuma repetir ad infinitum que "o perigo são os russos", e em alguns mesmo os chineses. Estudo feito em 2007 faz um levantamento de países invadidos pelos Estados Unidos, o mais imperialista de todos os países.


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Reproduzo levantamento feito por Alberto da Silva Jones, publicado em 2007 no sítio do Centro de Mídia Independente/Brasil: 

Entre as várias invasões que as forças armadas dos Estados Unidos fizeram nos séculos XIX, XX e XXI, podemos citar:

1846/1848 - México - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;

1890 - Argentina - Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos;

1891 - Chile - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;

1891 - Haiti - Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;

1893 - Hawai - Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;

1894 - Nicarágua - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;

1894/1895 - China - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;

1894/1896 - Coréia - Tropas permanecem em Seul durante a guerra;

1895 - Panamá - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;

1898/1900 - China - Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;

1898/1910 - Filipinas - Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;

1898/1902 - Cuba - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;

1898 - Porto Rico - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos;

1898 - Ilha de Guam - Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;

1898 - Espanha - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;

1898 - Nicarágua - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;

1899 - Ilha de Samoa - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;

1899 - Nicarágua - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);

1901/1914 - Panamá - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;

1903 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;

1903/1904 - República Dominicana - Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;

1904/1905 - Coréia - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;

1906/1909 - Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;

1907 - Nicarágua - Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;

1907 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;

1908 - Panamá - Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;

1910 - Nicarágua - Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;

1911 - Honduras - Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;

1911/1941 - China - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;

1912 - Cuba - Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;

1912 - Panamá - Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;

1912 - Honduras - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;

1912/1933 - Nicarágua - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;

1913 - México - Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;

1913 - México - Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;

1914/1918 - Primeira Guerra Mundial - EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;

1914 - República Dominicana - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;

1914/1918 - México - Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;

1915/1934 - Haiti - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;

1916/1924 - República Dominicana - Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;

1917/1933 - Cuba - Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;

1918/1922 - Rússia - Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;

1919 - Honduras - Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;

1918 - Iugoslávia - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;

1920 - Guatemala - Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;

1922 - Turquia - Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;

1922/1927 - China - Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;

1924/1925 - Honduras - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;

1925 - Panamá - Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;

1927/1934 - China - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;

1932 - El Salvador - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN -
comandadas por Marti;

1939/1945 - II Guerra Mundial - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;

1946 - Irã - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;

1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;

1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;

1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;

1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;

1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;

1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;

1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;

1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;

1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;

1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;

1961/1975 - Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;

1962 - Laos - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;

1964 - Panamá - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;

1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;

1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;

1969/1975 - Camboja - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;

1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;

1975 - Camboja - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;

1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;

1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;

1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;

1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;

1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;

1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;

1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.

1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;

1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;

1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;

1992/1994 - Somália - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;

1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;

1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;

1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;

1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;

1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;

2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");

2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;

2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.


* Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadiam países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em nome da "democracia" (deles).

Nota do perfil "Porra Serra":
Como o levantamento acabou em 2007, acrescentei:
2011 - Líbia
Ataques norteamericanos com VANTS (Veículos Aérios Não Tripulados): Síria, Iêmen, Paquistão, Somália, Irã, Afeganistão e Iraque.