segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Arvore do Sonho de Nabucodonozor

A Árvore do Sonho de Nabucodonozor

Relata o livro do profeta Daniel um sonho tido pelo rei Nabucodonozor. O rei, depois de chamar os sacerdotes-magos e os conjuradores que havia no império, bem como os astrólogos, para que dessem uma interpretação, finalmente fez entrar até si a Daniel. E relatou a Daniel o sonho que tivera.

E eis que havia uma árvore no meio da terra, sendo enorme a sua altura. A árvore tornou-se grande e ficou forte, e a própria altura dela por fim atingiu os céus, e ela era visível até a extremidade da terra inteira. Sua folhagem era bela e seu fruto abundante, e havia nela alimento para todos. Debaixo dela os animais do campo procuravam sombra e nos seus galhos habitavam as aves dos céus, e toda a carne se alimentava dela.

Façamos a pergunta: quem seria esta árvore do sonho profético do rei Nabucodonozor? Podemos afirmar categoricamente que seja o socialismo? Afinal o socialismo começou pequeno, como começa toda árvore, e foi crescendo, crescendo, e finalmente chegou a ser visto literalmente até na extremidade da terra... E sua folhagem era bela... E seu fruto abundante... E nele havia alimento para todos...

E Nabucodonozor prosseguindo narrando o sonho então diz que eis que havia um vigilante, sim, um santo, descendo dos próprios céus. E ele clamava em voz alta e dizia o seguinte: Derrubai a árvore e cortai-lhe os galhos. Sacudi a sua folhagem e espalhai os seus frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus galhos.

Quem seria este vigilante, sim, este santo, que o rei viu no seu sonho descendo dos céus e clamando para que a árvore fosse derrubada? Podemos afirmar que estamos diante de João Paulo II? João Paulo II teria sido este vigilante, sim, este santo?

A árvore ele clamou para que fosse derrubada, contudo disse que era para deixar na terra o seu toco, preso com banda de ferro e de cobre.

O que é isso? O que é esse toco que foi deixado na terra? Por ventura que teria sido Cuba? Afinal o socialismo desmoronou na terra inteira, contudo continuou na ilha de Cuba...

Isso explica o colóquio havido entre o Papa João Paulo II e o presidente Fidel Castro? Entre o Papa e a Santa Sé e o dirigente máximo da revolução cubana?

Ora, sabemos que João Paulo II foi duro com todos os regimes comunistas da terra, no entanto com relação a Cuba teve reação completamente diferente. Não somente elogiou o sistema de Cuba, que segundo o Pontífice cuidava do povo, como até mesmo elogiou o internacionalismo de Cuba, segundo João Paulo II era feito para ajudar os povos. Mais do que isso, em visita aos Estados Unidos, em Miami, os exilados cubanos fizeram ao Papa dois pedidos, que fossem recebidos por ele e que ele visitasse a Virgem da Caridad del Cobre, padroeira de Cuba e que eles erigiram em Miami para lançar sobre ela seus pedidos. E João Paulo II não somente se recusou a recebê-los como se recusou a visitar a Virgem da Caridad Del Cobre, frustrando os anticastristas que por ocasião da beatificação do Papa lançaram discursos inflamados contra argumentando que um Papa que não condenou o comunismo de Cuba na merecia ser beatificado.

E na histórica visita que fez a Cuba quando sobrevoava a Flórida então repórteres quiseram saber dele o que achava de Che Guevara. E João Paulo II disse que deixava os mistérios de Che Guevara para Deus, mas que tinha convicção de que Che Guevara foi um homem que se dedicou ao serviço com os pobres. E em Cuba, diante das suas autoridades, eclesiásticas e políticas, então João Paulo II fez um chamado a um diálogo profundo e fecundo entre crentes e não crentes (leia-se comunistas), cuja finalidade era comum, servir ao homem. Mais do que isso, que falou até mesmo em síntese cultural entre os cristãos da ilha e os comunistas.

Como explicar esse colóquio entre o regime cubano e o Papa João Paulo II? Ao ponto de que Fidel Castro, numa entrevista que deu ao jornal Clarín, em 96, disse que o mundo estaria em boas mãos se estivesse nas mãos do Papa João Paulo II? Teria sido por causa da profecia, que preservou o toco da árvore na terra, muito embora que preso por banda de ferro e de cobre que sabemos foi sim a continuação do embargo, não questionada de forma clara por João Paulo II, pois que foi o próprio vigilante, sim, o próprio santo quem disse que era para deixar o toco da árvore na terra, todavia preso com banda de ferro e de cobre?

Mas o assunto não deve parar aí. Temos de avançar no desvendamento dos seus mistérios porque já chegou o tempo e não haverá mais demora. Ora, sabemos que o rei Nabucodonozor, pela altivez e o orgulho, acabou sendo expulso de entre a humanidade, e a sua morada passou a ser entre os animais do campo e começou a comer vegetação entre os touros.

O que teria sido isto? Por ventura que uma referência direta aos comunistas cujo reino se afastou deles de modo que estariam de modo espiritual, morando com os animais do campo e se alimentando de vegetação como a touros? No caso específico do Brasil não podemos dizer que Aldo Rebelo e os comunistas que fazem parte do governo do PT foram expulsos de entre a humanidade e estariam comendo vegetação como a touros? O polêmico projeto de defesa florestal que teve como responsável Aldo Revelo não revela isto? Exatamente como está na profecia segundo a qual Nabucodonozor veio ter o entendimento mudado, passando a morar e a viver com os animais selváticos da terra que são homens com comportamento animal e não humano?

Ora, Nabucodonozor trás um depoimento que nos ajuda a alavancar as esperanças. Diz ele que ao fim dos dias levantou os olhos ao céu e o seu próprio entendimento passou a retornar a ele. E ele bendisse o próprio Altíssimo, louvou e glorificou Aquele que vive por tempo indefinido. De modo que no mesmo instante, para a dignidade do seu reino, começaram a retornar a ele a majestade e o esplendor, e ate mesmo os seus altos funcionários e os seus grandes começaram a procurá-lo ansiosamente, de modo que ele foi restabelecido no próprio reino e foi lhe acrescentado extraordinária grandeza.

O que seria isso? Por ventura que os marxistas, vivendo os dias do materialismo, irão levantar os olhos ao céu, com o entendimento retornando a eles, então bendizendo o próprio Altíssimo, louvando e glorificando Aquele que vive por tempo indefinido? Ora, é sabido que se passaria sobre Nabucodonozor sete tempos, até que ele viesse saber que o Altíssimo era Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser: este sete tempos não são indicativos de que os marxistas não viverão para sempre no opróbrio dos homens, mas é um tempo em que eles têm de passar. E mui provavelmente para que tenha a reação de Nabucodonozor, o reconhecimento de que o Altíssimo é governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser. Então o reinado começará a retornar a eles, e numa perspectiva inteiramente nova.

Extraido do trabalho "Bento XVI, Leonardo Boff, o Marxismo e os 100 Anos da Assembléia de Deus"

“Agora, eu, Nabucodonozor, louvo, e enalteço, e glorifico o Rei dos céus, porque todas as suas obras são verdade e seus caminhos são justiça, e porque ele é capaz de humilhar os que andam em orgulho”.

Está próximo, muito próximo, este novo dia na vida dos marxistas. Em breve eles serão vistos pelas avenidas de Presidente Prudente, pelas avenidas das cidades da terra inteira, com as suas bandeiras vermelhas agitadas ao vento ao lado das bandeiras brancas do cristianismo e ao lado das bandeiras azuis dos celestiais, batendo fortes os seus tambores e cantando os mais belos cânticos, e dizendo: Bendito o que vem em nome do Senhor!

Acareando a obra de John Haughey e a obra do PCelestial

John Haughey e Adamir Gerson, dois autores sem qualquer ligação entre si, distantes, e todavia desenvolvendo o mesmo pensamento, tal como teria ocorrido com a descoberta do cálculo infinetisimal por mais que uma pessoa aparentemente sem qualquer contato entre si.

UMA ACAREAÇÃO ENTRE A EXPOSIÇÃO DO JESUITA JOHN HAUGHEY E EXCERTOS DO TRABALHO “BENTO XVI, LEONARDO BOFF, O MARXISMO E OS 100 ANOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS”. Abaixo segue excerto da publicação de Jonh Haughey, e em seguida excerto do trabalho de Adamir Gerson, abraços

Não atraiçoar o sábado

«Sábado» deriva do hebraico shabat, que significa repousar, ou deixar de trabalhar. Encontra-se na Bíblia no fim da narração da criação (Génesis 2) e assume-se em todos os livros como o fundamento da visão social e económica da Bíblia. Os homens são convidados a imitar a Deus na prática do sábado: recorde-se a típica narração de fome e de pão do Êxodo (o maná do cap. 16), encaixada num contexto de histórias de sede e de água.

Os antigos israelitas, tal como os modernos norte-americanos, não conseguiam imaginar um sistema económico diferente do dominante, na altura o egípcio: um sistema complexo, militar, industrial, tecnológico, que os havia tornado escravos. Os israelitas foram libertos da escravidão, mas encontravam-se a viver a dura realidade da sobrevivência fora do sistema imperial, de encontrar que comer.

O maná não é apenas um milagre que enche o estômago. É a alternativa de Deus à economia do Egipto: o pão que cai do céu é símbolo da sementeira e da colheita como dons de Deus. O primeiro ensinamento ao povo liberto diz respeito a uma forma de produção económica!

Moisés dá três indicações concretas para entrar nesta economia alternativa.

1. Cada família deve recolher só o necessário para o seu consumo. Na economia de Deus não há lugar para o demasiado ou para o pouco de mais: isto contrasta radicalmente com o capitalismo moderno em relação à riqueza e à miséria. Esta teologia do «quanto basta» é sublinhada por uma outra versão do trecho do maná, provavelmente posterior (Números 11), onde o povo, que se lamentava por só ter maná e não carne, é castigado com carne «de mais».

2. O maná não pode ser acumulado nem armazenado. No Egipto, riqueza e poder definiam-se pela capacidade de poder armazenar coisas supérfluas. Não é por acaso que o trabalho forçado do povo israelita consistia na construção de cidades-armazéns para o faraó (Êxodo 1), onde se recolhiam os despojos e as taxas das populações vencidas: esta acumulação prefigura já o capitalismo moderno. A Bíblia entende que as civilizações dominantes exercem uma força convergente e absorvem trabalho, recursos, riquezas e uma cada vez maior concentração de poder idolátrico (o protótipo deste processo é a história da Torre de Babel, Génesis 11). Por isso, Israel é convidado a fazer circular a riqueza redistribuindo-a e não a concentrá-la acumulando-a.

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Excerto do trabalhão “BENTO XVI, LEONARDO BOFF, O MARXISMO E OS 100 ANOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS”, como segue:

A Arca do Pacto

Ora, quando os escravos saídos do Egito foram atravessar o Jordão então na frente de todo o povo seguia os sacerdotes de Deus, levando no ombro a Arca do Pacto. Guardando distância, deveriam seguir para onde a Arca do Pacto os levasse, pois, deveras, iam para um luar que não conheciam e que antes não vieram estar. O que é isto? O que isto quer dizer para nós precisamente?

Que a Arca do Pacto hoje é o Partido Celestial. E é ele que terá de ir à frente do povo, levado nos ombros dos sacerdotes de Deus. Organizando o povo, criando lideranças, e dando vitalidade aos movimentos sociais, ora, o Partido Celestial por certo que levará todo o povo brasileiro e todo o povo da terra ao reino da liberdade concreta, em que cada um tem segundo as suas necessidades, pois que é portador do seu combustível teórico.

A Arca do Pacto e o Partido Celestial

Quando os escravos saídos do Egito principiaram à travessia do Jordão seguindo a Arca do Pacto, ora, a Arca, embora no Velho Testamento não tenha havido alusão, todavia no livro Aos Hebreus é narrado que ela tinha como conteúdo as duas tábuas da lei, o jarro com o maná e a vara de Arão que havia florescida.

Estes são o conteúdo sublime do Partido Celestial, de modo ele se apresentar como sendo o único representante escatológico? Vejamos:

O Jarro com o Maná. Segundo o livro Aos Hebreus no Lugar Santíssimo estava a Arca do Pacto e dentro dela havia objetos que vindicavam e representavam a soberania de Deus sobre toda a criação. Ali estava o jarro de ouro com o maná, a vara de Arão que havia florescido, bem como as duas tábuas da lei.

Qual o profundo significado do vaso de ouro com o maná?

Ora, sabemos que o maná foi o alimento que Deus enviou ao seu povo no deserto para saciar-lhe a fome e com algumas recomendações, como segue: (...) Esta é a Palavra que Javé ordenou: Colhei disso, cada um proporcionalmente ao que come. Deveis tomar a medida de um gômor para cada um, segundo o número de almas que cada um de vós tem em sua tenda. E os filhos de Israel começaram a fazer isso; e foram apanhá-lo, alguns recolhendo muito e outros recolhendo pouco. Quando o mediam pelo gômor, quem tinha recolhido muito não tinha sobra e quem tinha recolhido pouco não tinha falta. Apanharam-no cada um proporcionalmente ao que comia. E é dito claramente: este é o alimento que Javé vos dá.

Certamente que o vaso de ouro com o maná, que segundo o livro Aos Hebreus estavam com a Arca do Pacto no Lugar Santíssimo, é dos combustíveis do Partido Celestial. Os celestiais por certo que irão confrontar essa cultura que incentiva as pessoas a ter para além do que tem necessidade. Atuará forte nos espíritos, tentando reviver neles a simplicidade, e a austeridade, de modo cada um lutar pelo estritamente necessário. Essa cultura do consumismo, que pode levar a terra à exaustão – pois ela está presa a limites, não, porém, esse espírito consumista que desconhece limite – certamente que será combatida pelos celestiais, através de uma intermitente educação que chegará a eles na mediação do Evangelho de Jesus Cristo. “Que cada um procure ter segundo a necessidade do corpo e segundo a necessidade da alma; o que passar disto seja anátema”, dirão os celestiais.

Além de que os celestiais se dirigirão às massas populares com as imagens do jarro de ouro contendo o maná; e por elas as massas se conscientizarão que o Maná que Deus enviou ao seu povo por alimento é a completa negação do alimento oferecido pelo sistema capitalista. Farão mesmo uma associação do alimento que Deus mandou ao seu povo no deserto com a parábola de Mateus 20; e por elas as massas se conscientizarão de que o socialismo é Deus encoberto.

Jesuita John Haughey e o Socialismo Celestial

Com certeza este escrito do jesuíta John Haughey, na sua estruturação filosófica, trata-se do escrito que mais se aproxima do socialismo celestial. É como se o autor o tivesse escrito a partir do socialismo celestial e é como se o socialismo celestial tivesse vindo à existência a partir deste escrito. A sua ante-sala.

Agora cabem aos homens e mulheres de "sangue no olho", que sejam os valentes de Jah, aqueles que tomaram a iniciativa da travessia do Jordão a fim de ajudar seus irmãos, pois a herança deles só podia estar em Canaã, e jamais fora de Canaã (a herança dos pobres só pode estar no socialismo celestial), tomar a iniciativa da criação do PCelestial. Principalmente aqueles que tiveram "sangue no olho" para criar e dar vida ao PT, que é apenas sombra do PCelestial, como a reforma menchevique foi sombra da revolução bolchevique, abraços a todos


--- Em seg, 29/8/11, Edson Maciel escreveu:


De: Edson Maciel
Assunto: RE: [Td L] Fé e economia - O tabu da teologia
Para: teologia_da_libertacao@yahoogrupos.com.br
Data: Segunda-feira, 29 de Agosto de 2011, 15:00

Não há uma vida cristã verdadeira enquanto nos submetermos ao capitalismo.


To: teologia_da_Libertacao@yahoogrupos.com.br
From: mauritupifernandes@yahoo.com.br
Date: Sat, 27 Aug 2011 17:43:39 -0300
Subject: [Td L] Fé e economia - O tabu da teologia


Fé e economia - O tabu da teologia

A teologia também tem de tratar de economia, mas numa visão profundamente alternativa: a da Bíblia. Maná, sábado, jubileu, ensinamentos e vida de Jesus lidos partindo do coração do actual sistema económico global, os EUA.

Não é o sexo. Nem sequer a política. O verdadeiro tabu da teologia é a economia. «Gastamos o nosso dinheiro como se não conhecêssemos o Evangelho; e lemos o Evangelho como se não tivéssemos dinheiro», afirma o jesuíta John Haughey, sublinhando um sentimento difuso entre os teólogos e na Igreja dos Estados Unidos.

Contudo, hoje, nenhum outro aspecto influencia tanto a vida individual e colectiva como o económico, e poucos outros assuntos são rebuscados de forma tão incisiva nas Escrituras como os económicos.

O principal desafio que hoje a família humana tem de enfrentar é a iníqua distribuição de riqueza e poder. Um modelo económico que transfere a riqueza dos cada vez mais pobres para os cada vez mais ricos. As políticas neoliberais de reajustamento estrutural não só tornam mais dura esta polarização como cavam um fosso mais profundo de alienação física e social.

Quando vemos que o vendedor de fruta tem de fechar a loja, ou que empresas familiares não conseguem sobreviver, no Norte, também estamos a ser testemunhas daquela destruição que, como uma epidemia, tem vindo a devastar as culturas locais, as instituições e a natureza no Sul.

Qualquer teologia que se recuse a enfrentar esta realidade torna-se fútil. E cruel. Nós, cristãos, temos o dever de discutir economia, de falar dela confrontando-a com a economia do Evangelho. «As igrejas talvez se tenham tornado no último refúgio da nossa cultura onde se pode falar abertamente de valores sem ser de mercado», afirma Cornel Wesa, professor de estudos afro-americanos e de filosofia da religião na Universidade de Harvard. Aqueles que tentam desafiar o capitalismo pós-moderno e o seu mercado auto-refencial estão já a lutar por uma linguagem e uma prática alternativas. Num contexto de aparente descrédito do socialismo, este vazio ideológico proporciona à Igreja uma oportunidade única: redescobrir uma visão totalmente diferente da praxe social e económica. Esta visão funda-se no âmago mais profundo das Escrituras.

A Bíblia não aceita a injustiça como uma condição permanente. Pelo contrário, são dadas ao povo de Deus as instruções para desmantelar os principais códigos e estruturas de uma riqueza e de um poder estratificados, para que todos deles possam participar. Esta concepção da sociedade e da economia é expressa em diversas passagens: no Êxodo (cap. 16), nas leis do Levítico (25), nas exortações do Deuteronómio (15), nas profecias de Isaías (5), nas parábolas de Jesus (Mt 25), nos veementes apelos dos apóstolos (2 Cor. 8-9).

Não atraiçoar o sábado

«Sábado» deriva do hebraico shabat, que significa repousar, ou deixar de trabalhar. Encontra-se na Bíblia no fim da narração da criação (Génesis 2) e assume-se em todos os livros como o fundamento da visão social e económica da Bíblia. Os homens são convidados a imitar a Deus na prática do sábado: recorde-se a típica narração de fome e de pão do Êxodo (o maná do cap. 16), encaixada num contexto de histórias de sede e de água.

Os antigos israelitas, tal como os modernos norte-americanos, não conseguiam imaginar um sistema económico diferente do dominante, na altura o egípcio: um sistema complexo, militar, industrial, tecnológico, que os havia tornado escravos. Os israelitas foram libertos da escravidão, mas encontravam-se a viver a dura realidade da sobrevivência fora do sistema imperial, de encontrar que comer.

O maná não é apenas um milagre que enche o estômago. É a alternativa de Deus à economia do Egipto: o pão que cai do céu é símbolo da sementeira e da colheita como dons de Deus. O primeiro ensinamento ao povo liberto diz respeito a uma forma de produção económica!

Moisés dá três indicações concretas para entrar nesta economia alternativa.

1. Cada família deve recolher só o necessário para o seu consumo. Na economia de Deus não há lugar para o demasiado ou para o pouco de mais: isto contrasta radicalmente com o capitalismo moderno em relação à riqueza e à miséria. Esta teologia do «quanto basta» é sublinhada por uma outra versão do trecho do maná, provavelmente posterior (Números 11), onde o povo, que se lamentava por só ter maná e não carne, é castigado com carne «de mais».

2. O maná não pode ser acumulado nem armazenado. No Egipto, riqueza e poder definiam-se pela capacidade de poder armazenar coisas supérfluas. Não é por acaso que o trabalho forçado do povo israelita consistia na construção de cidades-armazéns para o faraó (Êxodo 1), onde se recolhiam os despojos e as taxas das populações vencidas: esta acumulação prefigura já o capitalismo moderno. A Bíblia entende que as civilizações dominantes exercem uma força convergente e absorvem trabalho, recursos, riquezas e uma cada vez maior concentração de poder idolátrico (o protótipo deste processo é a história da Torre de Babel, Génesis 11). Por isso, Israel é convidado a fazer circular a riqueza redistribuindo-a e não a concentrá-la acumulando-a.

3. O mandamento de observância do sábado foi dado ainda antes dos dez mandamentos no monte Sinai. Se alguém não observar o sábado morrerá (Êxodo 31). O sábado é o início e o fim da lei.

Por isso, nós tornamos vulgar (e até profanamos) o sábado se o considerarmos simplesmente como um dia em que os hebreus faziam o estritamente necessário. A prescrição de um repouso periódico para a terra e para os homens que trabalham significa destruir a tentativa (a tentação) do homem em controlar a natureza e de maximizar a produção.

A história do maná mostra que o homem depende de uma economia de graça divina. Observar o sábado significa lembrar-se todas as semanas de dois princípios básicos da economia: o objectivo do «quanto basta» para cada um, e a proibição da acumulação de riquezas. Esta visão contrasta totalmente com a economia que hoje conhecemos. A nossa incredulidade é mesmo antecipada com um certo humorismo pela própria Bíblia: o termo maná deriva da expressão de incredulidade «o que é isto?».

O código de justiça social do sábado alarga-se a um ciclo de sete anos (Êxodo 23) em que também os pobres e os animais selvagens poderão livremente comer; o livro do Levítico define o jubileu como o ano do sábado por excelência (celebra-se após o 49º ano, ou seja, cada sete ciclos de sete anos): a sua finalidade é desmantelar as estruturas da desigualdade social e económica pela remissão das dívidas aos membros da comunidade; a redistribuição da terra aos primitivos proprietários; a libertação dos escravos. A razão profunda deste reequilíbrio unilateral da comunidade baseia-se na certeza de Israel de que a terra pertence a Deus e que o povo do êxodo, liberto da escravidão do Egipto, jamais haveria de regressar a um sistema de nova escravatura.

O autor do Deuteronómio (15) quis ir tão além que até incluiu o perdão das dívidas no ano do sábado. Era uma barreira colocada à inevitável tendência da sociedade humana em concentrar riqueza e poder nas mãos de poucos, criando uma hierarquia de classes. Nas sociedades agrícolas, como o Israel bíblico (ou como parte do Sul dos nossos dias), o ciclo da pobreza inicia-se quando uma família cai na espiral da dívida, que se agrava quando a família tem de vender a terra para pagar os juros, e fecha-se quando as pessoas vendem a única coisa que lhe resta: a sua força de trabalho. Tornam-se então escravos. Na Antiguidade não havia bancos e por isso eram os grandes proprietários de terras que tinham dinheiro para emprestar e que, quando não podiam pagar, os tornavam escravos nas suas propriedades.

Prisioneiros da ortodoxia do mercado

A Igreja tem dificuldade em escutar esta boa nova. A nossa teologia esteve por muito tempo prisioneira da ortodoxia do mercado do capitalismo moderno. Foi assim que os nossos medos nos convenceram de que o jubileu bíblico é, na melhor das hipóteses, uma utopia – na pior, ideologia comunista.

Isto conduz-nos, uma vez mais, à Bíblia: não há dúvida de que o mandamento de observância do sábado era regularmente esquecido por aqueles israelitas que pretendiam consolidar a sua posição social e as suas riquezas.

A traição ao sábado por parte dos israelitas transforma-se numa censura constantemente levantada pelos profetas. Isaías acusa os chefes de terem roubado os pobres (Isaías 3, 14-15); Amós acusa os comerciantes de considerarem o sábado um obstáculo aos seus negócios e de tratarem os pobres como um grupo a explorar em vez de salvaguardarem os seus direitos às alimpas (Amós 8, 5-6), Oseias lamenta que a fidelidade ao comércio internacional tenha tomado o lugar da aliança com a economia divina da graça (Oseias 2, 7). Mas o trecho mais explícito é o que atribui a destruição de Jerusalém à incapacidade do povo em observar o sábado (2 Crónicas 36, 20-21; Levítico 26, 34-35).

Também (e sobretudo) Jesus

A economia do sábado caracteriza também o núcleo do ensinamento de Jesus e torna-se motivo de conflito entre Jesus e a ordem instituída dos judeus, conflito que lhe custará a morte.

Não é por acaso que, entre as inúmeras possibilidades que a Bíblia lhe apresenta, Jesus opta, para definir a sua missão (Lc 4), pelo capítulo 61 de Isaías, o profeta onde a economia do sábado é plenamente reabilitada.

Na oração do pai-nosso (Lc 11) e em todos os Evangelhos o verbo empregue para exprimir o perdão dos pecados é o mesmo utilizado para cancelar as dívidas.

Ao contrário da sociedade em que vivemos, que se recusa a ver as dimensões económicas de comportamentos imorais ou criminosos, os Evangelhos não espiritualizam «o pecado» e não ignoram a realidade da dívida, apresentando os dois aspectos em profunda correlação.

A exortação de perdoar setenta vezes sete (talvez uma referência ao sistema jubilar do Levítico e a Génesis 4, 24) é seguida e explicada por uma peroração, política e económica, sobre a responsabilidade de perdoar as dívidas (Mt 18). No capítulo segundo de Marcos, Jesus permite aos seus discípulos colherem espigas em dia de sábado para matarem a fome sem olharem às convenções sociais. E eis a estocada: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.» Não é uma afirmação de posse, menos ainda uma anulação da lei do sábado. Pelo contrário: afirma-se que o sábado faz parte da criação divina, e que a sua finalidade é a de nos tornar mais humanos, num mundo onde, pelo contrário, uma parte tão grande do pensamento e da prática social e económica nos desumaniza.

Mas há mais: Jesus procura fundar comunidades entre grupos alienados social e economicamente. Chama Levi (Mateus) a segui-lo, e Levi abandona a sua actividade de cobrador de impostos. Porque é que este comportamento suscita tanta celeuma nas autoridades? A resposta encontramo-la no episódio de Zaqueu (Lc 19). Este rico credor também recebe Jesus, mas compreende imediatamente que, para o hospedar, tem de reparar uma grande injustiça económica: «Dou aos pobres metade dos meus bens e se prejudiquei alguém restituo-lhe o quádruplo.» É este programa económico «nivelador» que é recusado por quem determina oficialmente as dívidas. Ontem como hoje.

Levi e Zaqueu acolhem a libertação proposta por Jesus através da redistribuição dos bens. Um outro homem, rico, não consegue e recusa-a (Mc 10, 21). É interessante notar que na fórmula empregue pelos Evangelhos para indicar a opção de seguir Jesus («deixaram tudo e seguiram-no») é usado o verbo aphiemi, deixar, que é o mesmo utilizado para perdoar os pecados e as dívidas. Jesus espera que os seus discípulos adoptem a sua economia fundada na graça. E promete-lhes que, se deixaram a casa, a família e os campos (ou seja, a economia agrícola do seu tempo, os locais de consumo, força de trabalho, produção), receberão cem vezes mais...

Nesta nova economia, que Jesus chama Reino, não haverá nem pobres nem ricos. Por isso, os ricos não podem lá entrar. Esta perspectiva é tão radicalmente diferente da nossa visão da economia que, então como hoje, os discípulos têm dificuldade em crer que ela é verdadeira (Mc 10, 26).

A Palavra de Deus e a Líbia

A PALAVRA DE DEUS SE CUMPRINDO

tIMÓTEO 3DESCREVE COMO SERIA A CONDIÇÃO DO MUNDO "NOS ÚLTIMOS DIAS": SabE, PORÉM, ISTO, QUE NOS ÚLTIMOS DIAS HAVERÁ TEMPOS CRÍTICOS, DIFÍCEIS DE MANEJAR. pOIS OS HOMENS SERÃO AMANTES DE SI MESMOS, AMANTES DO DINHEIRO, PRETENSIOSOS, SOBERBOS, BLASFEMADORES, DESOBEDIENTES AOS PAIS, INGRATOS, DESLEAIS, SEM AFEIÇÃO NATURAL, NÃO DISPOSTOS A ACORDOS, CALUNIADORES, SEM AUTODOMÍNIO, FEROZES, SEM AMOR Á BONDADE, TRAIDORES, TEIMOsOS, ENFUNADOS DE ORGULHO, MAIS AMANTES DE PRAZERES DO QUE AMANTES DE DEUS, TENDO UMA FORMA DE DEVOÇÃO PIEDOSA, MOSTRANDO-SE, PORÉM, FALSOS PARA COM O SEU PODER; E DESTES AFASTA-TE. E tem “intelectual” que diz que a bíblia é um livro de ignorantes e para ignorantes. dEIXEMOS DE LADO ESSES ignorantes que pensam que são sábios E VAMOS AO QUE INTERESSA. a REPORTAGEM ABAIXO DEMONSTRA BEM CLARO DE COMO A pALAVRA DE DEUS ESTÁ SE CUMPRIMENTO EM NOSSO PRESENTE TEMPO, ao pé da letra, tim tim por tim tim

SEGUNDA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2011

A Líbia de Kadafi: o que a mídia jamais mostrará

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXk_KjYLDRXwCUOqV1BmWGlUeLKwdnpjp25HIZceVmnTHa0-ahh0jF7-ua9tvq1cqy9Zjn2k4LXSP1ULuTp0Ru0VOEA2KnyJbLLWGSAqgK9MbbK5chwJWESTBgH5Srqv0jeYqWXMFM2-c/s320/kadafi+verde.png
I - A ONU CONSTATOU EM 2007 QUE A LÍBIA TINHA:

1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é maior que o do Brasil);


2 - Ensino gratuito até a Universidade;


3 - 10% dos alunos universitários estudavam na Europa e EUA, tudo pago;


4 - Ao casar, o casal recebia até US$ 50.000 para montar casa;


5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc;


6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;


7 - Inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos;




II - PORQUE "DETONAR" A LÍBIA ENTÃO?


Três principais motivos:


1 - Tomar o seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45 MIL MILHÕES de barris em reservas;


2 - Fazer com que todo o mar Mediterrâneo fique sob o controlo da NATO. Só falta agora a Síria;


3 - E provavelmente o principal:


- O Banco Central Líbio não está ligado ao sistema financeiro mundial.

- As suas reservas são toneladas de ouro, que garantem o valor da moeda, o dinar, que desta forma está resguardado das flutuações do dólar.


- O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.



III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:


1 - A NATO comandada, como se sabe, pelos EUA, já bombardeou as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis em que um único projéctil é capaz de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estruturas de água, esgotos, gás e luz estão seriamente danificados;


2 - As bombas usadas contêm DU (Urânio empobrecido) (causa cancro e deformações genéticas);


3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicologicamente por causa das explosões que parecem um terramoto e racham as estruturas das casas;


4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, as crianças sofrem principalmente com a falta de medicamentos e alimentos;


5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;


6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, estão a deixar o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egipto. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;


7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas de uma população de 6,5 milhões de pessoas, estariam a precisar de ajuda humanitária para sobreviver: água e comida.


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Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação Líbia.

Nunca mais haverá a "nação" Líbia tal como nos dias de hoje.


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Há ocasiões em que o silêncio é ouro, mas há outras em que é pura covardia. (John Blanchard)

Postado por Jornal Água Verde às 04:41 0 comentários

LÍBIA: Contra a guerra imperialista!

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(Nota Política do PCB)


O Partido Comunista Brasileiro (PCB) manifesta sua indignação militante e condena com veemência a ocupação da Líbia pelas tropas da OTAN, travestida de proteção à população do País e apoio humanitário. Trata-se de uma das mais vergonhosas intervenções do imperialismo numa nação soberana, o que demonstra que, diante da crise sistêmica global, a bestialidade e a ganância imperiais não têm mais limites. O PCB também manifesta a sua solidariedade aos combatentes e milicianos líbios que estão enfrentando heroicamente a maior máquina militar do planeta.


Para o PCB, não se trata de defender o governo de Kadafi, mas de combater o imperialismo. O regime inspirado no “Livro Verde” não é socialista nem democrático. A Líbia foi escolhida como o atual alvo da cobiça imperial, em razão de suas imensas riquezas naturais, de seu histórico de luta pela soberania, de sua localização estratégica e de uma relativa independência em relação ao imperialismo, que não mais se contenta em ser apenas sócio dessas riquezas.


A ocupação militar da Líbia é uma grave advertência não só para os povos árabes, especialmente a Síria e o Irã, mas para todos os povos do mundo. O imperialismo, ferido nas suas entranhas, está cada vez mais agressivo e não hesita em promover uma escalada de guerras em todas as regiões do globo, para ativar seu complexo industrial militar e se safar de sua crise global.


A invasão da Líbia foi uma decisão dos países imperialistas, especialmente Estados Unidos, França e Inglaterra, visando a controlar o petróleo e o gás líbio, além dos recursos do tesouro nacional, que Kadafi ingenuamente depositou nos bancos ocidentais, imaginando que isso lhe pouparia da fúria imperialista. Nesta guerra, esses países se comportaram como verdadeiros piratas modernos, congelando os recursos financeiros líbios investidos no exterior e saqueando as reservas em ouro depositadas no Banco Central líbio.


A brutal intervenção pode ser considerada uma das mais bárbaras da história moderna, pois nestes meses de guerra a OTAN realizou mais de 20 mil bombardeios aéreos, dos quais 8 mil com bombas inteligentes guiadas a laser e outras de efeito moral, para criar um clima de pânico junto à população. Além disso, centenas de helicópteros Apache varrem diariamente os céus da Líbia atirando contra tudo que se move. A parafernália da guerra se completa com os ataques maciços dos drones, aviões de guerra não tripulados, que despejam também toneladas de bombas no País.


Esses ataques destruíram completamente a infraestrutra líbia e não pouparam residências, universidades, hospitais, estradas, quartéis, estações retransmissoras de rádio e TV, matando milhares de pessoas e criando assim um cenário de terra arrasada, a partir do qual a OTAN enviou as tropas especiais do Comando Alfa e dezenas de comandos especiais da Arábia Saudita e Qatar para tomar os pontos estratégicos do País. Depois do serviço realizado, então chamam “os rebeldes” para fazer figuração para a TV, como se tivessem sido eles os que tomaram cidades e objetivos estratégicos.


Na verdade, esses “rebeldes” não teriam a menor condição de circular em território líbio se não estivessem na retaguarda das tropas da OTAN. Trata-se de um bando de lumpens, aos quais se aliaram monarquistas, antigos exilados, mercenários estrangeiros e alguns dissidentes do regime. Não têm a mínima unidade. O que move esses bandoleiros é a repartição do butim de guerra. Foram treinados improvisadamente pela CIA e serviços secretos da França e Inglaterra mas não possuem habilidades militares, tanto que entram em pânico a qualquer disparo da resistência no interior do País.


Não é a primeira vez que o imperialismo procura vencer guerras com pretextos hipócritas, criando ficticiamente “exércitos rebeldes”, para atingir seus objetivos políticos e econômicos. Foi assim na Iugoslávia, que resultou em seu desmembramento em várias repúblicas; depois foi no Kosovo, onde chegaram a criar uma “guerrilha” cuja cúpula era constituída de chefões traficantes de drogas, como ficou demonstrado mais tarde. O imperialismo perdeu completamente os escrúpulos nessa fase de decadência.


Diante de todas estas evidências, causa repugnância e vergonha que certas forças políticas no Brasil, fantasiadas de esquerda, estejam apoiando esta guerra imperialista, apresentando os mesmos argumentos que o aparato manipulatório da mídia internacional tenta vender diariamente ao mundo. Chegam ao ponto de caracterizar os acontecimentos na Líbia como a “vitória de uma revolução popular”.


Isso significa que esses setores não apenas se comportam historicamente como a mão esquerda da direita e do imperialismo, como também cometem uma infâmia contra todo o povo líbio e as forças que no mundo inteiro dão combate ao imperialismo. Objetivamente, fazem o jogo do imperialismo, do qual são agentes de fato.


A invasão da Líbia pela OTAN deve servir de lição para todos os governantes e povos do mundo: neste momento de crise imperial, não adianta querer conciliar com o imperialismo. Ele aproveita a conciliação e exige mais concessões. A hora é de arregaçar as mangas e construir um amplo movimento mundial antiimperialista e anticapitalista, com capacidade de colocar as massas em movimento para derrotar os inimigos da humanidade.


Partido Comunista Brasileiro

Comissão Política Nacional

26 de agosto de 2011

Torne-se um Arauto Celestial, Pregador das Verdades Celestes. arautocelestial@gmail.com