quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Reino do Messias, Segundo a Graça - QUARTA PARTE B

O Reino do Messias, Segundo a Graça – Parte Quarta B

Adamir Gerson vos enviou quatro partes do trabalho O Reino do Messias, Segundo a Graça, endereçado a Cristovam Buarque, e deu uma pausa. Teve de parar para ir trabalhar fora, cinco dias fora. E agora retornou e vai dar continuidade ao trabalho.

Antes de começar a quinta parte, vai incluir mais informações na quarta parte do trabalho que a distinguira da anterior com o título de Quarta B. A missão de Adamir Gerson é das mais duras, das mais difíceis, mas gratificante. Tem pela frente reverter um ciclo histórico, mostrar para católicos, evangélicos e socialistas que o Marxismo e a Revolução foram ação de Deus no Tempo e na História. Eles se dividem, com uns achando que Marxismo e Revolução não tiveram e não tem nada que ver com Deus e com a Sua Palavra, e outros achando que Marxismo e Revolução são revivências históricas dos profetas de Israel, em nova roupagem, nova linguagem. De certa forma tem relação com Deus sim, embora estes não tenham clareza no assunto.

Agora mesmo Adamir Gerson leu um artigo do Pastor Ariovaldo Ramos – e reflete todo ideário da Teologia da Libertação – com o título “Marxismo e Religião”, uma resposta que deu a um leitor da revista Ultimato que quis saber qual a relação do Marxismo com a Religião. E não obstante o elogio e a defesa que fez ao Marxismo, tornou-se um pensamento fundamental na História do Homem, trouxe um progresso social nunca antes visto na história, mesmo assim Ariovaldo Ramos apenas se aproxima de Adamir Gerson. Pois quê dá a entender que todo respeito que o Marxismo merece é porque sua obra foi retirada ou tem grande contribuição vinda das páginas da Bíblia. A matéria-prima com a qual Marx erigiu O Capital e Lênin fez a revolução em grande parte foram retiradas da Palavra de Deus e processada nas categorias das ciências sociais, se convertendo em práxis modificadora do mundo. O que era para ter sido feito por cristãos acabou sendo feito por incréus. Daí chegar à conclusão que é possível encontrar no Marxismo sim marcas profundas de Deus. O Marxismo é devedor da Palavra de Deus.

E apenas se aproxima de Adamir Gerson porque Gerson vai além, mostrando que Marx e Lênin foram profetas nas mãos de Deus. Mais do que isso, Marx e Lênin foi Deus dando prosseguimento à obra da redenção, levando-a para outro patamar existencial, o político-material. Se com os cristãos Deus travou uma luta contra o paganismo, contra Sodoma, contra o lado religioso do império, mas os cristãos não sustentaram nenhuma luta política contra os césares e reis – e Tomás Munzer vai reforçar esta crítica a Lutero – a luta política que Deus travou contra os reinos deste mundo foi justamente através do povo marxista. O povo marxista é literalmente os cristãos do primeiro século e os cristãos do primeiro século são literalmente os marxistas dos séculos XIX e XX. Destarte, a longa espada afiada de dois gumes que se estende da boca de Jesus, como se acha no livro do Apocalipse, ele a brandiu, um lado, nas mãos dos cristãos, contra Sodoma e as concupiscências da carne, e o outro lado, nas mãos dos marxistas, contra o Egito e as concupiscências do dinheiro.

E a grande dificuldade de Adamir Gerson é porque não somente tem de explicar para o povo cristão que o Marxismo e a Revolução foram Deus, como também explicar porque os cristãos estiveram ausentes desta luta de Deus, senão o engajamento tardio de católicos, sobretudo na revolução nicaragüense.

E a ausência dos cristãos na Revolução é porque a Revolução iria ser revivência histórica tanto do judaísmo como do cristianismo. Iria reviver a lei, o olho por olho e dente por dente – Ditadura do Proletariado – depois, porém, iria reviver a graça. E os cristãos na verdade foram mantidos à parte, resguardados por Deus, para o momento de graça da revolução (1). Quando chegasse este momento então Deus iria dizer para os marxistas: Sentem à direita de meu filho Jesus até que ele ponha seus inimigos por escabelo dos seus pés.

Então não há nenhuma condenação para os cristãos por não terem participado da luta do socialismo. Deus vetou a sua participação. Ocultou que era sua luta. Agora, porém, que as coisas ocultas de Deus estão sendo revelado, continuar a cultuar o pensamento anticomunista é estar incorrendo em ser pego pela ira de Deus, a qualquer momento, na curva.  Porque não há mais desculpas. Pois quê Deus não está colocando nenhum fardo pesado nos ombros dos cristãos, mas um fardo leve, suave, para ser carregado. O fardo seria pesado se Deus estivesse neste momento exigindo dos cristãos que dessem continuidade, puro e simples à luta dos marxistas: destruir o poder burguês e instaurar no lugar o poder popular. Mas o que Deus está a exigir agora dos cristãos é que façam uma evangelização no meio da burguesia, no meio da cristandade consubstancial ao capitalismo, para que saibam que quando tentaram impedir o socialismo, agiram como Saulo de Tarso que tentou impedir o cristianismo. O que Deus quer agora dos cristãos é que levem todo o povo burguês a um exato conhecimento de Jesus Cristo; e a sociedade nova, sem classes sociais, sem explorados e exploradores, virá naturalmente.

Bem, na quarta parte do trabalho Adamir Gerson foi claro que o fenômeno da Parúsia, popularmente conhecido como Volta de Jesus, se deu a partir do judeu Karl Marx, naquele ano de 1844, e prosseguiu com a revolução, no ano de 1917.

Para ser mais claro, Adamir Gerson apresentou a Parúsia como se dando tanto filogenicamente como ontogenicamente. A sua filogenia foi que a Parúsia recapitulou os passos iniciais de Deus na História da Redenção, com Marx sendo o Novo Abraão, Lênin o Novo Moisés, Stálin o Novo Josué, Gorbatchov o Novo João Batista, e se aproximando agora o momento em que é revelado o Filho do homem. E a sua ontogenia se deu em que o socialismo recapitulou os passos de Jesus. A revolução foi o seu batismo de fogo, as conquistas sociais foram os milagres de Jesus, traição, julgamento e morte do socialismo foi tudo que passou Jesus.

E vale lembrar que Adamir Gerson está novamente voltando a essa questão porque o pensamento novo é aquilo que Hegel chamou de O Nascimento da Ciência. E a Ciência tem por norma deixar as coisas por ela anunciadas em formato de acabamento. E ao dizer que teólogos têm falado sobre dois Adventos dos tempos modernos, o relacionado ao pastor batista Guilherme Miller e ao estudante da Bíblia Charles Tasse Russel, não que os teólogos tenham aceitado suas predições como verdadeiras, mas que foram movimentos de grande repercussão, ora, como é missão da Ciência apresentar seus enunciados de forma acabada, a bem dizer foram três Adventos. E Adamir Gerson vai abordar este terceiro Advento porque se tudo relacionado aos dois Adventos anteriores o seu lado político realmente aconteceu, fatalmente acontecerá o lado político do terceiro Advento. Isto deva servir de reflexão não apenas para o senador Cristovam Buarque, mas para todos que estão ao seu lado. Porque a qualquer momento o Todo-Poderoso, soberano da História, os toma em suas mãos e os coloca em evidências, como ocorreu nos dois Adventos anteriores.

A rigor, o simples fato de Adamir Gerson estar abordando um assunto que é do completo desconhecimento de todos, incluindo Cristovam Buarque e os que estão do lado, já é sim movimentação de Deus para que aconteça o lado político do terceiro Advento.

Como falado, o Primeiro Advento, o do batista Guilherme Miller, o seu acontecimento político foi o aparecimento do Marxismo; o Segundo Advento, o do estudante da Bíblia Charles Tasse Russel, o seu acontecimento político foi a revolução que trouxe o socialismo, e qual mesmo o terceiro Advento? O de William Marrion Branham.

Todos estes personagens foram precisos em suas profecias, a ponto que Adamir Gerson enxerga neles a precisão de um Isaías. Isto é, naquilo que foram inspirados por Deus. Pois quê as predições de Guilherme Miller segundo as quais Jesus voltaria por volta do ano de 1843, 1844 para restaurar a terra, tal se deu com Marx que nestes anos de 43, 44 ao publicar os livros A Questão Judaica e Manuscritos Econômicos-Filosóficos começava realmente a restauração da terra (2); a predição de Charles Tasse Russel em 1916 segundo a qual a Guerra que então acontecia envolvendo a terra inteira era uma preparação para a chegada do reino do Messias. Segundo Russel, naquele ano de 1916 pouco antes de morrer, as nações estavam a se destruir entre si como necessidade para se preparar o caminho para a chegada do reino do Messias, e o socialismo veio ao mundo justamente porque os bolcheviques aproveitaram o caos da guerra e fizeram a revolução. E no que diz respeito ao vaticínio de William Marrion Branham, segundo o qual por volta do ano de 1977, Deus iria começar o período do Milênio bíblico, encerrando a era dos governos gentios e nascendo o governo divino, isto foi mesmo verdadeiro, pois foi no ano de 1978 que Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico e foi neste ano que passou a receber de Deus os fundamentos teóricos do governo do Reino segundo a Graça. De modo que a História iria se dividir, antes de 78 o domínio do governo gentio, depois de 1977 o domínio do governo do Reino.

E estes três personagens que foram cabeças nos três Adventos, Guilherme Miller, Charles Tasse Russel e William Marrion Branham, tiveram líderes que acreditaram neles e deram continuidade à obra. Ellen White para Guilherme Miller, Joseph Rutherford para Charles Tasse Russel e William Soto Santiago para William Marrion Branham.

E chama à atenção que este William Soto Santiago, ligado ao terceiro Advento, o mesmo é um porto-riquenho que percorre toda a América Latina, e em especial o Brasil, proclamando que Deus é político e escolheu o continente latino-americano para nele começar o Reino de Deus. Como basicamente tem escolhido o Brasil para suas pregações se entende que para ele o lugar de nascimento do Governo do Reino seja o Brasil.

E ele teve um encontro com o Presidente Hugo Chaves cujo teor da conversa Adamir Gerson desconhece. Mas é bem provável que tenha tentado ganhar Hugo Chaves para a importância da construção do Reino na América Latina. De um governo que tenha realmente como fundamento a Deus. Uma vez que o senador Cristovam Buarque se acorde para o grande Chamado é possível que acabe se encontrando com o profeta William Soto Santiago e este o encoraje na sua decisão, de começar no Brasil um governo divino, sim, de começar no Brasil o reino do Messias segundo a graça.

NOTAS DE RODAPÉ
(1)   O fato de Adamir Gerson ter dito que a religião cristã foi mantida à parte da revolução, resguardada para uma ação posterior, tal foi com certeza a inspiração, da música Super-Homem, Uma Canção, do Gilberto Gil. Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria; Que o mundo masculino tudo me daria do que eu quisesse ter, podemos entender este mundo masculino como sendo o materialismo. E não foram poucos os que acharam que o materialismo tudo iria dar, do que quisesse ter. Mas, que nada... Minha porção mulher que até então se resguardara, é a porção melhor que trago em mim agora. É o que me faz viver. Esta porção mulher sem sombra de dúvida é a religião. E é a porção melhor porque queiram ou não a revolução está se metamorfoseando do masculino para o feminino. Na sua existência de materialismo a revolução literalmente deitou vinho novo em odres velhos. E funcionou.  Porque se vivia o feudalismo ou o interregno entre o feudalismo e o capitalismo.  A miséria e injustiças eram gritantes. Mas o tempo hoje é outro. Luta-se, não para ganhar, mas para perder peso. De modo que podemos afirmar que hoje não se deita mais vinho novo em odres velhos. É preciso transformar os odres velhos em odres novos. Sem isto, sem chance! E é neste momento que se observa a importância da religião. Porque a transformação interior é missão da religião e não da política. Podemos dizer que estamos entrando num tempo em que a importância da religião é muitíssimo superior à da política. Estamos a precisar hoje muito mais de religião do que de política. E talvez tenha sido isto que tem levado o senador Cristovam Buarque dizer que os partidos políticos faliram. Não representam mais nada.
(2)   A restauração da terra na verdade não começou em 1844 com Marx, mas antes, no primeiro século, com Paulo. Ao fazer com que sua luz irrompesse sobre Saulo de Tarso no episódio conhecido como Caminho de Damasco Jesus principiava à restauração da terra. Com Paulo, porém, Jesus começava a restauração espiritual da terra – o que explica Paulo se referir ao Evangelho de que era depositário de “parcial”, em parte – e o que se deu naquele ano de 1844 foi que Jesus começou então a restauração material da terra. Tese e antítese do processo de restauração da terra. E o episódio em que a luz de Jesus inundou o espírito de Marx e nascia ali o socialismo foi naquele momento em que a justiça prussiana julgou como ladrão aos camponeses pobres que retiraram lenha das florestas para aquecer suas casas contra o rigor do inverno. Fizeram isto sem qualquer impedimento durante centenas e centenas de anos. E o jovem Marx quando analisava o veredicto da justiça prussiana Jesus aproveitou a ocasião e iluminou o seu espírito com a idéia do socialismo; de que a justiça prussiana não estava a serviço da justiça, mas de uma classe social.

Mas, dado à complexidade, esta questão da restauração da terra merece uma melhor análise. Ora, há cerca de trinta anos Adamir Gerson fez trabalho em que nele apareciam duas Histórias, a do Pai e a do Filho. As Histórias eram distintas, e se cruzavam, imbricavam-se, numa interdependência. A História do Pai tinha como ponto de partida o Jardim do Éden. O Jardim do Éden com os seus dois gametas, Adão e Eva, girando em torno de um centro que lhe davam vida e os sustentava, Javé Pai, iriam se materializar na História. Já a História do Filho tinha como ponto de partida a igreja de Atos. A sua espiritualidade e materialidade, girando em torno de um centro que lhe dava vida e os sustentava, Jesus de Nazaré, iriam se materializar na História.

Pela História do Pai, a verdade é que os seus dois gametas se materializaram através da Religião Cristã e do Marxismo. Eva e Adão, respectivamente. Podemos dizer sim que a sua materialização se deu através do judaísmo, botão, que se converteu em flor, religião cristã; e se deu através do Marxismo, botão que se converteu em flor, revolução. Botão que se converteu em flor, Eva – Igreja, e fruto verde, Marxismo, que se converteu em fruto maduro, Socialismo. De modo que a junção da Igreja com o Socialismo representa o restabelecimento na terra do Paraíso, não mais como Idéia, mas agora como Espírito. A Idéia Absoluta que se converteu no Espírito Absoluto.


Ora, se Moisés-Paulo e Marx-Lênin tratam-se do conteúdo sublime da História do Pai, qual teria sido o conteúdo sublime da História do Filho? Os seus dois grandes momentos, como tese e antítese, foram sem sombra de dúvida a Reforma Protestante e o Concílio Vaticano II. Lutero e o Papa João XXIII foram dois instrumentos vivos nas mãos de Deus, o Todo-Poderoso. Mais precisamente que o botão espiritual de Jesus, John Wicliffe, se abriu na flor espiritual de Jesus, Lutero; e o botão material de Jesus, o Papa Leão XIII, se abriu na flor material de Jesus, o Papa João XXIII. O botão da Rerum Novarum se abriu na flor do Concílio Vaticano II. De modo que se pela História do Pai o seu conteúdo sublime foi Moisés-Paulo & Marx-Lênin, fundamento espiritual e material do Reino, respectivamente, pela História do Filho o seu conteúdo sublime foi John Wicliffe-Martinho Lutero & Leão XIII e João XXIII, fundamentos espiritual e material do Reino, respectivamente.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Reino do Messias, Segundo a Graça - QUARTA PARTE

O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA – QUARTA PARTE

Londrina

No presente trabalho Adamir Gerson tem dito que o Reino do Messias, que segundo as Escrituras se manifestaria no final dos tempos, ao esgotamento dos sistemas humanos, começando uma nova aurora sobre a terra, um reino completamente diferente, completa negação dos reinos existentes, reino este em que o lobo pastaria junto ao cordeiro, o leopardo se deitaria com o cabritinho, e até mesmo a criancinha de peito brincaria sobre a toca da naja, Adamir Gerson tem dito, de forma intelectual, que este reino já tem se manifestado na terra através do socialismo. E que o socialismo então manifesto não foi seu esgotamento e a sua plena realização, mas representou um de seus momentos, o da Lei, concebido para durar um tempo e deixar de existir, e no lugar se manifestando o seu segundo momento, o da Graça, este sim o seu acabamento final, a sua plena realização. E disse que se o seu momento de Lei aconteceu na Rússia czarista, o seu momento de Graça haveria de acontecer no país Brasil. E após declinar que Lênin foi o homem escolhido e preparado pela Divindade para realizar o seu momento de Lei, por outro o senador brasiliense Cristovam Buarque foi escolhido e preparado para realizar o seu momento de Graça.

Ora, se por ocasião da realização do seu momento de Lei a sua realização foi precedida pelas gloriosas Jornadas de Julho, que chacoalharam a árvore da revolução e foi o anúncio da sua exequibilidade, e que ela estava próxima, às portas, de igual modo também iria ocorrer no país Brasil gloriosa Jornadas. Tendo acima declinado a cidade de Belém do Pará como o seu início, Adamir Gerson agora faz a sua correção: na verdade as Jornadas Brasileiras, em cujas asas chegariam o Reino do Messias Segundo a Graça, começou no mês de junho do ano de 2013 quando “de repente” milhares e milhares de jovens saíram às ruas, não apenas por vinte centavos, mas para exigir o fim de um sistema que os escraviza e os banaliza em todos os sentidos. Se o marco da revolução russa foi situado não nas Jornadas de Julho, mas nas jornadas de 1905 quando uma multidão de oprimidos se levantou e dirigiu-se ao Palácio para clamar ao Czar menos sofrimento em suas vidas, a verdade é que o marco da revolução brasileira será situado nas gloriosas Jornadas de Junho. As Jornadas de Junho, que realmente levantou os jovens, mas também adultos, homens e mulheres, a sua espontaneidade, o seu “apoliticismo” estaria tendo encaminhamento político na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014, em Belém, no dia 20 de abril do ano de 2014 em Londrina e no dia 19 de junho em Presidente Prudente, culminando a que no ano de 2015 o Brasil já está de posse de um novo governo que saberá dar encaminhamento real, fidedigno, a todas as aspirações de Brasil novo que então explodiu nas suas ruas no mês de junho deste ano. Um Brasil novo onde o futuro do jovem não será mais a rotina dura do trabalho, mas a escola. Na escola, longe das drogas, longe do confronto com a polícia, longe das penitenciárias. Se racionalizar, é possível sim que todos os filhos brasileiros passem pelo estudo integral, da pré-escola ao universitário sem qualquer interrupção. Se racionalizar, é possível sim pais e máquinas na fábrica e filhos na escola.

Na sua luta para o aparecimento de um novo Brasil e de uma nova terra, de pessoas animadas, felizes, com clamores jubilantes, como é o futuro que o profeta Isaías reserva para a terra (14.7), então Adamir Gerson fez a proposta de uma grande manifestação na cidade de Belém do Pará, porta de entrada do Reino do Messias segundo a Graça, e que se daria na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Porque este é o dia em que a mulher gloriosa de Apocalipse 12 dá à luz seu filho, que há de governar as nações com a autoridade da Palavra de Deus, podemos dizer sim que este é o dia do povo cristão. Dia em que pentecostais, protestantes, carismáticos, Teologia da Libertação, focolares, tomarão o rumo de Belém do Pará, como acontece com animais que migram para regiões distantes e ali darem à luz seus filhotes. E porque estamos nos dias da realização do casamento do Filho do Rei, dias em que seus escravos seriam enviados às estradas que saem da cidade e convidariam a qualquer que achassem pelo caminho, ora, isto significa dizer que o povo cristão não só estará presente, como convidará a todos para estarem na manhã do dia 12 em Belém. Estudantes, professores, sindicalistas, donas de casa, artistas, todos que possam encontrar pela frente.

Pois bem, depois do dia 12 de janeiro a luz da Parúsia iria levantar vôo de Belém e tomar o rumo da cidade de Londrina, norte do Paraná, para aqui, na manhã do dia 20 de abril do ano de 2014, a realização, então, de uma nova e grandíssima manifestação. Uma grandíssima manifestação que agora seria realizada pela força e as esperanças da juventude, daquela juventude que no mês de junho saiu às ruas clamando por um novo Brasil, exigindo um novo Brasil, que saiu às ruas naquele mês de junho, continuou a sair às ruas nos meses seguintes e só deixará as ruas quando estiverem vivendo em uma nova sociedade, em que nela não há mais indivíduos gozando privilégios à expensas de outros, não há mais ninguém dizendo que qualquer das coisas que possuí é a sua própria, sim, uma sociedade nova, de liberdade concreta, em que nela todos tem segundo as suas necessidades, não as ditadas por esta ou aquela ideologia, mas ditadas por Deus no nascimento de cada um.

Porque Londrina?

Por volta do ano de 2000 Adamir Gerson teve a revelação de que a cidade de Londrina fora construída por inspiração divina. Fora construída na resolução de um agudo impasse. E que agudo impasse foi este?

Ora, a presciência de Deus sabia que o socialismo iria passar por todos os passos que passou Jesus. Iria ser seguido pela multidão dos excluídos, iria produzir milagres no meio deles, iria ser traído, abandonado por todos, julgado, crucificado e morto. Mas depois iria ressuscitar. Ressuscitar como ressuscitou Jesus, em corpo novo, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao opróbrio dos homens.

E o impasse formado é que a lógica elementar apontava para a ressurreição do socialismo como se dando para o mundo a partir de Londres, porque é nesta cidade inglesa que se acha o corpo de Karl Marx. É aqui que Karl Marx se acha sepulto. E o impasse se formou porque justamente o socialismo novo, não mais no corpo do judeu Marx, mas no corpo do judeu Jesus, não mais no corpo do Marxismo, mas agora no corpo do Cristianismo, estava sendo gestado para nascer no Brasil e em nenhum outro lugar da terra. Ressuscitar na Inglaterra não podia, porque era o Brasil o lugar de seu nascimento, e nascer no Brasil não podia porque o corpo de Marx não se acha aqui, mas em Londres. E a Divindade resolveu o impasse por fazer com que capitalistas ingleses viessem para o Brasil na década de 20 e fundassem no norte do Paraná uma cidade que lhe deram o sugestivo nome: Norte Novo de Londrina.

Ora, como a História não pára, e ela caminha sempre para frente – mesmo que neste seu caminhar não raro dá passos atrás, como a NEP do Lênin, mas é sempre para ganhar força e dar muitos passos à frente – é feito a pergunta: Norte Novo de Londrina é que a imensa multidão de jovens que acudirão para esta cidade na manhã do dia 20 de abril do ano de 2014 é que estará vindo para cá para apanhar e se assenhorear de uma nova práxis revolucionária? Um novo norte para as suas vidas? Um novo norte revolucionário muito diferente, muito distinto, do norte revolucionário então legado por Marx?

Um novo norte revolucionário que desconhece o poder do fuzil, mas sabe do poder do giz? Que nas mãos de homens e mulheres que banharam o conhecimento na ética e no amor Daquele que escrevia na areia e ao escrever na areia não só revelava que não havia caminho sem pecado como revelava um caminho sem pecado, sim, o giz nas mãos de homens e mulheres que se tornaram tal no conhecimento de Jesus pode sim e tem o poder sim de criar uma nova pátria, de homens e mulheres realmente livres. O giz torna cidadão, e cidadão nem prática e nem tolera a injustiça.

Adamir Gerson acabou de fazer declarações que de imediato choca e deixa boquiaberto, com as pessoas indagando entre si: mas isto é verdadeiro? Como nunca soubemos disto? E qual a declaração que acabou de fazer? Ora, ao expor a história do socialismo como sendo a repetição da história de Jesus Adamir Gerson esteve a dizer que o socialismo é o próprio Jesus. Que aquilo que popularmente se chama de “Volta de Jesus” tal se deu, tal aconteceu, no advento do socialismo que não foi percebido por muitos fatores entre eles o de que se manifestou em um corpo mortal, o Marxismo.

Como a Palavra de Deus reserva para os últimos dias um período de completa transformação, em que: e seremos transformados num abrir e piscar de olho, então vale pena se aprofundar na questão. E tal será feito porque há a certeza de que esta verdade há de ser absorvida e aceita por todos os homens e mulheres de Deus. E por falta de tempo Adamir Gerson apresentará o mesmo de forma sucinta.

No ano de 1818 um pastor batista por nome Guilherme Miller, fazendo leitura no livro do profeta Daniel, foi invadido de revelações do Alto pelas quais as duas mil e trezentas noites e manhãs que aparece no livro do profeta Daniel, ao final do qual o lugar santo seria levado à sua condição correta, era na verdade um período profético de tempo que iria se cumprir por volta do ano de 1843. Para chegar a esta data Miller tomou como ponto de partida o Decreto do rei Artaxerxes, que ele datou a sua promulgação no ano de 457ª.c.

Não é preciso alongar nesta questão de Guilherme Miller porque é um assunto conhecido à exaustão de todos. Apenas fazer algumas considerações para aguçar o conhecimento: Miller teve a sua revelação no ano em que nasceu Marx, 1818, e naqueles anos de 1843 e 1844 quando as multidões foram para os montes para se encontrar com Jesus em sua volta gloriosa, que dizia Miller, seria para restaurar a terra, neste preciso instante não somente Marx se casou e deixou a casa de seus pais, e de sua parentela, e de seus pais e tornou-se peregrino no mundo, andando de nação em nação, sendo enxotado de nação em nação, como também neste preciso instante publicou dois livros: A Questão Judaica, em 1843 e Manuscritos Econômicos-Filosóficos, em 1844.

Ora, uma vez que a restauração da terra foi antecipada pelo profeta Isaías, e uma vez que as descrições que deu vão de encontro ao conteúdo que surgiu nestas duas obras, em especial a obra de 1844, Manuscritos Econômicos-Filosóficos, podemos afirmar que Jesus começava a restauração da terra através daquele judeu-protestante, na época com vinte e cinco anos? O que as multidões foram buscar nos montes dos Estados Unidos era uma realidade que se revelava distante dali, na Alemanha, que foi também a Alemanha de Lutero (1)?

Podemos dizer que aquela multidão que se juntou em torno de Guilherme Miller e tomada de forte expectação messiânica, uma multidão grande, imensa, uma reportagem da TV Globo disse que eram quinhentas mil, podemos dizer que tal era na verdade o berço religioso, transcendental, no qual nascia Marx? Testemunho real de que Marx saiu das entranhas do Divino?

Vejamos a descrição da terra restaurada que nos deixou Isaías: Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. E Isaías prossegue fornecendo as descrições desta terra restaurada: E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos. (Isaías 65.17).

Claramente Isaías está contrapondo dois sistemas sociais antagônicos, que é exatamente o antagonismo que há entre socialismo e capitalismo. E podemos afirmar que este sistema social visionado pelo profeta Isaías, a terra restaurada ao menos na sua condição material, pela primeira vez na história surgiu naqueles anos de 1843 e 1844. Antes de Marx o mundo foi povoado de socialismo, mas somente o de Marx trabalhava com o antagonismo de classe que aparece com clareza no profeta Isaías: plantarão, e outro não comerá! Construirão, e outro não morará! E vale acrescentar que em muitas outras passagens o mesmo Isaías mostra que esta sociedade nova iria se estabelecer pela destruição daqueles que alimentavam a sociedade erigida em classes, confronto este que foi teorizado por Marx naquele ano de 1844. Até mesmo o Ai, de Isaías, contra aqueles que juntavam casa a casa, anexavam campo a campo, até não haver mais espaço e se fazer que os humildes morassem sozinhos, no meio da terra, tal apareceu nos escritos de Marx naquele ano de 1844, assentado em uma linguagem que apenas sofreu a mediação das categorias do político, do econômico e do sociológico.

Ora, fazendo as descrições, Adamir Gerson assentou que naquele ano de 1843, Marx se casou e, como um Novo Abraão, deixou a casa de seus pais, a casa da sua parentela, a sua pátria, e tornou-se peregrino pelo mundo. Porque assentou tal? Porque a Volta de Jesus iria ser um processo, um processo longo, em que Marx foi apenas o seu início. A Volta de Jesus é um processo que iria recapitular Abraão, Moisés, Josué, João Batista, até culminar no aparecimento do Filho do homem, vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. Esta seria a coração e consumação de todo processo parusiático.

Em uma palavra, a Volta de Jesus basicamente iria ter dois momentos, o da Lei e o da Graça. No momento da Lei ela iria repetir Abraão, Moisés e Josué. E podemos dizer que ela repetiu Abraão em Marx, Moisés no Lênin e Josué no Stálin. Até mesmo podemos dizer que ela já repetiu o elo de transição que foi João Batista, através de Gorbatchov. De modo que tudo o que está prometido para o Brasil, para acontecer no Brasil no ano de 2014, já é a consumação parusiática e é um acontecimento que diz respeito a Jesus de Nazaré. Agora é Jesus propriamente dito. É Deus fecundando nos humanos, Jesus. Começou a fecundá-lo em Adamir Gerson naquele ano de 1978, começou a trabalhar a sua fecundação em alguns companheiros ao lado de Adamir Gerson, e neste ano de 2014 será uma multidão imbuída do espírito de Jesus Cristo para lidar e resolver todas as questões políticas, religiosas, filosóficas e sociais.

Ora, os teólogos têm dividido a expectação messiânica que ocorreu na terra num espaço de cem anos desde a publicação do livro The Even Tide – A Noite, de John Acquila Brown, em Primeiro e Segundo Advento. O Primeiro Advento foi aquele que se desenvolveu a partir do batista Guilherme Miller, e o Segundo Advento o que teve como principal protagonista Charles Tasse Russel, que se formou religiosamente no ventre do Primeiro Advento.

Ora, se o Primeiro Advento foi aquele que fez dezenas de milhares acreditar que a volta de Jesus iria dar-se naqueles anos de 1843 e 1844, quando retornava para começar a restauração da terra, o Segundo Advento já foi ligeiramente diferente: a afirmação de que o reino do Messias iria ser estabelecido por volta do ano de 1914. Já não há mais o léxico da restauração da terra, como ocorreu por ocasião do Primeiro Advento, mas agora a ênfase é sobre o Governo de Deus. Deus vai estabelecer na terra o seu Governo, tomando o lugar dos governos humanos e fazendo-os desaparecer. Ora, se foi dito que o fenômeno real do Primeiro Advento foi o judeu protestante Karl Marx, tem-se que afirmar que o fenômeno real do Segundo Advento foi mesmo o estabelecimento do governo socialista na Rússia naquele final do ano de 1917.

Podemos afirmar que a Volta de Jesus, que a Palavra de Deus diz viria como ladrão, sem aparência exterior (Lucas 17.20), e que muitos exegetas tem entendido como sendo uma volta espiritual, tal se deu no corpo do socialismo? O socialismo foi este corpo espiritual?

Se Jesus teve três momentos distintos em sua vida, o da sua infância, que passou em Nazaré; o momento em que se batizou e começou seu ministério público; e o terceiro momento, da ressurreição, o socialismo teria tido estes três momentos ou passaria por estes três momentos? O primeiro foi o de Marx, e que corresponde à infância de Jesus; o segundo foi o de Lênin, e a revolução, que trouxe o socialismo à prática, foi aquele momento em que Jesus se batizou e começou seu ministério público; e o terceiro momento, que corresponde à sua ressurreição, certamente é este que está sendo prometido para a cidade de Londrina, para a sua manhã do dia 20 de abril do ano de 2014.

Mais uma vez, os passos que o socialismo deu; os milagres que fez no meio do povo pobre, dando a ele o que ninguém nunca deu – escola, comida, moradia, trabalho, hospital, remédio, vestimenta, lazer – o fato concreto da sua traição, o ser abandonado por todos, levado para ser julgado por pecadores, cuspido, chibatado (ó socialismo, responde quem te bateu!), preterido pela turba: solta o capitalismo e à morte com o socialismo! Crucificado entre dois malfeitores como se fosse um deles, o nazismo e o fascismo, e finalmente lancetado para certificar-se de que realmente estava morto (isto aconteceu naquele momento em que Borys Yeltsin ordenou o bombardeio do Parlamento matando dezenas de comunistas com o seu sangue escorrendo pelas suas escadarias). Podemos dizer que por tudo isto que passou o socialismo foi tudo aquilo que passou Jesus se aproximando agora o momento da ressurreição?

Ao longo do trabalho vem sendo dito que o socialismo tem dois momentos, o da Lei e o da Graça. O corpo mortal, o da Lei, e o corpo imortal, o da Graça. Jesus teve dois corpos assim? Ora, quando Jesus tomou o rumo de Jerusalém sabia que estava indo para a morte. Iria passar pelo calvário amargo da morte. Mesmo assim tomou o rumo de Jerusalém, e quando a morte se avizinhou não fugiu dela, como instaram seus discípulos, mas a esperou pacientemente. Porque se sabia em um corpo mortal, mas carregando em oculto um segundo corpo, guardado para a ressurreição. E para que este segundo corpo se manifestasse Jesus sabia que tinha que passar pelo calvário, tinha de beber o cálice amargo. Mas tinha certeza que este seu sofrimento seria transitório. Depois iria vir o momento de glória, quando no novo corpo do Ressuscitado então iria atrair todos a si.

A queda do socialismo, por tudo que passou desde o final da década de 90, o seu calvário, foi necessária. Porque estava em um corpo mortal, o Marxismo, mas carregava em oculto um segundo corpo, que Adamir Gerson chama de socialismo celestial e que é aquele reino que segundo o profeta Daniel não iria passar a qualquer outro domínio, mas subsistira eternamente. E para que este segundo corpo pudesse se manifestar o socialismo teve de passar pelo calvário de morte. Passou, e agora estamos naquele momento em que um anjo desceu do céu e removeu a pedra pesada colocada na boca da sepultura de Jesus para que nunca se levantasse. Removeu a pedra pesada, se sentou sobre ela, e disse para as mulheres: o que buscai?

Que aquela multidão de jovens que no mês de junho saiu às ruas do Brasil, clamando por uma nova nação, um novo norte para as suas vidas, e aquela multidão de jovens que ficou defronte a Televisão observando as suas imagens e perguntando: o que é isso? Que todos estes jovens se encham de força e de esperança e tomem o rumo da cidade paranaense de Londrina; e nesta manhã do dia 20 de abril caminhem pelas suas avenidas, marchem pelas suas avenidas, batendo fortes os seus tambores, agitando e alçando alto suas bandeiras e cantando cânticos, muitos cânticos, os mais belos cânticos.

“Uma cortina se abriu e surgiu; Um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados; Do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra; Abrindo seu ventre fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor; Que só diz que a vida; Já vai começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom”

Pelas avenidas de Londrina, batendo fortes os seus tambores, agitando e alçando ao alto as suas bandeiras e cantando, cantando cânticos, muitos cânticos, os mais belos cânticos, e no meio deles, no meio dos jovens, carregado pelos jovens, segue o senador Cristovam Buarque, com os jovens não cansando de dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Portador de Cristo!

NOTA DE RODAPÉ

(1) A Alemanha sem sombra de dúvida foi um solo de grande importância na história da redenção. Nela não somente se deu o início da restauração espiritual do Reino, com Lutero, como se deu nela o início da restauração material do Reino, com Marx. A Alemanha não somente sustentou a Reforma Protestante como sustentou a Revolução na Rússia, mesmo que não compactuasse com sua ideologia. Ajudou Lênin no seu retorno à Rússia e foi o único país da terra a estar do lado dos bolcheviques naquele momento difícil, pouco importa se o fez em cima de interesses imediatos, que, a rigor, foi o que a moveu a também a apoiar o movimento de Lutero. Para contrapor, foi na Alemanha que surgiu a figura odiada de Amaleque, que segundo a Bíblia Deus iria ter guerra com Amaleque de geração em geração, até extinguir por completo a sua memória. E naquele interregno de 42, 45, Deus teve novamente uma guerra com Amaleque, Hitler, e mais uma vez o destruindo. Amaleque se levantou não apenas para destruir o fundamento tipológico, o judeu, mas também o fundamento antítipo, o socialismo. Deus afiou as mãos de Stálin e a mão dos generais e soldados soviéticos, e ao final daquele ano de 45 destruiu Amaleque e seus anjos. Destruiu Amaleque ao final daquele ano de 45 e o destruirá quantas vezes se levantar, Amaleque e seus anjos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Reino do Messias, Segundo a Graça - TERCEIRA PARTE

O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA – TERCEIRA PARTE

Belém do Pará

Adamir Gerson tem apresentado neste presente trabalho o ato bíblico em que Deus enviou o seu profeta Samuel à cidade de Belém, à casa de Jessé, para que ungisse um de seus filhos rei sobre Israel no lugar de Saul então rejeitado por Deus. E tal ato bíblico tem servido de fundamento tipológico para uma nova escolha de Deus, a regência do reinado de seu filho Jesus a começar na terra a partir do país Brasil. E Adamir Gerson foi claro, claríssimo, que o homem a quem Deus tem escolhido e preparado para a regência do reino do Messias segundo a Graça é o senador Cristovam Buarque.

Ora, sabemos que Davi passou por uma unção em que Samuel despejou sobre sua cabeça o óleo com que se dirigiu a Belém: e como seria a unção do senador Cristovam Buarque? Cristovam Buarque também teria uma unção como a que teve Davi?

O que Adamir Gerson está propondo é que seja realizado um grandíssimo ato na cidade de Belém do Pará, para a manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Uma grande caminhada nesta cidade. Dezenas e dezenas de milhares, e Cristovam Buarque seguiria na sua frente junto aos ministros da Palavra de Deus. E a multidão seguiria pelas avenidas de Belém do Pará clamando: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o portador do reino de Cristo! E a multidão seguiria pelas suas avenidas cantando na alegria de espírito, de quem divisou no horizonte a chegada de um novo dia: Uma cortina se abriu e surgiu um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra abrindo seu ventre fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor que só diz que a vida já vai começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom! (1) Esta seria a unção do senador Cristovam Buarque. (A data de 12 de janeiro não tem nada de importância a não ser que é aniversário da cidade. De modo que tão grande manifestação indo ocorrer não necessariamente nesta data. Pode ser uma data próxima, até a metade do mês de março, uma manhã, uma manhã de domingo - e tu virias numa manhã de domingo; eu te anuncio nos sinos das catedrais...)

Porque Belém do Pará?

Ora, no mês de novembro do ano de 1910 chegou a Belém do Pará, vindo dos Estados Unidos, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Chegaram a esta cidade situada no norte do Brasil, guiados por uma profecia. Estavam na casa de um irmão por nome Adolfo Uldim e em oração veio profecia de Deus que era para irem a um lugar chamado Pará, ou para, como dizem uns. Tendo descoberto que Pará era um Estado brasileiro, que tinha como capital a cidade de Belém, então os dois missionários rumaram para o Brasil e aqui chegaram ao final do ano de 1910.

E Gunnar Vingrem e Daniel Berg, de posse da seiva evangélica que Jesus tirou de si e derramou em Saulo de Tarso no caminho de Damasco, começaram um grande trabalho de evangelização e libertação espirituais. Superando as dificuldades iniciais, logo as boas novas começaram a se espalhar e a ganhar todo o Brasil. Hoje são mais de trinta milhões de crentes pentecostais em todo o Brasil.

Mas, é preciso o esclarecimento: o Evangelho que Daniel Berg e Gunnar Vingren disseminaram em todo o Brasil era o Evangelho que Paulo chamou de parcial. A sua libertação era espiritual e não material, que naqueles dias Deus depositara no povo marxista.

Mas, como Deus é aquele que começa uma obra e a termina, e Deus tinha o plano não apenas da libertação espiritual do povo brasileiro, mas, também, de sua libertação material, a verdade é que futuramente Deus iria consumar a sua obra. A sua obra consumadora iria, então, ter em um só feixe de apreensão e ação do real tanto a libertação espiritual como a libertação material. Nesta consumação, Deus iria colocar na boca de seus filhos e de suas filhas a aguda espada afiada de dois gumes que se estende da boca de Jesus, como está no livro do Apocalipse, cortando tanto contra as concupiscências carnais do paganismo-hedonismo como contra as concupiscências carnais do capitalismo. A grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, e que crucificou a Jesus (Apocalipse 11.8) iria então ter o seu fim, e no lugar iria então brotar a Nova Jerusalém. Seria neste exato momento que um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz estariam nascendo.

Esta obra consumadora de Deus teria o seu início na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 na cidade de Belém do Pará? Neste dia uma multidão de Ministros da Palavra de Deus viria de todos os pontos do Brasil a participar de um ato que seguramente inaugura na Terra a Parúsia? É a sua largada, o seu início?

De fato, Apocalipse 6.2 está descrevendo um ato assim. Apocalipse 6.2 é o momento em que Jesus toma nas mãos o livro dos selos e começa a sua abertura. Começa a Parúsia. É a História que começa a ser arrancada das mãos daqueles que contam a História para estar nas mãos Daquele que faz a História. Por longo cem anos, mais de cem anos, a Parúsia se desenvolveu de forma oculta, invisível, imperceptível aos homens, a todos os homens, mas agora ela será visível, clara, claríssima, inconfundível, a todos os homens, a todas as nações, a todas as raças, a todas as culturas, esta clareza passando a se propagar para o mundo a partir de Belém do Pará.

Ora, quando o livro dos selos é aberto o fenômeno que se manifesta é um cavaleiro montado em um cavalo branco, com um arco, e ele recebe uma coroa e sai para vencer e para completar a sua vitória, ora, seria que neste dia o senador Cristovam Buarque receberia nas avenidas de Belém a coroa régia do reinado de Cristo, um ato simbólico, que incluiria até mesmo ser colocado em cima de um cavalo, branco? Mesmo porque Deus é aquele que não muda e com ele não se brinca, e nem se finge que não é com ele que está falando, e Cristovam Buarque veio a se achar na mesma situação do judeu Mordecai, que por não ter dobrado seu joelho diante do Príncipe Hamã, teve a sua morte decretada, sendo salvo pela presciência de Deus? O fato do texto apocalíptico, dizer que ao cavaleiro sentado no cavalo foi lhe dado uma coroa esta coroa que lhe foi dada seria a responsabilidade da construção do Governo de Cristo? O cavalo branco e o cavaleiro seria uma unidade entre Cristo e o Portador de Cristo?

É preciso este esclarecimento: Adamir Gerson tem visto que sinceros homens e mulheres de Deus têm crido e afirmado que o Cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo, personagem que dizem vai ter a missão de governar toda a terra. Seu poder será grande porque será recebido como Cristo, mas depois vai se revelar como o Anticristo. Segundo dizem, a imagem crística – cavalo branco, coroa e arco na mão – é para confundir e enganar. Depois quando todos estiverem em suas mãos então vai se revelar o Anticristo.

Estes sinceros homens e mulheres de Deus precisam rever sua posição. Porque não há indício algum de que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo. Encerra muitas contradições. A começar que seria absurdo Jesus abrir o livro dos sete selos e de cara soltar o Anticristo. É fazer de Jesus pai do Anticristo. Outra contradição é que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o mesmo de Salmo 45, e afirmar que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o Anticristo implica na afirmação de que o cavaleiro de Salmo 45 seja o Anticristo, o que ninguém faz. E a contradição maior é estar preocupado na chegada de um pretenso Anticristo a governar a terra que jaz sob seu domínio, quando se deveria estar se preparando para receber aquele que diz a Palavra de Deus há de governar todas as nações com o cetro da autoridade da Palavra de Deus.

Os Ministros da Palavra de Deus irão se acordar para tão grande Chamado, se desvencilhando de Marina Silva, de Eduardo Campos, de Dilma, de Lula, de Aécio, e tomando o rumo de Belém do Pará? Desvencilhando-se de qualquer um destes enquanto encerra em si uma pretensão messiânica, o caso já constatado de Lula por Leonardo Boff e o caso já constatado de Marina Silva por Adamir Gerson?

Os Ministros da Palavra de Deus devem se dirigir a eles sim, para que sejam co-participantes na construção do Governo de Cristo, sejam os príncipes de Isaías 32, mas devem cortar pela raiz de qualquer deles a pretensão de Moisés. Certamente que entre eles, no meio deles, há o Josué, está o Josué. Mas agora não é tempo de Josué, mas de Moisés. De quem adquiriu e construiu maturidade política. Apto a dialogar com todos os segmentos da sociedade e apto a conduzir a todos para fora de sistemas que já se esgotaram na História e que alguns, por falta da novidade, insistem em ajuntar seus cacos, caiando aqui caiando ali.

É tempo de se começar um trabalho de libertação do povo brasileiro, até chegar um dia em que programas como o do Datena e do Marcelo Resende deixaram de existir porque deixaram de existir as tragédias sociais que os mantém no ar.

Entre eles, no meio deles, está o Josué de Deus, como houve o Josué de Deus quando o reino do Messias se formava pelo lado da Lei (2)? Sim, entre eles está o Josué de Deus, mas também está a Miriã de Deus. E Adamir Gerson enxerga em Marina Silva esta Miriã de Deus. Já se revelou como da linha de frente do Reino quando reconheceu a imaturidade política do povo evangélico. E mesmo agora tem sentido em si mesma a vocação para líder espiritual, para a construção de algo que venha ser novo, do que vocação do poder. Tem sido lançada candidata presidenciável muito mais pela pressão da militância. E foi isto que a influenciou na sua ida ao PSB. A sua ida ao PSB aliviou o peso que pairava sobre o espírito. De modo que tem chegado o tempo de Marina Silva assumir sua verdadeira vocação. Tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e chamar todas as mulheres, todas as igrejas, saindo todas elas com pandeiros e com danças. E Marina Silva responderá aos homens: Cantai a Javé, pois ele ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e falar, e dar maturidade política, a quem está à direita, a quem está à esquerda, em cima do muro, debaixo do muro, dizendo para todos que aquelas quatorze nações que naquele ano de 1918 invadiram a Rússia para destruir o reino do Messias pelo lado da Lei e que foram derrotadas, sim, Marina Silva deve proclamar que elas na verdade foram afundadas nas águas do Mar Vermelho espiritual, pelo mesmo Deus que na proto-história confundiu as forças de Faraó e as afogou nas águas do grande mar.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e fazer a solene proclamação: Os nossos pais revolucionários atravessaram as águas do Mar Vermelho espiritual e caminharam pelo deserto, cercado de nações hostis, tendo de passar no meio de cobras venenosas e de escorpiões, como o nazismo e o fascismo, mas a nós está reservada uma nova missão, consumadora daquela: a travessia das águas do Jordão espiritual e ocupar as moradas eternas que Jesus construiu para os seus. Que os reis de Canaã se remoam no seu íntimo, e ajuntem-se, eles e todas as bestas da terra, porque se aproxima o momento da batalha final, que há de apanhar a todos e os lançar no lago ardente que queima com enxofre. E aquela destruição gratuita, para nada, que estes reis fizeram na Líbia e estão fazendo na Síria, olhando de rabo de olho para o Irã e para a Venezuela, como que dizendo: Aguardem-nos! Nunca mais se repetirá na terra. Marina Silva tem os talentos messiânicos, porta a seiva messiânica, e deve usá-los para fazer todos que estão no seu ângulo de visão para olharem com esperança para Belém do Pará e tomar o seu rumo.   

ABC Paulista

Naquele abril de 1978 quando Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico e mãos divinas o levaram para o ventre da igreja evangélica, nove meses na Assembléia de Deus, que findou naquele final de 78, e dezoito anos na Congregação Cristã no Brasil, que findou naquele maio de 98, e que Adamir Gerson veio saber, pelo espírito, que foram os nove meses que Jesus passou no ventre de Maria e os dezoito anos que passou no ventre de Nazaré – e a recapitulação é uma necessidade; é modo de agir do Deus – ora, naquele mesmo ano de 78 nascia para o mundo da política o operário do ABC Luis Inácio Lula da Silva. Enquanto Adamir Gerson começava a sua gestação no ventre da igreja evangélica, Lula se gestava no ventre da igreja da Teologia da Libertação.

E naqueles dias Lula, líderes da esquerda, e líderes da Teologia da Libertação se juntaram e criou um novo instrumento político, o PT.

Mas, um fato na criação do PT chama à atenção: o PT nasceu da convergência da esquerda política com as Cebs católicas, mas deixou de lado, até mesmo excluído, o segmento evangélico-pentecostal. Não se interessou por ele. Naqueles dias, por influência da Teologia da Libertação, os evangélicos pentecostais eram vistos com mau olho para quem tinha militância na esquerda política. Viam-no como movimento religioso nas mãos e a serviço do imperialismo americano na sua luta contra o comunismo. Desde a derrota na Rússia, em 1918, os Estados Unidos passou a se interessar e a cooptar o movimento pentecostal para o seu lado. Grandes corporações americanas passaram a injetar grande soma de dinheiro em missões de evangelização para que impedissem das massas trabalhadoras serem ganhas pelo comunismo, em toda América Latina, e em especial no Brasil.

Mas, é preciso ser dito: a verdade é que a Teologia da Libertação desconhecia qual era a essência verdadeira do movimento pentecostal. Na verdade portador da espiritualidade cristã, do socialismo espiritual, com a missão de construí-los nos espíritos, a priori e independente de qualquer prescrição das ciências sociais. De modo que quando o movimento pentecostal aportou no Brasil foi sim enviado de Deus, do Deus que sabia dos limites do Marxismo, dos limites a que estaria exposta a revolução quando triunfasse.

Mais do que isso, de que o reino do Messias teria dois lados, o já falado, lado da Lei e o já falado lado da Graça. De modo que a espiritualidade cristã iria ser dispensada por ocasião da construção do reino do Messias pelo lado da Lei, mas indispensável quando chegasse o tempo da construção do reino do Messias pelo lado da Graça. Neste preciso momento iria ser fundamental na construção do socialismo. Sobre o seu alicerce é que iria ser levantado o verdadeiro socialismo, não perene, transitório, como foi o marxista, mas eterno, indestrutível; porque então aquele reino que segundo o profeta Daniel arruinaria todos os reinos terrenos, e ele mesmo não passaria jamais a outro domínio. Destarte, o nascimento do pentecostalismo no Brasil foi presciência de Deus, preparando o caminho, as condições, para que quando caísse o socialismo então o mesmo pudesse ser reconstruído, em bases inteiramente novas, jamais divisadas por Marx ou por qualquer de seus epígonos. O socialismo iria cair, é verdade, mas, para espanto dos seus inimigos, iria se levantar, em corpo novo, incorruptível, a partir da força e da essência daquele movimento que no começo do século nasceu na cidade de Belém do Pará. E já não seria mais socialismo, mas o estágio elevado do comunismo, para marxistas, e o estágio elevado do Reino de Deus, para cristãos.

Como explicar que a Teologia da Libertação não teve conhecimento, não teve acesso, às essências verdadeiras e sublimes do movimento pentecostal, canhestramente vendo nele apenas o seu lado perverso, a sua utilização pelo império americano na sua luta contra o comunismo não enxergando nele nada, além disto?

Apesar de nascidos em tempo e espaço diferentes, e com essências distintas, a verdade é que tanto a Teologia da Libertação como o Pentecostalismo nasceram de Deus e foi uma unidade em suas mãos. Mas, como Deus se move na tríade hegeliana, concebeu-os apartados, um sem conhecimento do outro, como tese e antítese do processo da libertação. A um, ao movimento pentecostal, Deus deu a ele a igualdade espiritual de seu filho Jesus; e ao outro, à Teologia da Libertação, Deus deu a ela a igualdade material de seu filho Jesus Cristo. De modo que Deus tinha o plano futuro de unir estas duas libertações em uma só libertação, maior que suas partes. Uma libertação que seria completa, integral, integradora dos filhos dos homens.

O que foi falado deve servir de reflexão para os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir da chegada no Brasil dos missionários nórdicos Daniel Berg e Gunnar Vingren.  Mais precisamente que nasceram a partir do grande pentecostes que Deus derramou no ano de 1906 em Los Angeles, naquele templo metodista abandonado. Porque a Parúsia está se levantando em patamar novo, superior, não mais como Jacó e não mais como Esaú, mas agora como Isaque. Já não é mais a libertação particular de uns e de outros, mas a libertação total, completa, de Jesus Cristo (ICoríntios 13.9-10). Isto significa dizer que é missão dos ministros da Palavra de Deus pentecostal agregar à sua caminhada também os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir do Concílio Vaticano II. Tanto os católicos da Teologia da Libertação como os protestantes do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs.

E vale acrescentar que a mesma restrição que a Teologia da Libertação impôs ao movimento pentecostal, naquele início da década de 80, quando nascia o PT, foi mesma restrição que colocou à Renovação Carismática. Ao seu julgamento pelo qual o movimento pentecostal foi cooptado pelo imperialismo americano, para desviar as massas trabalhadoras do seu contato com o Marxismo, de igual modo reservou à Renovação Carismática o mesmo juízo: nasceu nos Estados Unidos e aqui chegou para impedir das massas católicas serem politizadas e ganhas pela Teologia da Libertação.

Isto é verdadeiro do ponto de vista positivista, do ponto de vista da letra, não, porém, do ponto de vista da metafísica, do ponto de vista do espírito. Porque na verdade a Teologia da Libertação padecia das mesmas limitações do Marxismo. Ao fundamento material do Reino, faltava-lhe o seu fundamento espiritual. Fazia uma leitura da sociedade e filtrava sua prática social na mediação de Marx, faltando a filtragem que era feita na mediação de Paulo. E como a libertação é obra de Deus e não do homem, a verdade é que o mesmo Deus que criou o movimento pentecostal o mesmo criou a Renovação Carismática.

E aqui chegou não para roubar e empobrecer a Teologia da Libertação, mas para enriquecê-la. Por conta dessa limitação, a Teologia da Libertação, transcendentalmente, iria ser posta porta afora, e vagar como vagou Esaú, com o jugo pesado sobre o pescoço. Mas iria voltar. E quando olhasse na Renovação Carismática e a recebesse com prazer (Gênesis 33.10), neste preciso momento iria ser removido do pescoço o jugo pesado e seriam restaurados os seus dias de glória. O seu sonho de mocidade, a construção de um Brasil e de uma terra de gente de rosto feliz, iria ser novamente sonhado, e agora com a possibilidade real da sua construção, pois que, deveras, as armas que lhes faltavam para tal foram trazidas pela Renovação Carismática: o Evangelho de Jesus Cristo que constrói a libertação do pobre na libertação do rico. Que toma o lado do pobre por tomar o lado do rico: vai, vende o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem ser meu seguidor. Que significa para os dias de hoje que o rico, tocado pelo poder transformador do Evangelho, pode e deve ser colocado na construção de uma sociedade socialista. Fraterna, solidária, de irmãos, em que cada um busca não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa, como são as imagens de ICoríntios 10.24. Mesmo porque esta sociedade socialista não é mais aquela, mas uma nova, não somente realmente fundada no poder popular, como no poder divino.

Quão bom é se os irmãos viverem em união! Quão bom é se católicos e evangélicos meditarem sobre as palavras recentes do Papa Francisco: Não existe um Deus católico, apenas Deus. Embora não houvesse tratos entre judeus e samaritanos, não havia um Deus no reino do norte e um Deus no reino do sul, mas apenas Deus que a uns deu uma essência, a outros, outra essência, distintas, mas complementares. Porque se em Jerusalém estava a devoção verdadeira, Samaria era a porta por onde esta devoção verdadeira se projetava para fora e alcançava todas as nações.

Quão bom seria se na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 as avenidas de Belém do Pará estejam ocupadas pelos ministros da Palavra de Deus, pentecostais, protestantes, progressistas, carismáticas, que vieram não só da região da Grande Belém, mas de todas as partes do Brasil. Movidos pela esperança de se começar a construção de um novo Brasil, de uma nova terra.

Quão bom seria se os Mensageiros do Reino saíssem por toda Belém, por todo Pará, por todo Brasil, e a quem encontrar pelas ruas das cidades convidará para estarem na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 nas avenidas de Belém do Pará. Participando e se sentando à mesa no banquete do casamento do Filho do Rei. Uma grande festa do sagrado. Uma multidão imensa, quiçá tão imensa como a multidão do Círio de Nazaré, caminhando pelas avenidas de Belém, junto a seus líderes espirituais, não só os cristãos, mas todos que professam a fé no sagrado. E Cristovam Buarque no seu meio.

Para encerrar a Terceira Parte do trabalho O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA, faz-se necessário dizer que na Segunda Parte do referido trabalho Adamir Gerson transcreveu uma resposta que recebeu do senador Cristovam Buarque. Reagindo ao trabalho enviado, assim se expressou o senador brasiliense: Carta empolgante! Gostaria de ler o livro “Acendendo a Fogueira”.

E é preciso esclarecer: o livro “Acendendo a Fogueira” trata-se de um livro que não se lê senão que se participa da maior das revoluções, a brasileira, que há de trazer profundas mudanças não apenas no plano social, mas também, e muito mais, no plano do espírito. A revolução brasileira se confunde e é a Parúsia.

Oxalá que o livro “Acendendo a Fogueira” comece a ser lido por todos na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014, nas avenidas de Belém do Pará.

NOTAS DE RODAPÉ

(1)  A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano. Oxalá que no ano de 2014 o Brasil inteiro, de posse de uma nova esperança, estejam cantando Rosa de Sarom, nas escolas, nas igrejas, nas praças, nas fábricas, em todos os lugares deste gigante que no mês de junho começou a acordar do profundo sono lhe imposto.

(2)  Falando sobre o advento do reino do Messias sobre a terra, em dois tempos, o da Lei e o da Graça, Adamir Gerson após ser duro com presidenciáveis que ostentam a ilusão de ser Moisés, foi claro de que não obstante no meio deles tem o Josué, figura que será enriquecida na caminhada para mais na frente ser usada em uma missão importante. E ao dizer que o reino do Messias pelo lado da Graça tinha oculto o seu Josué concluiu tal por dizer que o reino do Messias pelo lado da Lei quando se manifestou também teve o seu Josué. E quem foi ele? Indiscutivelmente que Stálin. Lênin voltando do exílio e se juntando a Trotsky e os dois, indo fazer a revolução e guiando o povo na direção do socialismo, ora, tal foi o antítipo do momento em que Moisés voltou do exílio e, após se juntar a Arão, seu irmão, então foram libertar os escravos hebreus do domínio de Faraó. É verdade, Moisés tirou o povo escravo das masmorras do Egito e o conduziu na direção de Canaã, mas não guiou o povo para dentro dela, quem fez tal foi outro: Josué. É verdade, Lênin fez a revolução e guiou o povo na direção do socialismo, mas quem introduziu o povo no socialismo foi outro: Stálin. Stálin foi duro, ao ponto que é apontado por muitos como o governante mais impiedoso que a História produziu? Ora, estas palavras que se endereçam a Stálin são as palavras que certa Enciclopédia dirigiu a Josué: O maior assassino da História. Como se compreende Marx numa leitura e apreensão de Abraão, como se compreende Lênin numa leitura e apreensão de Moisés, se conhece a Stálin num conhecimento de Josué, porque portadores da mesma essência.

O Reino do Messias, Segundo a Graça - TERCEIRA PARTE

O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA – TERCEIRA PARTE

Belém do Pará

Adamir Gerson tem apresentado neste presente trabalho o ato bíblico em que Deus enviou o seu profeta Samuel à cidade de Belém, à casa de Jessé, para que ungisse um de seus filhos rei sobre Israel no lugar de Saul então rejeitado por Deus. E tal ato bíblico tem servido de fundamento tipológico para uma nova escolha de Deus, a regência do reinado de seu filho Jesus a começar na terra a partir do país Brasil. E Adamir Gerson foi claro, claríssimo, que o homem a quem Deus tem escolhido e preparado para a regência do reino do Messias segundo a Graça é o senador Cristovam Buarque. O Reino do Messias Segundo a Graça Adamir Gerson tem dito ser o senador brasiliense Cristovam Buarque o homem que Deus tem escolhido e preparado.

Ora, sabemos que Davi passou por uma unção em que Samuel despejou sobre sua cabeça o óleo com que se dirigiu a Belém: e como seria a unção do senador Cristovam Buarque? Cristovam Buarque também teria uma unção como a que teve Davi?

O que Adamir Gerson está propondo é que seja realizado um grandíssimo ato na cidade de Belém do Pará, para a manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Uma grande caminhada nesta cidade. Dezenas e dezenas de milhares, e Cristovam Buarque seguiria na sua frente junto aos ministros da Palavra de Deus. E a multidão seguiria pelas avenidas de Belém do Pará clamando: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o portador do reino de Cristo! E a multidão seguiria pelas suas avenidas cantando na alegria de espírito, de quem divisou no horizonte a chegada de um novo dia: Uma cortina se abriu e surgiu um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra abrindo seu ventre fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor que só diz que a vida já vai começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom! (1) Esta seria a unção do senador Cristovam Buarque.

Porque Belém do Pará?

Ora, no mês de novembro do ano de 1910 chegou a Belém do Pará, vindo dos Estados Unidos, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Chegaram a esta cidade situada no norte do Brasil, guiados por uma profecia. Estavam na casa de um irmão por nome Adolfo Uldim e em oração veio profecia de Deus que era para irem a um lugar chamado Pará, ou para, como dizem uns. Tendo descoberto que Pará era um Estado brasileiro, que tinha como capital a cidade de Belém, então os dois missionários rumaram para o Brasil e aqui chegaram ao final do ano de 1910.

E Gunnar Vingrem e Daniel Berg, de posse da seiva evangélica que Jesus tirou de si e derramou em Saulo de Tarso no caminho de Damasco, começaram um grande trabalho de evangelização e libertação espirituais. Superando as dificuldades iniciais, logo as boas novas começaram a se espalhar e a ganhar todo o Brasil. Hoje são mais de trinta milhões de crentes pentecostais em todo o Brasil.

Mas, é preciso o esclarecimento: o Evangelho que Daniel Berg e Gunnar Vingren disseminaram em todo o Brasil era o Evangelho que Paulo chamou de “parcial”. A sua libertação era espiritual e não material, que naqueles dias Deus depositara no povo marxista.

Mas, como Deus é aquele que começa uma obra e a termina, e Deus tinha o plano não apenas da libertação espiritual do povo brasileiro, mas, também, de sua libertação material, total, completa, a verdade é que futuramente Deus iria consumar a sua obra. A sua obra consumadora iria, então, ter em um só feixe de apreensão e ação do real tanto a libertação espiritual como a libertação material. Nesta consumação, Deus iria colocar na boca de seus filhos e de suas filhas a aguda espada afiada de dois gumes que se estende da boca de Jesus, como está no livro do Apocalipse, cortando tanto contra as concupiscências carnais do paganismo-hedonismo como contra as concupiscências carnais do capitalismo-dinheiro. A grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, e que crucificou a Jesus (Apocalipse 11.8) iria então ter o seu fim, e no lugar iria então brotar a Nova Jerusalém. Seria neste exato momento que um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz estariam nascendo.

Esta obra consumadora de Deus teria o seu início na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 na cidade de Belém do Pará? Neste dia uma multidão de Ministros da Palavra de Deus viria de todos os pontos do Brasil a participar de um ato que seguramente inaugura na Terra a Parúsia? É a sua largada, o seu início?

De fato, Apocalipse 6.2 está descrevendo um ato assim. Apocalipse 6.2 é o momento em que Jesus toma nas mãos o livro dos selos e começa a sua abertura. Começa a Parúsia. É a História que começa a ser arrancada das mãos daqueles que contam a História para estar nas mãos Daquele que faz a História. Por longo cem anos, mais de cem anos, a Parúsia se desenvolveu de forma oculta, invisível, imperceptível aos homens, a todos os homens, mas agora ela será visível, clara, claríssima, inconfundível, a todos os homens, a todas as nações, a todas as raças, a todas as culturas, esta clareza passando a se propagar para o mundo a partir de Belém do Pará, isto é, a partir do momento em que os ministros da Palavra de Deus ouviram o Chamado e responderam, com o profeta Isaías: Eis-me aqui, Senhor! Envia-nos!

Ora, quando o livro dos selos é aberto o fenômeno que se manifesta é um cavaleiro montado em um cavalo branco, com um arco, e ele recebe uma coroa e sai para vencer e para completar a sua vitória – ora, seria que neste dia o senador Cristovam Buarque receberia nas avenidas de Belém a coroa régia do reinado de Cristo, um ato simbólico, que incluiria até mesmo ser colocado em cima de um cavalo branco? Mesmo porque Deus é aquele que não muda e com ele não se brinca, e nem se finge que não é com ele que está falando, e Cristovam Buarque veio a se achar na mesma situação do judeu Mordecai, que por não ter dobrado seu joelho diante do Príncipe Hamã, teve a sua morte decretada, sendo salvo pela presciência de Deus? O fato do texto apocalíptico, dizer que ao cavaleiro sentado no cavalo foi lhe dado uma coroa esta coroa que lhe foi dada seria a responsabilidade da construção do Governo de Cristo? O cavalo branco e o cavaleiro seria uma unidade entre Cristo e o Portador de Cristo?

É preciso este esclarecimento: Adamir Gerson tem visto que sinceros homens e mulheres de Deus têm crido e afirmado que o Cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo, personagem que dizem vai ter a missão de governar toda a terra. Seu poder será grande porque será recebido como Cristo, mas depois vai se revelar como o Anticristo. Segundo dizem, a imagem crística – cavalo branco, coroa e arco na mão – é para confundir e enganar. Depois quando todos estiverem em suas mãos então vai se revelar o Anticristo.

Estes sinceros homens e mulheres de Deus precisam rever sua posição. Porque não há indício algum de que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo. Encerra muitas contradições. A começar que seria absurdo Jesus abrir o livro dos sete selos e de cara soltar o Anticristo. É fazer de Jesus pai do Anticristo. Outra contradição é que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o mesmo de Salmo 45, e afirmar que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o Anticristo implica na afirmação de que o cavaleiro de Salmo 45 seja o Anticristo, o que ninguém faz. E a contradição maior é estar preocupado na chegada de um pretenso Anticristo a governar a terra que jaz sob seu domínio, quando se deveria estar se preparando para receber aquele que diz a Palavra de Deus há de governar todas as nações com o cetro da autoridade da Palavra de Deus.

Os Ministros da Palavra de Deus irão se acordar para tão grande Chamado, se desvencilhando de Marina Silva, de Eduardo Campos, de Dilma, de Lula, de Aécio, e tomando o rumo de Belém do Pará? Desvencilhando-se de qualquer um destes enquanto encerra em si uma pretensão messiânica, o caso já constatado de Lula por Leonardo Boff e o caso já constatado de Marina Silva por Adamir Gerson?

Os Ministros da Palavra de Deus devem se dirigir a eles sim, para que sejam co-participantes na construção do Governo de Cristo, sejam os príncipes de Isaías 32, mas devem cortar pela raiz de qualquer deles a pretensão de Moisés. Certamente que entre eles, no meio deles, há o Josué, está o Josué. Mas agora não é tempo de Josué, mas de Moisés. De quem adquiriu e construiu maturidade política. Apto a dialogar com todos os segmentos da sociedade e apto a conduzir a todos para fora de sistemas que já se esgotaram na História e que alguns, por falta da novidade, insistem em ajuntar seus cacos, caiando aqui caiando ali.

É tempo de se começar um trabalho de libertação do povo brasileiro, até chegar um dia em que programas como o do Datena e do Marcelo Resende deixaram de existir porque deixaram de existir as tragédias sociais que os mantém no ar.

Entre eles, no meio deles, está o Josué de Deus, como houve o Josué de Deus quando o reino do Messias se formava pelo lado da Lei (2)? Sim, entre eles está o Josué de Deus, mas também está a Miriã de Deus. E Adamir Gerson enxerga em Marina Silva esta Miriã de Deus. Já se revelou como da linha de frente do Reino quando reconheceu a imaturidade política do povo evangélico. E mesmo agora tem sentido em si mesma a vocação para líder espiritual, para a construção de algo que venha ser novo, do que vocação do poder. Tem sido lançada candidata presidenciável muito mais pela pressão da militância. E foi isto que a influenciou na sua ida ao PSB. A sua ida ao PSB aliviou o peso que pairava sobre o espírito. De modo que tem chegado o tempo de Marina Silva assumir sua verdadeira vocação. Tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e chamar todas as mulheres, todas as igrejas, saindo todas elas com pandeiros e com danças. E Marina Silva responderá aos homens: Cantai a Javé, pois ele ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e falar, e dar maturidade política, a quem está à direita, a quem está à esquerda, em cima do muro, debaixo do muro, dizendo para todos que aquelas quatorze nações que naquele ano de 1918 invadiram a Rússia para destruir o reino do Messias pelo lado da Lei e que foram derrotadas, sim, Marina Silva deve proclamar que elas na verdade foram afundadas nas águas do Mar Vermelho espiritual, pelo mesmo Deus que na proto-história confundiu as forças de Faraó e as afogou nas águas do grande mar.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e fazer a solene proclamação: Os nossos pais revolucionários atravessaram as águas do Mar Vermelho espiritual e caminharam pelo deserto, cercado de nações hostis, tendo de passar no meio de cobras venenosas e de escorpiões, como o nazismo e o fascismo, mas a nós está reservada uma nova missão, consumadora daquela: a travessia das águas do Jordão espiritual e ocupar as moradas eternas que Jesus construiu para os seus. Que os reis de Canaã se remoam no seu íntimo, e ajuntem-se, eles e todas as bestas da terra, porque se aproxima o momento da batalha final, que há de apanhar a todos e os lançar no lago ardente que queima com enxofre. E aquela destruição gratuita, para nada, que estes reis fizeram na Líbia e estão fazendo na Síria, olhando de rabo de olho para o Irã e para a Venezuela, como que dizendo: Aguardem-nos! Nunca mais se repetirá na terra. Marina Silva tem os talentos messiânicos, porta a seiva messiânica, e deve usá-los para fazer todos que estão no seu ângulo de visão para olharem com esperança para Belém do Pará e tomar o seu rumo.   

ABC Paulista

Naquele abril de 1978 quando Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico e mãos divinas o levaram para o ventre da igreja evangélica, nove meses na Assembléia de Deus, que findou naquele final de 78, e dezoito anos na Congregação Cristã no Brasil, que findou naquele maio de 98, e que Adamir Gerson veio saber, pelo espírito, que foram os nove meses que Jesus passou no ventre de Maria e os dezoito anos que passou no ventre de Nazaré – e a recapitulação é uma necessidade; é modo de agir do Deus – ora, naquele mesmo ano de 78 nascia para o mundo da política o operário do ABC Luis Inácio Lula da Silva. Enquanto Adamir Gerson começava a sua gestação no ventre da igreja evangélica, Lula se gestava no ventre da igreja da Teologia da Libertação.

E naqueles dias Lula, líderes da esquerda, e líderes da Teologia da Libertação se juntaram e criou um novo instrumento político, o PT.

Mas, um fato na criação do PT chama à atenção: o PT nasceu da convergência da esquerda política com as Cebs católicas, mas deixou de lado, até mesmo excluído, o segmento evangélico-pentecostal. Não se interessou por ele. Naqueles dias, por influência da Teologia da Libertação, os evangélicos pentecostais eram vistos com mau olho para quem tinha militância na esquerda política. Viam-no como movimento religioso nas mãos e a serviço do imperialismo americano na sua luta contra o comunismo. Desde a derrota na Rússia, em 1918, os Estados Unidos passou a se interessar e a cooptar o movimento pentecostal para o seu lado. Grandes corporações americanas passaram a injetar grande soma de dinheiro em missões de evangelização para que impedissem das massas trabalhadoras serem ganhas pelo comunismo, em toda América Latina, e em especial no Brasil.

Mas, é preciso ser dito: a verdade é que a Teologia da Libertação desconhecia qual era a essência verdadeira do movimento pentecostal. Na verdade portador da espiritualidade cristã, do socialismo espiritual, com a missão de construí-los nos espíritos, a priori e independente de qualquer prescrição das ciências sociais. De modo que quando o movimento pentecostal aportou no Brasil foi sim enviado de Deus, do Deus que sabia dos limites do Marxismo, dos limites a que estaria exposta a revolução quando triunfasse.

Mais do que isso, de que o reino do Messias teria dois lados, o já falado, lado da Lei e o já falado lado da Graça. De modo que a espiritualidade cristã iria ser dispensada por ocasião da construção do reino do Messias pelo lado da Lei, mas indispensável quando chegasse o tempo da construção do reino do Messias pelo lado da Graça. Neste preciso momento iria ser fundamental na construção do socialismo. Sobre o seu alicerce é que iria ser levantado o verdadeiro socialismo, não perene, transitório, como foi o marxista, mas eterno, indestrutível; porque então aquele reino que segundo o profeta Daniel arruinaria todos os reinos terrenos, e ele mesmo não passaria jamais a outro domínio. Destarte, o nascimento do pentecostalismo no Brasil foi presciência de Deus, preparando o caminho, as condições, para que quando caísse o socialismo então o mesmo pudesse ser reconstruído, em bases inteiramente novas, jamais divisadas por Marx ou por qualquer de seus epígonos. O socialismo iria cair, é verdade, mas, para espanto dos seus inimigos, iria se levantar, em corpo novo, incorruptível, a partir da força e da essência daquele movimento que no começo do século nasceu na cidade de Belém do Pará. E já não seria mais socialismo, mas o estágio elevado do comunismo, para marxistas, e o estágio elevado do Reino de Deus, para cristãos.

Como explicar que a Teologia da Libertação não teve conhecimento, não teve acesso, às essências verdadeiras e sublimes do movimento pentecostal, canhestramente vendo nele apenas o seu lado perverso, a sua utilização pelo império americano na sua luta contra o comunismo não enxergando nele nada, além disto?

Apesar de nascidos em tempo e espaço diferentes, e com essências distintas, a verdade é que tanto a Teologia da Libertação como o Pentecostalismo nasceram de Deus e foi uma unidade em suas mãos. Mas, como Deus se move na tríade hegeliana, concebeu-os apartados, um sem conhecimento do outro, como tese e antítese do processo da libertação. A um, ao movimento pentecostal, Deus deu a ele a igualdade espiritual de seu filho Jesus; e ao outro, à Teologia da Libertação, Deus deu a ela a igualdade material de seu filho Jesus Cristo. De modo que Deus tinha o plano futuro de unir estas duas libertações em uma só libertação, maior que suas partes. Uma libertação que seria completa, integral, integradora dos filhos dos homens.

O que foi falado deve servir de reflexão para os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir da chegada no Brasil dos missionários nórdicos Daniel Berg e Gunnar Vingren.  Mais precisamente que nasceram a partir do grande pentecostes que Deus derramou no ano de 1906 em Los Angeles, naquele templo metodista abandonado. Porque a Parúsia está se levantando em patamar novo, superior, não mais como Jacó e não mais como Esaú, mas agora como Isaque. Já não é mais a libertação particular de uns e de outros, mas a libertação total, completa, de Jesus Cristo (ICoríntios 13.9-10). Isto significa dizer que é missão dos ministros da Palavra de Deus pentecostal agregar à sua caminhada também os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir do Concílio Vaticano II. Tanto os católicos da Teologia da Libertação como os protestantes do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs.

E vale acrescentar que a mesma restrição que a Teologia da Libertação impôs ao movimento pentecostal, naquele início da década de 80, quando nascia o PT, foi mesma restrição que colocou à Renovação Carismática. Ao seu julgamento pelo qual o movimento pentecostal foi cooptado pelo imperialismo americano, para desviar as massas trabalhadoras do seu contato com o Marxismo, de igual modo reservou à Renovação Carismática o mesmo juízo: nasceu nos Estados Unidos e aqui chegou para impedir das massas católicas serem politizadas e ganhas pela Teologia da Libertação.

Isto é verdadeiro do ponto de vista positivista, do ponto de vista da letra, não, porém, do ponto de vista da metafísica, do ponto de vista do espírito. Porque na verdade a Teologia da Libertação padecia das mesmas limitações do Marxismo. Ao fundamento material do Reino, faltava-lhe o seu fundamento espiritual. Fazia uma leitura da sociedade e filtrava sua prática social na mediação de Marx, faltando a filtragem que era feita na mediação de Paulo. E como a libertação é obra de Deus e não do homem, a verdade é que o mesmo Deus que criou o movimento pentecostal o mesmo criou a Renovação Carismática.

E aqui chegou não para roubar e empobrecer a Teologia da Libertação, mas para enriquecê-la. Por conta dessa limitação, a Teologia da Libertação, transcendentalmente, iria ser posta porta afora, e vagar como vagou Esaú, com o jugo pesado sobre o pescoço. Mas iria voltar. E quando olhasse na Renovação Carismática e a recebesse com prazer (Gênesis 33.10), neste preciso momento iria ser removido do pescoço o jugo pesado e seriam restaurados os seus dias de glória. O seu sonho de mocidade, a construção de um Brasil e de uma terra de gente de rosto feliz, iria ser novamente sonhado, e agora com a possibilidade real da sua construção, pois que, deveras, as armas que lhes faltavam para tal foram trazidas pela Renovação Carismática: o Evangelho de Jesus Cristo que constrói a libertação do pobre na libertação do rico. Que toma o lado do pobre por tomar o lado do rico: vai, vende o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem ser meu seguidor. Que significa para os dias de hoje que o rico, tocado pelo poder transformador do Evangelho, pode e deve ser colocado na construção de uma sociedade socialista. Fraterna, solidária, de irmãos, em que cada um busca não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa, como são as imagens de ICoríntios 10.24. Mesmo porque esta sociedade socialista não é mais aquela, mas uma nova, não somente realmente fundada no poder popular, como no poder divino.

Quão bom é se os irmãos viverem em união! Quão bom é se católicos e evangélicos meditarem sobre as palavras recentes do Papa Francisco: Não existe um Deus católico, apenas Deus. Embora não houvesse tratos entre judeus e samaritanos, não havia um Deus no reino do norte e um Deus no reino do sul, mas apenas Deus que a uns deu uma essência, a outros, outra essência, distintas, mas complementares. Porque se em Jerusalém estava a devoção verdadeira, Samaria era a porta por onde esta devoção verdadeira se projetava para fora e alcançava todas as nações.

Quão bom seria se na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 as avenidas de Belém do Pará estejam ocupadas pelos ministros da Palavra de Deus, pentecostais, protestantes, progressistas, carismáticas, que vieram não só da região da Grande Belém, mas de todas as partes do Brasil. Movidos pela esperança de se começar a construção de um novo Brasil, de uma nova terra.

Quão bom seria se os Mensageiros do Reino saíssem por toda Belém, por todo Pará, por todo Brasil, e a quem encontrar pelas ruas das cidades convidará para estarem na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 nas avenidas de Belém do Pará. Participando e se sentando à mesa no banquete do casamento do Filho do Rei. Uma grande festa do sagrado. Uma multidão imensa, quiçá tão imensa como a multidão do Círio de Nazaré, caminhando pelas avenidas de Belém, junto a seus líderes espirituais, não só os cristãos, mas todos que professam a fé no sagrado. E Cristovam Buarque no seu meio.

Para encerrar a Terceira Parte do trabalho O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA, faz-se necessário dizer que na Segunda Parte do referido trabalho Adamir Gerson transcreveu uma resposta que recebeu do senador Cristovam Buarque. Reagindo ao trabalho enviado, assim se expressou o senador brasiliense: Carta empolgante! Gostaria de ler o livro “Acendendo a Fogueira”.

E é preciso esclarecer: o livro “Acendendo a Fogueira” trata-se de um livro que não se lê senão que se participa da maior das revoluções, a brasileira, que há de trazer profundas mudanças não apenas no plano social, mas também, e muito mais, no plano do espírito. A revolução brasileira se confunde e é a Parúsia.

Oxalá que o livro “Acendendo a Fogueira” comece a ser lido por todos na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014, nas avenidas de Belém do Pará.

NOTAS DE RODAPÉ
(1)  A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano. Oxalá que no ano de 2014 o Brasil inteiro, de posse de uma nova esperança, estejam cantando Rosa de Sarom, nas escolas, nas igrejas, nas praças, nas fábricas, em todos os lugares deste gigante que no mês de junho começou a acordar do profundo sono lhe imposto.


(2)  Falando sobre o advento do reino do Messias sobre a terra, em dois tempos, o da Lei e o da Graça, Adamir Gerson após ser duro com presidenciáveis que ostentam a ilusão de ser Moisés, foi claro de que não obstante no meio deles tem o Josué, figura que será enriquecida na caminhada para mais na frente ser usada em uma missão importante. E ao dizer que o reino do Messias pelo lado da Graça tinha oculto o seu Josué concluiu tal por dizer que o reino do Messias pelo lado da Lei quando se manifestou também teve o seu Josué. E quem foi ele? Indiscutivelmente que Stálin. Lênin voltando do exílio e se juntando a Trotsky e os dois, indo fazer a revolução e guiando o povo na direção do socialismo, ora, tal foi o antítipo do momento em que Moisés voltou do exílio e, após se juntar a Arão, seu irmão, então foram libertar os escravos hebreus do domínio de Faraó. É verdade, Moisés tirou o povo escravo das masmorras do Egito e o conduziu na direção de Canaã, mas não guiou o povo para dentro dela, quem fez tal foi outro: Josué. É verdade, Lênin fez a revolução e guiou o povo na direção do socialismo, mas quem introduziu o povo no socialismo foi outro: Stálin. Stálin foi duro, ao ponto que é apontado por muitos como o governante mais impiedoso que a História produziu? Ora, estas palavras que se endereçam a Stálin são as palavras que certa Enciclopédia dirigiu a Josué: O maior assassino da História. Como se compreende Marx numa leitura e apreensão de Abraão, como se compreende Lênin numa leitura e apreensão de Moisés, se conhece a Stálin num conhecimento de Josué, porque portadores da mesma essência.