O REINO DO MESSIAS,
SEGUNDO A GRAÇA – TERCEIRA PARTE
Belém do Pará
Adamir Gerson tem apresentado neste
presente trabalho o ato bíblico em que Deus enviou o seu profeta Samuel à
cidade de Belém, à casa de Jessé, para que ungisse um de seus filhos rei sobre
Israel no lugar de Saul então rejeitado por Deus. E tal ato bíblico tem servido
de fundamento tipológico para uma nova escolha de Deus, a regência do reinado
de seu filho Jesus a começar na terra a partir do país Brasil. E Adamir Gerson
foi claro, claríssimo, que o homem a quem Deus tem escolhido e preparado para a
regência do reino do Messias segundo a Graça é o senador Cristovam Buarque. O
Reino do Messias Segundo a Graça Adamir Gerson tem dito ser o senador
brasiliense Cristovam Buarque o homem que Deus tem escolhido e preparado.
Ora, sabemos que Davi passou por uma
unção em que Samuel despejou sobre sua cabeça o óleo com que se dirigiu a
Belém: e como seria a unção do senador Cristovam Buarque? Cristovam Buarque
também teria uma unção como a que teve Davi?
O que Adamir Gerson está propondo é
que seja realizado um grandíssimo ato na cidade de Belém do Pará, para a manhã
do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Uma grande caminhada nesta cidade. Dezenas
e dezenas de milhares, e Cristovam Buarque seguiria na sua frente junto aos
ministros da Palavra de Deus. E a multidão seguiria pelas avenidas de Belém do
Pará clamando: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o portador do reino
de Cristo! E a multidão seguiria pelas suas avenidas cantando na alegria de
espírito, de quem divisou no horizonte a chegada de um novo dia: Uma cortina se
abriu e surgiu um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados
do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra abrindo seu ventre
fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor que só diz que a vida já vai
começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco
da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom! (1) Esta
seria a unção do senador Cristovam Buarque.
Porque Belém do Pará?
Ora, no mês de novembro do ano de
1910 chegou a Belém do Pará, vindo dos Estados Unidos, os missionários Daniel
Berg e Gunnar Vingren. Chegaram a esta cidade situada no norte do Brasil, guiados
por uma profecia. Estavam na casa de um irmão por nome Adolfo Uldim e em oração
veio profecia de Deus que era para irem a um lugar chamado Pará, ou para, como dizem uns. Tendo descoberto
que Pará era um Estado brasileiro, que tinha como capital a cidade de Belém,
então os dois missionários rumaram para o Brasil e aqui chegaram ao final do
ano de 1910.
E Gunnar Vingrem e Daniel Berg, de
posse da seiva evangélica que Jesus tirou de si e derramou em Saulo de Tarso no
caminho de Damasco, começaram um grande trabalho de evangelização e libertação
espirituais. Superando as dificuldades iniciais, logo as boas novas começaram a
se espalhar e a ganhar todo o Brasil. Hoje são mais de trinta milhões de
crentes pentecostais em todo o Brasil.
Mas, é preciso o esclarecimento: o
Evangelho que Daniel Berg e Gunnar Vingren disseminaram em todo o Brasil era o
Evangelho que Paulo chamou de “parcial”. A sua libertação era espiritual e não
material, que naqueles dias Deus depositara no povo marxista.
Mas, como Deus é aquele que começa
uma obra e a termina, e Deus tinha o plano não apenas da libertação espiritual
do povo brasileiro, mas, também, de sua libertação material, total, completa, a
verdade é que futuramente Deus iria consumar a sua obra. A sua obra consumadora
iria, então, ter em um só feixe de apreensão e ação do real tanto a libertação
espiritual como a libertação material. Nesta consumação, Deus iria colocar na
boca de seus filhos e de suas filhas a aguda espada afiada de dois gumes que se
estende da boca de Jesus, como está no livro do Apocalipse, cortando tanto
contra as concupiscências carnais do paganismo-hedonismo como contra as
concupiscências carnais do capitalismo-dinheiro. A grande cidade que em sentido
espiritual se chama Sodoma e Egito, e que crucificou a Jesus (Apocalipse 11.8)
iria então ter o seu fim, e no lugar iria então brotar a Nova Jerusalém. Seria
neste exato momento que um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz estariam
nascendo.
Esta obra consumadora de Deus teria o
seu início na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 na cidade de Belém do
Pará? Neste dia uma multidão de Ministros da Palavra de Deus viria de todos os
pontos do Brasil a participar de um ato que seguramente inaugura na Terra a
Parúsia? É a sua largada, o seu início?
De fato, Apocalipse 6.2 está
descrevendo um ato assim. Apocalipse 6.2 é o momento em que Jesus toma nas mãos
o livro dos selos e começa a sua abertura. Começa a Parúsia. É a História que
começa a ser arrancada das mãos daqueles que contam a História para estar nas
mãos Daquele que faz a História. Por longo cem anos, mais de cem anos, a
Parúsia se desenvolveu de forma oculta, invisível, imperceptível aos homens, a
todos os homens, mas agora ela será visível, clara, claríssima, inconfundível,
a todos os homens, a todas as nações, a todas as raças, a todas as culturas,
esta clareza passando a se propagar para o mundo a partir de Belém do Pará,
isto é, a partir do momento em que os ministros da Palavra de Deus ouviram o
Chamado e responderam, com o profeta Isaías: Eis-me aqui, Senhor! Envia-nos!
Ora, quando o livro dos selos é
aberto o fenômeno que se manifesta é um cavaleiro montado em um cavalo branco,
com um arco, e ele recebe uma coroa e sai para vencer e para completar a sua
vitória – ora, seria que neste dia o senador Cristovam Buarque receberia nas
avenidas de Belém a coroa régia do reinado de Cristo, um ato simbólico, que
incluiria até mesmo ser colocado em cima de um cavalo branco? Mesmo porque Deus
é aquele que não muda e com ele não se brinca, e nem se finge que não é com ele
que está falando, e Cristovam Buarque veio a se achar na mesma situação do
judeu Mordecai, que por não ter dobrado seu joelho diante do Príncipe Hamã, teve
a sua morte decretada, sendo salvo pela presciência de Deus? O fato do texto
apocalíptico, dizer que ao cavaleiro sentado no cavalo foi lhe dado uma coroa
esta coroa que lhe foi dada seria a responsabilidade da construção do Governo
de Cristo? O cavalo branco e o cavaleiro seria uma unidade entre Cristo e o
Portador de Cristo?
É preciso este esclarecimento: Adamir
Gerson tem visto que sinceros homens e mulheres de Deus têm crido e afirmado
que o Cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo, personagem que dizem vai
ter a missão de governar toda a terra. Seu poder será grande porque será
recebido como Cristo, mas depois vai se revelar como o Anticristo. Segundo
dizem, a imagem crística – cavalo branco, coroa e arco na mão – é para
confundir e enganar. Depois quando todos estiverem em suas mãos então vai se
revelar o Anticristo.
Estes sinceros homens e mulheres de
Deus precisam rever sua posição. Porque não há indício algum de que o cavaleiro
de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo. Encerra muitas contradições. A começar que
seria absurdo Jesus abrir o livro dos sete selos e de cara soltar o Anticristo.
É fazer de Jesus pai do Anticristo. Outra contradição é que o cavaleiro de
Apocalipse 6.2 é o mesmo de Salmo 45, e afirmar que o cavaleiro de Apocalipse
6.2 é o Anticristo implica na afirmação de que o cavaleiro de Salmo 45 seja o
Anticristo, o que ninguém faz. E a contradição maior é estar preocupado na
chegada de um pretenso Anticristo a governar a terra que jaz sob seu domínio,
quando se deveria estar se preparando para receber aquele que diz a Palavra de
Deus há de governar todas as nações com o cetro da autoridade da Palavra de
Deus.
Os Ministros da Palavra de Deus irão
se acordar para tão grande Chamado, se desvencilhando de Marina Silva, de
Eduardo Campos, de Dilma, de Lula, de Aécio, e tomando o rumo de Belém do Pará?
Desvencilhando-se de qualquer um destes enquanto encerra em si uma pretensão
messiânica, o caso já constatado de Lula por Leonardo Boff e o caso já
constatado de Marina Silva por Adamir Gerson?
Os Ministros da Palavra de Deus devem
se dirigir a eles sim, para que sejam co-participantes na construção do Governo
de Cristo, sejam os príncipes de Isaías 32, mas devem cortar pela raiz de
qualquer deles a pretensão de Moisés. Certamente que entre eles, no meio deles,
há o Josué, está o Josué. Mas agora não é tempo de Josué, mas de Moisés. De
quem adquiriu e construiu maturidade política. Apto a dialogar com todos os
segmentos da sociedade e apto a conduzir a todos para fora de sistemas que já
se esgotaram na História e que alguns, por falta da novidade, insistem em ajuntar
seus cacos, caiando aqui caiando ali.
É tempo de se começar um trabalho de
libertação do povo brasileiro, até chegar um dia em que programas como o do
Datena e do Marcelo Resende deixaram de existir porque deixaram de existir as
tragédias sociais que os mantém no ar.
Entre eles, no meio deles, está o
Josué de Deus, como houve o Josué de Deus quando o reino do Messias se formava
pelo lado da Lei (2)? Sim, entre eles está o Josué de Deus, mas
também está a Miriã de Deus. E Adamir Gerson enxerga em Marina Silva esta Miriã
de Deus. Já se revelou como da linha de frente do Reino quando reconheceu a
imaturidade política do povo evangélico. E mesmo agora tem sentido em si mesma
a vocação para líder espiritual, para a construção de algo que venha ser novo,
do que vocação do poder. Tem sido lançada candidata presidenciável muito mais
pela pressão da militância. E foi isto que a influenciou na sua ida ao PSB. A
sua ida ao PSB aliviou o peso que pairava sobre o espírito. De modo que tem
chegado o tempo de Marina Silva assumir sua verdadeira vocação. Tomar nas mãos
o Pandeiro de Miriã e sair, e chamar todas as mulheres, todas as igrejas,
saindo todas elas com pandeiros e com danças. E Marina Silva responderá aos
homens: Cantai a Javé, pois ele ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o
cavalo e seu cavaleiro.
Marina Silva deve tomar nas mãos o
Pandeiro de Miriã e sair, e falar, e dar maturidade política, a quem está à
direita, a quem está à esquerda, em cima do muro, debaixo do muro, dizendo para
todos que aquelas quatorze nações que naquele ano de 1918 invadiram a Rússia
para destruir o reino do Messias pelo lado da Lei e que foram derrotadas, sim,
Marina Silva deve proclamar que elas na verdade foram afundadas nas águas do
Mar Vermelho espiritual, pelo mesmo Deus que na proto-história confundiu as
forças de Faraó e as afogou nas águas do grande mar.
Marina Silva deve tomar nas mãos o
Pandeiro de Miriã e fazer a solene proclamação: Os nossos pais revolucionários
atravessaram as águas do Mar Vermelho espiritual e caminharam pelo deserto,
cercado de nações hostis, tendo de passar no meio de cobras venenosas e de
escorpiões, como o nazismo e o fascismo, mas a nós está reservada uma nova
missão, consumadora daquela: a travessia das águas do Jordão espiritual e
ocupar as moradas eternas que Jesus construiu para os seus. Que os reis de
Canaã se remoam no seu íntimo, e ajuntem-se, eles e todas as bestas da terra,
porque se aproxima o momento da batalha final, que há de apanhar a todos e os
lançar no lago ardente que queima com enxofre. E aquela destruição gratuita,
para nada, que estes reis fizeram na Líbia e estão fazendo na Síria, olhando de
rabo de olho para o Irã e para a Venezuela, como que dizendo: Aguardem-nos!
Nunca mais se repetirá na terra. Marina Silva tem os talentos messiânicos,
porta a seiva messiânica, e deve usá-los para fazer todos que estão no seu
ângulo de visão para olharem com esperança para Belém do Pará e tomar o seu
rumo.
ABC Paulista
Naquele abril de 1978 quando Adamir
Gerson teve o seu encontro teofânico e mãos divinas o levaram para o ventre da
igreja evangélica, nove meses na Assembléia de Deus, que findou naquele final
de 78, e dezoito anos na Congregação Cristã no Brasil, que findou naquele maio
de 98, e que Adamir Gerson veio saber, pelo espírito, que foram os nove meses
que Jesus passou no ventre de Maria e os dezoito anos que passou no ventre de
Nazaré – e a recapitulação é uma necessidade; é modo de agir do Deus – ora,
naquele mesmo ano de 78 nascia para o mundo da política o operário do ABC Luis
Inácio Lula da Silva. Enquanto Adamir Gerson começava a sua gestação no ventre da
igreja evangélica, Lula se gestava no ventre da igreja da Teologia da
Libertação.
E naqueles dias Lula, líderes da
esquerda, e líderes da Teologia da Libertação se juntaram e criou um novo
instrumento político, o PT.
Mas, um fato na criação do PT chama à
atenção: o PT nasceu da convergência da esquerda política com as Cebs
católicas, mas deixou de lado, até mesmo excluído, o segmento
evangélico-pentecostal. Não se interessou por ele. Naqueles dias, por
influência da Teologia da Libertação, os evangélicos pentecostais eram vistos
com mau olho para quem tinha militância na esquerda política. Viam-no como
movimento religioso nas mãos e a serviço do imperialismo americano na sua luta
contra o comunismo. Desde a derrota na Rússia, em 1918, os Estados Unidos
passou a se interessar e a cooptar o movimento pentecostal para o seu lado.
Grandes corporações americanas passaram a injetar grande soma de dinheiro em
missões de evangelização para que impedissem das massas trabalhadoras serem
ganhas pelo comunismo, em toda América Latina, e em especial no Brasil.
Mas, é preciso ser dito: a verdade é
que a Teologia da Libertação desconhecia qual era a essência verdadeira do
movimento pentecostal. Na verdade portador da espiritualidade cristã, do
socialismo espiritual, com a missão de construí-los nos espíritos, a priori e
independente de qualquer prescrição das ciências sociais. De modo que quando o
movimento pentecostal aportou no Brasil foi sim enviado de Deus, do Deus que
sabia dos limites do Marxismo, dos limites a que estaria exposta a revolução
quando triunfasse.
Mais do que isso, de que o reino do
Messias teria dois lados, o já falado, lado da Lei e o já falado lado da Graça.
De modo que a espiritualidade cristã iria ser dispensada por ocasião da
construção do reino do Messias pelo lado da Lei, mas indispensável quando
chegasse o tempo da construção do reino do Messias pelo lado da Graça. Neste
preciso momento iria ser fundamental na construção do socialismo. Sobre o seu
alicerce é que iria ser levantado o verdadeiro socialismo, não perene,
transitório, como foi o marxista, mas eterno, indestrutível; porque então
aquele reino que segundo o profeta Daniel arruinaria todos os reinos terrenos,
e ele mesmo não passaria jamais a outro domínio. Destarte, o nascimento do
pentecostalismo no Brasil foi presciência de Deus, preparando o caminho, as
condições, para que quando caísse o socialismo então o mesmo pudesse ser
reconstruído, em bases inteiramente novas, jamais divisadas por Marx ou por
qualquer de seus epígonos. O socialismo iria cair, é verdade, mas, para espanto
dos seus inimigos, iria se levantar, em corpo novo, incorruptível, a partir da
força e da essência daquele movimento que no começo do século nasceu na cidade
de Belém do Pará. E já não seria mais socialismo, mas o estágio elevado do
comunismo, para marxistas, e o estágio elevado do Reino de Deus, para cristãos.
Como explicar que a Teologia da
Libertação não teve conhecimento, não teve acesso, às essências verdadeiras e
sublimes do movimento pentecostal, canhestramente vendo nele apenas o seu lado
perverso, a sua utilização pelo império americano na sua luta contra o
comunismo não enxergando nele nada, além disto?
Apesar de nascidos em tempo e espaço
diferentes, e com essências distintas, a verdade é que tanto a Teologia da
Libertação como o Pentecostalismo nasceram de Deus e foi uma unidade em suas
mãos. Mas, como Deus se move na tríade hegeliana, concebeu-os apartados, um sem
conhecimento do outro, como tese e antítese do processo da libertação. A um, ao
movimento pentecostal, Deus deu a ele a igualdade espiritual de seu filho
Jesus; e ao outro, à Teologia da Libertação, Deus deu a ela a igualdade
material de seu filho Jesus Cristo. De modo que Deus tinha o plano futuro de
unir estas duas libertações em uma só libertação, maior que suas partes. Uma
libertação que seria completa, integral, integradora dos filhos dos homens.
O que foi falado deve servir de
reflexão para os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir da chegada
no Brasil dos missionários nórdicos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Mais
precisamente que nasceram a partir do grande pentecostes que Deus derramou no
ano de 1906 em Los Angeles, naquele templo metodista abandonado. Porque a
Parúsia está se levantando em patamar novo, superior, não mais como Jacó e não
mais como Esaú, mas agora como Isaque. Já não é mais a libertação particular de
uns e de outros, mas a libertação total, completa, de Jesus Cristo (ICoríntios
13.9-10). Isto significa dizer que é missão dos ministros da Palavra de Deus
pentecostal agregar à sua caminhada também os ministros da Palavra de Deus que
nasceram a partir do Concílio Vaticano II. Tanto os católicos da Teologia da
Libertação como os protestantes do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs.
E vale acrescentar que a mesma
restrição que a Teologia da Libertação impôs ao movimento pentecostal, naquele
início da década de 80, quando nascia o PT, foi mesma restrição que colocou à
Renovação Carismática. Ao seu julgamento pelo qual o movimento pentecostal foi
cooptado pelo imperialismo americano, para desviar as massas trabalhadoras do
seu contato com o Marxismo, de igual modo reservou à Renovação Carismática o
mesmo juízo: nasceu nos Estados Unidos e aqui chegou para impedir das massas
católicas serem politizadas e ganhas pela Teologia da Libertação.
Isto é verdadeiro do ponto de vista
positivista, do ponto de vista da letra, não, porém, do ponto de vista da
metafísica, do ponto de vista do espírito. Porque na verdade a Teologia da
Libertação padecia das mesmas limitações do Marxismo. Ao fundamento material do
Reino, faltava-lhe o seu fundamento espiritual. Fazia uma leitura da sociedade
e filtrava sua prática social na mediação de Marx, faltando a filtragem que era
feita na mediação de Paulo. E como a libertação é obra de Deus e não do homem,
a verdade é que o mesmo Deus que criou o movimento pentecostal o mesmo criou a
Renovação Carismática.
E aqui chegou não para roubar e
empobrecer a Teologia da Libertação, mas para enriquecê-la. Por conta dessa
limitação, a Teologia da Libertação, transcendentalmente, iria ser posta porta
afora, e vagar como vagou Esaú, com o jugo pesado sobre o pescoço. Mas iria
voltar. E quando olhasse na Renovação Carismática e a recebesse com prazer
(Gênesis 33.10), neste preciso momento iria ser removido do pescoço o jugo
pesado e seriam restaurados os seus dias de glória. O seu sonho de mocidade, a construção
de um Brasil e de uma terra de gente de rosto feliz, iria ser novamente
sonhado, e agora com a possibilidade real da sua construção, pois que, deveras,
as armas que lhes faltavam para tal foram trazidas pela Renovação Carismática:
o Evangelho de Jesus Cristo que constrói a libertação do pobre na libertação do
rico. Que toma o lado do pobre por tomar o lado do rico: vai, vende o que tens
e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem ser meu seguidor. Que
significa para os dias de hoje que o rico, tocado pelo poder transformador do
Evangelho, pode e deve ser colocado na construção de uma sociedade socialista.
Fraterna, solidária, de irmãos, em que cada um busca não a sua própria
vantagem, mas a da outra pessoa, como são as imagens de ICoríntios 10.24. Mesmo
porque esta sociedade socialista não é mais aquela, mas uma nova, não somente
realmente fundada no poder popular, como no poder divino.
Quão bom é se os irmãos viverem em
união! Quão bom é se católicos e evangélicos meditarem sobre as palavras
recentes do Papa Francisco: Não existe um Deus católico, apenas Deus. Embora
não houvesse tratos entre judeus e samaritanos, não havia um Deus no reino do
norte e um Deus no reino do sul, mas apenas Deus que a uns deu uma essência, a
outros, outra essência, distintas, mas complementares. Porque se em Jerusalém
estava a devoção verdadeira, Samaria era a porta por onde esta devoção
verdadeira se projetava para fora e alcançava todas as nações.
Quão bom seria se na manhã do dia 12
de janeiro do ano de 2014 as avenidas de Belém do Pará estejam ocupadas pelos
ministros da Palavra de Deus, pentecostais, protestantes, progressistas,
carismáticas, que vieram não só da região da Grande Belém, mas de todas as
partes do Brasil. Movidos pela esperança de se começar a construção de um novo
Brasil, de uma nova terra.
Quão bom seria se os Mensageiros do
Reino saíssem por toda Belém, por todo Pará, por todo Brasil, e a quem
encontrar pelas ruas das cidades convidará para estarem na manhã do dia 12 de
janeiro do ano de 2014 nas avenidas de Belém do Pará. Participando e se
sentando à mesa no banquete do casamento do Filho do Rei. Uma grande festa do
sagrado. Uma multidão imensa, quiçá tão imensa como a multidão do Círio de
Nazaré, caminhando pelas avenidas de Belém, junto a seus líderes espirituais,
não só os cristãos, mas todos que professam a fé no sagrado. E Cristovam
Buarque no seu meio.
Para encerrar a Terceira Parte do
trabalho O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA, faz-se necessário dizer que na
Segunda Parte do referido trabalho Adamir Gerson transcreveu uma resposta que
recebeu do senador Cristovam Buarque. Reagindo ao trabalho enviado, assim se
expressou o senador brasiliense: Carta empolgante! Gostaria de ler o livro
“Acendendo a Fogueira”.
E é preciso esclarecer: o livro
“Acendendo a Fogueira” trata-se de um livro que não se lê senão que se
participa da maior das revoluções, a brasileira, que há de trazer profundas
mudanças não apenas no plano social, mas também, e muito mais, no plano do
espírito. A revolução brasileira se confunde e é a Parúsia.
Oxalá que o livro “Acendendo a
Fogueira” comece a ser lido por todos na manhã do dia 12 de janeiro do ano de
2014, nas avenidas de Belém do Pará.
NOTAS DE RODAPÉ
(1) A música Rosa de
Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico
Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com
certeza é que se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto
ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também
aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos
afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor
aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder
um propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela
uma letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance
que teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta
para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo
clássico lusitano. Oxalá que no ano de 2014 o Brasil inteiro, de
posse de uma nova esperança, estejam cantando Rosa de Sarom, nas escolas, nas
igrejas, nas praças, nas fábricas, em todos os lugares deste gigante que no mês
de junho começou a acordar do profundo sono lhe imposto.
(2) Falando sobre o
advento do reino do Messias sobre a terra, em dois tempos, o da Lei e o da
Graça, Adamir Gerson após ser duro com presidenciáveis que ostentam a ilusão de
ser Moisés, foi claro de que não obstante no meio deles tem o Josué, figura que
será enriquecida na caminhada para mais na frente ser usada em uma missão
importante. E ao dizer que o reino do Messias pelo lado da Graça tinha oculto o
seu Josué concluiu tal por dizer que o reino do Messias pelo lado da Lei quando
se manifestou também teve o seu Josué. E quem foi ele? Indiscutivelmente que
Stálin. Lênin voltando do exílio e se juntando a Trotsky e os dois, indo fazer
a revolução e guiando o povo na direção do socialismo, ora, tal foi o antítipo
do momento em que Moisés voltou do exílio e, após se juntar a Arão, seu irmão,
então foram libertar os escravos hebreus do domínio de Faraó. É verdade, Moisés
tirou o povo escravo das masmorras do Egito e o conduziu na direção de Canaã,
mas não guiou o povo para dentro dela, quem fez tal foi outro: Josué. É
verdade, Lênin fez a revolução e guiou o povo na direção do socialismo, mas
quem introduziu o povo no socialismo foi outro: Stálin. Stálin foi duro, ao
ponto que é apontado por muitos como o governante mais impiedoso que a História
produziu? Ora, estas palavras que se endereçam a Stálin são as palavras que
certa Enciclopédia dirigiu a Josué: O maior assassino da História. Como se
compreende Marx numa leitura e apreensão de Abraão, como se compreende Lênin
numa leitura e apreensão de Moisés, se conhece a Stálin num conhecimento de
Josué, porque portadores da mesma essência.
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