quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Reino do Messias, Segundo a Graça - TERCEIRA PARTE

O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA – TERCEIRA PARTE

Belém do Pará

Adamir Gerson tem apresentado neste presente trabalho o ato bíblico em que Deus enviou o seu profeta Samuel à cidade de Belém, à casa de Jessé, para que ungisse um de seus filhos rei sobre Israel no lugar de Saul então rejeitado por Deus. E tal ato bíblico tem servido de fundamento tipológico para uma nova escolha de Deus, a regência do reinado de seu filho Jesus a começar na terra a partir do país Brasil. E Adamir Gerson foi claro, claríssimo, que o homem a quem Deus tem escolhido e preparado para a regência do reino do Messias segundo a Graça é o senador Cristovam Buarque. O Reino do Messias Segundo a Graça Adamir Gerson tem dito ser o senador brasiliense Cristovam Buarque o homem que Deus tem escolhido e preparado.

Ora, sabemos que Davi passou por uma unção em que Samuel despejou sobre sua cabeça o óleo com que se dirigiu a Belém: e como seria a unção do senador Cristovam Buarque? Cristovam Buarque também teria uma unção como a que teve Davi?

O que Adamir Gerson está propondo é que seja realizado um grandíssimo ato na cidade de Belém do Pará, para a manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Uma grande caminhada nesta cidade. Dezenas e dezenas de milhares, e Cristovam Buarque seguiria na sua frente junto aos ministros da Palavra de Deus. E a multidão seguiria pelas avenidas de Belém do Pará clamando: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o portador do reino de Cristo! E a multidão seguiria pelas suas avenidas cantando na alegria de espírito, de quem divisou no horizonte a chegada de um novo dia: Uma cortina se abriu e surgiu um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra abrindo seu ventre fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor que só diz que a vida já vai começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom! (1) Esta seria a unção do senador Cristovam Buarque.

Porque Belém do Pará?

Ora, no mês de novembro do ano de 1910 chegou a Belém do Pará, vindo dos Estados Unidos, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Chegaram a esta cidade situada no norte do Brasil, guiados por uma profecia. Estavam na casa de um irmão por nome Adolfo Uldim e em oração veio profecia de Deus que era para irem a um lugar chamado Pará, ou para, como dizem uns. Tendo descoberto que Pará era um Estado brasileiro, que tinha como capital a cidade de Belém, então os dois missionários rumaram para o Brasil e aqui chegaram ao final do ano de 1910.

E Gunnar Vingrem e Daniel Berg, de posse da seiva evangélica que Jesus tirou de si e derramou em Saulo de Tarso no caminho de Damasco, começaram um grande trabalho de evangelização e libertação espirituais. Superando as dificuldades iniciais, logo as boas novas começaram a se espalhar e a ganhar todo o Brasil. Hoje são mais de trinta milhões de crentes pentecostais em todo o Brasil.

Mas, é preciso o esclarecimento: o Evangelho que Daniel Berg e Gunnar Vingren disseminaram em todo o Brasil era o Evangelho que Paulo chamou de “parcial”. A sua libertação era espiritual e não material, que naqueles dias Deus depositara no povo marxista.

Mas, como Deus é aquele que começa uma obra e a termina, e Deus tinha o plano não apenas da libertação espiritual do povo brasileiro, mas, também, de sua libertação material, total, completa, a verdade é que futuramente Deus iria consumar a sua obra. A sua obra consumadora iria, então, ter em um só feixe de apreensão e ação do real tanto a libertação espiritual como a libertação material. Nesta consumação, Deus iria colocar na boca de seus filhos e de suas filhas a aguda espada afiada de dois gumes que se estende da boca de Jesus, como está no livro do Apocalipse, cortando tanto contra as concupiscências carnais do paganismo-hedonismo como contra as concupiscências carnais do capitalismo-dinheiro. A grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, e que crucificou a Jesus (Apocalipse 11.8) iria então ter o seu fim, e no lugar iria então brotar a Nova Jerusalém. Seria neste exato momento que um Brasil e uma terra de gente de rosto feliz estariam nascendo.

Esta obra consumadora de Deus teria o seu início na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 na cidade de Belém do Pará? Neste dia uma multidão de Ministros da Palavra de Deus viria de todos os pontos do Brasil a participar de um ato que seguramente inaugura na Terra a Parúsia? É a sua largada, o seu início?

De fato, Apocalipse 6.2 está descrevendo um ato assim. Apocalipse 6.2 é o momento em que Jesus toma nas mãos o livro dos selos e começa a sua abertura. Começa a Parúsia. É a História que começa a ser arrancada das mãos daqueles que contam a História para estar nas mãos Daquele que faz a História. Por longo cem anos, mais de cem anos, a Parúsia se desenvolveu de forma oculta, invisível, imperceptível aos homens, a todos os homens, mas agora ela será visível, clara, claríssima, inconfundível, a todos os homens, a todas as nações, a todas as raças, a todas as culturas, esta clareza passando a se propagar para o mundo a partir de Belém do Pará, isto é, a partir do momento em que os ministros da Palavra de Deus ouviram o Chamado e responderam, com o profeta Isaías: Eis-me aqui, Senhor! Envia-nos!

Ora, quando o livro dos selos é aberto o fenômeno que se manifesta é um cavaleiro montado em um cavalo branco, com um arco, e ele recebe uma coroa e sai para vencer e para completar a sua vitória – ora, seria que neste dia o senador Cristovam Buarque receberia nas avenidas de Belém a coroa régia do reinado de Cristo, um ato simbólico, que incluiria até mesmo ser colocado em cima de um cavalo branco? Mesmo porque Deus é aquele que não muda e com ele não se brinca, e nem se finge que não é com ele que está falando, e Cristovam Buarque veio a se achar na mesma situação do judeu Mordecai, que por não ter dobrado seu joelho diante do Príncipe Hamã, teve a sua morte decretada, sendo salvo pela presciência de Deus? O fato do texto apocalíptico, dizer que ao cavaleiro sentado no cavalo foi lhe dado uma coroa esta coroa que lhe foi dada seria a responsabilidade da construção do Governo de Cristo? O cavalo branco e o cavaleiro seria uma unidade entre Cristo e o Portador de Cristo?

É preciso este esclarecimento: Adamir Gerson tem visto que sinceros homens e mulheres de Deus têm crido e afirmado que o Cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo, personagem que dizem vai ter a missão de governar toda a terra. Seu poder será grande porque será recebido como Cristo, mas depois vai se revelar como o Anticristo. Segundo dizem, a imagem crística – cavalo branco, coroa e arco na mão – é para confundir e enganar. Depois quando todos estiverem em suas mãos então vai se revelar o Anticristo.

Estes sinceros homens e mulheres de Deus precisam rever sua posição. Porque não há indício algum de que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo. Encerra muitas contradições. A começar que seria absurdo Jesus abrir o livro dos sete selos e de cara soltar o Anticristo. É fazer de Jesus pai do Anticristo. Outra contradição é que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o mesmo de Salmo 45, e afirmar que o cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o Anticristo implica na afirmação de que o cavaleiro de Salmo 45 seja o Anticristo, o que ninguém faz. E a contradição maior é estar preocupado na chegada de um pretenso Anticristo a governar a terra que jaz sob seu domínio, quando se deveria estar se preparando para receber aquele que diz a Palavra de Deus há de governar todas as nações com o cetro da autoridade da Palavra de Deus.

Os Ministros da Palavra de Deus irão se acordar para tão grande Chamado, se desvencilhando de Marina Silva, de Eduardo Campos, de Dilma, de Lula, de Aécio, e tomando o rumo de Belém do Pará? Desvencilhando-se de qualquer um destes enquanto encerra em si uma pretensão messiânica, o caso já constatado de Lula por Leonardo Boff e o caso já constatado de Marina Silva por Adamir Gerson?

Os Ministros da Palavra de Deus devem se dirigir a eles sim, para que sejam co-participantes na construção do Governo de Cristo, sejam os príncipes de Isaías 32, mas devem cortar pela raiz de qualquer deles a pretensão de Moisés. Certamente que entre eles, no meio deles, há o Josué, está o Josué. Mas agora não é tempo de Josué, mas de Moisés. De quem adquiriu e construiu maturidade política. Apto a dialogar com todos os segmentos da sociedade e apto a conduzir a todos para fora de sistemas que já se esgotaram na História e que alguns, por falta da novidade, insistem em ajuntar seus cacos, caiando aqui caiando ali.

É tempo de se começar um trabalho de libertação do povo brasileiro, até chegar um dia em que programas como o do Datena e do Marcelo Resende deixaram de existir porque deixaram de existir as tragédias sociais que os mantém no ar.

Entre eles, no meio deles, está o Josué de Deus, como houve o Josué de Deus quando o reino do Messias se formava pelo lado da Lei (2)? Sim, entre eles está o Josué de Deus, mas também está a Miriã de Deus. E Adamir Gerson enxerga em Marina Silva esta Miriã de Deus. Já se revelou como da linha de frente do Reino quando reconheceu a imaturidade política do povo evangélico. E mesmo agora tem sentido em si mesma a vocação para líder espiritual, para a construção de algo que venha ser novo, do que vocação do poder. Tem sido lançada candidata presidenciável muito mais pela pressão da militância. E foi isto que a influenciou na sua ida ao PSB. A sua ida ao PSB aliviou o peso que pairava sobre o espírito. De modo que tem chegado o tempo de Marina Silva assumir sua verdadeira vocação. Tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e chamar todas as mulheres, todas as igrejas, saindo todas elas com pandeiros e com danças. E Marina Silva responderá aos homens: Cantai a Javé, pois ele ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e sair, e falar, e dar maturidade política, a quem está à direita, a quem está à esquerda, em cima do muro, debaixo do muro, dizendo para todos que aquelas quatorze nações que naquele ano de 1918 invadiram a Rússia para destruir o reino do Messias pelo lado da Lei e que foram derrotadas, sim, Marina Silva deve proclamar que elas na verdade foram afundadas nas águas do Mar Vermelho espiritual, pelo mesmo Deus que na proto-história confundiu as forças de Faraó e as afogou nas águas do grande mar.

Marina Silva deve tomar nas mãos o Pandeiro de Miriã e fazer a solene proclamação: Os nossos pais revolucionários atravessaram as águas do Mar Vermelho espiritual e caminharam pelo deserto, cercado de nações hostis, tendo de passar no meio de cobras venenosas e de escorpiões, como o nazismo e o fascismo, mas a nós está reservada uma nova missão, consumadora daquela: a travessia das águas do Jordão espiritual e ocupar as moradas eternas que Jesus construiu para os seus. Que os reis de Canaã se remoam no seu íntimo, e ajuntem-se, eles e todas as bestas da terra, porque se aproxima o momento da batalha final, que há de apanhar a todos e os lançar no lago ardente que queima com enxofre. E aquela destruição gratuita, para nada, que estes reis fizeram na Líbia e estão fazendo na Síria, olhando de rabo de olho para o Irã e para a Venezuela, como que dizendo: Aguardem-nos! Nunca mais se repetirá na terra. Marina Silva tem os talentos messiânicos, porta a seiva messiânica, e deve usá-los para fazer todos que estão no seu ângulo de visão para olharem com esperança para Belém do Pará e tomar o seu rumo.   

ABC Paulista

Naquele abril de 1978 quando Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico e mãos divinas o levaram para o ventre da igreja evangélica, nove meses na Assembléia de Deus, que findou naquele final de 78, e dezoito anos na Congregação Cristã no Brasil, que findou naquele maio de 98, e que Adamir Gerson veio saber, pelo espírito, que foram os nove meses que Jesus passou no ventre de Maria e os dezoito anos que passou no ventre de Nazaré – e a recapitulação é uma necessidade; é modo de agir do Deus – ora, naquele mesmo ano de 78 nascia para o mundo da política o operário do ABC Luis Inácio Lula da Silva. Enquanto Adamir Gerson começava a sua gestação no ventre da igreja evangélica, Lula se gestava no ventre da igreja da Teologia da Libertação.

E naqueles dias Lula, líderes da esquerda, e líderes da Teologia da Libertação se juntaram e criou um novo instrumento político, o PT.

Mas, um fato na criação do PT chama à atenção: o PT nasceu da convergência da esquerda política com as Cebs católicas, mas deixou de lado, até mesmo excluído, o segmento evangélico-pentecostal. Não se interessou por ele. Naqueles dias, por influência da Teologia da Libertação, os evangélicos pentecostais eram vistos com mau olho para quem tinha militância na esquerda política. Viam-no como movimento religioso nas mãos e a serviço do imperialismo americano na sua luta contra o comunismo. Desde a derrota na Rússia, em 1918, os Estados Unidos passou a se interessar e a cooptar o movimento pentecostal para o seu lado. Grandes corporações americanas passaram a injetar grande soma de dinheiro em missões de evangelização para que impedissem das massas trabalhadoras serem ganhas pelo comunismo, em toda América Latina, e em especial no Brasil.

Mas, é preciso ser dito: a verdade é que a Teologia da Libertação desconhecia qual era a essência verdadeira do movimento pentecostal. Na verdade portador da espiritualidade cristã, do socialismo espiritual, com a missão de construí-los nos espíritos, a priori e independente de qualquer prescrição das ciências sociais. De modo que quando o movimento pentecostal aportou no Brasil foi sim enviado de Deus, do Deus que sabia dos limites do Marxismo, dos limites a que estaria exposta a revolução quando triunfasse.

Mais do que isso, de que o reino do Messias teria dois lados, o já falado, lado da Lei e o já falado lado da Graça. De modo que a espiritualidade cristã iria ser dispensada por ocasião da construção do reino do Messias pelo lado da Lei, mas indispensável quando chegasse o tempo da construção do reino do Messias pelo lado da Graça. Neste preciso momento iria ser fundamental na construção do socialismo. Sobre o seu alicerce é que iria ser levantado o verdadeiro socialismo, não perene, transitório, como foi o marxista, mas eterno, indestrutível; porque então aquele reino que segundo o profeta Daniel arruinaria todos os reinos terrenos, e ele mesmo não passaria jamais a outro domínio. Destarte, o nascimento do pentecostalismo no Brasil foi presciência de Deus, preparando o caminho, as condições, para que quando caísse o socialismo então o mesmo pudesse ser reconstruído, em bases inteiramente novas, jamais divisadas por Marx ou por qualquer de seus epígonos. O socialismo iria cair, é verdade, mas, para espanto dos seus inimigos, iria se levantar, em corpo novo, incorruptível, a partir da força e da essência daquele movimento que no começo do século nasceu na cidade de Belém do Pará. E já não seria mais socialismo, mas o estágio elevado do comunismo, para marxistas, e o estágio elevado do Reino de Deus, para cristãos.

Como explicar que a Teologia da Libertação não teve conhecimento, não teve acesso, às essências verdadeiras e sublimes do movimento pentecostal, canhestramente vendo nele apenas o seu lado perverso, a sua utilização pelo império americano na sua luta contra o comunismo não enxergando nele nada, além disto?

Apesar de nascidos em tempo e espaço diferentes, e com essências distintas, a verdade é que tanto a Teologia da Libertação como o Pentecostalismo nasceram de Deus e foi uma unidade em suas mãos. Mas, como Deus se move na tríade hegeliana, concebeu-os apartados, um sem conhecimento do outro, como tese e antítese do processo da libertação. A um, ao movimento pentecostal, Deus deu a ele a igualdade espiritual de seu filho Jesus; e ao outro, à Teologia da Libertação, Deus deu a ela a igualdade material de seu filho Jesus Cristo. De modo que Deus tinha o plano futuro de unir estas duas libertações em uma só libertação, maior que suas partes. Uma libertação que seria completa, integral, integradora dos filhos dos homens.

O que foi falado deve servir de reflexão para os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir da chegada no Brasil dos missionários nórdicos Daniel Berg e Gunnar Vingren.  Mais precisamente que nasceram a partir do grande pentecostes que Deus derramou no ano de 1906 em Los Angeles, naquele templo metodista abandonado. Porque a Parúsia está se levantando em patamar novo, superior, não mais como Jacó e não mais como Esaú, mas agora como Isaque. Já não é mais a libertação particular de uns e de outros, mas a libertação total, completa, de Jesus Cristo (ICoríntios 13.9-10). Isto significa dizer que é missão dos ministros da Palavra de Deus pentecostal agregar à sua caminhada também os ministros da Palavra de Deus que nasceram a partir do Concílio Vaticano II. Tanto os católicos da Teologia da Libertação como os protestantes do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs.

E vale acrescentar que a mesma restrição que a Teologia da Libertação impôs ao movimento pentecostal, naquele início da década de 80, quando nascia o PT, foi mesma restrição que colocou à Renovação Carismática. Ao seu julgamento pelo qual o movimento pentecostal foi cooptado pelo imperialismo americano, para desviar as massas trabalhadoras do seu contato com o Marxismo, de igual modo reservou à Renovação Carismática o mesmo juízo: nasceu nos Estados Unidos e aqui chegou para impedir das massas católicas serem politizadas e ganhas pela Teologia da Libertação.

Isto é verdadeiro do ponto de vista positivista, do ponto de vista da letra, não, porém, do ponto de vista da metafísica, do ponto de vista do espírito. Porque na verdade a Teologia da Libertação padecia das mesmas limitações do Marxismo. Ao fundamento material do Reino, faltava-lhe o seu fundamento espiritual. Fazia uma leitura da sociedade e filtrava sua prática social na mediação de Marx, faltando a filtragem que era feita na mediação de Paulo. E como a libertação é obra de Deus e não do homem, a verdade é que o mesmo Deus que criou o movimento pentecostal o mesmo criou a Renovação Carismática.

E aqui chegou não para roubar e empobrecer a Teologia da Libertação, mas para enriquecê-la. Por conta dessa limitação, a Teologia da Libertação, transcendentalmente, iria ser posta porta afora, e vagar como vagou Esaú, com o jugo pesado sobre o pescoço. Mas iria voltar. E quando olhasse na Renovação Carismática e a recebesse com prazer (Gênesis 33.10), neste preciso momento iria ser removido do pescoço o jugo pesado e seriam restaurados os seus dias de glória. O seu sonho de mocidade, a construção de um Brasil e de uma terra de gente de rosto feliz, iria ser novamente sonhado, e agora com a possibilidade real da sua construção, pois que, deveras, as armas que lhes faltavam para tal foram trazidas pela Renovação Carismática: o Evangelho de Jesus Cristo que constrói a libertação do pobre na libertação do rico. Que toma o lado do pobre por tomar o lado do rico: vai, vende o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem ser meu seguidor. Que significa para os dias de hoje que o rico, tocado pelo poder transformador do Evangelho, pode e deve ser colocado na construção de uma sociedade socialista. Fraterna, solidária, de irmãos, em que cada um busca não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa, como são as imagens de ICoríntios 10.24. Mesmo porque esta sociedade socialista não é mais aquela, mas uma nova, não somente realmente fundada no poder popular, como no poder divino.

Quão bom é se os irmãos viverem em união! Quão bom é se católicos e evangélicos meditarem sobre as palavras recentes do Papa Francisco: Não existe um Deus católico, apenas Deus. Embora não houvesse tratos entre judeus e samaritanos, não havia um Deus no reino do norte e um Deus no reino do sul, mas apenas Deus que a uns deu uma essência, a outros, outra essência, distintas, mas complementares. Porque se em Jerusalém estava a devoção verdadeira, Samaria era a porta por onde esta devoção verdadeira se projetava para fora e alcançava todas as nações.

Quão bom seria se na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 as avenidas de Belém do Pará estejam ocupadas pelos ministros da Palavra de Deus, pentecostais, protestantes, progressistas, carismáticas, que vieram não só da região da Grande Belém, mas de todas as partes do Brasil. Movidos pela esperança de se começar a construção de um novo Brasil, de uma nova terra.

Quão bom seria se os Mensageiros do Reino saíssem por toda Belém, por todo Pará, por todo Brasil, e a quem encontrar pelas ruas das cidades convidará para estarem na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014 nas avenidas de Belém do Pará. Participando e se sentando à mesa no banquete do casamento do Filho do Rei. Uma grande festa do sagrado. Uma multidão imensa, quiçá tão imensa como a multidão do Círio de Nazaré, caminhando pelas avenidas de Belém, junto a seus líderes espirituais, não só os cristãos, mas todos que professam a fé no sagrado. E Cristovam Buarque no seu meio.

Para encerrar a Terceira Parte do trabalho O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA, faz-se necessário dizer que na Segunda Parte do referido trabalho Adamir Gerson transcreveu uma resposta que recebeu do senador Cristovam Buarque. Reagindo ao trabalho enviado, assim se expressou o senador brasiliense: Carta empolgante! Gostaria de ler o livro “Acendendo a Fogueira”.

E é preciso esclarecer: o livro “Acendendo a Fogueira” trata-se de um livro que não se lê senão que se participa da maior das revoluções, a brasileira, que há de trazer profundas mudanças não apenas no plano social, mas também, e muito mais, no plano do espírito. A revolução brasileira se confunde e é a Parúsia.

Oxalá que o livro “Acendendo a Fogueira” comece a ser lido por todos na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014, nas avenidas de Belém do Pará.

NOTAS DE RODAPÉ
(1)  A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano. Oxalá que no ano de 2014 o Brasil inteiro, de posse de uma nova esperança, estejam cantando Rosa de Sarom, nas escolas, nas igrejas, nas praças, nas fábricas, em todos os lugares deste gigante que no mês de junho começou a acordar do profundo sono lhe imposto.


(2)  Falando sobre o advento do reino do Messias sobre a terra, em dois tempos, o da Lei e o da Graça, Adamir Gerson após ser duro com presidenciáveis que ostentam a ilusão de ser Moisés, foi claro de que não obstante no meio deles tem o Josué, figura que será enriquecida na caminhada para mais na frente ser usada em uma missão importante. E ao dizer que o reino do Messias pelo lado da Graça tinha oculto o seu Josué concluiu tal por dizer que o reino do Messias pelo lado da Lei quando se manifestou também teve o seu Josué. E quem foi ele? Indiscutivelmente que Stálin. Lênin voltando do exílio e se juntando a Trotsky e os dois, indo fazer a revolução e guiando o povo na direção do socialismo, ora, tal foi o antítipo do momento em que Moisés voltou do exílio e, após se juntar a Arão, seu irmão, então foram libertar os escravos hebreus do domínio de Faraó. É verdade, Moisés tirou o povo escravo das masmorras do Egito e o conduziu na direção de Canaã, mas não guiou o povo para dentro dela, quem fez tal foi outro: Josué. É verdade, Lênin fez a revolução e guiou o povo na direção do socialismo, mas quem introduziu o povo no socialismo foi outro: Stálin. Stálin foi duro, ao ponto que é apontado por muitos como o governante mais impiedoso que a História produziu? Ora, estas palavras que se endereçam a Stálin são as palavras que certa Enciclopédia dirigiu a Josué: O maior assassino da História. Como se compreende Marx numa leitura e apreensão de Abraão, como se compreende Lênin numa leitura e apreensão de Moisés, se conhece a Stálin num conhecimento de Josué, porque portadores da mesma essência.

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