domingo, 30 de setembro de 2012

A Real Chegada da Revolução


Ademar Souza e Silva < pastorademar@gmail.com> escreveu:
JESUS CRISTO É A NOSSA VITÓRIA!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1Jo
Querido e amado Adamir Gerson.
Parabéns.
Você é um grande escritor.
Gostei.
Li e reli avidamente seus escritos.
Muito obrigado.
Eu te amo em nome de JESUS CRISTO.
Continue firme.
Você é um homem iluminado.
Aleluia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EU SOU A LUZ DO MUNDO.
QUEM ME SEGUE,
NÃO ANDARÁ EM TREVAS.
MAS TERÁ A LUZ DO MUNDO. João 8.12
Saúde prá você.

Pr. Ademar

A REAL CHEGADA DA REVOLUÇÃO

Por volta do ano de 97, 98 Adamir Gerson conheceu os jovens da UJS (União da Juventude Socialista), entidade ligada ao Partido Comunista do Brasil.

Tendo ficado no meio deles, indo e vindo com as boas novas, no ano de 99 foi surpreendido pelo jovem Ronaldo dizendo ele para Adamir Gerson que estavam se preparando para a revolução que ia ocorrer dentro de aproximadamente cinco anos. Por volta do ano de 2004, 2005, no mais tarde no ano de 2006, vai explodir a revolução proletária no Brasil. E então os burgueses irão comer o que a nossa mão der. E ele dizia isto com a maior das certezas, dizendo que em todo o Brasil estava havendo preparações para a grande revolução.

E Adamir Gerson ficou pasmado, e ao mesmo tempo indignado com o que ouviu. Sabia que no Brasil não existia preparação alguma para a revolução comunista, tampouco clima para ela. O que realmente estava por detrás daqueles jovens, os alimentando de uma  esperança fadada a lhes trazer frustração?

Bem, o tempo declinado por Ronaldo para explodir a revolução proletária chegou, 2004, 2005, 2006, e o que vimos? Que revolução os nossos olhos presenciaram comandando aqueles que incutiam na mente daqueles jovens que estava em curso no Brasil preparações para a eclosão da revolução comunista, que por volta do ano de 2005 ia acontecer? O que vimos os dirigentes do PC do B comandando por esses dias, no tempo designado? Que revolução eles comandaram por esses dias para além de fazerem parte de uma coalizão de partidos que por todos os ângulos de análise é uma revivência histórica da aliança de partidos que  Kerensky construiu na Rússia, não para transformar o país, porque Kerensky era destituído de capacidade intelectual para transformar o país, mas apenas para se sustentar no poder e satisfazer a sua vontade de poder?

Mais ainda, e aqueles jovens, cerca de doze, onde estiveram no tempo designado por eles para acontecer a tão esperada revolução proletária? O que se sabe com certeza é que todos se dispersaram cada qual lutando como pode para a sobrevivência, e o líder deles, Helinho, em crise existencial, se entregou por um tempo a estudos com as Testemunhas de Jeová, pois, deveras a pregação das Testemunhas de Jeová de que a terra vai se transformar em um paraíso, onde todos viverão em absoluta igualdade, desperta o interesse de qualquer marxista. A sua leitura é um bálsamo para a alma.

Pois é, temos de reconhecer: aqueles jovens eram sinceros. Viviam uma terrível opressão, material e espiritual, sofrendo na carne e no espírito as agruras do desemprego e dos baixos salários dos pais, e não raro também a humilhação e a dor de pertencerem a lares com pais trocados e irmãos e irmãs entregues aos vícios. Mas aqueles jovens um dia tiveram a sorte de entrar em contato com líderes do socialismo. Eles lhes falaram do socialismo. Acordaram neles a existência de outro mundo, em que a presença daqueles que os humilham e os escravizam é nula; não existem. É um mundo novo, onde os que constroem são eles mesmos que moram, os que plantam são eles mesmos que comem, e os que trabalham usufruem plenamente do trabalhão de suas mãos.

Façamos a pergunta: uma vez que a Revolução é Deus, e em Deus a Revolução existe nos seus dois estágios, o estágio da lei, de luta de classe, de ódio e confronto revolucionário, estágio de Moisés, mas também no estágio da graça, de reconciliação, de amor revolucionário, estágio de Jesus, e uma vez que Deus guardou o seu estágio de lei para acontecer na Rússia czarista, mas o seu estágio de graça para acontecer no Brasil, ora, façamos novamente a pergunta: quem incutia naqueles jovens que a revolução estava em curso no Brasil e que por volta do ano de 2005 ela iria eclodir, começando a fazer novas todas, todas as coisas: eram os líderes do PC do B ou era Deus?

Se Deus tinha a revolução da lei para realizar, vermelha, de Esaú, do Esaú que preferiu o alimento da terra ao alimento do céu, e Deus começou a preparar a força material de sua realização no ano de 1903, em Londres, quando deu vida ao movimento bolchevique, a partir de então enviando os seus mensageiros para o lugar de sua realização, a Rússia czarista, a fim de preparar a sua vinda, em que a prata e o ouro dos ricos e dos poderosos sacerdotais e governamentais não iriam livrá-los da ira Divina; iriam clamar amargamente e a maneira que Deus iria lhes responder seria bater as suas cabeças contra os rochedos, derramando o seu sangue como pó e as suas vísceras como fezes assim como vaticinado pelo profeta Sofonias, e as causas desta ira divina se achando no livro de Jó, porque esmagou, abandonou os de condição humilde, arrebatou a própria casa que não construíra (Jó 20.19), e tudo isto começou realmente a acontecer naquele abril de 1917, quando os pés de Lênin pisaram o solo russo, vindo do exílio, ora, se Deus tinha também para realizar a revolução da graça, branca, de Jacó, do Jacó que preferiu o alimento do céu ao alimento da terra, um novo socialismo, espiritualizado, em que Deus e a religião não são tidos mais como ópio, desnecessário, mas como fundamento da libertação, e sabemos com certeza que ele começou a preparação da força material de sua realização naquele ano de 1906, em Los Angeles, quando deu vida ao movimento pentecostal, a partir de então enviando os seus mensageiros para o lugar de sua realização, o país Brasil, com Daniel Berg e Gunnar Vingren entrando pela porta de entrada de Belém do Pará, porta de entrada indicada pelo Espírito, começando então a sua preparação, para a vinda gloriosa de Jesus Cristo, em que ele iria agora, pelas suas infinitas misericórdias, tratar aqueles que clamaram amargamente e a sua prata e o seu ouro não os pode livrar, com amor e não mais ódio, trocando os seus corações de pedra por corações de carne, lhes dando novo nascimento, e eles, de posse de um novo entendimento e de um novo sentido para as suas vidas, no lugar da busca incessante das riquezas agora a busca incessante de Deus, assim como aconteceu com ricos nos dias apostólicos que trocaram a proteção das riquezas pela proteção de Deus, de modo que o amor de Deus dirigido a eles encontrou a contra-partida, ora, se Deus tinha também a revolução da graça para realizar, façamos pois a pergunta: será que quando aqueles jovens passaram a crer piamente na iminência da revolução, era inevitável, não teria sido o próprio Deus respondendo aos seus anseios de libertação, Deus colocando neles a sua semente? Que realmente se achava em curso no Brasil preparações para a revolução? Deus tendo dado a eles a forma desta revolução, a branca, da graça, mas permitiu que o seu conteúdo fosse preenchido com o conteúdo da revolução marxista? De modo que no tempo certo, o tempo do soar da última trombeta, da ressurreição dos mortos, então Deus chegaria removendo o conteúdo marxista e no lugar colocando o verdadeiro conteúdo, nascido no sacrifício da cruz, Daquele que se deixou morrer para que todos os muros de separação fossem abolidos e todos tivessem a sua paz?

E como a sua semente germinaria? Ora, no momento em que o jovem Ronaldo ouvir o relato de Adamir Gerson, por certo que se lembrará de que naqueles dias ele e os demais jovens da UJS acreditavam piamente que por volta do ano de 2005 iria acontecer no Brasil – a revolução comunista. E ele, passado seis, sete anos, não somente vendo que a revolução não aconteceu como, também, agora com a mente esclarecida, passando a compreender que não aconteceu porque não havia tal para acontecer, era uma das tantas coisas na mente sem correspondência na realidade, no plano objetivo, por certo que Ronaldo raciocinará assim: "Poxa, Adamir Gerson parece estar com razão. A revolução que os líderes nacionais do Partido Comunista do Brasil incutiram nas nossas cabeças iria acontecer por volta do ano de 2005 hoje estamos conscientes de que eram apenas palavras concebidas para manter acesa a nossa fé e não deixar que esmorecessem e deixasse de lutar por um novo mundo, livre de toda e qualquer exploração, um novo mundo em que todos têm segundo as suas reais necessidades.”

E o jovem Ronaldo por certo que prosseguirá, dizendo: "Pois é, fazendo uma recapitulação de tudo, e dando aos fatos o seu verdadeiro valor, agora começo a compreender que a fala de Adamir Gerson segundo a qual naqueles dias havia mesmo uma preparação no Brasil para a revolução, mas era para a revolução do Evangelho e não para a comunista, começo a compreender que a fala de Adamir Gerson é por demais, verdadeira. Afinal, revoluções são feitas pelas massas proletárias, de modo que quando se acham prestes a eclodir os seus sinais, a sua efervescência mesmo, é notada nas massas, na sua impaciência por mudanças divisadas pelo espírito e que estão demorando a se revelar na prática. Sem esses sinais anunciadores, sem essa efervescência nas massas populares, revoluções não acontecem, como não está acontecendo essa revolução comunista porque naqueles dias não havia sinal algum seu nas massas proletárias, a não ser em uma minoria reduzida de intelectuais e estudantes, entre os quais eu me incluía..." Por certo que o jovem Ronaldo concluirá o seu juízo, assim dizendo: "Pois é as palavras de Adamir Gerson são por demais verdadeiras. Afinal esse aumento vertiginoso do povo evangélico, pode ser indicativo de que realmente se acha em curso no Brasil essa revolução do Evangelho, que há de construir o socialismo a partir da transformação espiritual, a partir de corpos transformados espiritualmente, com o poder de abrigar e sustentar o vinho novo do socialismo. E essa transformação espiritual, que ele diz é imprescindível para a nova revolução, realmente a vemos nas igrejas evangélicas. Impressiona como as igrejas evangélicas crescem, em qualquer lugar da cidade encontramos uma, e todas com os seus bancos lotados. Será que essas igrejas evangélicas não seriam hoje o germe dos sovietes de ontem, que deram vida à revolução comunista, de modo que elas irão dar vida à revolução do Evangelho, à revolução do amor e da reconciliação de todos com Deus e com seu filho Jesus?

Passado mais de dez anos em que Adamir Gerson ouviu do jovem Ronaldo que estavam se preparando para a revolução que iria eclodir dentro de cinco, seis anos, no mais tardar em sete anos, hoje parece ter um fato na cidade que pode sim ser indicativo de que Deus estaria se preparando para fazer acontecer no país Brasil, como modelo para toda a terra, a revolução do Evangelho, que não por violência e nem por força militar, mas pelo poder da Palavra de Deus, há de fazer novas todas as coisas e fazer com que os espíritos descansem em paz. É que o Partido político a que pertencia o jovem Ronaldo, o Partido Comunista do Brasil, que ele dizia iria estar no comando da revolução proletária, o mesmo na cidade foi reativado, e por um grupo de evangélicos da igreja Assembléia de Deus que estão se acordando para o comunismo como sendo, não coisa do homem, mas de Deus. Esse grupo pequeno, mas com qualidade, pode sim ser o embrião da revolução que estava no coração e na mente daqueles jovens.

Mais ainda, que recentemente circulou na Internet um artigo assinado por um líder do PC do B da cidade de Joinville. E o artigo deixa claro que os comunistas estão mudando radicalmente, e numa mudança em que os aproxima mais e mais do Cristianismo. Mais e mais da maneira de Jesus de fazer as transformações, pelo poder do amor.

Vejam o escrito de Wladimir Crippa, Joinville, Santa Catarina

Wladimir Crippa (SC): avançar na construção de um PCdoB de massas, democrático, revolucionário e não-dogmático
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1. O Partido Comunista do Brasil realizou nos últimos anos um importante movimento, no sentido de desamarrar-se de antigos dogmas, de abrir-se, de renovar-se, mantendo-se no campo da esquerda e do marxismo. Autores que estavam incluídos em um tipo de “índex vermelho” não oficializado, como Lukács, Gramsci, Bobbio, passaram a ser lidos pelos dirigentes e quadros do Partido, e podemos perceber suas influências na práxis atual do PCdoB.
2. Estes autores estão aí há muito tempo, décadas, mas o dogmatismo no qual estava imerso o Partido não permitia que suas contribuições fossem analisadas e, se fosse o caso, incorporadas ao pensamento e ação do PCdoB.
3. Felizmente os comunistas livraram-se dessas amarras, e o Partido hoje se abre para o pensamento marxista de diversas outras vertentes, e não mais apenas da corrente russa, tradição herdada da III Internacional Comunista, não apenas pelo PCdoB, mas por ampla parcela do movimento comunista mundial.
4. O desafio colocado hoje é de construir a teoria da revolução brasileira. Indicar quais os caminhos que buscaremos trilhar para construir o socialismo no Brasil, dentro das nossas características, levando em consideração nossos aspectos econômicos, culturais e sociológicos.
5. O PCdoB que queremos consolidar é um partido democrático e que luta pela radicalização da democracia. Buscamos construir uma democracia superior à que está aí, que envolva amplas parcelas da população. Que combine democracia direta com democracia representativa. Que traga para o debate do povo as chamadas questões de Estado. 
6. Nesse sentido, o PCdoB não se propõe a construir nenhuma ditadura, nem de partido, nem de classe. O conceito teórico de ditadura do proletariado, hoje, não expressa mais o conteúdo que os comunistas defendem. Continuar a utilizá-lo só conseguirá limitar nossa ação, afastar militantes, impedir o crescimento do Partido e, principalmente, não comunicar o que de fato queremos. O que queremos é construir uma radical democracia socialista.
7. O PCdoB que precisamos precisa ser de massas. Precisa ter um grande enraizamento em toda a sociedade. Precisa ser uma força eleitoral, com peso nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, no Congresso Nacional. Precisa governar municípios e Estados.
8. O Partido hoje não se coloca mais o objetivo de “assaltar o Estado”. Este modelo, produzido principalmente no 1o e no 2o congressos da III Internacional e exportado de forma acrítica para todos os partidos comunistas do mundo, está totalmente distante da realidade brasileira.
9. Justamente por isso, o modelo tradicional de partido leninista, formado por quadros, por profissionais da Revolução, pequeno e centralizado, descrito fundamentalmente no livro “Que fazer?”, de Lênin, não serve para nossa realidade. O que não significa que elementos da concepção leninista de partido não devam ser preservados e aprimorados.
10. Um destes elementos certamente é o centralismo democrático. O PCdoB precisa revigorar essa característica do leninismo. Os sucessos obtidos pelo Partido nos últimos anos – e não foram poucos – devem-se em grande parte justamente à clareza da necessidade da atuação centralizada, unificada. Por não sermos um partido exatamente numeroso, é a força de nossa unidade na ação que possibilitou diversas vitórias na atuação nos movimentos sociais e na política nacional.
11. Se faz necessário envolver mais e mais filiados e militantes, estimular os debates, a discussão. Expor as divergências internamente, debater de forma sincera e calorosa, não deve ser visto como problema, mas sim como parte do processo de solução. Somente com a realização de debates que envolvam amplas parcelas da militância é que o centralismo democrático adquire a legitimidade política necessária para a unidade na ação partidária. Centralização sem discussão é burocratização e, inevitavelmente, leva à inquietação, à apatia e/ou à divisão.
12. Uma grande parcela da tradição da esquerda sempre compreendeu a Revolução como um momento, como o grande dia da tomada do poder. Mas a Revolução não é um momento. É um processo. E não é um processo rápido. É uma luta prolongada pela construção da contra-hegemonia. Onde podem ocorrer – e geralmente ocorrem – momentos de rupturas. 
13. A questão de “tomar o poder” também não se coloca mais. Poder não se toma, se constrói. Hoje o sistema não se mantém pela força militar, mas sim pelo convencimento, pela ideologia. As pessoas absorveram os valores do sistema capitalista, e os reproduzem cotidianamente, sem pensar. Tomaram para si a ética, a moral, as tradições e costumes. Vemos isso até entre nós, comunistas.
14. É preciso construir hoje na sociedade uma outra visão, outros valores. É o que se chama de disputar os valores hegemônicos. Precisamos construir uma outra hegemonia, centrada nos valores democráticos, de valorização do coletivo, da fraternidade, da busca constante por mudanças e avanços. Construir uma cultura que supere o tradicional.


sábado, 29 de setembro de 2012

Expulso da Comunidade História do Partido Comunista


Adamir Gerson acabou de ser expulso da comunidade História do Partido Comunista.

Qual a razão?

Talvez isto explique. Uma radiografia real das esquerdas: Se correr o bicho pega, VIA PARLAMENTO-ELEITORAL, Se ficar o bicho come, VIA LUTA ARMADA.

Esta é a situação das esquerdas nua e crua.

Mas tudo está perdido? Certamente que para tudo há uma saída. E para esse impasse eis que está surgindo o socialismo celestial, com propostas radicalmente outras a exigir uma completa revolução interna em cada marxista para tomar parte na sua caminhada. Um completo nascer de novo, que Jesus propôs a um judeu ilustre, Nicodemos.

E estas propostas radicalmente outras é que tem feito o dono desta comuna o expulsar não só desta, História do Partido Comunista, como também de outra de sua propriedade, Materialismo – Filosofia.
Por analogia, as propostas do socialismo celestial são matematicamente as mesmas que Jesus trouxe como alternativa ao moribundo judaísmo. Os judeus aceitaram as novas propostas? Uma minoria sim, mas o grosso reagiu virulentamente contra.

E Jesus só pode dizer a eles isto: VÓS NEM ENTRAIS NO REINO DOS CÉUS E NEM DEIXAM ENTRAR OS QUE ESTÃO A CAMINHO DE ENTRAR. E hoje o seu equivalente: Estes que expulsaram Adamir Gerson nem constroem o socialismo e nem deixa construir os que estão a caminho de construí-lo, porque construí-lo, hoje, é saber como ter o apoio das massas oprimidas. E não sabem como penetrar nas massas, porque são depositários de uma cultura européia que não tem nada em comum com o povo latino-americano. De modo que só podemos dizer que se tratam de revivências históricas daqueles que assassinaram Jesus e perseguiram os primeiros cristãos.   Não vão a lugar nenhum porque culturalmente estão alienados da cultura das massas, fruto de uma aguda deficiência intelectual.

domingo, 23 de setembro de 2012

Tempo do Reinado de Jesus Cristo



TEMPO DO REINADO DE JESUS CRISTO

“E o sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no céu, dizendo: ‘O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre (...)” Apocalipse 11.15-18

No ano de 1823 o inglês John Acquila Brown publicou o livro – The Even Tide, A Noite. E nele havia o vaticínio de que o período profético dos sete tempos que aparecem no livro do profeta Daniel (4.16) – que Brown entendeu ser um período de tempo de 2520 anos – o mesmo iria se cumprir no ano de 1917. Tomando como base o ano de 604ª.c, em que Judá foi destruída pelos caldeus, então Brown chegou ao ano de 1917.

O que de importante iria ocorrer, então, neste ano de 1917? Simplesmente que o trono de Javé iria ser restabelecido. Vago desde o ano de 604ª.c pela destruição de Judá pelos caldeus, sendo o seu último rei Zedequias, então no entendimento de John Acquila Brown ao cumprimento dos sete tempos do domínio gentio Deus iria novamente restabelecer o seu trono.

Bem, vem a pergunta: John Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio? Foi um homem que fez uso da palavra profética por inspiração divina?

Muitos estudiosos estão de acordo de que Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio de modo que tomam a promulgação da Declaração Balfour como sendo o cumprimento do vaticínio. De fato, a Declaração Balfour promulgada no ano de 17, pela qual os ingleses outorgaram aos judeus o direito de retornar, de forma oficial, à terra de seus ancestrais e construir ali para si um Lar Nacional no entendimento de muitos estudiosos veio se encaixar perfeitamente. Foi mesmo o cumprimento magistral da visão profética de Brown, o que todos dizem.

Mas, o que poucos sabem é que no cumprimento do período profético o que seria restaurado ao lugar não seria apenas uma questão ligada à nação de Israel, mas já ao reinado de Deus. Do contrário não teria sentido o trono de Javé ter ficado tanto tempo vago e voltado com as mesmas características. Isto é anti-dialético e reduz a potência de Deus à potência dos deuses. O sentido maior do cumprimento do tempo histórico é que então seria já o estabelecimento do reinado de Javé segundo o que revelou aos profetas, em especial a Isaías. Já seria sim o estabelecimento do reinado messiânico, que os judeus acreditam em íntima ligação com o judaísmo, ao passo que os cristãos, em íntima ligação com o cristianismo. Destarte, alienou-se de si como semente e retornaria como fruto, uma imagem tão comum na natureza.

Então vem a pergunta: e a nação de Israel que efetivamente começou a se formar a partir do ano de 17 – isto é, de forma oficial, porque na verdade os judeus começaram a voltar para a Palestina na segunda metade do século XIX na construção ali dos kibutzins – ela representou o nascimento na terra do reinado de Javé? Certamente que não. Israel é tão somente mais uma nação no contexto e concerto das nações. Deus não governa a terra jamais através dos judeus ou da criação do Estado de Israel.

Então as explicações que os estudiosos deram do cumprimento da profecia de John Acquila Brown preenche apenas parte do conteúdo profético. Algo de fundamental, ligado ao reinado de Javé, se acha oculto de modo que é preciso ser conhecido para que se torne completo o cumprimento do vaticínio que então John Acquila Brown proferiu naquele ano de 1823.

Na verdade o trono de Deus seria restabelecido na acepção em que uma semente é plantada e ela dá o seu fruto. E quando o fruto aparece junto com ele, no seu interior, aparece também a sua respectiva semente. Fruto e semente numa só unidade. E começamos a entender a questão da Declaração Balfour porque ela efetivamente é esta semente, não, porém, este fruto.

E eis que nos achamos em condição de expor o objeto real da profecia de Acquila Brown. De fato, o seu cumprimento foi mesmo a revolução comunista ocorrida neste ano de 1917 assim como profetizado por Brown.

Neste ano de 1917 realmente se manifestou o fruto junto com a sua respectiva semente. O fruto a partir da semente. Pois deveras neste ano de 1917, mais precisamente que no dia 2 de novembro deste ano, dois acontecimentos intimamente ligados entre si então ocorreram, qual seja: a decisão inglesa de outorgar aos judeus o direito de retornar à terra de seus ancestrais e construir ali para si um Lar Nacional, e a reunião de doze líderes bolcheviques que decidiram realizar a Revolução e construir para os trabalhadores um Lar Nacional, o socialismo. Na construção do Lar Nacional judeu eles iriam deixar de andar peregrino pelo mundo, enxotados de nação em nação, e na construção do Lar Nacional do Socialismo, os trabalhadores iriam deixar de peregrinar no desemprego, na humilhação do dia a dia, oprimidos de patrão em patrão.

A Intrigante Questão das Testemunhas de Jeová

Para compreender esta questão que ora estamos tratando, e lançar mais luz sobre a afirmação de que o fenômeno real da profecia de John Acquila Brown foi mesmo a revolução comunista, o socialismo como reinado de Javé, realmente ocorridos no ano de 1917 – isto é, como revivência da lei, Moisés, preparando o caminho para a revivência da graça, Jesus – faz-se necessário dizer que no ano de 1918 estudantes da Bíblia que hoje são conhecidos como Testemunhas de Jeová saíram pelas cidades dos Estados Unidos proclamando a todos que Deus já tinha “começado a governar”. E em breve, como eles mesmos diziam, a Cristandade iria sofrer nas mãos do Governo de Deus pelo seu pecado cometido. De modo que a sua referência era expressa e direta ao reinado de Deus, sem qualquer menção ao fenômeno judeu. Ainda mais, que sem meios de provar concretamente, estes estudantes da Bíblia diziam que o reinado de Deus começara de forma invisível, com Deus já o gerenciando a partir do céu.

E há um fato concreto que deixa claro que o fenômeno real da revelação destes estudantes da Bíblia, foi mesmo a revolução comunista, mesmo que eles não soubessem e ainda hoje não tem qualquer consciência disto. É que quando eles saíram pelas cidades dos Estados Unidos pregando que Deus estabelecera já o seu governo, e começara a reinar, ora, como a pregação deles ia de encontro a tudo o que os bolcheviques estavam fazendo na Rússia, os comunistas acabara de expropriar toda a riqueza da burguesia – Jó 20.15-19 – deixando-os literalmente de mãos vazias, com suas riquezas passando para o controle do proletariado – Lucas 1.51-53 – de modo que prometiam criar uma nova pátria, sem nenhum tipo de opressão, com aqueles que construíam eles mesmos morando, aqueles que plantavam eles mesmos comendo, e aqueles que produziam as riquezas eles mesmos usufruindo plenamente do trabalho de suas próprias mãos e não mais outros – Isaías 65.21-22 – ora, as autoridades americanas, que naquele preciso instante enviara tropas para combater na Rússia contra os bolcheviques, não tiveram dúvida de que estes estudantes da Bíblia era um braço religioso do movimento comunista. O movimento comunista, que então conquistou o poder na Rússia, invadia agora os Estados Unidos. E imediatamente o colocaram atrás das grades. Mas depois, verificando, e vendo que eles não tinham qualquer ligação com o comunismo, que a sua pregação de paraíso era completamente desligada da problemática político-econômico-social, no que se embasava a ação comunista, ora, se convencendo de que eram inofensivas, então as autoridades americanas as soltaram.

Assim, pois, podemos dizer que realmente o vaticínio de Acquila Brown se cumpriu mesmo neste ano de 1917, o reinado de Javé se manifestando pelo lado da semente, Abraão, e pelo lado do fruto, o judeu Karl Marx. Em termos científicos a semente sendo Isaque com seus dois gametas, judeus e palestinos, e o fruto sendo Jesus com a textura carnuda, sendo o socialismo e o sabor e docilidade sendo a religião cristã. Por ser Isaque é certo que num tempo futuro próximo então iria haver a completa reconciliação, tanto na semente, entre judeus e palestinos, como no fruto, entre socialismo e cristianismo.

Judaísmo e Marxismo

Ora, caso isto seja verdadeiro o mesmo exige que o nascimento do socialismo tenha estado intimamente ligado ao judeu, assim como o fruto se manifesta, intimamente ligado a sua respectiva semente. Em uma palavra, o socialismo emergiu do ventre judaico, só assim tendo veracidade do reino messiânico.

Vejamos: primeiro, os dois criadores teóricos do socialismo, Marx e Engels, os dois eram judeus; segundo, os dois realizadores da revolução, Lênin e Trotsky, os dois eram judeus (John Reed, testemunha ocular, no livro OS DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO aponta Lênin e Trotsky como os dois homens mais importantes na tomada do poder. Se na consolidação da revolução os dois homens mais importantes foram Lênin e Stálin já é outra questão). Sem falar que dois líderes importantes da revolução, Kamenev e Zinoviev, os dois também eram judeus.

Ora, há consenso entre muitos historiadores que o socialismo foi fenômeno judeu. Foi gestado em suas entranhas e nasceu de suas entranhas. Não só George Riffert diz no seu livro A Grande Pirâmide de Gizé que o comunismo foi gestado no ventre da Liga Judaica como tal é corroborado por outros autores. Veja aqui um comentário sobre um texto do sociólogo chileno Pablo Huneeus: O que se pretende sustentar, resumidamente a seguir, dificilmente costuma ser digerido com facilidade pelo senso comum. Essa tese polêmica é a de que o comunismo moderno nada mais é do que um subproduto do judaísmo. Seu caráter é intrinsecamente judaico, suas bases filosóficas provêm do judaísmo, sua ação política, propaganda e patrocínio, direta e indiretamente, igualmente, derivam incontestável e majoritariamente dos judeus. Tratemos de início da origem do comunismo moderno. O comunismo moderno foi desenvolvido por Moses Levy Mordecai, ou melhor, simplesmente Karl Marx... Marx teve um grande professor rabino comuno-sionista de nome Moses Hess. Este rabino foi fundador e editor do Rheinische Zeitung, o principal órgão de pensamento de esquerda na Alemanha. Ele proveu Karl Marx com sua primeira importante plataforma. Mais tarde, em Bruxelas, ele colaborou com Marx em A Ideologia Alemã. Foi Hess também quem converteu Friedrich Engels ao comunismo, provavelmente também ao judaísmo.

Uma rápida análise sobre o texto do sociólogo chileno Pablo Huneeus: "Jesús y Marx fueron judíos y lo que hace Marx es modernizar el espíritu mesiánico del judaísmo, prometiendo la salvación en este mundo. La profecía de su 'Manifiesto Comunista' es la salvación secular del pueblo elegido (la clase trabajadora) que ha de ser liberado de su cautiverio en Babilonia ( la explotación capitalista) por la ira de Jehová (la revolución) para instaurar aquí el reino de los cielos (la dictadura del proletariado). El redentor es el revolucionario; Satanás, el capitalismo; su pueblo elegido, el proletariado; y su Iglesia Católica, apostólica y romana es el Partido Comunista, apostólico y moscovita. Es como traer a Dios a la Tierra, con juicio final y apocalipsis incluídos". (Pablo Huneeus, sociólogo chileno)

Na visão de Pablo Huneeus o espírito messiânico que impregnou o judaísmo, desde os profetas, estaria de certa forma se realizando no Marxismo, porque tanto um como outro elegem a Terra como lugar do nascimento de um reino perfeito, sem qualquer tipo de exploração, sem qualquer tipo de pecado. E chama à atenção que o fato de Pablo Huneeus dizer que o judeu Marx elegeu o Proletariado, a Classe Trabalhadora, como “povo eleito” (pueblo elegido), certamente isto vai de encontro a Jesus, que jamais disse que os judeus herdariam o Reino de Deus, como era visão corrente na época entre os judeus, mas, sim, os Mansos – a esse respeito ver Mateus 21.43, que pode sim ser associado com Isaías 65. Prosseguindo. Ora, uma análise sociológica e psicológica acurados certamente que converge estes mansos de Jesus para os mesmos trabalhadores de Marx. E o assunto se torna conclusivo quando é analisado à luz de Mateus 25.34-40.

E a conclusividade se torna patente e fecha o círculo quando se sabe que nas palavras proféticas que Deus colocou no espírito do profeta Daniel acerca dos sete tempos se lê nas entrelinhas que o povo a quem Deus escolheu para gerenciar o Reino foi mesmo o proletariado. Porque é dito que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser, e estabelece nele até mesmo o mais humilde da humanidade. Ora, só podemos entender este “mais humilde da humanidade” como sendo o proletariado, que realmente naquele ano de 1917 foi estabelecido no poder.

Bem, para resumir essa questão da íntima relação do socialismo com o judaísmo e nem deixar margem a nem mais uma dúvida vejam isto retirado de um site:

CURIOSIDADES:

Karl Marx era descendente de rabinos judeus por parte do pai e da mãe
O verdadeiro nome de Kerensky (líder da revolução que derrubou o czar, posteriormente derrubado por Lênin) é Adler, sendo seu pai judeu e sua mãe judia. Morto o pai, a mãe tornou-se a casar com um russo chamado Kerensky, cujo nome o estadista e advogado adotou.
Ninguém até agora pôs em dúvida a nacionalidade de Trotsky, que é judeu, e cujo verdadeiro nome é Bronstein.
Lênin era um quarto judeu e casado com uma judia.
Stalin não era judeu (há quem questione essa informação), mas pertencia a seita caraíta, ligada ao judaísmo.
Os judeus sempre ocuparam mais de 80% de todos os altos cargos do governo bolchevique, apesar de serem 1,5% da população. Em 1918 a mais alta burocracia - Soviets e ministérios - contava com 534 indivíduos, dos quais 429 eram judeus.
O financiamento da Revolução Russa foi feito pelos judeus americanos Jacob Schiff, Felix Warburg, Max Breitung, Otto H. Kahn, Mortimer Schiff, Jerome H. Hanauer, e pelo Banco Kuhn Loeb & Co.

A Lei e a Graça

É certo que muitos ministros da Palavra de Deus se conscientizaram de que o comunismo foi mesmo fenômeno que se manifestou na terra não só a partir do judeu, mas, também, como cumprimento da Palavra de Deus (Tiago 5 descreve de forma clara e inequívoca esse acontecimento, e é importante salientar que Tiago deixa claro que era Deus respondendo àqueles que clamaram a ele por conta dos opressores terem retido seus salários e os reduzir a uma condição de miserabilidade – eis que os salários devidos aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, mas que são retidos por vós, estão clamando, e os clamores por ajuda, da parte dos ceifeiros, CHEGARAM AOS OUVIDOS DE JAVÉ DOS EXÉRCITOS). 

Conscientizaram-se de que se muitos homens com a Bíblia na mão abriram as suas bocas para dizer que o comunismo foi gestado nas profundezas do inferno, os acusando ininterruptamente de tudo o de ruim, sendo responsabilizado por todas as desgraças políticas e econômicas – Apocalipse 12.10, isto não quer dizer nada porque muitos homens, de posse da Palavra de Deus, não só disseram que Jesus era possuído por demônios como envidaram todo esforço para assassiná-lo. Além do mais, estes ministros de Deus, já emancipados politicamente, sabem que a Palavra de Deus diz que o mundo jaz no poder do Maligno, e muito poder ele tem para manipular a mente de homens. Mais do que isto, que estes Ministros da Palavra de Deus têm plena consciência de que o povo de Deus no seu conjunto quando for esclarecido sobremaneira acerca do socialismo que tem procedência divina e não maligna, compreenderão claro que todo o povo de Deus passará a ter simpatia, respeito e reverência pelo socialismo, pois então a todos ficou claro que Marx é a outra face de Paulo, a igualdade material de Paulo é a outra face da igualdade espiritual de Paulo, e que, portanto, a origem de ambos só pode ser comum, como é comum a origem do óvulo e do espermatozóide, não obstante estarem em corpos separados. Destarte, são estes os dias do cumprimento de ICoríntios 15.51, o dia em que no toque da trombeta final de Deus então todo o povo de Deus iria ser esclarecido sobremaneira sobre o plano de Deus ao longo dos tempos, as etapas do calvário da Redenção, bem na acepção de Hegel. Com a clareza límpida e cristalina de Isaías 29.18-24.

Portanto se faz necessário levar aos ministros da Palavra de Deus mais esclarecimentos para que possam se posicionar na construção do reinado de Jesus Cristo. A sua construção é um ato racional, que além de religião envolve política, sociologia, economia, ideologia, organização partidária e etc. Mais do que isto, derrubar o muro de separação que há entre a Palavra de Deus e o universo acadêmico-intelectual. De fato, o que aconteceu naquele ano de 1917 com a vitória comunista foi que Deus estabeleceu o seu reinado PELO LADO DA LEI. A Ditadura do Proletariado foi condição e instrumento para o cumprimento de milenares profecias bíblicas, entre as quais a escatologia segundo o profeta Sofonias, que viu no final dos tempos a ira de Deus sendo derramada contra os sacerdotes, e contra os príncipes, e contra os filhos do rei, e contra a burguesia (os que usavam vestuário estrangeiro), e contra os comerciantes (os que pesavam a prata), e contra os poderosos, e nem a sua prata e nem o seu ouro os livrando da ira de Deus, que então derramava o seu sangue como pó e suas vísceras como fezes (Sofonias 1.1-18).

Como a escatologia segundo Sofonias se desenrolaria tendo como pano de fundo e fundamento tipológico a destruição de Judá por parte de Nabucodonozor e dos caldeus, e claramente eram instrumentos nas mãos de Deus, pois não somente encontramos Deus chamando ao rei caldeu Nabucodonozor de “meu servo”, como repetidas vezes enviando o profeta Jeremias aos reis de Judá e aos seus poderosos os alertando de que não iriam ficar impunes pelo seu pecado e rebeldia, ora, isto pressupõe que na escatologia Deus iria usar ao seu serviço instrumentos humanos análogos aos que usou contra Judá e seus reis. De fato, e estes instrumentos humanos escatológicos foram mesmo os comunistas, com Lênin sendo este novo Nabucodonozor nas mãos de Deus.

O que foi exposto acima lança luz sobre a compreensão do vaticínio profético de John Acquila Brown. Uma vez que foi expresso o caráter escatológico do livro do profeta Sofonias, com tudo desencadeando na escatologia a partir da destruição de Judá por Nabucodonozor e os caldeus, e uma vez que só se compreende a destruição de Judá por Nabucodonozor numa relação direta com a conquista de Babilônia por parte de Ciro, os dois acontecimentos estiveram intimamente ligados e fizeram parte do mesmo processo, isto significa dizer que a escatologia, o seu drama, se desencadearia em dois atos distintos e complementares, qual seja: um ato que reviveria os dramáticos acontecimentos da destruição de Judá com o consequente cativeiro babilônico de setenta anos e o segundo ato que reviveria a conquista de Babilônia por parte de Ciro à frente de medos e persas, libertando o povo de Deus que então estava cativo em Babilônia.

De modo que claramente a escatologia se dá a partir de dois fundamentos tipológicos onde cada um teve e se consumou em dois atos distintos no tempo e no espaço, qual seja o de Moisés que se consumou em Jesus e o de Nabucodonozor que se consumou em Ciro. De modo que podemos asseverar que o reinado de Javé realmente se cumpriu naquele ano de 1917, segundo o vaticínio de John Acquila Brown, pois, deveras, a revolução comunista ao mesmo tempo reviveu a ação de Moisés contra Faraó e a destruição de Judá por Nabucodonozor. De modo que podemos dizer sim que Lênin, não só foi o novo Nabucodonozor, como falado, como também novo Moisés.  

Ora, como a revolução comunista realizou Moisés, mas não realizou Jesus; realizou Nabucodonozor, mas não realizou Ciro, isto significa dizer que está faltando o segundo ato escatológico que então reviverá Jesus e reviverá Ciro. E podemos dizer sim que estamos na iminência do segundo ato escatológico, quando então a revolução se deslocará de ser feita em motivos revolucionários prescritos e promovidos pela Ditadura do Proletariado para ser feita em motivos cristãos.

E profundas mudanças estarão, então, acontecendo. No lugar de se buscar a construção da igualdade na destruição pura e simples da burguesia buscar-se-á a sua construção na sua transformação e conversão. Há que se educar os trabalhadores. A que evangelizar os burgueses. Para que não tenhamos mais que contemplar aquela situação insólita vivida por Che Guevara nas selvas da Bolívia, sem a compreensão e apoio das massas, o fuzil em suas mãos por si só não pode responder à demanda. Era necessário o apoio e a participação consciente das massas. Em uma palavra, o homem reformado interiormente, compactado na Palavra de Deus, não suportará jamais as injustiças do capitalismo. É um acinte ao seu espírito. E leis sucedendo leis, que emanam de legisladores que foram colocados ali pela consciência popular, certamente não tardarão e o capitalismo e tudo que lhe diz respeito serão procurados e não mais encontrados. Um novo homem tomou o lugar do velho homem. Como diz a Palavra de Deus, as velhas coisas não serão mais lembradas e não subirão mais ao coração, Isaías 65.17.

Uma transformação e conversão dos ricos? Sim, mas que será precedida na transformação e conversão dos próprios comunistas – porque é cumprimento da Palavra de Deus, Isaías 66.14; Mateus 25. 34-40. Os comunistas não serão desprezados e excluídos deste novo tempo e existir revolucionário como é a luta que setores da Igreja Católica estão travando com os progressistas querendo de todos os modos que eles se apartem do Marxismo deixando os comunistas entregues à própria sorte, que sorrateiramente sabem não será outra senão que entregues a lutas intestinas, vivendo do passado, sem qualquer inserção no presente, ausentes, completamente alienados da alma popular. Não, tal como os filhos de Israel, que ao subir do Egito para Canaã levaram consigo os ossos de José, para que onde fossem José estivesse sempre presente, de igual modo a Igreja de Cristo saberá levar consigo a todos os filhos de Marx para lhes dar um futuro ainda mais glorioso. Na lei, eles carregaram o fardo mais pesado, e se o fardo que agora surge será mais leve, aparentemente mais leve, deve-se a eles, com o seu suor, a sua lágrima, e o seu sangue, ter preparado o caminho e as condições para o novo tempo da graça. É verdade, os comunistas transformados e convertidos compreenderão que a transformação e conversão porque passaram em suas vidas, antes tido por eles como impossíveis, improváveis, compreenderão que da mesma forma que seus seres impenetráveis foram abertos com a chave do Evangelho de modo a aceitar e acreditar em Deus como criador, condutor e consumador da Revolução, hão de acreditar que a mesma transformação e conversão poderá também alcançar os burgueses. 

De modo que agora, neste novo existir revolucionário, ao olhar para a burguesia não sentirão mais o antigo desejo da sua destruição, mas um novo desejo, ardente, de sua conversão e transformação. No âmago de suas almas sentem neles um irmão que ainda não se encontrou. Destarte, se empenharão para que compreendam que há um bem maior que dinheiro e riqueza, Deus, oculto em suas lutas passadas apenas aguardando a chegada do seu dia.

Ora, essa transformação dos dois pólos da contradição, comunistas e capitalistas, certamente que é o cumprimento da Palavra de Deus, como segue: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles (Isaías 11.6).

A Presença de Deus em 17

Para que os ministros da Palavra de Deus compreendam que realmente foi verdadeiro o vaticínio de John Acquila Brown, que ele proferiu naquele ano de 1823, tendo visto em espírito de profecia Deus se manifestando em grande poder no ano de 1917, sim, a que não paire nem mais uma dúvida em seus espíritos e digam, com Jacó: Basta! A revolução comunista foi mesmo o cumprimento da Palavra de Deus, Adamir Gerson vai aprofundar ainda mais essa questão de que tudo relacionado na libertação de Moisés no Egito e à ação de Nabucodonozor contra Judá tudo foi novamente revivido pela Revolução. De modo que Lênin foi realmente um novo Moisés e um novo Nabucodonozor.

Moisés. Relata a Palavra de Deus que Moisés, por causa dos seus irmãos escravos, virou às costas a toda a glória do Egito preferindo sofrer com eles de que ter um gozo temporário. Por conseguinte, por tomar o lado de seus irmãos escravos, fugiu ao Egito. Mas voltou e ao se unir com Arão então foi libertar os escravos que então eram oprimidos por Faraó. E passou a conduzi-los na direção de Canaã, para o lugar que tempos antes Abraão creu seria o lugar de descanso de sua descendência peregrina. Mas Moisés não guiou o povo para dentro de Canaã, outro introduziu o povo que saíra do Egito na terra da promessa, Josué. Moisés foi tomado por Deus e levado ao alto do monte Nebo, ao cume do Pisga, e de lá lhe foi mostrado toda a terra do outro lado que ele mesmo não atravessaria, mas outro atravessaria no seu lugar.

E tudo isto voltou a se repetir em Lênin – porque cumprimento da Palavra de Deus, Isaías 19.20. Vejamos: Filho de um funcionário com regalias no reino do Czar, e tendo um próspero futuro como advogado, Lênin, no entanto, virou às costas a tudo isto e tomou o lado do oprimido povo russo. Por conseguinte teve de ir para o exílio. Mas voltou e ao se unir a Trotsky, que também veio do exílio, então foi fazer a revolução e conduzir os trabalhadores oprimidos na direção do socialismo. De modo que passou a conduzir os trabalhadores russos na direção do socialismo, para o lugar que tempos antes Marx creu seria o lugar de descanso dos oprimidos pelo capitalismo. Mas Lênin não introduziu o povo no socialismo, outro o fez no seu lugar, Stálin. Lênin subiu ao alto da NEP e dela pode ver toda a terra do outro lado, o socialismo, que ele mesmo não entraria, mas outro entraria no seu lugar. Quer dizer, ele mesmo não o construiria, outro construiria no seu lugar, e no caso que estamos tratando este outro foi mesmo Stálin.

Relata a Palavra de Deus que quando o povo escapou das masmorras do Egito e já ia longe, então Faraó disse: Que é isto que fizemos, despedindo Israel de trabalhar como escravos para nós? De modo que a Palavra de Deus diz que Faraó passou a aprontar seus carros de guerra e tomou consigo seu povo. E passou a tomar seiscentos carros seletos e todos os outros carros do Egito, e guerreiros em cada um deles. E os egípcios foram no encalso deles, enquanto os filhos de Israel saiam de mãos erguidas. Quando Faraó chegou perto, os filhos de Israel começaram a levantar os olhos e eis que os egípcios vinham marchando atrás deles. 

E ficaram muito amedrontados e começaram a clamar a Javé. Pois, deveras, á sua frente estava o grande mar e atrás vinham as forças militares de Faraó. Foi então que se deu a intervenção de Deus, com Deus partindo as águas do mar e o povo atravessando em solo seco, e as forças de Faraó, que haviam dito: Perseguirei! Alcançarei! Repartirei os despojos! Minha alma se encherá deles! Puxarei da minha espada! Minha mão os desalojará! Sim, as forças de Faraó que entraram no mar para trazer o povo de volta à casa dos escravos, foram tragadas pelas águas do mar.

E tudo isto voltou a se repetir naquele ano de 1917, com Lênin. Vejamos: quando os revolucionários fizeram a revolução e principiaram a guiar as massas trabalhadoras na direção do socialismo, quando já iam longe, por conta das expropriações que a revolução tinha feito, passando o que antes estava nas mãos da burguesia para o controle de um Estado operário, a verdade é que as nações imperialistas da terra no seu conjunto reagiram, de modo que naquele ano de 1918 invadiram a Rússia por todos os flancos para esmagar a revolução e trazer o povo de volta à casa dos escravos. Os livros de história narram que foi quatorze nações, as nações mais poderosas da terra, Japão, Turquia, França, Inglaterra, Estados Unidos, mas Paulo Francis disse de Nova Yorque que foram vinte e uma nações, nações covardes, como ele mesmo disse arrastando os erres. A verdade é que os bolcheviques ficaram numa situação idêntica a dos hebreus, pois se não bastasse a luta que estavam tendo contra as forças internas da contra-revolução, agora levantam os olhos e eis que vêem entrando em solo russo para guerrear contra eles todas as nações da terra. Mas, um ano depois, apesar de que os prognósticos apontavam um massacre dos bolcheviques, a verdade é que eles emergiram triunfantes, não só expulsando para fora do território russo todas as nações invasoras como também acabando com a contra-revolução interna. Nem uma única nação daquelas que Paulo Francis chamou de “covardes” se deixou sobrar no território revolucionário.

Nabucodonozor. Ao longo do trabalho vem sendo dito que a escatologia iria se desenvolver em dois atos, um que reviveria a ação de Moisés no Egito e outro que reviveria a ação de Nabucodonor em Judá. Não acontecimentos distintos, mas o mesmo acontecimento, que filtrado e olhado de diferentes ângulos tanto se podia ver nele e captar a ação de Moisés contra Faraó como a ação de Nabucodonozor contra Judá. Acima foi exposto acontecimentos da revolução russa em íntima ligação com os acontecimentos de Moisés no Egito contra Faraó e agora acontecimentos da revolução russa serão expostos em íntima ligação com os acontecimentos da destruição de Judá por parte de Nabucodonozor e dos caldeus.

Ora, Nabucodonozor destruiu Judá em três sucessivos golpes, a saber: O PRIMEIRO foi desfechado contra o rei Joaquim; O SEGUNDO foi desfechado contra o rei Zedequias, onze anos e três meses depois; e o TERCEIRO foi desfechado um mês depois por Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal e servo de Nabucodonozor, enviado por ele, que passou a queimar a casa de Javé e a casa do rei, e todas as casas de Jerusalém; queimando com fogo a casa de todo homem proeminente e demolindo as muralhas da cidade, não deixando pedra sobre pedra. No entanto Nebuzaradã poupou os humildes, deixando que eles ficassem no país lavrando o solo, mas o rei, os príncipes, os sacerdotes e os homens proeminentes, os que não foram mortos, Nebuzaradã levou ao cativeiro de Babilônia

E tudo isto voltou a acontecer naquele ano de 1917 na pátria russa com a revolução. De fato, os revolucionários destruíram a Cristandade, antítipo de Judá, em três sucessivos golpes. O PRIMEIRO foi a revolução de 1905; O SEGUNDO foi a revolução de Fevereiro que destronou o Czar, onze anos e três meses depois; E o TERCEIRO foi um mês depois, quando Lênin vindo do exílio passou a demolir todo aquele mundo não deixando pedra sobre pedra. Os que pertenciam à burguesia que não foram mortos foram espalhados para os quatros cantos da terra, a fim de narrar as suas coisas detestáveis, como vaticinou o profeta Jeremias concernente àqueles que foram espalhados pela ação dos caldeus e que tem validade para todos aqueles que foram espalhados para os quatro cantos da terra pela ação dos comunistas na Rússia naquele ano de 1917.

Narra a Palavra de Deus que quando se apertou o cerco do rei Nabucodonozor e a cidade sitiada caiu diante do seu poder então o rei Zedequias e toda a sua família, bem como os que lhes estavam próximos, na calada da noite procuraram escapar por uma brecha. Mas os caldeus foram avisados e cercaram as estradas que saiam da cidade, indo no seu encalso e os detendo nas planícies desérticas de Jericó. E perambularam com eles pelo deserto até que chegou à cidade de Ribla, lugar ao norte onde Nabudodonozor tinha armado o seu quartel-general, o centro de suas operações. E trouxeram-nos à presença do rei, trêmulos pelas suas vidas. E narra a Palavra de Deus que um oficial entrou até eles e fez a leitura de uma decisão judicial (IIReis 25.6). Em seguida o rei Nabucodonozor, completamente irado, matou a espada todos os filhos de Zedequia que os historiadores dizem eram muitos jovens. E a sua ira era tanta contra eles que reservou destino pior para Zedequias. Furou-lhe os olhos, o deixando completamente cego, com ele passando o resto de sua vida sem ver a luz do sol em Babilônia. (Porque muitos irão fazer perguntas perturbadoras, Adamir Gerson os responderá com o caso da polonesa Anna Anderson. Mas agora não é ocasião para se tratar deste assunto).


E tudo isto voltou a acontecer na Rússia naqueles anos de completa efervescência revolucionária. Com a queda do Czar em fevereiro daquele ano de 1917, o mesmo foi levado pelos revolucionários para Tsarskoye Selo, ficando ali sob custódia. Sob custódia em Tsarskoye Selo, na calada da noite foi posto em ação um plano de fuga para ele. Avisado, os revolucionários imediatamente bloquearam todas as estradas. Sem poder fugir os revolucionários tomou o Czar e toda a sua família e naquele mês de agosto de 17 o transferiram para a Sibéria, para a cidade de Tobolsk, aprisionando-os na Casa do Governador. E em abril do ano seguinte o transferiram de cidade, de Tobolsk para Ekaterimburgo, nos Montes Urais, onde havia um soviete totalmente hostil. E os aprisionou na Casa Ipatien. E no dia 17 de julho daquele ano de 1918 o capitão Yakov Yurovski, um fotógrafo que sofrera horrores nas prisões do Czar e que se tornara responsável pela Casa Ipatien, entrou até o porão para onde fora levada toda a família imperial e fez perante eles a leitura de uma decisão judicial que fora tomada pelo soviete local. E em seguida dispararam tiros, com os sobreviventes acabando de ser mortos a facadas e ponta de baioneta. Todos que estavam na casa foram mortos. Os revolucionários não pouparam ninguém. Nem os filhos do rei, nem o rei, e nem mesmo os que prestavam serviço a eles, o médico da família, o cozinheiro e mais dois mordomos. E chama atenção que não somente os membros da família imperial, mas também a Dama Anna Demidova, uma senhora de luxo que decidiu seguir junto com os Romanov, traziam sob a roupa o corpo coberto com jóias. Mais de um quilo de diamantes se escondiam sob suas roupas. Isto serve de reflexão para o vaticínio do profeta Sofonias.

 

Narra a Palavra de Deus que depois que o rei Nabucodonozor massacrou a família de Zedequias, abatendo os seus filhos diante de sua presença, a ira de Nabucodonozor não cessou contra Judá. De modo que mais personalidades ligadas ao trono continuaram a ser pegos pelos caldeus e enviados a Ribla; e ali eram impiedosamente mortos por Nabucodonozor. (Outrossim, o chefe da guarda pessoal tomou a Seraias, o sacerdote principal, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e três guardas das portas; e da cidade tomou um oficial da corte, que tivera o comando sobre os homens de guerra, e cinco homens dos que tiveram acesso ao rei, que se achavam na cidade; e o secretário do chefe do exército, aquele que recrutara o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que se achavam na cidade; e Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal, tomou-os então e conduziu-os ao rei de Babilônia, a Ribla. E o rei de Babilônia passou a golpeá-los e a entregá-los á morte em Ribla, na terra de Hamate. Assim foi exilado Judá do seu solo, IIReis 25.18-21).

 

E tudo isto realmente veio a acontecer no caso russo. Depois da execução do Czar e de sua família a ira revolucionária continuou acesa contra os remanescentes da nobreza. De modo que até o mês de janeiro do ano de 19 mais membros da família imperial continuaram sendo aprisionados pelos bolcheviques e enviados a Ekaterimburgo. Cerca de vinte membros da família imperial neste período foram julgados e mortos pelos revolucionários em Ekaterimburgo.

 

Relata a Palavra de Deus que o cativeiro em Babilônia durou setenta anos. Depois de setenta anos então Babilônia ruiu, por conta de uma combinação de forças internas e externas, as internas representadas pelos comerciantes de Babilônia que abriram os portões da cidade, e as externas representadas por medos e persas sob o comando de Ciro que não tiveram dificuldades em entrar na cidade a conquistando sem ter puxado da espada.

 

O que seria isto? Por ventura que o tempo de existência do comunismo, que após setenta anos de existência ruiu, por conta de uma combinação de forças internas e externas contra as quais não pode resistir? De modo que setenta anos depois a Cristandade foi novamente restabelecida no lugar, voltando a se revolver no antigo vômito, como fizeram aqueles que retornaram para Judá que não cessaram de pecar perante Javé?

 

É preciso estes esclarecimentos. Primeiro: Adamir Gerson está relatando estes acontecimentos ocorridos naquele ano de 18 porque é sua missão como historiador da Palavra de Deus (Isaías 41.4; 41.16; Mateus 17.11; João 16.13). Não se sente bem em estar tocando no assassinato de pessoas, em especial aquelas que eram inocentes, os filhos do monarca e seus empregados. Mas, como dito, o faz por questão do dever. Mesmo porque os Romanov foram reabilitados e são tidos agora como santos, mártires da causa do Evangelho ao tempo que seus executores são tidos como o pior da espécie humana. Isto apenas expõe esses sacerdotes que santificaram os Romanov como homens sem qualquer conhecimento ou ligação com a Palavra de Deus. Não diferem nada, absolutamente nada, daqueles sacerdotes que odiaram o profeta Jeremias porque este vaticinava a sua destruição por Javé. O espírito que os habita não tem origem transcendente, não é parte da revelação, mas se origina dos domínios de baixo, emerge dos seus profundos. Certamente que são como aqueles que construíam os sepulcros dos profetas e decoravam os túmulos memoriais dos justos, e diziam: Se nós estivéssemos nos dias de nossos antepassados, não seríamos parceiros deles no sangue dos profetas. Mas quando canonizam os Romanov e os elevam à categoria de santos, dão testemunhos contra eles mesmos de que são filhos daqueles que assassinaram os profetas. Porque o acontecido com a família real dos Romanov já era fato assentado na Palavra de Deus para acontecer. Teriam de passar por aquilo, estava escrito no DNA tipológico da destruição da família do rei Zedequias. Não foi por acaso que Sofonias profetizou: e vou voltar a minha atenção para os filhos do rei...

 

Segundo, é comum atribuir-se a Lênin e aos líderes bolcheviques a responsabilidade pelo massacre dos Romanov. A ordem da execução partiu do próprio Lênin, dizem boa parte dos historiadores que se puseram a recompor aqueles fatos. Mas o soviete de Ekaterimburgo agiu sozinho, por conta própria. Os líderes revolucionários só souberam do acontecido depois de executado. Não tiveram participação. Tanto é que daqueles que participaram direta e indiretamente da execução da família real vinte e oito foram julgados e condenados, com cinco deles sendo executados.


Pentecostalismo

Ora, no cumprimento das profecias, quando chegou o tempo de Deus estabelecer o seu reinado através da Lei ele então foi chamar os comunistas que vinham fazendo leituras sociológicas, políticas e históricas de Karl Marx desde a metade do século XIX, a pergunta a ser feita agora é esta: tendo chegado o tempo de Deus construir o seu reinado através da Graça, quem, agora, ele irá chamar para serem os seus instrumentos? O povo cristão, mas tendo os crentes pentecostais na sua base de nascimento e de anúncio.

Essa questão será mais compreendida assim: naquele ano de 1903 quando o movimento comunista-bolchevique nascia em Londres, ele que vinha sendo gestado no ventre moderado menchevique, três anos depois nascia em Los Angeles o movimento pentecostal. Como o movimento bolchevique que começara a se gestar no ventre moderado menchevique, o movimento pentecostal começara a se gestar no ventre moderado metodista, e naquele ano de 1906, na mediação de um negro filho de ex-escravos Joseph William Seymour, então fez o seu nascimento. E quando nascia o mesmo produzia imagens que deixava claro, claríssimo, que naquele casarão um dia construído por negros metodistas para ser o seu lugar de adoração a Deus o que se dava ali era a chegada de Jesus Cristo com o seu Reino, para começar a governar as nações e os corações.

E que imagens são estas que Adamir Gerson as associa diretamente com Jesus e com o seu reinado? Ora, vivendo num país dominado pela descriminação, não só apartheid social, mas também o racial, com muros de separação permeando a sociedade e a cultura norte-americana, de repente pelo súbito derramar do espírito e dos dons de línguas, para aquele casarão metodista começou a convergir a diversidade cultural e social americana. E ali, na mediação de um negro iletrado por nome Joseph William Seymour, portando a unção de Jesus Cristo, então se abraçavam e se reconciliavam plenamente entre si, negros e brancos, pobres e ricos, lavadeiras negras e patroas brancas, asiáticos e mexicanos, jovens de todas as condições sociais e raciais se abraçavam e se reconheciam como irmãos. Deveras, na mediação de Jesus naquele humilde e simples lugar situado na Rua Azusa todos os muros de separação eram abolidos e derrubados rente ao chão. Já não havia mais impedimentos. As coisas velhas se fizeram novas.

O que foi isto? Certamente que foi Deus derramando o socialismo espiritual, o mesmo Deus que três anos antes derramara em Londres o socialismo material.

E vale acrescentar que Deus naquele início do século XX derramou o socialismo espiritual e derramou o socialismo material porque foi ele respondendo ao clamor dos oprimidos. Os oprimidos estavam sofrendo a opressão material, mas sofriam também a opressão espiritual. E Deus decidiu libertá-los integralmente, na sua totalidade, sem mais deixar brecha para o pecado e para o sofrimento. E neste momento iria emergir na superfície da História a razão única porque Jesus se deixou martirizar na cruz, o fruto mais legítimo do seu sacrifício: Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas em suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro. (...). Apocalipse 7.9-17.

Ora, como Deus age na tríade hegeliana – tese, antítese e síntese – revela as faces, apartadas, separadas entre si, uma sem consciência da outra, mas depois derruba entre elas os muros de separação e as reconcilia novamente em si, com elas se reconhecendo osso do mesmo osso e carne da mesma carne, termos complementares que se completaram, ora, o socialismo espiritual que então Deus derramou naquele início de século naquele casarão metodista e que hoje é professado por cerca de 400 milhões ao redor do mundo, perto de 40 milhões no Brasil, iria ser de fundamental importância na construção de uma sociedade igualitária. Iria chegar um momento em que o socialismo marxista iria se esgotar. O próprio desenvolvimento do capitalismo iria frear o seu desenvolvimento, porque fundamentado em motivos econômicos, uma vez que o desenvolvimento capitalista iria diminuir a miséria a deixando num nível que dificulta a revolta social.

Quer dizer, na esteira do desenvolvimento capitalista era o próprio espírito que se desenvolvia, amadurecia. O espírito geral, que é reflexo sim de mudança no espírito do tempo hegeliano. E um espírito que amadurece tende a querer resolver os conflitos através do diálogo, com ambas as partes sendo ouvidas para que a parte verdadeira tenha a sua verdade reconhecida pelo conjunto. O que significa dizer que iria chegar um tempo em que a práxis da lei, da Ditadura do Proletariado, iria perder o sentido. Não seria mais aceita como mediação dos conflitos por um número cada vez maior de indivíduos, de todos os estratos sociais. A democracia e a política de direitos humanos tinham conquistado espaços que nada mais do que seria feito seria sem a sua mediação.

E neste preciso momento de esgotamento da práxis da lei, da Ditadura do Proletariado, então o condutor absoluto da Revolução, Javé, iria desencadear uma nova práxis, pois, deveras, quando começara a luta já foi com um objetivo claro, o estabelecimento de uma sociedade completamente nova, sem classes sociais, sem explorados e sem exploradores. Uma sociedade em que indivíduo algum se locupletaria no trabalho do próximo. Uma sociedade em que todo excedente seria canalizado e redistribuído para o gozo único e exclusivo da sociedade, segundo as necessidades de cada um. Deveras, a sua luta iria continuar, todavia num novo patamar de existência, mesmo porque as condições objetivas se tornaram completamente outras, exigindo re-fundação na base da Teoria.

E esta nova práxis ele a iria iniciar por dar um giro de 180 graus. Iria deslocar-se de Londres, de onde nasceu, a práxis da Ditadura do Proletariado naquele ano de 1903, quando Lênin emergiu vitorioso sobre Plekhanov, para Los Angeles, de onde nasceu o socialismo espiritual. De modo que iria tomar o núcleo central do Marxismo, o socialismo, isto é, a sua materialidade, em si, desligada de qualquer exterioridade que interferisse em si, e literalmente iria fecundá-la naquele movimento de socialismo espiritual que então nasceu naquele ano de 1906 nos Estados Unidos, e que hoje é conhecido como Pentecostalismo. Destarte, o edifício do socialismo iria agora ser levantado sobre o alicerce do socialismo espiritual. Os ventos fortes que sopraram sobre o socialismo no final da década de 80 e que o levou a queda não iriam mais ter poder sobre ele, porque agora assentado numa rocha chamada Jesus Cristo, que confiou aos mansos, o povo trabalhador, todo o seu comando e direção.

Verdade, uma nova práxis iria surgir, sendo chamados para ela todos aqueles que são depositário do amor. Que acreditam no poder da Educação, no poder da Palavra de Deus, de criar um novo homem e uma nova sociedade. E certamente não somente o povo pentecostal, mas também comunistas estariam na sua base de nascimento, a chamar para a sua militância o resto da sociedade que é composta de homens e de mulheres de boa vontade. A fim de trazer à prudência dos justos os injustos, homens e mulheres que apenas pensam no ter, no ser, se esquecendo que se vive em sociedade.

Deveras, o socialismo de Atos, que criou uma comunidade onde todos tinham todas as coisas em comum, cujo modelo de organização e de vivência impressionara tanto o mundo antigo que até ricos se despojavam de suas riquezas para ter o privilégio de desfrutar de um bem maior, sim, o socialismo de Atos, tanto tempo ausente, eis que agora tem chegado o tempo dele novamente aparecer e tomar em suas mãos a condução dos corações. E agora, por causa do novo tempo histórico e por causa do progresso trazido pelas ciências humanas, com especialidade para a psicologia, a sociologia e a economia, ele se tornará perene. Nasce neste final de 2012 e será encontrado no ano de 2500, no ano de 3000, no ano de 5000, porque ele é simplesmente a pedra que o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem mãos, e sendo lançado contra a estátua, esmiuçando-o e se espalhando para a terra inteira, enchendo-a como a um só monte – ver Daniel 2.34, 35, 44, 45; 7.27. 

Santos do Supremo

Daniel 7.27 assim vaticina: E o reino, e o domínio, e a grandiosidade dos reinos debaixo dos céus foram entregues ao povo que são os santos do Supremo. Seu reino é um reino de duração indefinida e a eles é que servirão e obedecerão todos os domínios.

Quem são estes santos do Supremo? Simplesmente que o povo cristão e o povo socialista. Sobre os seus ombros pairam as responsabilidades para a construção de uma nova terra e de um novo homem, forjados no sacrifício da cruz cuja semente foi semeada no coração da Terra-História no ato da ressurreição, regada no sangue do martírio cristão nos coliseus de Roma e do martírio socialista nos porões das ditaduras, e que agora chegou o tempo do aparecimento dos seus frutos e do seu usufruto pela massa dos oprimidos.

Lênin e Seymour

Foi falado que no começo do século XX, Deus respondendo ao clamor dos oprimidos, que sofriam e carregavam todo o peso da opressão material, mas também sofriam e carregavam todo o peso da opressão espiritual, então enviou o socialismo material e o socialismo espiritual para a sua completa libertação. O socialismo material através de Vladimir Iliytch Ulianov, o conhecido Lênin, e o socialismo espiritual através de Joseph William Seymour um negro iletrado filho de ex-escravos, que assim se referiram a ele aqueles que quiseram impedir a obra: o que esse iletrado caolho, pensa que é?

Os dois nasceram no mesmo ano de 1870 e viveram praticamente o mesmo tempo de vida, Seymour pouco mais de 52 anos e Lênin, pouco menos de 54 anos (mas Adamir Gerson que recebeu uma preparação para convergir os dois e os dois serem um só na palma da mão de Deus e no coração das massas oprimidas nasceu no ano de 53). Lembrando que os movimentos criados por Lênin e por Seymour, que ganharam a designação de Comunismo e de Pentecostalismo respectivamente, nasceram pequenos, mas cresceram; e cresceram tanto que se tornaram nos dois maiores movimentos sociais do século XX.

Bem, a pergunta a ser feita agora é esta: haveria entre os dois homens e os dois movimentos por eles criados, que nasceram pequenos, mas cresceram, e cresceram sobremaneira que se tornaram nos dois maiores movimentos sociais do século XX, sim, haveria entre eles alguma ligação metafísica de modo que fariam sim parte de um plano e propósito divinos?

São muitos os mistérios a ser desvendado, e o mais lógico é que Lênin e Seymour, sim, o movimento comunista e o movimento pentecostal foram na verdade gêmeos no ventre de Deus. O seu Esaú e o seu Jacó.

Ora, conhecemos a história dos irmãos gêmeos Jacó e Esaú, que em suas vidas tiveram dois relacionamentos, que podemos dizer um pertenceu ao seu tempo de infância e o outro ao seu tempo adulto. Tal foi falado porque na verdade o movimento comunista e o movimento pentecostal tiveram entre si um relacionamento que podemos dizer pertenceu ao seu tempo de infância. O antagonismo que caracterizou o primeiro relacionamento de Jacó e Esaú foi o antagonismo que caracterizou o relacionamento entre o movimento pentecostal e o movimento comunista. O comunismo odiou o movimento pentecostal porque viu nele um instrumento a serviço do capitalismo e do imperialismo americano; e o movimento pentecostal odiou o movimento comunista porque viu nele o ateísmo militante com a pretensão de banir Deus da terra e dos corações.

Mas, sabemos que a Palavra de Deus depois de narrações sobre o relacionamento infantil de Jacó e Esaú, trás narrações sobre o seu relacionamento adulto. De fato, chegara o tempo de Jacó retornar para a sua terra natal, e a notícia foi ouvida por Esaú que aprontou um exército de quatrocentos homens e foi ao encontro de seu irmão.

E quando se aproximaram, então Deus interveio, mudando por completo os seus corações e as suas intenções beligerantes. Tocou o coração de Jacó que humildemente curvou-se por terra, sete vezes, até se aproximar do seu irmão. Então Esaú correu ao seu encontro e começou a abraçá-lo e a beijá-lo. E romperam em pranto (Gênesis 33).

Destarte, no relacionamento infantil Jacó e Esaú se odiaram, mas agora, no relacionamento adulto, pela intervenção de Deus em suas vidas, Jacó olha em Esaú e vê a sua face como se estivesse visto a própria face de Deus, e Esaú, em contrapartida, sente um grande prazer em reencontrar o irmão.

Ora, se é fato que o movimento pentecostal e o movimento comunista passaram por um relacionamento que foi revivência do relacionamento infantil que tiveram os dois irmãos gêmeos Jacó e Esaú, podemos dizer que tem chegado o tempo do relacionamento adulto que então sobreveio no relacionamento de Jacó e Esaú também se realizar na vida dos comunistas e dos crentes pentecostais?

De modo que os comunistas receberão com prazer o movimento pentecostal, e os pentecostais verão a face do comunismo como se tivessem visto a própria face de Deus?

Façamos uma rápida análise exegética sobre o texto em questão: Ele disse então: “Que queres dizer com todo este acampamento de viajantes que encontrei?” A isso ele disse: “A fim de achar favor aos olhos de meu senhor.” Esaú disse então: “Eu tenho muitíssimos, meu irmão. Continue teu o que é teu.” No entanto Jacó disse: “Não, por favor. Se agora tenho achado favor aos teus olhos, então tens de tomar meu presente da minha mão, pois, em harmonia com seu objetivo, vi a tua face como se visse a face de Deus, visto que me recebeste com prazer. Toma, por favor, a dádiva que te foi trazida, expressando minha benção, porque Deus me favoreceu e porque tenho tudo.” E continuou a instar com ele, de modo que a tomou. Mais tarde, ele disse: “Partamos e vamos, e deixa-me ir na tua frente.” Mas ele disse: “Meu senhor se apercebe de que os filhos são delicados, e que há ao meu encargo ovelhas e gado vacum que amamenta, e se os fizeres andar de mais por um só dia, então certamente morrerá o rebanho inteiro. Por favor, passe o meu senhor adiante do seu servo, mas continue eu mesmo a viagem segundo a minha conveniência, no passo do gado que está diante de mim e no passo dos filhos, até eu chegar a meu senhor em Seir.”

Qual o profundo significado de tanto Jacó como Esaú terem muitíssimo? Uma referência à potência que se tornou tanto o movimento pentecostal como o movimento comunista? Que não obstante nascerem pequenos, ao mesmo tempo, hoje se acha representados em todos os lugares da terra, influenciando religião e política com a sua força social? Uma potência mesmo, pois, deveras, não só o movimento comunista veio a governar um terço da humanidade como o movimento pentecostal soma hoje cerca de 400 milhões ao redor do mundo?

E que dádiva é esta que foi trazida até Esaú por Jacó, com ele insistindo com o irmão para que a tomasse? Esta dádiva trata-se mesmo do socialismo espiritual que vem matematicamente e cientificamente corrigir todas as imperfeições do socialismo de modo a torná-lo perfeito, como perfeito é o Reino de Deus? De modo que todos os marxistas compreenderão claro que a queda do socialismo não se deveu a nenhum prognóstico de Trotsky, ou a qualquer prognóstico deste ou daquele intelectual marxista, envaidecidos por serem chamados pelos homens de “sábios”, mas unicamente porque o Homem não sobrevive só tendo o alimento material ou só tendo o alimento espiritual, mas da combinação intercalada dos dois, que satisfaz a integridade de suas necessidades, como a combinação intercalada da noite e do dia assegura a continuidade da vida no planeta Terra; e o socialismo marxista, por limitação na base da teoria, inconsciente por parte de Marx, consciente por parte de Deus, cuja outra face de Marx tinha depositado em Paulo, e a face que faltou em Paulo, reconhecida por ele (ICoríntios 13.9), estava agora depositando em Marx, sim, por falta da outra face, simplesmente o socialismo espiritual, então as massas se rebelaram na sua necessidade ontológica. Tendo sede do socialismo espiritual, e na sua falta, então aceitaram a oferta da espiritualidade pagã-hedonista que escribas do imperialismo, partindo dos Estados Unidos, sorrateiramente lhes ofereceram, pela porta do fundo, sem tramela, desguarnecida, de modo a atiçar neles o gosto pelo sensualismo, o luxo, as vitrines de indumentária espalhafatosas, o consumismo de superficialidades, coisas que naturalmente combina com o capitalismo e não com o socialismo. De modo que esta espiritualidade, negação da espiritualidade cristã, que, como já dito, clama pela materialidade do socialismo, começou a indispô-lo cada vez mais com o socialismo, e a fazê-los querer cada vez mais o capitalismo. Até que a uma derrubaram o muro e foram para o outro lado, para satisfazer as suas bestialidades. Fato este profetizado na Palavra de Deus: Quando Jesurum começou a engordar, então deu coice. Engordaste, engrossaste, ficaste empanturrado. De modo que abandonou a Deus, que o fez, E desprezou a Rocha da sua salvação. Com deuses estranhos começaram a provocá-lo ao ciúme; Ofendiam-no com coisas detestáveis. Foram oferecer sacrifícios a demônios, não a Deus, A deuses que não conheciam, Novos, que entraram recentemente, Com os quais os vossos antepassados não estavam familiarizados. Passaste a esquecer-te da Rocha que te gerou, E começaste a excluir Deus da memória, Aquele que te produziu com dores de parto. Quando Javé o viu, então veio a desrespeitá-los, Pelo vexame causado por seus filhos e suas filhas. Portanto, ele disse: Esconda eu deles a minha face, Veja eu qual será seu fim posterior. Pois são uma geração de perversidade, Filhos em que não há fidelidade. Eles, da sua parte, me provocaram ao ciúme com aquilo que não é deus; Vexaram-me com os seus ídolos vãos; E eu, da minha parte, os provocarei ao ciúme com aquilo que não é povo; Ofendê-los-ei com uma nação estúpida (...), Deuteronômio 32.15. E isto profetizado na Palavra de Deus é uma verdade nua e crua, pois que realmente ofenderam a Deus com coisas detestáveis e foram mesmo oferecer sacrifícios a demônios, posto que à época e no calor dos acontecimentos então o jornal Folha de São Paulo estampou matéria com foto daquela multidão que pularam o muro e se passaram da Alemanha socialista para o lado da capitalista. E eis que a foto trazia uma multidão de berlinenses que acabara de pular o muro fazendo filas, que dobravam quarteirões, para entrarem em um shopping-sex que então na Alemanha capitalista exibia espetáculo de streap-tease. E na fila estava uma multidão de jovens, mas também de velhos e de velhas, ávidos da novidade que nunca tinham presenciado no lado comunista, pois então expressamente proibido como fruto da decadência burguesa. E o que dizer de sacerdotes cristãos que ficaram felizes ao verem eles com picareta na mão valentemente derrubando o muro e desabaladamente se passando para o outro lado, com estes sacerdotes dizendo que eles estavam indo para a liberdade? É o cumprimento da Palavra de Deus que diz que o mundo jaz no poder do Maligno? O cumprimento magistral de IITimóteo 3?

Prosseguindo. E qual o profundo significado que depois de muitas hesitações Esaú finalmente tomou a dádiva das mãos de Jacó? Por ventura que os comunistas, depois de muitos vai e vem, acabarão se conscientizando que são na verdade um ser incompleto, parcial, e que se tornam completo de fato na adição às suas vidas do socialismo espiritual? Da espiritualidade cristã e de nenhuma outra, como assim pensou o marxista Ernst Bloch? De modo que então irão mesmo trocar todas as ferramentas da Ditadura do Proletariado, que lhe trouxe muitas vitórias – mas ela mesma as devorou – pelas ferramentas do socialismo espiritual, confiando que a sua luta continuará com estas novas ferramentas, e agora não só os campos da América Latina e África, mas também os campos da Europa se encherão de socialismo? Caiu na Rússia, mas se levantará numa força muitíssima maior, avassaladora, cobrindo os campos da América Latina e África, e depois de passar pela Ásia e Oriente Médio e os envolver no seu manto, chegará finalmente aos próprios portões dos Estados Unidos? O cumprimento de milenares profecias, agora finalmente o fim do capitalismo, como viu João na Ilha de Patmos, o mar já não é? E eu vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é? (Apocalipse 21).

E qual o profundo significado de Esaú ter dito para Jacó: Partamos e vamos, e deixa-me ir na tua frente? Mais ainda, e o significado de Jacó ter seguido na retaguarda de Esaú, devagar, porque tinha aos cuidados não só o gado vacum que amamentava, mas também as criancinhas com as suas mães, de modo que não podia apertar os passos?

Por ventura que por ter consigo todo o peso da experiência política, da luta revolucionária, os marxistas terão sob sua responsabilidade a condução política do socialismo celestial? Como os valentes de Jah que atravessaram o Jordão na frente dos seus irmãos a fim de ajudá-los a terem também a sua herança, de igual modo os marxistas na luta política do socialismo celestial atravessarão na frente a fim de ajudar os cristãos a terem também a consciência do socialismo? E o sentido de Jacó ter seguido atrás, devagar, porque tinha de cuidar das criancinhas e do gado vacum que amamentava é que o movimento pentecostal terá sob si a responsabilidade da retaguarda, com o socialismo espiritual cada vez mais livrando os corações do egoísmo e do desejo ardente do ter e do ser, desta forma, semeando nos corações o amor revolucionário, preparando, assim, as condições para que as estruturas materiais da sociedade sejam transformadas em estruturas cada vez mais socialistas, sem qualquer violência, unicamente pelo poder transformador e regenerador do Evangelho?

O Sonho Profético

Por volta do ano de 2003, 2004 Adamir Gerson se achava na igreja Obras do Espírito Santo. Fora ali levado por Deus para que falasse para seu dirigente, pastor Luis Baldez, sobre as boas novas. E por esses dias chegou à Igreja a jovem Joseane vinda da igreja Nova Jerusalém.

Assim que tomou assento narrou um sonho que tivera naqueles dias.

Contou que vira em sonho uma caminhada acontecendo no centro de Presidente Prudente. Uma multidão imensa caminhava no seu centro em direção do Parque do Povo. E quando a multidão ia entrar no Parque do Povo, pela sua porta de entrada, eis que ali estavam clérigos que discutiam entre si e se perguntavam: quem deu poder para estes fazerem isto? E a grande multidão finalmente entrou no Parque do Povo e foi se postar diante de um grande palanque ali armado ocupado por ministros da Palavra de Deus.

Narrando o sonho, ela dizia que a grande multidão que viu caminhando no centro da cidade era composta de católicos e de evangélicos, mas os católicos eram maioria; quanto aos ministros da Palavra de Deus que estavam no palanque eram padres católicos e pastores evangélicos, mas os pastores evangélicos eram maioria.

Bem, o que seria esta caminhada vista em sonho pela jovem Joseane? Por ventura que ela viu em sonho as duas linhas de vida que saem da mão de Jesus, conforme vaticinado pelo profeta Habacuque, sim, o socialismo espiritual que depositou no espírito de Paulo apóstolo no caminho de Damasco e que voltou a depositar novamente no movimento pentecostal, e o socialismo material, que deu aos escravos saídos do Egito no deserto, segundo Êxodo 16.18, e que voltou a dar novamente ao movimento marxista, de modo que neste dia as duas linhas de vida que saem da mão de Jesus se encontrarão e juntas atravessarão o Jordão espiritual?

O que seria mesmo esta caminhada? Por ventura que no final do ano de 2012 uma grandíssima caminhada, com as cores e a força da escatologia, aconteceria na cidade de Presidente Prudente, de modo que neste final de ano, para esta cidade do oeste paulista, convergirá homens e mulheres que estão nas duas linhas de vida que saem da mão de Jesus? Que pode sim ser a manhã de 30 de dezembro, manhã de ressurreição? Pois, como diz a música profética – e tu virias numa manhã de domingo; eu te anuncio nos sinos das catedrais?

E eis que é o dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma linda manhã... E uma multidão imensa, vinda de todas as partes do Brasil, de muitas partes da terra, está na Baixada da Decisão. Ouviram o chamado: Acudi e vinde, todas as nações ao redor, e reuni-vos. Àquele lugar faze baixar os teus poderosos, ó Javé. Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde, descei, porque o lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão realmente transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente, massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Javé na baixada da decisão (1).

E vieram para a Baixada da Decisão, para o dia em que Deus iria desembainhar da cintura a espada de sua Palavra e iria lançar a escolha para esta multidão desorientada que está dançando em torno do Bezerro de Ouro: Os que estão do lado de meu filho Jesus, a mim!(2) 

Sim, uma multidão imensa de todas as partes do Brasil, e de muitas partes da terra, que então acorreria para Presidente Prudente a fim de ouvir o som estridente que se levanta de suas ruas: Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, e ela se tornou moradia de demônios, e guarida de toda exalação impura, e guarida de toda ave impura e odiada. Pois todas as nações caíram vítimas por causa do vinho da ira de sua fornicação, e os reis da terra cometeram fornicação com ela, e os comerciantes viajantes da terra ficaram ricos devido ao poder de sua impudente luxúria (3). Como cessou aquele que compelia outros a trabalhar, como cessou a opressão! Javé destroçou o bastão dos iníquos, a vara dos governantes, aquele que incessantemente golpeava povos em fúria com um golpe, aquele que subjugava nações em pura ira, com perseguição sem freio. A terra inteira chegou a descansar, ficou sossegada. As pessoas ficaram animadas, com clamores jubilantes. Até mesmo os juníperos se alegraram de ti, os cedros do Líbano, dizendo: Desde que te deitaste, não sobe contra nós nenhum lenhador (4).

E eis que é o dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma manhã... A manhã do Milênio... E uma multidão imensa, vinda de todas as partes do Brasil, de muitas partes da terra, está na cidade de Presidente Prudente, ocupando as suas avenidas, com os seus tambores, as suas bandeiras, e os seus muitos cânticos. E de repente alguém grita, no meio da multidão: Eia lá vem! E todos esticam o pescoço para ver o que lá vem, e eis que todos avistam vindas as forças dos reis do nascente do sol (8) com a missão de começar em cima da terra o reinado de Jesus Cristo no lugar do reinado de homens, que trouxe proveito para poucos, mas lágrima, dor e sofrimento para a imensa maioria.

E lá vem. E na frente de todos eis que aparecem jovens empurrando uma grande roda e nela os dizeres: 2012: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A GOVERNARIA. No centro da grande roda, o número 2012, e em cima, circundando, os dizeres: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A GOVERNARIA, e embaixo, completando o círculo, os dizeres, OS TRABALHADORES

E atrás seguem jovens em cima de uma caminhonete que veio de Estrela do Norte levando três estandartes, os estandartes de Paulo e de Marx ladeando o estandarte de Jesus Cristo. Sim, os estandartes da igualdade espiritual e da igualdade material ladeando o Doador da Vida.

E quando a camionete passa levando os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de Marx eis que logo atrás vêm jovens empurrando um carrinho; e em cima do carrinho um livro aberto com os dizeres, deste lado: EDUCAÇÃO, e do outro lado, EVANGELHO. E os jovens que empurram o carrinho são deste lado, um jovem evangélico, e daquele lado, um jovem católico, mas no meio deles um jovem socialista, com os três jovens seguindo pelas avenidas de Presidente Prudente empurrando o carrinho.

E quando os jovens passam empurrando o carrinho, eis que atrás deles vem um carro alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao fundo se levanta uma grande réplica de Jerusalém se expandindo a partir do Muro das Lamentações e tendo o Muro das Lamentações em destaque. E deste lado de cá aparece em grande destaque a Mesquita de Omar com o ouro que cobre seu domo sendo visto em todo seu resplendor, beleza e grandeza sempiternos. E do lado de lá, em grande destaque, aparece a Sinagoga de Ramban. E entre a Mesquita de Omar com o Domo da Rocha prendendo as atenções e a Sinagoga de Ramban aparece, então, em grande destaque, a Basílica do Santo Sepulcro. Mesquita, Basílica e Sinagoga uma ao lado da outra. E no alto, encimando, em forma de arco que cobre toda a extensão, eis que se lê a inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E em cima do carro alegórico seguem crianças palestinas, judias e cristãs em suas respectivas indumentárias, conversando entre si e cantando cânticos tradicionais e pertinentes, cristãos, palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo cântico. E o maestro está junto a elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.

E o carro alegórico, em toda a sua riqueza, segue pelas avenidas de Presidente Prudente, e eis que na sua frente segue três jovens montados cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte que segue pelas avenidas da cidade girando em suas mãos. E o jovem do lado de cá, em indumentária palestina, e com o dorso do cavalo coberto do vermelho, do vermelho cetim, leva ao ombro um grande estandarte que girando em suas mãos então faz aparecer dum lado a figura de Esaú, mas do outro lado a figura de Yasser Arafat. Quanto ao jovem que vai do lado de lá, em indumentária hebraica, e com o dorso do cavalo coberto do branco, do branco cetim, ora, quando gira o estandarte em suas mãos eis que de um lado aparece a figura de Jacó, mas no outro lado a figura de Yitzhac Rabin. E os dois jovens, palestino e judeu, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando um jovem cristão que segue pelas suas avenidas levando ao ombro um grande estandarte, que quando gira em suas mãos então dum lado aparece a figura de Isaque, mas do outro lado a figura de Jesus. E o dorso deste cavalo está coberto do rosa, do rosa cetim.

E o que sucede é que quando passa pelas suas avenidas a camionete que veio de Estrela do Norte trazendo os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de Marx; passa os três jovens empurrando o carrinho que leva em cima um livro aberto com os dizeres EDUCAÇÃO e EVANGELHO, sim, o que sucede é que assim que acaba de passar o caminhão alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e cristãs, então a multidão que os presenciara não se contém e exclama: Vede! É a Arca do Pacto! Do Pacto novo que Deus selou com seu filho Jesus! Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó Glória... Já não seremos mais explorados; nem material e nem espiritual, mas o Cordeiro que está no meio do trono nos pastoreará e nos guiará para as fontes de águas da vida. E ele enxugará de nossos olhos toda lágrima, e não teremos mais fome, e nem sede, e nem sol ou calor abrasador cairão mais sobre nós. Ô Glóóóóóóória!!!

E o grande exército de Deus, sim, há um povo numeroso e poderoso; semelhante a ele não se fez existir nenhum, desde o passado indefinido, e depois dele não haverá mais nenhum até os anos de geração após geração. Adiante dele um fogo devora e atrás dele uma chama consome. Adiante dele a terra está como o jardim do Éden; mas atrás dele é um deserto desolado, e também se mostrou que dela nada escapa.  Sua aparência é como a aparência de cavalos e correm como corcéis.  Saltitam como que com o ruído de carros nos cumes dos montes, como que com o ruído dum fogo chamejante que devora o restolho. É como um povo forte, posto em ordem de batalha. Por causa dele, povos terão dores agudas. Quanto a todas as faces, certamente ficarão coradas de excitação.  Correm como homens poderosos. Sobem a muralha como homens de guerra. E vão, cada um, nos seus próprios caminhos e não trocam de veredas. E não empurram um ao outro. Prosseguem andando assim como o varão vigoroso no seu rumo; e se alguns caírem mesmo entre os projéteis, os outros não interrompem o avanço. Investem para dentro da cidade. Correm sobre a muralha. Sobem às casas. Entram pelas janelas como o ladrão. Diante dele a terra ficou agitada, os céus tremeram.  Mesmo o sol e a lua ficaram escuros e as próprias estrelas recolheram a sua claridade. E o próprio Javé certamente fará ouvir a sua voz perante a sua força militar, pois o seu acampamento é muito numeroso. Pois, aquele que cumpre a sua palavra é forte; porque o dia de Javé é grande e muito atemorizante, e quem poderá resistir nele? Sim, e o grande exército de Deus, que o profeta Joel viu saindo para a sua ação, em toda a terra, partindo de um lugar, segue pelas avenidas de Presidente Prudente arrebatando e extasiando a grande multidão. Que bate no peito e diz: eu militarei nele! Serei um dos seus soldados valorosos, investindo para dentro da cidade, correndo sobre a muralha, subindo às casas, e entrando pelas janelas como o ladrão.

E o que sucede é que quando a multidão acaba de exclamar: Ô Glóóóóóóória!!! E passa o carro alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e cristãs então a multidão vê passar em seguida novo quadro que é mais uma jóia na coroa do Senhor. E eis que vêm quatro jovens carregando ao ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um estandarte, mas, atrás, guardando distância de seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três estandartes um ao lado do outro. E os três estandartes que segue atrás, seis passos atrás, ora, deste lado de cá segue o grande estandarte de Madre Tereza de Calcutá, no ombro de uma jovem, e do lado de lá o grande estandarte de Chiara Lubich. Mas entre as duas jovens que levam ao ombro os estandartes de Madre Tereza de Calcutá e de Chiara Lubich eis que segue uma jovem levando ao ombro o grande estandarte de Zilda Arns. E as três jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando distância de seis passos, da jovem que vai à frente levando ao ombro o grande estandarte de Dorothy Stang.

E quando essa jóia da coroa régia do Senhor passa pelas suas avenidas eis que a multidão vê passar nova jóia da coroa do Senhor. E eis quatro jovens levando ao ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um jovem levando ao ombro seu grande estandarte, e atrás dele, guardando distância de seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três jovens levando ao ombro seu grande estandarte. Um ao lado do outro. E eis que deste lado segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu, e do lado de lá segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte de Nelson Mandela. E os dois grandes estandartes seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando o grande estandarte de Martin Luther King, que segue pelas suas avenidas nos ombros de um jovem batista negro. E os três jovens, levando os estandartes do Bispo Desmond Tutu, e de Martin Luther King, e de Nelson Mandela, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando a distância de seis passos do jovem que vai à frente levando ao ombro o grande estandarte de Mahtma Gandhi.

E quando passarem os jovens levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu, e de Nelson Mandela, e de Martin Luther King, e de Mahatma Gandhi, eis que a multidão vê agora passar aos seus olhos dois jovens montados cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte. E os estandartes seguem girando em suas mãos. E o que sucede é que quando o jovem do lado de cá passa pelas avenidas de Presidente Prudente girando o seu estandarte então em um lado a multidão vê o rosto de João XXIII, mas no outro lado vê o rosto de John Wesley, com os rostos de João XXIII e de John Wesley intermitentemente se manifestando aos seus olhos. E quando o jovem do lado de lá gira o estandarte em sua mão então a multidão vê de um lado o rosto de Che Guevara, mas no outro lado vê o rosto de Francisco de Assis. E os rostos de João XXIII e de John Wesley, e de Che Guevara e de Francisco de Assis se mostram intermitentemente aos olhos de toda a multidão, como se fossem a sua noite e o seu dia.

E quando passarem os jovens montados em seus cavalos brancos, levando ao ombro os dois grandes estandartes que seguem pelas avenidas de Presidente Prudente girando em suas mãos, e fazendo alternar aos olhos da multidão João XXIII e John Wesley, Che Guevara e Francisco de Assis, eis que a multidão vê passar atrás deles dezenas e dezenas de jovens que levam ao ombro os estandartes daqueles que João viu por debaixo do altar clamando vingança pelo seu sangue derramado (5). E eis que são dezenas e dezenas de jovens levando ao ombro os estandartes daqueles cristãos que sofreram martírio nas mãos de Roma pagã. E o seu número é incontável, sendo incontável o número dos seus estandartes, pois, deveras, cada estandarte leva o nome de um daqueles mártires que na defesa de sua fé sofreu horrores à mão de homens violentos e de feras famintas. E na frente de todos eles seguem três jovens levando em suas mãos ramalhetes com rosas brancas.

E as dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente levando ao ombro os seus estandartes. E eis que a multidão vê entre seus estandartes os estandartes dos apóstolos de Jesus que foram martirizados. Todos eles estão ali nos ombros dos jovens para receberam a coroa de glória que um dia foi-lhes prometido. Todos eles estão ali, desde Estevam ao último dos apóstolos martirizado, André. E entre eles, no meio deles, dezenas e dezenas de jovens carregam ao ombro o estandarte de um cristão que teve a sua vida ceifada por não permitir que valores éticos e morais fossem subjugados por valores de duvidosa qualidade, que tinham o poder de satisfazer o ego e a voracidade do corpo, jamais o espírito.

É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos mártires do cristianismo que desfilam pelas avenidas de Presidente Prudente. De modo que se podem ver no meio deles, entre os estandartes dos apóstolos de Jesus, eis os estandartes de Policarpo, e de Bárbara de Nicomédia, e de Anastácio de Sirmiuns, e de Demétrio Tessalonico, e de Perpétua e de Felicidade, e de Inês, e de Agatonice, e de Sinforosa, e de Justino, e de Teodoro de Heracléia, e de Catarina de Alexandria, e de Cristina de Bolsene, e de Irene, e de Clemêncio, e de Flávia Domitila, e de Blandina, e de Inácio, e de Leônidas, e de Pantaleão de Nicomédia, e de Teodósia, e de Procópio de Citópolis. A verdade é que se para cada mártir cristão houvesse um representante em Presidente Prudente com certeza todas as suas ruas seriam insuficientes para abrigar o seu número, tão grande foi o número dos mártires que morreram na defesa da fé cristã.

E o que sucede é que quando passarem os três jovens levando nos braços ramalhetes com rosas brancas, e sendo seguido por uma multidão incalculável de jovens levando ao ombro o estandarte de um cristão martirizado sob o domínio de Roma pagã, eis que agora multidão vê passar diante dos seus olhos os estandartes daqueles que João viu completando o número dos mártires cristãos, e que foram chamados por ele de co-escravos e de co-irmãos, que iriam ser mortos como foram aqueles que debaixo do altar clamavam vingança pelo seu sangue (6).

E diante dos olhos da multidão agora passa os estandartes dos mártires do socialismo. É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos mártires do socialismo que passam perante os olhos da multidão. Desde os mártires que morreram lutando na Comuna de Paris, passando pelos mártires de Chicago, e pelo martírio do casal Rosemberg em Nova Yorque, e pelo martírio de Che Guevara na Bolívia, até chegar no martírio de Dorothy Stang no Brasil, é incontável o número dos mártires pelo socialismo, que sofreram todo tipo de violência desde ser afogado na água até ser amarrado pelos pés e ser arrastado pelas ruas da cidade por automóveis conduzidos por homens enfurecidos.

E dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente levando ao ombro os estandartes dos mártires pelo socialismo, cujo número foi tão grande como foi o número dos mártires pelo cristianismo. E na frente deles seguem três jovens levando nos braços ramalhetes com rosas vermelhas.

E eis que a multidão nas avenidas de Presidente Prudente vê agora passar os mártires pelo socialismo, que necessário se fez morrer para que se completasse o número dos seus co-escravos e co-irmãos que foram mortos sob Romã pagã e eles então fossem vingados. Eis que a multidão vê jovens levando ao ombro os estandartes de Stuart Angel, e de Carlos Mariguela, e de Alexandre Vanucci Lemes, e de Vladimir Herzog, e de Manuel Fiel Filho, e de Santo Dias, e de Chico Mendes, e de Olga Benário, e de João Bosco Penido, e de Pe. Ezequiel Ramin, e de Dom Oscar Romero, e de Pe. Josimo Tavares, e de Frei Tito, e de Ranúsia Alves Rodrigues, e de Manoel Lisboa, e de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, e de Carlos Lamarca e de Iara Yavelberg, e de Zequinha Barreto. Se todas as ruas de Presidente Prudente são pequenas demais para abrigar os estandartes dos mártires cristãos são também pequenas para abrigar os estandartes dos mártires pelo socialismo. Milhões foram mortos pela causa do cristianismo, e milhões foram mortos pela causa do socialismo, todavia era no martírio dos seus milhões que um novo mundo estava sendo forjado.

E quando passarem os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires pela causa do cristianismo e passar os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires pela causa do socialismo, eis que atrás deles, logo atrás, seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes religiões monoteístas.

E atrás deles seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes doutrinas espiritualidades, dedicadas à caridade e a minorar o sofrimento daqueles que não tem a quem clamar, tanto as que estão no oriente como as que estão no ocidente.

E atrás dos jovens levando os estandartes das religiões monoteístas e das doutrinas espiritualistas eis que seguem jovens levando em seus ombros os estandartes de todas as denominações religiosas, quer as pertencentes ao campo evangélico quer as pertencentes ao campo católico. Todas elas, nas suas centenas, que sentiram em seus seres que realmente os seus corpos foram mergulhados nas águas do Mar Vermelho espiritual e que agora chegou o tempo de mergulhá-los nas águas do Jordão espiritual indo diretamente para ocupar as moradas eternas que o Cristo da cruz um dia disse iria as preparar para os seus.

E atrás dos jovens levando em seus ombros os estandartes de suas respectivas denominações religiosas eis que seguem os povos da floresta, as suas inúmeras tribos, todas elas nas suas mais ricas indumentárias. E seguem pelas avenidas de Presidente Prudente com os seus chocalhos e as suas danças e os seus cânticos.

E atrás dos povos da floresta então segue o caminhão levando os homens e mulheres, que por terem se dedicado ao serviço com os pobres, por terem lutado para arrebatar os pobres da mão do opressor, que sem medo enfrentaram as forças das trevas e do terror, sim, seguem os homens e mulheres que neste dia, quando estiverem no grande palanque armado ali no Parque do Povo visto em sonho pela jovem Joseane, hão de ouvir: Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai. Herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me visitastes.

E o que sucede é que quando a multidão entrar no Parque do Povo e após discursos, então chegará o momento da simbólica chuva de rosas, uma justa homenagem que será prestada a todos aqueles que lutaram e foram martirizados tanto pelo cristianismo como pelo socialismo. E aqueles três jovens que seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo cristianismo então lançarão ao alto os  ramalhetes de rosas brancas em suas mãos numa justa homenagem a todos os mártires do cristianismo. E quando  subirem e descerem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo então dedos femininos começarão a retirar das cordas do violino o som divino do hino MAIS ALVO QUE A NEVE. E a multidão, na alegria do espírito, canta MAIS ALVO QUE A NEVE. Em seguida será a vez dos três jovens que seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo socialismo lançarem ao alto os seus ramalhetes com rosas vermelhas numa justa homenagem aos mártires do socialismo. E quando subirem e descerem ao olhar de todo o povo então dedos masculinos começarão a retirar do violino o som da música Vermelho, que o Brasil inteiro cantou com Fafá de Belém.

E sucederá que quando todos no Parque do Povo acabar de cantar Vermelho, então os seis jovens se abaixarão e apanharão os seus ramalhetes. E juntos os lançarão ao alto, os ramalhetes com rosas brancas e os ramalhetes com rosas vermelhas, numa justa homenagem aos mártires do cristianismo e aos mártires do socialismo. E enquanto sobem e descem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo, então os dedos femininos e masculinos começarão a retirar do violino o som divino da música Rosa de Sarom com todos no Parque do Povo cantando: Uma cortina se abriu e surgiu / Um cavalo e mil cavaleiros / Brancos, vermelhos armados, armados / Do riso inocente que faz despertar / Pisando firmes na terra / Abrindo seu ventre fazendo brotar / Uma canção que só fala de amor / Que só diz que a vida já vai começar / Do trigo somos a sua brancura / E da videira o seu vermelhão / O branco da paz, o vermelho da vida / Somos a rosa – a Rosa de Sarom

E enquanto dedos masculinos e femininos retiram do violino o som divino da música Rosa de Sarom (7), ao seu som, então chegou o grande momento de todos no Parque do Povo participar da Ceia Nova, da Ceia especial, que Jesus, por ocasião da última ceia (8), disse só voltaria a participar dela quando aparecesse nova, no reino de seu Pai, junto com seus discípulos.

E todos no Parque do Povo levam à boca um pedaço de pão e um cálice de vinho, com o pão e o vinho tendo um novo sentido em suas vidas, não mais apenas lembrar-se do sacrifício de Jesus na cruz, mas saber que no seu sacrifício estava a redenção completa do ser humano, tanto a redenção espiritual que trás igualdade espiritual como a redenção material que trás a igualdade material. Igualdade espiritual e igualdade material que Ele cuidou em construir no devir histórico, primeiro com Paulo, e depois, quando a História no seu movimento real saiu do tempo teológico-espiritualista e entrou no tempo antropológico-materialista, seguindo a curvatura da história e que se deu com e a partir do Renascimento, ora, então na plenitude dos tempos materiais ele cuidou em construir a sua redenção material com o judeu Marx.

E a multidão no Parque do Povo participa da Ceia Nova de Jesus, que se manifesta em conexão com o seu novo nome (9). E o perfume universal da sua paz e da sua justiça sobe do chão do Parque do Povo e é levado pelo vento para os quatro cantos da terra, a fazer morada e a fincar raízes em todos os corações e em todas as mentes.

E a multidão se despede do Parque do Povo cantando a música do Geraldo Vandré PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES. Voltam para as suas casas com a certeza de que a Semente terá de ser semeada em todos os corações, em todas as mentes, na sua casa, na sua vizinhança, no seu bairro, na sua cidade, no seu estado, na sua nação, no seu continente, na terra inteira, pois, deveras, é esta a Semente que o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem o auxílio de mãos, e feriu a estátua a esmiuçando, e se espalhando para a terra inteira e a enchendo como a um só monte (10).

Wilson de Luce

Ora, como o plano de Deus é que tudo aconteça para o mundo a partir de Presidente Prudente, foi aqui que Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico naquele ano de 1978 e foi aqui que a jovem Joseane viu em sonho a grande manifestação escatológica do Reino, ora, ultimamente Deus tem feito uma obra que pode ser dito já a sua presciência. Como o seu plano é o de unir o povo socialista com o povo cristão em um só corpo, para que seja um só rebanho e tenham um só pastor, Jesus Cristo de Nazaré, ora, ultimamente Deus tem despertado um grupo de crentes e de comunistas aqui na cidade de Presidente Prudente. Jovens comunistas que se tornaram crentes e crentes que se tornaram comunistas. Estamos falando de Wilson de Luce, jovem professor universitário na Faculdade Toledo de Ensino e que um marxista que se despertou para o evangelho de Jesus Cristo. E de jovens como Jailton, Danilo, Thiago, Juliana, crentes que se despertaram para a obra social e revolucionária do judeu Karl Marx.

Ora, se foi falado sobre a jovem Joseane que viu em sonho uma grande caminhada acontecendo na cidade de Presidente Prudente, certamente que escatológica, avassaladora, que marca o momento em que não somente os reinos do mundo passam a ser reinos de nosso Senhor e do seu Cristo como também um momento em que o Diabo passa a ter grande ira, pois então lhe ficou claro que lhe resta um curto período de vida (Apocalipse 12.10-12), estes jovens mencionado já não poderão ser Deus tomando as medidas para realizar a grande obra? Eles como estando na sua base de organização e de chamamento?

O Casamento do Filho do Rei

Mateus 22 trás a parábola do casamento do filho do rei contada por Jesus antecipando a chegada do reino dos céus e de que como seria. Depois de enviar seus escravos a chamar seus convidados de honra, um após outro, e todos eles se negarem ao seu chamado de modo que indiferentes foram embora, uns para seu próprio campo, outros para seu negócio comercial, o rei então teve um repente de mudança de modo que disse aos seus escravos: Ide, portanto, às estradas que saem da cidade e convidai a qualquer que achardes para a festa de casamento.

O que é isso? Simplesmente que os evangélicos pentecostais são sim os anjos que o Filho do homem enviaria com grande som de trombeta para ajuntar os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até a outra extremidade deles.

O que é isso mesmo? Que sairão a chamar todos para a grande manifestação escatológica debaixo dos céus, aqui na cidade de Presidente Prudente. Chamarão os católicos carismáticos, mas chamarão também os católicos da Teologia da Libertação; chamarão os líderes sindicais; os movimentos sociais; os grêmios estudantis; os líderes políticos com compromisso com a libertação do povo pobre. Que as bandeiras vermelhas, do vermelho da vida, ao lado das bandeiras brancas, do branco da paz, tremulem pelas avenidas de Presidente Prudente no grande dia. Quanto aos jovens mencionados eles deverão sim focar na UJS e nos líderes do Partido Comunista do Brasil, e estes, por sua vez, focar nos grêmios estudantis.

Ao Pastor Luiz Baldez

E Pastor Luiz Baldez pode sim fazer um trabalho maciço entre todos os pastores pentecostais da cidade de Presidente Prudente e região e a todos os obreiros enviando a cada deles uma cópia deste escrito e os chamar para um encontro. O dia? O dia pode sim ser o dia 12 de outubro do ano de 2012. Tem-se pela frente cerca de vinte dias de modo que há tempo suficiente para enviar as cópias para todos eles. A leitura do trabalho é de uma hora e a decisão já vem no ato, pelo sim ou pelo não. Pois é sabido que os mornos serão vomitados na chegada do grande dia.
E pastor Luiz Baldez pode sim fazer uma corrente pedindo para todos que enviou o trabalho que repassem o mesmo para pessoas que conhecem; e que é do seu contato. Graça e paz
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(1)--Joel 3.11-14
(2)--Êxodo 32.26
(3)--Apocalipse 18
(4)--Isaías 14.1-8
(5)--Apocalipse 6.10
(6)--Apocalipse 6.11
(7)--A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano.
(8)--Mateus 26.26-29
(9)--Apocalipse 3.12
(10)--Daniel 2.44