domingo, 30 de setembro de 2012

A Real Chegada da Revolução


Ademar Souza e Silva < pastorademar@gmail.com> escreveu:
JESUS CRISTO É A NOSSA VITÓRIA!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1Jo
Querido e amado Adamir Gerson.
Parabéns.
Você é um grande escritor.
Gostei.
Li e reli avidamente seus escritos.
Muito obrigado.
Eu te amo em nome de JESUS CRISTO.
Continue firme.
Você é um homem iluminado.
Aleluia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EU SOU A LUZ DO MUNDO.
QUEM ME SEGUE,
NÃO ANDARÁ EM TREVAS.
MAS TERÁ A LUZ DO MUNDO. João 8.12
Saúde prá você.

Pr. Ademar

A REAL CHEGADA DA REVOLUÇÃO

Por volta do ano de 97, 98 Adamir Gerson conheceu os jovens da UJS (União da Juventude Socialista), entidade ligada ao Partido Comunista do Brasil.

Tendo ficado no meio deles, indo e vindo com as boas novas, no ano de 99 foi surpreendido pelo jovem Ronaldo dizendo ele para Adamir Gerson que estavam se preparando para a revolução que ia ocorrer dentro de aproximadamente cinco anos. Por volta do ano de 2004, 2005, no mais tarde no ano de 2006, vai explodir a revolução proletária no Brasil. E então os burgueses irão comer o que a nossa mão der. E ele dizia isto com a maior das certezas, dizendo que em todo o Brasil estava havendo preparações para a grande revolução.

E Adamir Gerson ficou pasmado, e ao mesmo tempo indignado com o que ouviu. Sabia que no Brasil não existia preparação alguma para a revolução comunista, tampouco clima para ela. O que realmente estava por detrás daqueles jovens, os alimentando de uma  esperança fadada a lhes trazer frustração?

Bem, o tempo declinado por Ronaldo para explodir a revolução proletária chegou, 2004, 2005, 2006, e o que vimos? Que revolução os nossos olhos presenciaram comandando aqueles que incutiam na mente daqueles jovens que estava em curso no Brasil preparações para a eclosão da revolução comunista, que por volta do ano de 2005 ia acontecer? O que vimos os dirigentes do PC do B comandando por esses dias, no tempo designado? Que revolução eles comandaram por esses dias para além de fazerem parte de uma coalizão de partidos que por todos os ângulos de análise é uma revivência histórica da aliança de partidos que  Kerensky construiu na Rússia, não para transformar o país, porque Kerensky era destituído de capacidade intelectual para transformar o país, mas apenas para se sustentar no poder e satisfazer a sua vontade de poder?

Mais ainda, e aqueles jovens, cerca de doze, onde estiveram no tempo designado por eles para acontecer a tão esperada revolução proletária? O que se sabe com certeza é que todos se dispersaram cada qual lutando como pode para a sobrevivência, e o líder deles, Helinho, em crise existencial, se entregou por um tempo a estudos com as Testemunhas de Jeová, pois, deveras a pregação das Testemunhas de Jeová de que a terra vai se transformar em um paraíso, onde todos viverão em absoluta igualdade, desperta o interesse de qualquer marxista. A sua leitura é um bálsamo para a alma.

Pois é, temos de reconhecer: aqueles jovens eram sinceros. Viviam uma terrível opressão, material e espiritual, sofrendo na carne e no espírito as agruras do desemprego e dos baixos salários dos pais, e não raro também a humilhação e a dor de pertencerem a lares com pais trocados e irmãos e irmãs entregues aos vícios. Mas aqueles jovens um dia tiveram a sorte de entrar em contato com líderes do socialismo. Eles lhes falaram do socialismo. Acordaram neles a existência de outro mundo, em que a presença daqueles que os humilham e os escravizam é nula; não existem. É um mundo novo, onde os que constroem são eles mesmos que moram, os que plantam são eles mesmos que comem, e os que trabalham usufruem plenamente do trabalhão de suas mãos.

Façamos a pergunta: uma vez que a Revolução é Deus, e em Deus a Revolução existe nos seus dois estágios, o estágio da lei, de luta de classe, de ódio e confronto revolucionário, estágio de Moisés, mas também no estágio da graça, de reconciliação, de amor revolucionário, estágio de Jesus, e uma vez que Deus guardou o seu estágio de lei para acontecer na Rússia czarista, mas o seu estágio de graça para acontecer no Brasil, ora, façamos novamente a pergunta: quem incutia naqueles jovens que a revolução estava em curso no Brasil e que por volta do ano de 2005 ela iria eclodir, começando a fazer novas todas, todas as coisas: eram os líderes do PC do B ou era Deus?

Se Deus tinha a revolução da lei para realizar, vermelha, de Esaú, do Esaú que preferiu o alimento da terra ao alimento do céu, e Deus começou a preparar a força material de sua realização no ano de 1903, em Londres, quando deu vida ao movimento bolchevique, a partir de então enviando os seus mensageiros para o lugar de sua realização, a Rússia czarista, a fim de preparar a sua vinda, em que a prata e o ouro dos ricos e dos poderosos sacerdotais e governamentais não iriam livrá-los da ira Divina; iriam clamar amargamente e a maneira que Deus iria lhes responder seria bater as suas cabeças contra os rochedos, derramando o seu sangue como pó e as suas vísceras como fezes assim como vaticinado pelo profeta Sofonias, e as causas desta ira divina se achando no livro de Jó, porque esmagou, abandonou os de condição humilde, arrebatou a própria casa que não construíra (Jó 20.19), e tudo isto começou realmente a acontecer naquele abril de 1917, quando os pés de Lênin pisaram o solo russo, vindo do exílio, ora, se Deus tinha também para realizar a revolução da graça, branca, de Jacó, do Jacó que preferiu o alimento do céu ao alimento da terra, um novo socialismo, espiritualizado, em que Deus e a religião não são tidos mais como ópio, desnecessário, mas como fundamento da libertação, e sabemos com certeza que ele começou a preparação da força material de sua realização naquele ano de 1906, em Los Angeles, quando deu vida ao movimento pentecostal, a partir de então enviando os seus mensageiros para o lugar de sua realização, o país Brasil, com Daniel Berg e Gunnar Vingren entrando pela porta de entrada de Belém do Pará, porta de entrada indicada pelo Espírito, começando então a sua preparação, para a vinda gloriosa de Jesus Cristo, em que ele iria agora, pelas suas infinitas misericórdias, tratar aqueles que clamaram amargamente e a sua prata e o seu ouro não os pode livrar, com amor e não mais ódio, trocando os seus corações de pedra por corações de carne, lhes dando novo nascimento, e eles, de posse de um novo entendimento e de um novo sentido para as suas vidas, no lugar da busca incessante das riquezas agora a busca incessante de Deus, assim como aconteceu com ricos nos dias apostólicos que trocaram a proteção das riquezas pela proteção de Deus, de modo que o amor de Deus dirigido a eles encontrou a contra-partida, ora, se Deus tinha também a revolução da graça para realizar, façamos pois a pergunta: será que quando aqueles jovens passaram a crer piamente na iminência da revolução, era inevitável, não teria sido o próprio Deus respondendo aos seus anseios de libertação, Deus colocando neles a sua semente? Que realmente se achava em curso no Brasil preparações para a revolução? Deus tendo dado a eles a forma desta revolução, a branca, da graça, mas permitiu que o seu conteúdo fosse preenchido com o conteúdo da revolução marxista? De modo que no tempo certo, o tempo do soar da última trombeta, da ressurreição dos mortos, então Deus chegaria removendo o conteúdo marxista e no lugar colocando o verdadeiro conteúdo, nascido no sacrifício da cruz, Daquele que se deixou morrer para que todos os muros de separação fossem abolidos e todos tivessem a sua paz?

E como a sua semente germinaria? Ora, no momento em que o jovem Ronaldo ouvir o relato de Adamir Gerson, por certo que se lembrará de que naqueles dias ele e os demais jovens da UJS acreditavam piamente que por volta do ano de 2005 iria acontecer no Brasil – a revolução comunista. E ele, passado seis, sete anos, não somente vendo que a revolução não aconteceu como, também, agora com a mente esclarecida, passando a compreender que não aconteceu porque não havia tal para acontecer, era uma das tantas coisas na mente sem correspondência na realidade, no plano objetivo, por certo que Ronaldo raciocinará assim: "Poxa, Adamir Gerson parece estar com razão. A revolução que os líderes nacionais do Partido Comunista do Brasil incutiram nas nossas cabeças iria acontecer por volta do ano de 2005 hoje estamos conscientes de que eram apenas palavras concebidas para manter acesa a nossa fé e não deixar que esmorecessem e deixasse de lutar por um novo mundo, livre de toda e qualquer exploração, um novo mundo em que todos têm segundo as suas reais necessidades.”

E o jovem Ronaldo por certo que prosseguirá, dizendo: "Pois é, fazendo uma recapitulação de tudo, e dando aos fatos o seu verdadeiro valor, agora começo a compreender que a fala de Adamir Gerson segundo a qual naqueles dias havia mesmo uma preparação no Brasil para a revolução, mas era para a revolução do Evangelho e não para a comunista, começo a compreender que a fala de Adamir Gerson é por demais, verdadeira. Afinal, revoluções são feitas pelas massas proletárias, de modo que quando se acham prestes a eclodir os seus sinais, a sua efervescência mesmo, é notada nas massas, na sua impaciência por mudanças divisadas pelo espírito e que estão demorando a se revelar na prática. Sem esses sinais anunciadores, sem essa efervescência nas massas populares, revoluções não acontecem, como não está acontecendo essa revolução comunista porque naqueles dias não havia sinal algum seu nas massas proletárias, a não ser em uma minoria reduzida de intelectuais e estudantes, entre os quais eu me incluía..." Por certo que o jovem Ronaldo concluirá o seu juízo, assim dizendo: "Pois é as palavras de Adamir Gerson são por demais verdadeiras. Afinal esse aumento vertiginoso do povo evangélico, pode ser indicativo de que realmente se acha em curso no Brasil essa revolução do Evangelho, que há de construir o socialismo a partir da transformação espiritual, a partir de corpos transformados espiritualmente, com o poder de abrigar e sustentar o vinho novo do socialismo. E essa transformação espiritual, que ele diz é imprescindível para a nova revolução, realmente a vemos nas igrejas evangélicas. Impressiona como as igrejas evangélicas crescem, em qualquer lugar da cidade encontramos uma, e todas com os seus bancos lotados. Será que essas igrejas evangélicas não seriam hoje o germe dos sovietes de ontem, que deram vida à revolução comunista, de modo que elas irão dar vida à revolução do Evangelho, à revolução do amor e da reconciliação de todos com Deus e com seu filho Jesus?

Passado mais de dez anos em que Adamir Gerson ouviu do jovem Ronaldo que estavam se preparando para a revolução que iria eclodir dentro de cinco, seis anos, no mais tardar em sete anos, hoje parece ter um fato na cidade que pode sim ser indicativo de que Deus estaria se preparando para fazer acontecer no país Brasil, como modelo para toda a terra, a revolução do Evangelho, que não por violência e nem por força militar, mas pelo poder da Palavra de Deus, há de fazer novas todas as coisas e fazer com que os espíritos descansem em paz. É que o Partido político a que pertencia o jovem Ronaldo, o Partido Comunista do Brasil, que ele dizia iria estar no comando da revolução proletária, o mesmo na cidade foi reativado, e por um grupo de evangélicos da igreja Assembléia de Deus que estão se acordando para o comunismo como sendo, não coisa do homem, mas de Deus. Esse grupo pequeno, mas com qualidade, pode sim ser o embrião da revolução que estava no coração e na mente daqueles jovens.

Mais ainda, que recentemente circulou na Internet um artigo assinado por um líder do PC do B da cidade de Joinville. E o artigo deixa claro que os comunistas estão mudando radicalmente, e numa mudança em que os aproxima mais e mais do Cristianismo. Mais e mais da maneira de Jesus de fazer as transformações, pelo poder do amor.

Vejam o escrito de Wladimir Crippa, Joinville, Santa Catarina

Wladimir Crippa (SC): avançar na construção de um PCdoB de massas, democrático, revolucionário e não-dogmático
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1. O Partido Comunista do Brasil realizou nos últimos anos um importante movimento, no sentido de desamarrar-se de antigos dogmas, de abrir-se, de renovar-se, mantendo-se no campo da esquerda e do marxismo. Autores que estavam incluídos em um tipo de “índex vermelho” não oficializado, como Lukács, Gramsci, Bobbio, passaram a ser lidos pelos dirigentes e quadros do Partido, e podemos perceber suas influências na práxis atual do PCdoB.
2. Estes autores estão aí há muito tempo, décadas, mas o dogmatismo no qual estava imerso o Partido não permitia que suas contribuições fossem analisadas e, se fosse o caso, incorporadas ao pensamento e ação do PCdoB.
3. Felizmente os comunistas livraram-se dessas amarras, e o Partido hoje se abre para o pensamento marxista de diversas outras vertentes, e não mais apenas da corrente russa, tradição herdada da III Internacional Comunista, não apenas pelo PCdoB, mas por ampla parcela do movimento comunista mundial.
4. O desafio colocado hoje é de construir a teoria da revolução brasileira. Indicar quais os caminhos que buscaremos trilhar para construir o socialismo no Brasil, dentro das nossas características, levando em consideração nossos aspectos econômicos, culturais e sociológicos.
5. O PCdoB que queremos consolidar é um partido democrático e que luta pela radicalização da democracia. Buscamos construir uma democracia superior à que está aí, que envolva amplas parcelas da população. Que combine democracia direta com democracia representativa. Que traga para o debate do povo as chamadas questões de Estado. 
6. Nesse sentido, o PCdoB não se propõe a construir nenhuma ditadura, nem de partido, nem de classe. O conceito teórico de ditadura do proletariado, hoje, não expressa mais o conteúdo que os comunistas defendem. Continuar a utilizá-lo só conseguirá limitar nossa ação, afastar militantes, impedir o crescimento do Partido e, principalmente, não comunicar o que de fato queremos. O que queremos é construir uma radical democracia socialista.
7. O PCdoB que precisamos precisa ser de massas. Precisa ter um grande enraizamento em toda a sociedade. Precisa ser uma força eleitoral, com peso nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, no Congresso Nacional. Precisa governar municípios e Estados.
8. O Partido hoje não se coloca mais o objetivo de “assaltar o Estado”. Este modelo, produzido principalmente no 1o e no 2o congressos da III Internacional e exportado de forma acrítica para todos os partidos comunistas do mundo, está totalmente distante da realidade brasileira.
9. Justamente por isso, o modelo tradicional de partido leninista, formado por quadros, por profissionais da Revolução, pequeno e centralizado, descrito fundamentalmente no livro “Que fazer?”, de Lênin, não serve para nossa realidade. O que não significa que elementos da concepção leninista de partido não devam ser preservados e aprimorados.
10. Um destes elementos certamente é o centralismo democrático. O PCdoB precisa revigorar essa característica do leninismo. Os sucessos obtidos pelo Partido nos últimos anos – e não foram poucos – devem-se em grande parte justamente à clareza da necessidade da atuação centralizada, unificada. Por não sermos um partido exatamente numeroso, é a força de nossa unidade na ação que possibilitou diversas vitórias na atuação nos movimentos sociais e na política nacional.
11. Se faz necessário envolver mais e mais filiados e militantes, estimular os debates, a discussão. Expor as divergências internamente, debater de forma sincera e calorosa, não deve ser visto como problema, mas sim como parte do processo de solução. Somente com a realização de debates que envolvam amplas parcelas da militância é que o centralismo democrático adquire a legitimidade política necessária para a unidade na ação partidária. Centralização sem discussão é burocratização e, inevitavelmente, leva à inquietação, à apatia e/ou à divisão.
12. Uma grande parcela da tradição da esquerda sempre compreendeu a Revolução como um momento, como o grande dia da tomada do poder. Mas a Revolução não é um momento. É um processo. E não é um processo rápido. É uma luta prolongada pela construção da contra-hegemonia. Onde podem ocorrer – e geralmente ocorrem – momentos de rupturas. 
13. A questão de “tomar o poder” também não se coloca mais. Poder não se toma, se constrói. Hoje o sistema não se mantém pela força militar, mas sim pelo convencimento, pela ideologia. As pessoas absorveram os valores do sistema capitalista, e os reproduzem cotidianamente, sem pensar. Tomaram para si a ética, a moral, as tradições e costumes. Vemos isso até entre nós, comunistas.
14. É preciso construir hoje na sociedade uma outra visão, outros valores. É o que se chama de disputar os valores hegemônicos. Precisamos construir uma outra hegemonia, centrada nos valores democráticos, de valorização do coletivo, da fraternidade, da busca constante por mudanças e avanços. Construir uma cultura que supere o tradicional.


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