TEMPO
DO REINADO DE JESUS CRISTO
“E o
sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no céu, dizendo: ‘O reino
do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para
todo o sempre (...)” Apocalipse 11.15-18
No
ano de 1823 o inglês John Acquila Brown publicou o livro – The Even Tide, A
Noite. E nele havia o vaticínio de que o período profético dos sete tempos que
aparecem no livro do profeta Daniel (4.16) – que Brown entendeu ser um período
de tempo de 2520 anos – o mesmo iria se cumprir no ano de 1917. Tomando como
base o ano de 604ª.c, em que Judá foi destruída pelos caldeus, então Brown
chegou ao ano de 1917.
O
que de importante iria ocorrer, então, neste ano de 1917? Simplesmente que o
trono de Javé iria ser restabelecido. Vago desde o ano de 604ª.c pela
destruição de Judá pelos caldeus, sendo o seu último rei Zedequias, então no
entendimento de John Acquila Brown ao cumprimento dos sete tempos do domínio
gentio Deus iria novamente restabelecer o seu trono.
Bem,
vem a pergunta: John Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio? Foi um
homem que fez uso da palavra profética por inspiração divina?
Muitos
estudiosos estão de acordo de que Acquila Brown foi verdadeiro no seu vaticínio
de modo que tomam a promulgação da Declaração Balfour como sendo o cumprimento
do vaticínio. De fato, a Declaração Balfour promulgada no ano de 17, pela qual
os ingleses outorgaram aos judeus o direito de retornar, de forma oficial, à
terra de seus ancestrais e construir ali para si um Lar Nacional no
entendimento de muitos estudiosos veio se encaixar perfeitamente. Foi mesmo o
cumprimento magistral da visão profética de Brown, o que todos dizem.
Mas,
o que poucos sabem é que no cumprimento do período profético o que seria
restaurado ao lugar não seria apenas uma questão ligada à nação de Israel, mas
já ao reinado de Deus. Do contrário não teria sentido o trono de Javé ter
ficado tanto tempo vago e voltado com as mesmas características. Isto é anti-dialético
e reduz a potência de Deus à potência dos deuses. O sentido maior do
cumprimento do tempo histórico é que então seria já o estabelecimento do
reinado de Javé segundo o que revelou aos profetas, em especial a Isaías. Já
seria sim o estabelecimento do reinado messiânico, que os judeus acreditam em
íntima ligação com o judaísmo, ao passo que os cristãos, em íntima ligação com
o cristianismo. Destarte, alienou-se de si como semente e retornaria como fruto,
uma imagem tão comum na natureza.
Então
vem a pergunta: e a nação de Israel que efetivamente começou a se formar a
partir do ano de 17 – isto é, de forma oficial, porque na verdade os judeus
começaram a voltar para a Palestina na segunda metade do século XIX na
construção ali dos kibutzins – ela representou o nascimento na terra do reinado
de Javé? Certamente que não. Israel é tão somente mais uma nação no contexto e
concerto das nações. Deus não governa a terra jamais através dos judeus ou da
criação do Estado de Israel.
Então
as explicações que os estudiosos deram do cumprimento da profecia de John
Acquila Brown preenche apenas parte do conteúdo profético. Algo de fundamental,
ligado ao reinado de Javé, se acha oculto de modo que é preciso ser conhecido
para que se torne completo o cumprimento do vaticínio que então John Acquila
Brown proferiu naquele ano de 1823.
Na
verdade o trono de Deus seria restabelecido na acepção em que uma semente é
plantada e ela dá o seu fruto. E quando o fruto aparece junto com ele, no seu
interior, aparece também a sua respectiva semente. Fruto e semente numa só
unidade. E começamos a entender a questão da Declaração Balfour porque ela
efetivamente é esta semente, não, porém, este fruto.
E
eis que nos achamos em condição de expor o objeto real da profecia de Acquila
Brown. De fato, o seu cumprimento foi mesmo a revolução comunista ocorrida
neste ano de 1917 assim como profetizado por Brown.
Neste
ano de 1917 realmente se manifestou o fruto junto com a sua respectiva semente.
O fruto a partir da semente. Pois deveras neste ano de 1917, mais precisamente
que no dia 2 de novembro deste ano, dois acontecimentos intimamente ligados
entre si então ocorreram, qual seja: a decisão inglesa de outorgar aos judeus o
direito de retornar à terra de seus ancestrais e construir ali para si um Lar
Nacional, e a reunião de doze líderes bolcheviques que decidiram realizar a
Revolução e construir para os trabalhadores um Lar Nacional, o socialismo. Na
construção do Lar Nacional judeu eles iriam deixar de andar peregrino pelo
mundo, enxotados de nação em nação, e na construção do Lar Nacional do Socialismo,
os trabalhadores iriam deixar de peregrinar no desemprego, na humilhação do dia
a dia, oprimidos de patrão em patrão.
A Intrigante Questão das Testemunhas de Jeová
A Intrigante Questão das Testemunhas de Jeová
Para compreender esta questão que ora estamos
tratando, e lançar mais luz sobre a afirmação de que o fenômeno real da
profecia de John Acquila Brown foi mesmo a revolução comunista, o socialismo
como reinado de Javé, realmente ocorridos no ano de 1917 – isto é, como
revivência da lei, Moisés, preparando o caminho para a revivência da graça,
Jesus – faz-se necessário dizer que no ano de 1918 estudantes da Bíblia
que hoje são conhecidos como Testemunhas de Jeová saíram pelas cidades dos
Estados Unidos proclamando a todos que Deus já tinha “começado a governar”. E em breve, como eles mesmos
diziam, a Cristandade iria sofrer nas mãos do Governo de Deus pelo seu pecado
cometido. De modo que a sua referência era expressa e direta ao reinado de
Deus, sem qualquer menção ao fenômeno judeu. Ainda mais, que sem meios de
provar concretamente, estes estudantes da Bíblia diziam que o reinado de Deus
começara de forma invisível, com Deus já o gerenciando a partir do céu.
E há um fato concreto que deixa claro que o fenômeno real da revelação destes estudantes da Bíblia, foi mesmo a revolução comunista, mesmo que eles não soubessem e ainda hoje não tem qualquer consciência disto. É que quando eles saíram pelas cidades dos Estados Unidos pregando que Deus estabelecera já o seu governo, e começara a reinar, ora, como a pregação deles ia de encontro a tudo o que os bolcheviques estavam fazendo na Rússia, os comunistas acabara de expropriar toda a riqueza da burguesia – Jó 20.15-19 – deixando-os literalmente de mãos vazias, com suas riquezas passando para o controle do proletariado – Lucas 1.51-53 – de modo que prometiam criar uma nova pátria, sem nenhum tipo de opressão, com aqueles que construíam eles mesmos morando, aqueles que plantavam eles mesmos comendo, e aqueles que produziam as riquezas eles mesmos usufruindo plenamente do trabalho de suas próprias mãos e não mais outros – Isaías 65.21-22 – ora, as autoridades americanas, que naquele preciso instante enviara tropas para combater na Rússia contra os bolcheviques, não tiveram dúvida de que estes estudantes da Bíblia era um braço religioso do movimento comunista. O movimento comunista, que então conquistou o poder na Rússia, invadia agora os Estados Unidos. E imediatamente o colocaram atrás das grades. Mas depois, verificando, e vendo que eles não tinham qualquer ligação com o comunismo, que a sua pregação de paraíso era completamente desligada da problemática político-econômico-social, no que se embasava a ação comunista, ora, se convencendo de que eram inofensivas, então as autoridades americanas as soltaram.
E há um fato concreto que deixa claro que o fenômeno real da revelação destes estudantes da Bíblia, foi mesmo a revolução comunista, mesmo que eles não soubessem e ainda hoje não tem qualquer consciência disto. É que quando eles saíram pelas cidades dos Estados Unidos pregando que Deus estabelecera já o seu governo, e começara a reinar, ora, como a pregação deles ia de encontro a tudo o que os bolcheviques estavam fazendo na Rússia, os comunistas acabara de expropriar toda a riqueza da burguesia – Jó 20.15-19 – deixando-os literalmente de mãos vazias, com suas riquezas passando para o controle do proletariado – Lucas 1.51-53 – de modo que prometiam criar uma nova pátria, sem nenhum tipo de opressão, com aqueles que construíam eles mesmos morando, aqueles que plantavam eles mesmos comendo, e aqueles que produziam as riquezas eles mesmos usufruindo plenamente do trabalho de suas próprias mãos e não mais outros – Isaías 65.21-22 – ora, as autoridades americanas, que naquele preciso instante enviara tropas para combater na Rússia contra os bolcheviques, não tiveram dúvida de que estes estudantes da Bíblia era um braço religioso do movimento comunista. O movimento comunista, que então conquistou o poder na Rússia, invadia agora os Estados Unidos. E imediatamente o colocaram atrás das grades. Mas depois, verificando, e vendo que eles não tinham qualquer ligação com o comunismo, que a sua pregação de paraíso era completamente desligada da problemática político-econômico-social, no que se embasava a ação comunista, ora, se convencendo de que eram inofensivas, então as autoridades americanas as soltaram.
Assim,
pois, podemos dizer que realmente o vaticínio de Acquila Brown se cumpriu mesmo
neste ano de 1917, o reinado de Javé se manifestando pelo lado da semente,
Abraão, e pelo lado do fruto, o judeu Karl Marx. Em termos científicos a
semente sendo Isaque com seus dois gametas, judeus e palestinos, e o fruto
sendo Jesus com a textura carnuda, sendo o socialismo e o sabor e docilidade
sendo a religião cristã. Por ser Isaque é certo que num tempo futuro próximo
então iria haver a completa reconciliação, tanto na semente, entre judeus e
palestinos, como no fruto, entre socialismo e cristianismo.
Judaísmo e Marxismo
Ora, caso isto seja verdadeiro o mesmo exige que o nascimento do socialismo tenha estado intimamente ligado ao judeu, assim como o fruto se manifesta, intimamente ligado a sua respectiva semente. Em uma palavra, o socialismo emergiu do ventre judaico, só assim tendo veracidade do reino messiânico.
Ora, caso isto seja verdadeiro o mesmo exige que o nascimento do socialismo tenha estado intimamente ligado ao judeu, assim como o fruto se manifesta, intimamente ligado a sua respectiva semente. Em uma palavra, o socialismo emergiu do ventre judaico, só assim tendo veracidade do reino messiânico.
Vejamos:
primeiro, os dois criadores teóricos do socialismo, Marx e Engels, os dois eram
judeus; segundo, os dois realizadores da revolução, Lênin e Trotsky, os dois
eram judeus (John Reed, testemunha ocular, no livro OS DEZ DIAS QUE ABALARAM O
MUNDO aponta Lênin e Trotsky como os dois homens mais importantes na tomada do
poder. Se na consolidação da revolução os dois homens mais importantes foram
Lênin e Stálin já é outra questão). Sem falar que dois líderes importantes da
revolução, Kamenev e Zinoviev, os dois também eram judeus.
Ora,
há consenso entre muitos historiadores que o socialismo foi fenômeno judeu. Foi
gestado em suas entranhas e nasceu de suas entranhas. Não só George Riffert diz
no seu livro A Grande Pirâmide de Gizé que o comunismo foi gestado no ventre da
Liga Judaica como tal é corroborado por outros autores. Veja aqui um comentário
sobre um texto do sociólogo chileno Pablo Huneeus: O que se pretende sustentar, resumidamente a seguir,
dificilmente costuma ser digerido com facilidade pelo senso comum. Essa tese
polêmica é a de que o comunismo moderno nada mais é do que um subproduto do
judaísmo. Seu caráter é intrinsecamente judaico, suas bases filosóficas provêm
do judaísmo, sua ação política, propaganda e patrocínio, direta e
indiretamente, igualmente, derivam incontestável e majoritariamente dos judeus. Tratemos de início da
origem do comunismo moderno. O comunismo moderno foi desenvolvido por Moses
Levy Mordecai, ou melhor, simplesmente Karl Marx... Marx teve um grande
professor rabino comuno-sionista de nome Moses Hess. Este rabino foi fundador e
editor do Rheinische Zeitung, o principal órgão de pensamento de esquerda na
Alemanha. Ele proveu Karl Marx com sua primeira importante plataforma. Mais
tarde, em Bruxelas, ele colaborou com Marx em A Ideologia Alemã. Foi Hess
também quem converteu Friedrich Engels ao comunismo, provavelmente também ao
judaísmo.
Uma rápida análise sobre o texto do sociólogo chileno Pablo Huneeus: "Jesús y Marx fueron judíos y lo que hace Marx es modernizar el espíritu mesiánico del judaísmo, prometiendo la salvación en este mundo. La profecía de su 'Manifiesto Comunista' es la salvación secular del pueblo elegido (la clase trabajadora) que ha de ser liberado de su cautiverio en Babilonia ( la explotación capitalista) por la ira de Jehová (la revolución) para instaurar aquí el reino de los cielos (la dictadura del proletariado). El redentor es el revolucionario; Satanás, el capitalismo; su pueblo elegido, el proletariado; y su Iglesia Católica, apostólica y romana es el Partido Comunista, apostólico y moscovita. Es como traer a Dios a la Tierra, con juicio final y apocalipsis incluídos". (Pablo Huneeus, sociólogo chileno)
Uma rápida análise sobre o texto do sociólogo chileno Pablo Huneeus: "Jesús y Marx fueron judíos y lo que hace Marx es modernizar el espíritu mesiánico del judaísmo, prometiendo la salvación en este mundo. La profecía de su 'Manifiesto Comunista' es la salvación secular del pueblo elegido (la clase trabajadora) que ha de ser liberado de su cautiverio en Babilonia ( la explotación capitalista) por la ira de Jehová (la revolución) para instaurar aquí el reino de los cielos (la dictadura del proletariado). El redentor es el revolucionario; Satanás, el capitalismo; su pueblo elegido, el proletariado; y su Iglesia Católica, apostólica y romana es el Partido Comunista, apostólico y moscovita. Es como traer a Dios a la Tierra, con juicio final y apocalipsis incluídos". (Pablo Huneeus, sociólogo chileno)
Na visão de Pablo Huneeus o espírito messiânico
que impregnou o judaísmo, desde os profetas, estaria de certa forma se
realizando no Marxismo, porque tanto um como outro elegem a Terra como lugar do
nascimento de um reino perfeito, sem qualquer tipo de exploração, sem qualquer
tipo de pecado. E chama à atenção que o fato de Pablo Huneeus dizer que o judeu
Marx elegeu o Proletariado, a Classe Trabalhadora, como “povo eleito” (pueblo
elegido), certamente isto vai de encontro a Jesus, que jamais disse que os
judeus herdariam o Reino de Deus, como era visão corrente na época entre os
judeus, mas, sim, os Mansos – a esse respeito ver Mateus 21.43, que pode sim
ser associado com Isaías 65. Prosseguindo. Ora, uma análise sociológica e
psicológica acurados certamente que converge estes mansos de Jesus para os
mesmos trabalhadores de Marx. E o assunto se torna conclusivo quando é
analisado à luz de Mateus 25.34-40.
E a conclusividade se torna patente e fecha o
círculo quando se sabe que nas palavras proféticas que Deus colocou no espírito
do profeta Daniel acerca dos sete tempos se lê nas entrelinhas que o povo a
quem Deus escolheu para gerenciar o Reino foi mesmo o proletariado. Porque é
dito que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem
quiser, e estabelece nele até mesmo o
mais humilde da humanidade. Ora, só podemos entender este “mais humilde da
humanidade” como sendo o proletariado, que realmente naquele ano de 1917 foi
estabelecido no poder.
Bem, para resumir essa questão da íntima relação
do socialismo com o judaísmo e nem deixar margem a nem mais uma dúvida vejam
isto retirado de um site:
CURIOSIDADES:
Karl Marx era descendente de rabinos
judeus por parte do pai e da mãe
O verdadeiro nome de Kerensky (líder da revolução que derrubou o czar, posteriormente derrubado por Lênin) é Adler, sendo seu pai judeu e sua mãe judia. Morto o pai, a mãe tornou-se a casar com um russo chamado Kerensky, cujo nome o estadista e advogado adotou.
Ninguém até agora pôs em dúvida a nacionalidade de Trotsky, que é judeu, e cujo verdadeiro nome é Bronstein.
Lênin era um quarto judeu e casado com uma judia.
Stalin não era judeu (há quem questione essa informação), mas pertencia a seita caraíta, ligada ao judaísmo.
Os judeus sempre ocuparam mais de 80% de todos os altos cargos do governo bolchevique, apesar de serem 1,5% da população. Em 1918 a mais alta burocracia - Soviets e ministérios - contava com 534 indivíduos, dos quais 429 eram judeus.
O financiamento da Revolução Russa foi feito pelos judeus americanos Jacob Schiff, Felix Warburg, Max Breitung, Otto H. Kahn, Mortimer Schiff, Jerome H. Hanauer, e pelo Banco Kuhn Loeb & Co.
O verdadeiro nome de Kerensky (líder da revolução que derrubou o czar, posteriormente derrubado por Lênin) é Adler, sendo seu pai judeu e sua mãe judia. Morto o pai, a mãe tornou-se a casar com um russo chamado Kerensky, cujo nome o estadista e advogado adotou.
Ninguém até agora pôs em dúvida a nacionalidade de Trotsky, que é judeu, e cujo verdadeiro nome é Bronstein.
Lênin era um quarto judeu e casado com uma judia.
Stalin não era judeu (há quem questione essa informação), mas pertencia a seita caraíta, ligada ao judaísmo.
Os judeus sempre ocuparam mais de 80% de todos os altos cargos do governo bolchevique, apesar de serem 1,5% da população. Em 1918 a mais alta burocracia - Soviets e ministérios - contava com 534 indivíduos, dos quais 429 eram judeus.
O financiamento da Revolução Russa foi feito pelos judeus americanos Jacob Schiff, Felix Warburg, Max Breitung, Otto H. Kahn, Mortimer Schiff, Jerome H. Hanauer, e pelo Banco Kuhn Loeb & Co.
A Lei e a Graça
É
certo que muitos ministros da Palavra de Deus se conscientizaram de que o
comunismo foi mesmo fenômeno que se manifestou na terra não só a partir do
judeu, mas, também, como cumprimento da Palavra de Deus (Tiago 5 descreve de
forma clara e inequívoca esse acontecimento, e é importante salientar que Tiago
deixa claro que era Deus respondendo àqueles que clamaram a ele por conta dos
opressores terem retido seus salários e os reduzir a uma condição de
miserabilidade – eis que os salários devidos aos trabalhadores que ceifaram os
vossos campos, mas que são retidos por vós, estão clamando, e os clamores por
ajuda, da parte dos ceifeiros, CHEGARAM AOS OUVIDOS DE JAVÉ DOS EXÉRCITOS).
Conscientizaram-se de que se muitos homens com a Bíblia na mão abriram as suas
bocas para dizer que o comunismo foi gestado nas profundezas do inferno, os
acusando ininterruptamente de tudo o de ruim, sendo responsabilizado por todas
as desgraças políticas e econômicas – Apocalipse 12.10, isto não quer dizer
nada porque muitos homens, de posse da Palavra de Deus, não só disseram que
Jesus era possuído por demônios como envidaram todo esforço para assassiná-lo.
Além do mais, estes ministros de Deus, já emancipados politicamente, sabem que
a Palavra de Deus diz que o mundo jaz no poder do Maligno, e muito poder ele
tem para manipular a mente de homens. Mais do que isto, que estes Ministros da
Palavra de Deus têm plena consciência de que o povo de Deus no seu conjunto
quando for esclarecido sobremaneira acerca do socialismo que tem procedência
divina e não maligna, compreenderão claro que todo o povo de Deus passará a ter
simpatia, respeito e reverência pelo socialismo, pois então a todos ficou claro
que Marx é a outra face de Paulo, a igualdade material de Paulo é a outra face
da igualdade espiritual de Paulo, e que, portanto, a origem de ambos só pode
ser comum, como é comum a origem do óvulo e do espermatozóide, não obstante
estarem em corpos separados. Destarte, são estes os dias do cumprimento de
ICoríntios 15.51, o dia em que no toque da trombeta final de Deus então todo o
povo de Deus iria ser esclarecido sobremaneira sobre o plano de Deus ao longo
dos tempos, as etapas do calvário da Redenção, bem na acepção de Hegel. Com a
clareza límpida e cristalina de Isaías 29.18-24.
Portanto
se faz necessário levar aos ministros da Palavra de Deus mais esclarecimentos
para que possam se posicionar na construção do reinado de Jesus Cristo. A sua
construção é um ato racional, que além de religião envolve política,
sociologia, economia, ideologia, organização partidária e etc. Mais do que
isto, derrubar o muro de separação que há entre a Palavra de Deus e o universo
acadêmico-intelectual. De fato, o que aconteceu naquele ano de 1917 com a
vitória comunista foi que Deus estabeleceu o seu reinado PELO LADO DA LEI. A
Ditadura do Proletariado foi condição e instrumento para o cumprimento de
milenares profecias bíblicas, entre as quais a escatologia segundo o profeta
Sofonias, que viu no final dos tempos a ira de Deus sendo derramada contra os
sacerdotes, e contra os príncipes, e contra os filhos do rei, e contra a
burguesia (os que usavam vestuário estrangeiro), e contra os comerciantes (os
que pesavam a prata), e contra os poderosos, e nem a sua prata e nem o seu ouro
os livrando da ira de Deus, que então derramava o seu sangue como pó e suas vísceras
como fezes (Sofonias 1.1-18).
Como
a escatologia segundo Sofonias se desenrolaria tendo como pano de fundo e
fundamento tipológico a destruição de Judá por parte de Nabucodonozor e dos
caldeus, e claramente eram instrumentos nas mãos de Deus, pois não somente
encontramos Deus chamando ao rei caldeu Nabucodonozor de “meu servo”, como
repetidas vezes enviando o profeta Jeremias aos reis de Judá e aos seus
poderosos os alertando de que não iriam ficar impunes pelo seu pecado e
rebeldia, ora, isto pressupõe que na escatologia Deus iria usar ao seu serviço
instrumentos humanos análogos aos que usou contra Judá e seus reis. De fato, e
estes instrumentos humanos escatológicos foram mesmo os comunistas, com Lênin
sendo este novo Nabucodonozor nas mãos de Deus.
O
que foi exposto acima lança luz sobre a compreensão do vaticínio profético de
John Acquila Brown. Uma vez que foi expresso o caráter escatológico do livro do
profeta Sofonias, com tudo desencadeando na escatologia a partir da destruição
de Judá por Nabucodonozor e os caldeus, e uma vez que só se compreende a
destruição de Judá por Nabucodonozor numa relação direta com a conquista de
Babilônia por parte de Ciro, os dois acontecimentos estiveram intimamente
ligados e fizeram parte do mesmo processo, isto significa dizer que a
escatologia, o seu drama, se desencadearia em dois atos distintos e
complementares, qual seja: um ato que reviveria os dramáticos acontecimentos da
destruição de Judá com o consequente cativeiro babilônico de setenta anos e o
segundo ato que reviveria a conquista de Babilônia por parte de Ciro à frente
de medos e persas, libertando o povo de Deus que então estava cativo em
Babilônia.
De
modo que claramente a escatologia se dá a partir de dois fundamentos
tipológicos onde cada um teve e se consumou em dois atos distintos no tempo e
no espaço, qual seja o de Moisés que se consumou em Jesus e o de Nabucodonozor
que se consumou em Ciro. De modo que podemos asseverar que o reinado de Javé
realmente se cumpriu naquele ano de 1917, segundo o vaticínio de John Acquila
Brown, pois, deveras, a revolução comunista ao mesmo tempo reviveu a ação de
Moisés contra Faraó e a destruição de Judá por Nabucodonozor. De modo que
podemos dizer sim que Lênin, não só foi o novo Nabucodonozor, como falado, como
também novo Moisés.
Ora,
como a revolução comunista realizou Moisés, mas não realizou Jesus; realizou
Nabucodonozor, mas não realizou Ciro, isto significa dizer que está faltando o
segundo ato escatológico que então reviverá Jesus e reviverá Ciro. E podemos
dizer sim que estamos na iminência do segundo ato escatológico, quando então a
revolução se deslocará de ser feita em motivos revolucionários prescritos e
promovidos pela Ditadura do Proletariado para ser feita em motivos cristãos.
E
profundas mudanças estarão, então, acontecendo. No lugar de se buscar a
construção da igualdade na destruição pura e simples da burguesia buscar-se-á a
sua construção na sua transformação e conversão. Há que se educar os
trabalhadores. A que evangelizar os burgueses. Para que não tenhamos mais que
contemplar aquela situação insólita vivida por Che Guevara nas selvas da
Bolívia, sem a compreensão e apoio das massas, o fuzil em suas mãos por si só
não pode responder à demanda. Era necessário o apoio e a participação
consciente das massas. Em uma palavra, o homem reformado interiormente,
compactado na Palavra de Deus, não suportará jamais as injustiças do
capitalismo. É um acinte ao seu espírito. E leis sucedendo leis, que emanam de
legisladores que foram colocados ali pela consciência popular, certamente não
tardarão e o capitalismo e tudo que lhe diz respeito serão procurados e não
mais encontrados. Um novo homem tomou o lugar do velho homem. Como diz a
Palavra de Deus, as velhas coisas não serão mais lembradas e não subirão mais
ao coração, Isaías 65.17.
Uma
transformação e conversão dos ricos? Sim, mas que será precedida na
transformação e conversão dos próprios comunistas – porque é cumprimento da
Palavra de Deus, Isaías 66.14; Mateus 25. 34-40. Os comunistas não serão
desprezados e excluídos deste novo tempo e existir revolucionário como é a luta
que setores da Igreja Católica estão travando com os progressistas querendo de
todos os modos que eles se apartem do Marxismo deixando os comunistas entregues
à própria sorte, que sorrateiramente sabem não será outra senão que entregues a
lutas intestinas, vivendo do passado, sem qualquer inserção no presente,
ausentes, completamente alienados da alma popular. Não, tal como os filhos de
Israel, que ao subir do Egito para Canaã levaram consigo os ossos de José, para
que onde fossem José estivesse sempre presente, de igual modo a Igreja de
Cristo saberá levar consigo a todos os filhos de Marx para lhes dar um futuro
ainda mais glorioso. Na lei, eles carregaram o fardo mais pesado, e se o fardo
que agora surge será mais leve, aparentemente mais leve, deve-se a eles, com o
seu suor, a sua lágrima, e o seu sangue, ter preparado o caminho e as condições
para o novo tempo da graça. É verdade, os comunistas transformados e
convertidos compreenderão que a transformação e conversão porque passaram em
suas vidas, antes tido por eles como impossíveis, improváveis, compreenderão
que da mesma forma que seus seres impenetráveis foram abertos com a chave do
Evangelho de modo a aceitar e acreditar em Deus como criador, condutor e
consumador da Revolução, hão de acreditar que a mesma transformação e conversão
poderá também alcançar os burgueses.
De modo que agora, neste novo existir
revolucionário, ao olhar para a burguesia não sentirão mais o antigo desejo da
sua destruição, mas um novo desejo, ardente, de sua conversão e transformação.
No âmago de suas almas sentem neles um irmão que ainda não se encontrou.
Destarte, se empenharão para que compreendam que há um bem maior que dinheiro e
riqueza, Deus, oculto em suas lutas passadas apenas aguardando a chegada do seu
dia.
Ora,
essa transformação dos dois pólos da contradição, comunistas e capitalistas,
certamente que é o cumprimento da Palavra de Deus, como segue: E o lobo, de
fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com
o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos
juntos; e um pequeno rapaz é que será
o condutor deles (Isaías 11.6).
A Presença de Deus em 17
Para
que os ministros da Palavra de Deus compreendam que realmente foi verdadeiro o
vaticínio de John Acquila Brown, que ele proferiu naquele ano de 1823, tendo
visto em espírito de profecia Deus se manifestando em grande poder no ano de
1917, sim, a que não paire nem mais uma dúvida em seus espíritos e digam, com
Jacó: Basta! A revolução comunista foi mesmo o cumprimento da Palavra de Deus,
Adamir Gerson vai aprofundar ainda mais essa questão de que tudo relacionado na
libertação de Moisés no Egito e à ação de Nabucodonozor contra Judá tudo foi
novamente revivido pela Revolução. De modo que Lênin foi realmente um novo
Moisés e um novo Nabucodonozor.
Moisés. Relata a Palavra de Deus que Moisés,
por causa dos seus irmãos escravos, virou às costas a toda a glória do Egito
preferindo sofrer com eles de que ter um gozo temporário. Por conseguinte, por
tomar o lado de seus irmãos escravos, fugiu ao Egito. Mas voltou e ao se unir
com Arão então foi libertar os escravos que então eram oprimidos por Faraó. E
passou a conduzi-los na direção de Canaã, para o lugar que tempos antes Abraão
creu seria o lugar de descanso de sua descendência peregrina. Mas Moisés não
guiou o povo para dentro de Canaã, outro introduziu o povo que saíra do Egito
na terra da promessa, Josué. Moisés foi tomado por Deus e levado ao alto do
monte Nebo, ao cume do Pisga, e de lá lhe foi mostrado toda a terra do outro
lado que ele mesmo não atravessaria, mas outro atravessaria no seu lugar.
E
tudo isto voltou a se repetir em Lênin – porque cumprimento da Palavra de Deus,
Isaías 19.20. Vejamos: Filho de um funcionário com regalias no reino do Czar, e
tendo um próspero futuro como advogado, Lênin, no entanto, virou às costas a
tudo isto e tomou o lado do oprimido povo russo. Por conseguinte teve de ir
para o exílio. Mas voltou e ao se unir a Trotsky, que também veio do exílio,
então foi fazer a revolução e conduzir os trabalhadores oprimidos na direção do
socialismo. De modo que passou a conduzir os trabalhadores russos na direção do
socialismo, para o lugar que tempos antes Marx creu seria o lugar de descanso
dos oprimidos pelo capitalismo. Mas Lênin não introduziu o povo no socialismo,
outro o fez no seu lugar, Stálin. Lênin subiu ao alto da NEP e dela pode ver
toda a terra do outro lado, o socialismo, que ele mesmo não entraria, mas outro
entraria no seu lugar. Quer dizer, ele mesmo não o construiria, outro
construiria no seu lugar, e no caso que estamos tratando este outro foi mesmo
Stálin.
Relata
a Palavra de Deus que quando o povo escapou das masmorras do Egito e já ia
longe, então Faraó disse: Que é isto que fizemos, despedindo Israel de
trabalhar como escravos para nós? De modo que a Palavra de Deus diz que Faraó
passou a aprontar seus carros de guerra e tomou consigo seu povo. E passou a
tomar seiscentos carros seletos e todos os outros carros do Egito, e guerreiros
em cada um deles. E os egípcios foram no encalso deles, enquanto os filhos de
Israel saiam de mãos erguidas. Quando Faraó chegou perto, os filhos de Israel
começaram a levantar os olhos e eis que os egípcios vinham marchando atrás
deles.
E ficaram muito amedrontados e começaram a clamar a Javé. Pois, deveras,
á sua frente estava o grande mar e atrás vinham as forças militares de Faraó.
Foi então que se deu a intervenção de Deus, com Deus partindo as águas do mar e
o povo atravessando em solo seco, e as forças de Faraó, que haviam dito:
Perseguirei! Alcançarei! Repartirei os despojos! Minha alma se encherá deles!
Puxarei da minha espada! Minha mão os desalojará! Sim, as forças de Faraó que
entraram no mar para trazer o povo de volta à casa dos escravos, foram tragadas
pelas águas do mar.
E
tudo isto voltou a se repetir naquele ano de 1917, com Lênin. Vejamos: quando
os revolucionários fizeram a revolução e principiaram a guiar as massas
trabalhadoras na direção do socialismo, quando já iam longe, por conta das
expropriações que a revolução tinha feito, passando o que antes estava nas mãos
da burguesia para o controle de um Estado operário, a verdade é que as nações imperialistas
da terra no seu conjunto reagiram, de modo que naquele ano de 1918 invadiram a
Rússia por todos os flancos para esmagar a revolução e trazer o povo de volta à
casa dos escravos. Os livros de história narram que foi quatorze nações, as
nações mais poderosas da terra, Japão, Turquia, França, Inglaterra, Estados
Unidos, mas Paulo Francis disse de Nova Yorque que foram vinte e uma nações,
nações covardes, como ele mesmo disse arrastando os erres. A verdade é que os
bolcheviques ficaram numa situação idêntica a dos hebreus, pois se não bastasse
a luta que estavam tendo contra as forças internas da contra-revolução, agora
levantam os olhos e eis que vêem entrando em solo russo para guerrear contra
eles todas as nações da terra. Mas, um ano depois, apesar de que os
prognósticos apontavam um massacre dos bolcheviques, a verdade é que eles
emergiram triunfantes, não só expulsando para fora do território russo todas as
nações invasoras como também acabando com a contra-revolução interna. Nem uma
única nação daquelas que Paulo Francis chamou de “covardes” se deixou sobrar no
território revolucionário.
Nabucodonozor. Ao longo do trabalho vem sendo dito
que a escatologia iria se desenvolver em dois atos, um que reviveria a ação de
Moisés no Egito e outro que reviveria a ação de Nabucodonor em Judá. Não
acontecimentos distintos, mas o mesmo acontecimento, que filtrado e olhado de
diferentes ângulos tanto se podia ver nele e captar a ação de Moisés contra
Faraó como a ação de Nabucodonozor contra Judá. Acima foi exposto
acontecimentos da revolução russa em íntima ligação com os acontecimentos de
Moisés no Egito contra Faraó e agora acontecimentos da revolução russa serão
expostos em íntima ligação com os acontecimentos da destruição de Judá por
parte de Nabucodonozor e dos caldeus.
Ora, Nabucodonozor destruiu Judá em três sucessivos
golpes, a saber: O PRIMEIRO foi desfechado contra o rei Joaquim; O SEGUNDO foi
desfechado contra o rei Zedequias, onze anos e três meses depois; e o TERCEIRO
foi desfechado um mês depois por Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal e servo de
Nabucodonozor, enviado por ele, que passou a queimar a casa de Javé e a casa do
rei, e todas as casas de Jerusalém; queimando com fogo a casa de todo homem
proeminente e demolindo as muralhas da cidade, não deixando pedra sobre pedra.
No entanto Nebuzaradã poupou os humildes, deixando que eles ficassem no país
lavrando o solo, mas o rei, os príncipes, os sacerdotes e os homens proeminentes,
os que não foram mortos, Nebuzaradã levou ao cativeiro de Babilônia
E tudo isto voltou a acontecer naquele ano de 1917
na pátria russa com a revolução. De fato, os revolucionários destruíram a
Cristandade, antítipo de Judá, em três sucessivos golpes. O PRIMEIRO foi a
revolução de 1905; O SEGUNDO foi a revolução de Fevereiro que destronou o Czar,
onze anos e três meses depois; E o TERCEIRO foi um mês depois, quando Lênin
vindo do exílio passou a demolir todo aquele mundo não deixando pedra sobre pedra.
Os que pertenciam à burguesia que não foram mortos foram espalhados para os
quatros cantos da terra, a fim de narrar as suas coisas detestáveis, como
vaticinou o profeta Jeremias concernente àqueles que foram espalhados pela ação
dos caldeus e que tem validade para todos aqueles que foram espalhados para os
quatro cantos da terra pela ação dos comunistas na Rússia naquele ano de 1917.
Narra a Palavra de Deus que quando se apertou o
cerco do rei Nabucodonozor e a cidade sitiada caiu diante do seu poder então o
rei Zedequias e toda a sua família, bem como os que lhes estavam próximos, na
calada da noite procuraram escapar por uma brecha. Mas os caldeus foram
avisados e cercaram as estradas que saiam da cidade, indo no seu encalso e os
detendo nas planícies desérticas de Jericó. E perambularam com eles pelo
deserto até que chegou à cidade de Ribla, lugar ao norte onde Nabudodonozor
tinha armado o seu quartel-general, o centro de suas operações. E trouxeram-nos
à presença do rei, trêmulos pelas suas vidas. E narra a Palavra de Deus que um
oficial entrou até eles e fez a leitura de uma decisão judicial (IIReis 25.6).
Em seguida o rei Nabucodonozor, completamente irado, matou a espada todos os
filhos de Zedequia que os historiadores dizem eram muitos jovens. E a sua ira
era tanta contra eles que reservou destino pior para Zedequias. Furou-lhe os
olhos, o deixando completamente cego, com ele passando o resto de sua vida sem
ver a luz do sol em Babilônia. (Porque muitos irão fazer perguntas
perturbadoras, Adamir Gerson os responderá com o caso da polonesa Anna Anderson.
Mas agora não é ocasião para se tratar deste assunto).
E tudo isto voltou a acontecer na Rússia naqueles anos de completa
efervescência revolucionária. Com a queda do Czar em fevereiro daquele ano de
1917, o mesmo foi levado pelos revolucionários para Tsarskoye Selo, ficando ali
sob custódia. Sob custódia em Tsarskoye Selo, na calada da noite foi posto em
ação um plano de fuga para ele. Avisado, os revolucionários imediatamente
bloquearam todas as estradas. Sem poder fugir os revolucionários tomou o Czar e
toda a sua família e naquele mês de agosto de 17 o transferiram para a Sibéria,
para a cidade de Tobolsk, aprisionando-os na Casa do Governador. E em abril do
ano seguinte o transferiram de cidade, de Tobolsk para Ekaterimburgo, nos
Montes Urais, onde havia um soviete totalmente hostil. E os aprisionou na Casa
Ipatien. E no dia 17 de julho daquele ano de 1918 o capitão Yakov Yurovski, um
fotógrafo que sofrera horrores nas prisões do Czar e que se tornara responsável
pela Casa Ipatien, entrou até o porão para onde fora levada toda a família
imperial e fez perante eles a leitura de uma decisão judicial que fora tomada
pelo soviete local. E em seguida dispararam tiros, com os sobreviventes
acabando de ser mortos a facadas e ponta de baioneta. Todos que estavam na casa
foram mortos. Os revolucionários não pouparam ninguém. Nem os filhos do rei,
nem o rei, e nem mesmo os que prestavam serviço a eles, o médico da família, o
cozinheiro e mais dois mordomos. E chama atenção que não somente os membros da família imperial, mas também a Dama Anna Demidova, uma senhora de luxo que decidiu seguir junto com os Romanov, traziam sob a roupa o corpo coberto com jóias. Mais de um quilo de diamantes se
escondiam sob suas roupas. Isto serve de reflexão para o vaticínio do profeta Sofonias.
Narra a Palavra de Deus que depois que o rei Nabucodonozor massacrou a
família de Zedequias, abatendo os seus filhos diante de sua presença, a ira de
Nabucodonozor não cessou contra Judá. De modo que mais personalidades ligadas
ao trono continuaram a ser pegos pelos caldeus e enviados a Ribla; e ali eram
impiedosamente mortos por Nabucodonozor. (Outrossim, o chefe da guarda pessoal
tomou a Seraias, o sacerdote principal, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e
três guardas das portas; e da cidade tomou um oficial da corte, que tivera o
comando sobre os homens de guerra, e cinco homens dos que tiveram acesso ao
rei, que se achavam na cidade; e o secretário do chefe do exército, aquele que
recrutara o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que se achavam
na cidade; e Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal, tomou-os então e conduziu-os
ao rei de Babilônia, a Ribla. E o rei de Babilônia passou a golpeá-los e a
entregá-los á morte em Ribla, na terra de Hamate. Assim foi exilado Judá do seu
solo, IIReis 25.18-21).
E tudo isto realmente veio a acontecer no caso russo. Depois da execução
do Czar e de sua família a ira revolucionária continuou acesa contra os
remanescentes da nobreza. De modo que até o mês de janeiro do ano de 19 mais
membros da família imperial continuaram sendo aprisionados pelos bolcheviques e
enviados a Ekaterimburgo. Cerca de vinte membros da família imperial neste
período foram julgados e mortos pelos revolucionários em Ekaterimburgo.
Relata a Palavra de Deus que o cativeiro em Babilônia durou setenta anos.
Depois de setenta anos então Babilônia ruiu, por conta de uma combinação de
forças internas e externas, as internas representadas pelos comerciantes de
Babilônia que abriram os portões da cidade, e as externas representadas por
medos e persas sob o comando de Ciro que não tiveram dificuldades em entrar na
cidade a conquistando sem ter puxado da espada.
O que seria isto? Por ventura que o tempo de existência do comunismo, que
após setenta anos de existência ruiu, por conta de uma combinação de forças
internas e externas contra as quais não pode resistir? De modo que setenta anos
depois a Cristandade foi novamente restabelecida no lugar, voltando a se
revolver no antigo vômito, como fizeram aqueles que retornaram para Judá que
não cessaram de pecar perante Javé?
É preciso estes esclarecimentos. Primeiro: Adamir Gerson está relatando
estes acontecimentos ocorridos naquele ano de 18 porque é sua missão como
historiador da Palavra de Deus (Isaías 41.4; 41.16; Mateus 17.11; João 16.13).
Não se sente bem em estar tocando no assassinato de pessoas, em especial
aquelas que eram inocentes, os filhos do monarca e seus empregados. Mas, como
dito, o faz por questão do dever. Mesmo porque os Romanov foram reabilitados e
são tidos agora como santos, mártires da causa do Evangelho ao tempo que seus
executores são tidos como o pior da espécie humana. Isto apenas expõe esses
sacerdotes que santificaram os Romanov como homens sem qualquer conhecimento ou
ligação com a Palavra de Deus. Não diferem nada, absolutamente nada, daqueles
sacerdotes que odiaram o profeta Jeremias porque este vaticinava a sua
destruição por Javé. O espírito que os habita não tem origem transcendente, não
é parte da revelação, mas se origina dos domínios de baixo, emerge dos seus
profundos. Certamente que são como aqueles que construíam os sepulcros dos
profetas e decoravam os túmulos memoriais dos justos, e diziam: Se nós
estivéssemos nos dias de nossos antepassados, não seríamos parceiros deles no
sangue dos profetas. Mas quando canonizam os Romanov e os elevam à categoria de
santos, dão testemunhos contra eles mesmos de que são filhos daqueles que assassinaram
os profetas. Porque o acontecido com a família real dos Romanov já era fato
assentado na Palavra de Deus para acontecer. Teriam de passar por aquilo,
estava escrito no DNA tipológico da destruição da família do rei Zedequias. Não
foi por acaso que Sofonias profetizou: e vou voltar a minha atenção para os
filhos do rei...
Segundo, é comum atribuir-se a Lênin e aos líderes bolcheviques a responsabilidade
pelo massacre dos Romanov. A ordem da execução partiu do próprio Lênin, dizem
boa parte dos historiadores que se puseram a recompor aqueles fatos. Mas o
soviete de Ekaterimburgo agiu sozinho, por conta própria. Os líderes
revolucionários só souberam do acontecido depois de executado. Não tiveram
participação. Tanto é que daqueles que participaram direta e indiretamente da
execução da família real vinte e oito foram julgados e condenados, com cinco
deles sendo executados.
Pentecostalismo
Ora,
no cumprimento das profecias, quando chegou o tempo de Deus estabelecer o seu
reinado através da Lei ele então foi chamar os comunistas que vinham fazendo
leituras sociológicas, políticas e históricas de Karl Marx desde a metade do
século XIX, a pergunta a ser feita agora é esta: tendo chegado o tempo de Deus
construir o seu reinado através da Graça, quem, agora, ele irá chamar para
serem os seus instrumentos? O povo cristão, mas tendo os crentes pentecostais
na sua base de nascimento e de anúncio.
Essa
questão será mais compreendida assim: naquele ano de 1903 quando o movimento
comunista-bolchevique nascia em Londres, ele que vinha sendo gestado no ventre
moderado menchevique, três anos depois nascia em Los Angeles o movimento
pentecostal. Como o movimento bolchevique que começara a se gestar no ventre
moderado menchevique, o movimento pentecostal começara a se gestar no ventre
moderado metodista, e naquele ano de 1906, na mediação de um negro filho de
ex-escravos Joseph William Seymour, então fez o seu nascimento. E quando nascia
o mesmo produzia imagens que deixava claro, claríssimo, que naquele casarão um
dia construído por negros metodistas para ser o seu lugar de adoração a Deus o
que se dava ali era a chegada de Jesus Cristo com o seu Reino, para começar a
governar as nações e os corações.
E
que imagens são estas que Adamir Gerson as associa diretamente com Jesus e com
o seu reinado? Ora, vivendo num país dominado pela descriminação, não só
apartheid social, mas também o racial, com muros de separação permeando a
sociedade e a cultura norte-americana, de repente pelo súbito derramar do
espírito e dos dons de línguas, para aquele casarão metodista começou a
convergir a diversidade cultural e social americana. E ali, na mediação de um
negro iletrado por nome Joseph William Seymour, portando a unção de Jesus
Cristo, então se abraçavam e se reconciliavam plenamente entre si, negros e
brancos, pobres e ricos, lavadeiras negras e patroas brancas, asiáticos e
mexicanos, jovens de todas as condições sociais e raciais se abraçavam e se
reconheciam como irmãos. Deveras, na mediação de Jesus naquele humilde e
simples lugar situado na Rua Azusa todos os muros de separação eram abolidos e
derrubados rente ao chão. Já não havia mais impedimentos. As coisas velhas se
fizeram novas.
O
que foi isto? Certamente que foi Deus derramando o socialismo espiritual, o
mesmo Deus que três anos antes derramara em Londres o socialismo material.
E
vale acrescentar que Deus naquele início do século XX derramou o socialismo
espiritual e derramou o socialismo material porque foi ele respondendo ao
clamor dos oprimidos. Os oprimidos estavam sofrendo a opressão material, mas
sofriam também a opressão espiritual. E Deus decidiu libertá-los integralmente,
na sua totalidade, sem mais deixar brecha para o pecado e para o sofrimento. E neste
momento iria emergir na superfície da História a razão única porque Jesus se
deixou martirizar na cruz, o fruto mais legítimo do seu sacrifício: Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande
multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos,
e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas
vestes brancas; e havia palmas em suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo:
Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.
(...). Apocalipse 7.9-17.
Ora,
como Deus age na tríade hegeliana – tese, antítese e síntese – revela as faces,
apartadas, separadas entre si, uma sem consciência da outra, mas depois derruba
entre elas os muros de separação e as reconcilia novamente em si, com elas se
reconhecendo osso do mesmo osso e carne da mesma carne, termos complementares
que se completaram, ora, o socialismo espiritual que então Deus derramou
naquele início de século naquele casarão metodista e que hoje é professado por
cerca de 400 milhões ao redor do mundo, perto de 40 milhões no Brasil, iria ser
de fundamental importância na construção de uma sociedade igualitária. Iria
chegar um momento em que o socialismo marxista iria se esgotar. O próprio
desenvolvimento do capitalismo iria frear o seu desenvolvimento, porque
fundamentado em motivos econômicos, uma vez que o desenvolvimento capitalista
iria diminuir a miséria a deixando num nível que dificulta a revolta social.
Quer
dizer, na esteira do desenvolvimento capitalista era o próprio espírito que se
desenvolvia, amadurecia. O espírito geral, que é reflexo sim de mudança no
espírito do tempo hegeliano. E um espírito que amadurece tende a querer
resolver os conflitos através do diálogo, com ambas as partes sendo ouvidas
para que a parte verdadeira tenha a sua verdade reconhecida pelo conjunto. O
que significa dizer que iria chegar um tempo em que a práxis da lei, da
Ditadura do Proletariado, iria perder o sentido. Não seria mais aceita como
mediação dos conflitos por um número cada vez maior de indivíduos, de todos os
estratos sociais. A democracia e a política de direitos humanos tinham
conquistado espaços que nada mais do que seria feito seria sem a sua mediação.
E
neste preciso momento de esgotamento da práxis da lei, da Ditadura do
Proletariado, então o condutor absoluto da Revolução, Javé, iria desencadear
uma nova práxis, pois, deveras, quando começara a luta já foi com um objetivo
claro, o estabelecimento de uma sociedade completamente nova, sem classes
sociais, sem explorados e sem exploradores. Uma sociedade em que indivíduo
algum se locupletaria no trabalho do próximo. Uma sociedade em que todo
excedente seria canalizado e redistribuído para o gozo único e exclusivo da
sociedade, segundo as necessidades de cada um. Deveras, a sua luta iria
continuar, todavia num novo patamar de existência, mesmo porque as condições
objetivas se tornaram completamente outras, exigindo re-fundação na base da
Teoria.
E
esta nova práxis ele a iria iniciar por dar um giro de 180 graus. Iria deslocar-se
de Londres, de onde nasceu, a práxis da Ditadura do Proletariado naquele ano de
1903, quando Lênin emergiu vitorioso sobre Plekhanov, para Los Angeles, de onde
nasceu o socialismo espiritual. De modo que iria tomar o núcleo central do
Marxismo, o socialismo, isto é, a sua materialidade, em si, desligada de
qualquer exterioridade que interferisse em si, e literalmente iria fecundá-la
naquele movimento de socialismo espiritual que então nasceu naquele ano de 1906
nos Estados Unidos, e que hoje é conhecido como Pentecostalismo. Destarte, o
edifício do socialismo iria agora ser levantado sobre o alicerce do socialismo
espiritual. Os ventos fortes que sopraram sobre o socialismo no final da década
de 80 e que o levou a queda não iriam mais ter poder sobre ele, porque agora
assentado numa rocha chamada Jesus Cristo, que confiou aos mansos, o povo
trabalhador, todo o seu comando e direção.
Verdade,
uma nova práxis iria surgir, sendo chamados para ela todos aqueles que são
depositário do amor. Que acreditam no poder da Educação, no poder da Palavra de
Deus, de criar um novo homem e uma nova sociedade. E certamente não somente o
povo pentecostal, mas também comunistas estariam na sua base de nascimento, a
chamar para a sua militância o resto da sociedade que é composta de homens e de
mulheres de boa vontade. A fim de trazer à prudência dos justos os injustos,
homens e mulheres que apenas pensam no ter, no ser, se esquecendo que se vive
em sociedade.
Deveras,
o socialismo de Atos, que criou uma comunidade onde todos tinham todas as
coisas em comum, cujo modelo de organização e de vivência impressionara tanto o
mundo antigo que até ricos se despojavam de suas riquezas para ter o privilégio
de desfrutar de um bem maior, sim, o socialismo de Atos, tanto tempo ausente,
eis que agora tem chegado o tempo dele novamente aparecer e tomar em suas mãos
a condução dos corações. E agora, por causa do novo tempo histórico e por causa
do progresso trazido pelas ciências humanas, com especialidade para a
psicologia, a sociologia e a economia, ele se tornará perene. Nasce neste final
de 2012 e será encontrado no ano de 2500, no ano de 3000, no ano de 5000,
porque ele é simplesmente a pedra que o profeta Daniel viu sendo arrancada do
monte, sem mãos, e sendo lançado contra a estátua, esmiuçando-o e se espalhando
para a terra inteira, enchendo-a como a um só monte – ver Daniel 2.34, 35, 44,
45; 7.27.
Santos do Supremo
Daniel
7.27 assim vaticina: E o reino, e o domínio, e a grandiosidade dos reinos
debaixo dos céus foram entregues ao povo que são os santos do Supremo. Seu
reino é um reino de duração indefinida e a eles é que servirão e obedecerão
todos os domínios.
Quem
são estes santos do Supremo? Simplesmente que o povo cristão e o povo
socialista. Sobre os seus ombros pairam as responsabilidades para a construção
de uma nova terra e de um novo homem, forjados no sacrifício da cruz cuja
semente foi semeada no coração da Terra-História no ato da ressurreição, regada
no sangue do martírio cristão nos coliseus de Roma e do martírio socialista nos
porões das ditaduras, e que agora chegou o tempo do aparecimento dos seus
frutos e do seu usufruto pela massa dos oprimidos.
Lênin e Seymour
Foi
falado que no começo do século XX, Deus respondendo ao clamor dos oprimidos,
que sofriam e carregavam todo o peso da opressão material, mas também sofriam e
carregavam todo o peso da opressão espiritual, então enviou o socialismo
material e o socialismo espiritual para a sua completa libertação. O socialismo
material através de Vladimir Iliytch Ulianov, o conhecido Lênin, e o socialismo
espiritual através de Joseph William Seymour um negro iletrado filho de
ex-escravos, que assim se referiram a ele aqueles que quiseram impedir a obra:
o que esse iletrado caolho, pensa que é?
Os
dois nasceram no mesmo ano de 1870 e viveram praticamente o mesmo tempo de
vida, Seymour pouco mais de 52 anos e Lênin, pouco menos de 54 anos (mas Adamir
Gerson que recebeu uma preparação para convergir os dois e os dois serem um só
na palma da mão de Deus e no coração das massas oprimidas nasceu no ano de 53).
Lembrando que os movimentos criados por Lênin e por Seymour, que ganharam a
designação de Comunismo e de Pentecostalismo respectivamente, nasceram
pequenos, mas cresceram; e cresceram tanto que se tornaram nos dois maiores
movimentos sociais do século XX.
Bem,
a pergunta a ser feita agora é esta: haveria entre os dois homens e os dois
movimentos por eles criados, que nasceram pequenos, mas cresceram, e cresceram
sobremaneira que se tornaram nos dois maiores movimentos sociais do século XX,
sim, haveria entre eles alguma ligação metafísica de modo que fariam sim parte
de um plano e propósito divinos?
São
muitos os mistérios a ser desvendado, e o mais lógico é que Lênin e Seymour, sim,
o movimento comunista e o movimento pentecostal foram na verdade gêmeos no
ventre de Deus. O seu Esaú e o seu Jacó.
Ora,
conhecemos a história dos irmãos gêmeos Jacó e Esaú, que em suas vidas tiveram
dois relacionamentos, que podemos dizer um pertenceu ao seu tempo de infância e
o outro ao seu tempo adulto. Tal foi falado porque na verdade o movimento
comunista e o movimento pentecostal tiveram entre si um relacionamento que
podemos dizer pertenceu ao seu tempo de infância. O antagonismo que
caracterizou o primeiro relacionamento de Jacó e Esaú foi o antagonismo que
caracterizou o relacionamento entre o movimento pentecostal e o movimento
comunista. O comunismo odiou o movimento pentecostal porque viu nele um
instrumento a serviço do capitalismo e do imperialismo americano; e o movimento
pentecostal odiou o movimento comunista porque viu nele o ateísmo militante com
a pretensão de banir Deus da terra e dos corações.
Mas,
sabemos que a Palavra de Deus depois de narrações sobre o relacionamento
infantil de Jacó e Esaú, trás narrações sobre o seu relacionamento adulto. De
fato, chegara o tempo de Jacó retornar para a sua terra natal, e a notícia foi
ouvida por Esaú que aprontou um exército de quatrocentos homens e foi ao
encontro de seu irmão.
E
quando se aproximaram, então Deus interveio, mudando por completo os seus
corações e as suas intenções beligerantes. Tocou o coração de Jacó que
humildemente curvou-se por terra, sete vezes, até se aproximar do seu irmão.
Então Esaú correu ao seu encontro e começou a abraçá-lo e a beijá-lo. E
romperam em pranto (Gênesis 33).
Destarte,
no relacionamento infantil Jacó e Esaú se odiaram, mas agora, no relacionamento
adulto, pela intervenção de Deus em suas vidas, Jacó olha em Esaú e vê a sua
face como se estivesse visto a própria face de Deus, e Esaú, em contrapartida,
sente um grande prazer em reencontrar o irmão.
Ora,
se é fato que o movimento pentecostal e o movimento comunista passaram por um
relacionamento que foi revivência do relacionamento infantil que tiveram os
dois irmãos gêmeos Jacó e Esaú, podemos dizer que tem chegado o tempo do
relacionamento adulto que então sobreveio no relacionamento de Jacó e Esaú
também se realizar na vida dos comunistas e dos crentes pentecostais?
De
modo que os comunistas receberão com prazer o movimento pentecostal, e os
pentecostais verão a face do comunismo como se tivessem visto a própria face de
Deus?
Façamos
uma rápida análise exegética sobre o texto em questão: Ele disse então: “Que
queres dizer com todo este acampamento de viajantes que encontrei?” A isso ele
disse: “A fim de achar favor aos olhos de meu senhor.” Esaú disse então: “Eu
tenho muitíssimos, meu irmão. Continue teu o que é teu.” No entanto Jacó disse:
“Não, por favor. Se agora tenho achado favor aos teus olhos, então tens de
tomar meu presente da minha mão, pois, em harmonia com seu objetivo, vi a tua
face como se visse a face de Deus, visto que me recebeste com prazer. Toma, por
favor, a dádiva que te foi trazida, expressando minha benção, porque Deus me
favoreceu e porque tenho tudo.” E continuou a instar com ele, de modo que a
tomou. Mais tarde, ele disse: “Partamos e vamos, e deixa-me ir na tua frente.”
Mas ele disse: “Meu senhor se apercebe de que os filhos são delicados, e que há
ao meu encargo ovelhas e gado vacum que amamenta, e se os fizeres andar de mais
por um só dia, então certamente morrerá o rebanho inteiro. Por favor, passe o
meu senhor adiante do seu servo, mas continue eu mesmo a viagem segundo a minha
conveniência, no passo do gado que está diante de mim e no passo dos filhos,
até eu chegar a meu senhor em Seir.”
Qual
o profundo significado de tanto Jacó como Esaú terem muitíssimo? Uma referência
à potência que se tornou tanto o movimento pentecostal como o movimento
comunista? Que não obstante nascerem pequenos, ao mesmo tempo, hoje se acha
representados em todos os lugares da terra, influenciando religião e política
com a sua força social? Uma potência mesmo, pois, deveras, não só o movimento
comunista veio a governar um terço da humanidade como o movimento pentecostal
soma hoje cerca de 400 milhões ao redor do mundo?
E
que dádiva é esta que foi trazida até Esaú por Jacó, com ele insistindo com o
irmão para que a tomasse? Esta dádiva trata-se mesmo do socialismo espiritual
que vem matematicamente e cientificamente corrigir todas as imperfeições do
socialismo de modo a torná-lo perfeito, como perfeito é o Reino de Deus? De
modo que todos os marxistas compreenderão claro que a queda do socialismo não
se deveu a nenhum prognóstico de Trotsky, ou a qualquer prognóstico deste ou
daquele intelectual marxista, envaidecidos por serem chamados pelos homens de “sábios”,
mas unicamente porque o Homem não sobrevive só tendo o alimento material ou só
tendo o alimento espiritual, mas da combinação intercalada dos dois, que
satisfaz a integridade de suas necessidades, como a combinação intercalada da noite
e do dia assegura a continuidade da vida no planeta Terra; e o socialismo
marxista, por limitação na base da teoria, inconsciente por parte de Marx,
consciente por parte de Deus, cuja outra face de Marx tinha depositado em Paulo,
e a face que faltou em Paulo, reconhecida por ele (ICoríntios 13.9), estava
agora depositando em Marx, sim, por falta da outra face, simplesmente o
socialismo espiritual, então as massas se rebelaram na sua necessidade
ontológica. Tendo sede do socialismo espiritual, e na sua falta, então
aceitaram a oferta da espiritualidade pagã-hedonista que escribas do
imperialismo, partindo dos Estados Unidos, sorrateiramente lhes ofereceram, pela
porta do fundo, sem tramela, desguarnecida, de modo a atiçar neles o gosto pelo
sensualismo, o luxo, as vitrines de indumentária espalhafatosas, o consumismo
de superficialidades, coisas que naturalmente combina com o capitalismo e não
com o socialismo. De modo que esta espiritualidade, negação da espiritualidade
cristã, que, como já dito, clama pela materialidade do socialismo, começou a
indispô-lo cada vez mais com o socialismo, e a fazê-los querer cada vez mais o
capitalismo. Até que a uma derrubaram o muro e foram para o outro lado, para
satisfazer as suas bestialidades. Fato este profetizado na Palavra de Deus:
Quando Jesurum começou a engordar, então deu coice. Engordaste, engrossaste,
ficaste empanturrado. De modo que abandonou a Deus, que o fez, E desprezou a Rocha
da sua salvação. Com deuses estranhos começaram a provocá-lo ao ciúme;
Ofendiam-no com coisas detestáveis. Foram oferecer sacrifícios a demônios, não
a Deus, A deuses que não conheciam, Novos, que entraram recentemente, Com os
quais os vossos antepassados não estavam familiarizados. Passaste a esquecer-te
da Rocha que te gerou, E começaste a excluir Deus da memória, Aquele que te
produziu com dores de parto. Quando Javé o viu, então veio a desrespeitá-los,
Pelo vexame causado por seus filhos e suas filhas. Portanto, ele disse: Esconda
eu deles a minha face, Veja eu qual será seu fim posterior. Pois são uma
geração de perversidade, Filhos em que não há fidelidade. Eles, da sua parte,
me provocaram ao ciúme com aquilo que não é deus; Vexaram-me com os seus ídolos
vãos; E eu, da minha parte, os provocarei ao ciúme com aquilo que não é povo;
Ofendê-los-ei com uma nação estúpida (...), Deuteronômio 32.15. E isto
profetizado na Palavra de Deus é uma verdade nua e crua, pois que realmente ofenderam
a Deus com coisas detestáveis e foram mesmo oferecer sacrifícios a demônios,
posto que à época e no calor dos acontecimentos então o jornal Folha de São
Paulo estampou matéria com foto daquela multidão que pularam o muro e se
passaram da Alemanha socialista para o lado da capitalista. E eis que a foto trazia
uma multidão de berlinenses que acabara de pular o muro fazendo filas, que
dobravam quarteirões, para entrarem em um shopping-sex que então na Alemanha
capitalista exibia espetáculo de streap-tease. E na fila estava uma multidão de
jovens, mas também de velhos e de velhas, ávidos da novidade que nunca tinham
presenciado no lado comunista, pois então expressamente proibido como fruto da
decadência burguesa. E o que dizer de sacerdotes cristãos que ficaram felizes
ao verem eles com picareta na mão valentemente derrubando o muro e
desabaladamente se passando para o outro lado, com estes sacerdotes dizendo que
eles estavam indo para a liberdade? É o cumprimento da Palavra de Deus que diz
que o mundo jaz no poder do Maligno? O cumprimento magistral de IITimóteo 3?
Prosseguindo.
E qual o profundo significado que depois de muitas hesitações Esaú finalmente
tomou a dádiva das mãos de Jacó? Por ventura que os comunistas, depois de
muitos vai e vem, acabarão se conscientizando que são na verdade um ser
incompleto, parcial, e que se tornam completo de fato na adição às suas vidas
do socialismo espiritual? Da espiritualidade cristã e de nenhuma outra, como
assim pensou o marxista Ernst Bloch? De modo que então irão mesmo trocar todas
as ferramentas da Ditadura do Proletariado, que lhe trouxe muitas vitórias –
mas ela mesma as devorou – pelas ferramentas do socialismo espiritual,
confiando que a sua luta continuará com estas novas ferramentas, e agora não só
os campos da América Latina e África, mas também os campos da Europa se
encherão de socialismo? Caiu na Rússia, mas se levantará numa força muitíssima
maior, avassaladora, cobrindo os campos da América Latina e África, e depois de
passar pela Ásia e Oriente Médio e os envolver no seu manto, chegará finalmente
aos próprios portões dos Estados Unidos? O cumprimento de milenares profecias,
agora finalmente o fim do capitalismo, como viu João na Ilha de Patmos, o mar
já não é? E eu vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra
anterior tinham passado, e o mar já não é? (Apocalipse 21).
E
qual o profundo significado de Esaú ter dito para Jacó: Partamos e vamos, e
deixa-me ir na tua frente? Mais ainda, e o significado de Jacó ter seguido na
retaguarda de Esaú, devagar, porque tinha aos cuidados não só o gado vacum que
amamentava, mas também as criancinhas com as suas mães, de modo que não podia
apertar os passos?
Por
ventura que por ter consigo todo o peso da experiência política, da luta
revolucionária, os marxistas terão sob sua responsabilidade a condução política
do socialismo celestial? Como os valentes de Jah que atravessaram o Jordão na
frente dos seus irmãos a fim de ajudá-los a terem também a sua herança, de
igual modo os marxistas na luta política do socialismo celestial atravessarão
na frente a fim de ajudar os cristãos a terem também a consciência do
socialismo? E o sentido de Jacó ter seguido atrás, devagar, porque tinha de
cuidar das criancinhas e do gado vacum que amamentava é que o movimento
pentecostal terá sob si a responsabilidade da retaguarda, com o socialismo
espiritual cada vez mais livrando os corações do egoísmo e do desejo ardente do
ter e do ser, desta forma, semeando nos corações o amor revolucionário,
preparando, assim, as condições para que as estruturas materiais da sociedade
sejam transformadas em estruturas cada vez mais socialistas, sem qualquer
violência, unicamente pelo poder transformador e regenerador do Evangelho?
O Sonho Profético
Por
volta do ano de 2003, 2004 Adamir Gerson se achava na igreja Obras do Espírito
Santo. Fora ali levado por Deus para que falasse para seu dirigente, pastor
Luis Baldez, sobre as boas novas. E por esses dias chegou à Igreja a jovem
Joseane vinda da igreja Nova Jerusalém.
Assim
que tomou assento narrou um sonho que tivera naqueles dias.
Contou
que vira em sonho uma caminhada acontecendo no centro de Presidente Prudente.
Uma multidão imensa caminhava no seu centro em direção do Parque do Povo. E
quando a multidão ia entrar no Parque do Povo, pela sua porta de entrada, eis
que ali estavam clérigos que discutiam entre si e se perguntavam: quem deu
poder para estes fazerem isto? E a grande multidão finalmente entrou no Parque
do Povo e foi se postar diante de um grande palanque ali armado ocupado por
ministros da Palavra de Deus.
Narrando
o sonho, ela dizia que a grande multidão que viu caminhando no centro da cidade
era composta de católicos e de evangélicos, mas os católicos eram maioria;
quanto aos ministros da Palavra de Deus que estavam no palanque eram padres
católicos e pastores evangélicos, mas os pastores evangélicos eram maioria.
Bem, o que seria esta caminhada vista em sonho pela jovem Joseane? Por
ventura que ela viu em sonho as duas linhas de vida que saem da mão de Jesus,
conforme vaticinado pelo profeta Habacuque, sim, o socialismo espiritual que
depositou no espírito de Paulo apóstolo no caminho de Damasco e que voltou a
depositar novamente no movimento pentecostal, e o socialismo material, que deu
aos escravos saídos do Egito no deserto, segundo Êxodo 16.18, e que voltou a
dar novamente ao movimento marxista, de modo que neste dia as duas linhas de
vida que saem da mão de Jesus se encontrarão e juntas atravessarão o Jordão
espiritual?
O que seria mesmo esta caminhada? Por ventura que no final do ano de
2012 uma grandíssima caminhada, com as cores e a força da escatologia,
aconteceria na cidade de Presidente Prudente, de modo que neste final de ano,
para esta cidade do oeste paulista, convergirá homens e mulheres que estão nas
duas linhas de vida que saem da mão de Jesus? Que pode sim ser a manhã de 30 de
dezembro, manhã de ressurreição? Pois, como diz a música profética – e tu
virias numa manhã de domingo; eu te anuncio nos sinos das catedrais?
E eis que é o dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma linda manhã... E
uma multidão imensa, vinda de todas as partes do Brasil, de muitas partes da
terra, está na Baixada da Decisão. Ouviram o chamado: Acudi e vinde, todas as
nações ao redor, e reuni-vos. Àquele lugar faze baixar os teus poderosos, ó
Javé. Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde, descei, porque o
lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão realmente transbordando;
porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente, massas de gente
estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Javé na baixada da
decisão (1).
E vieram para a Baixada da Decisão, para o dia em que Deus iria
desembainhar da cintura a espada de sua Palavra e iria lançar a escolha para
esta multidão desorientada que está dançando em torno do Bezerro de Ouro: Os
que estão do lado de meu filho Jesus, a mim!(2)
Sim, uma multidão imensa de todas as partes do Brasil, e de muitas
partes da terra, que então acorreria para Presidente Prudente a fim de ouvir o
som estridente que se levanta de suas ruas: Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, e
ela se tornou moradia de demônios, e guarida de toda exalação impura, e guarida
de toda ave impura e odiada. Pois todas as nações caíram vítimas por causa do
vinho da ira de sua fornicação, e os reis da terra cometeram fornicação com
ela, e os comerciantes viajantes da terra ficaram ricos devido ao poder de sua
impudente luxúria (3). Como cessou aquele que compelia outros a
trabalhar, como cessou a opressão! Javé destroçou o bastão dos iníquos, a vara
dos governantes, aquele que incessantemente golpeava povos em fúria com um
golpe, aquele que subjugava nações em pura ira, com perseguição sem freio. A
terra inteira chegou a descansar, ficou sossegada. As pessoas ficaram animadas,
com clamores jubilantes. Até mesmo os juníperos se alegraram de ti, os cedros
do Líbano, dizendo: Desde que te deitaste, não sobe contra nós nenhum
lenhador (4).
E eis que é o dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma manhã... A manhã
do Milênio... E uma multidão imensa, vinda de todas as partes do Brasil, de
muitas partes da terra, está na cidade de Presidente Prudente, ocupando as suas
avenidas, com os seus tambores, as suas bandeiras, e os seus muitos cânticos. E
de repente alguém grita, no meio da multidão: Eia lá vem! E todos esticam o
pescoço para ver o que lá vem, e eis que todos avistam vindas as forças dos
reis do nascente do sol (8) com a missão de começar em cima da terra o reinado
de Jesus Cristo no lugar do reinado de homens, que trouxe proveito para poucos,
mas lágrima, dor e sofrimento para a imensa maioria.
E lá vem. E na frente de todos eis que aparecem jovens empurrando uma
grande roda e nela os dizeres: 2012: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA
A TERRA E A GOVERNARIA. No centro da grande roda, o número 2012, e em cima,
circundando, os dizeres: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A
GOVERNARIA, e embaixo, completando o círculo, os dizeres, OS TRABALHADORES
E atrás seguem jovens em cima de uma caminhonete que veio de Estrela do
Norte levando três estandartes, os estandartes de Paulo e de Marx ladeando o
estandarte de Jesus Cristo. Sim, os estandartes da igualdade espiritual e da
igualdade material ladeando o Doador da Vida.
E quando a camionete passa levando os estandartes de Paulo, e de Jesus,
e de Marx eis que logo atrás vêm jovens empurrando um carrinho; e em cima do
carrinho um livro aberto com os dizeres, deste lado: EDUCAÇÃO, e do outro lado,
EVANGELHO. E os jovens que empurram o carrinho são deste lado, um jovem
evangélico, e daquele lado, um jovem católico, mas no meio deles um jovem
socialista, com os três jovens seguindo pelas avenidas de Presidente Prudente
empurrando o carrinho.
E quando os jovens passam empurrando o carrinho, eis que atrás deles vem
um carro alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao fundo se levanta uma grande
réplica de Jerusalém se expandindo a partir do Muro das Lamentações e tendo o
Muro das Lamentações em destaque. E deste lado de cá aparece em grande destaque
a Mesquita de Omar com o ouro que cobre seu domo sendo visto em todo seu resplendor,
beleza e grandeza sempiternos. E do lado de lá, em grande destaque, aparece a
Sinagoga de Ramban. E entre a Mesquita de Omar com o Domo da Rocha prendendo as
atenções e a Sinagoga de Ramban aparece, então, em grande destaque, a Basílica
do Santo Sepulcro. Mesquita, Basílica e Sinagoga uma ao lado da outra. E no
alto, encimando, em forma de arco que cobre toda a extensão, eis que se lê a
inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E em cima do carro alegórico seguem
crianças palestinas, judias e cristãs em suas respectivas indumentárias,
conversando entre si e cantando cânticos tradicionais e pertinentes, cristãos,
palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo cântico. E o maestro está junto a
elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.
E o carro alegórico, em toda a sua riqueza, segue pelas avenidas de
Presidente Prudente, e eis que na sua frente segue três jovens montados cada
qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte que segue pelas
avenidas da cidade girando em suas mãos. E o jovem do lado de cá, em
indumentária palestina, e com o dorso do cavalo coberto do vermelho, do
vermelho cetim, leva ao ombro um grande estandarte que girando em suas mãos
então faz aparecer dum lado a figura de Esaú, mas do outro lado a figura de
Yasser Arafat. Quanto ao jovem que vai do lado de lá, em indumentária hebraica,
e com o dorso do cavalo coberto do branco, do branco cetim, ora, quando gira o
estandarte em suas mãos eis que de um lado aparece a figura de Jacó, mas no
outro lado a figura de Yitzhac Rabin. E os dois jovens, palestino e judeu,
seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando um jovem cristão que
segue pelas suas avenidas levando ao ombro um grande estandarte, que quando
gira em suas mãos então dum lado aparece a figura de Isaque, mas do outro lado
a figura de Jesus. E o dorso deste cavalo está coberto do rosa, do rosa cetim.
E o que sucede é que quando passa pelas suas avenidas a camionete que
veio de Estrela do Norte trazendo os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de
Marx; passa os três jovens empurrando o carrinho que leva em cima um livro
aberto com os dizeres EDUCAÇÃO e EVANGELHO, sim, o que sucede é que assim que
acaba de passar o caminhão alegórico levando em cima crianças judias,
palestinas e cristãs, então a multidão que os presenciara não se contém e
exclama: Vede! É a Arca do Pacto! Do Pacto novo que Deus selou com seu filho
Jesus! Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó
Glória... Já não seremos mais explorados; nem material e nem espiritual, mas o
Cordeiro que está no meio do trono nos pastoreará e nos guiará para as fontes
de águas da vida. E ele enxugará de nossos olhos toda lágrima, e não teremos
mais fome, e nem sede, e nem sol ou calor abrasador cairão mais sobre nós. Ô Glóóóóóóória!!!
E o grande exército de Deus, sim, há um povo numeroso e poderoso;
semelhante a ele não se fez existir nenhum, desde o passado indefinido, e
depois dele não haverá mais nenhum até os anos de geração após geração. Adiante
dele um fogo devora e atrás dele uma chama consome. Adiante dele a terra está
como o jardim do Éden; mas atrás dele é um deserto desolado, e também se
mostrou que dela nada escapa. Sua aparência é como a aparência de cavalos
e correm como corcéis. Saltitam como que com o ruído de carros nos cumes
dos montes, como que com o ruído dum fogo chamejante que devora o restolho. É
como um povo forte, posto em ordem de batalha. Por causa dele, povos terão
dores agudas. Quanto a todas as faces, certamente ficarão coradas de excitação.
Correm como homens poderosos. Sobem a muralha como homens de guerra. E vão,
cada um, nos seus próprios caminhos e não trocam de veredas. E não empurram um
ao outro. Prosseguem andando assim como o varão vigoroso no seu rumo; e se
alguns caírem mesmo entre os projéteis, os outros não interrompem o avanço.
Investem para dentro da cidade. Correm sobre a muralha. Sobem às casas. Entram
pelas janelas como o ladrão. Diante dele a terra ficou agitada, os céus
tremeram. Mesmo o sol e a lua ficaram escuros e as próprias estrelas
recolheram a sua claridade. E o próprio Javé certamente fará ouvir a sua voz
perante a sua força militar, pois o seu acampamento é muito numeroso. Pois,
aquele que cumpre a sua palavra é forte; porque o dia de Javé é grande e muito
atemorizante, e quem poderá resistir nele? Sim, e o grande exército de Deus,
que o profeta Joel viu saindo para a sua ação, em toda a terra, partindo de um
lugar, segue pelas avenidas de Presidente Prudente arrebatando e extasiando a
grande multidão. Que bate no peito e diz: eu militarei nele! Serei um dos seus
soldados valorosos, investindo para dentro da cidade, correndo sobre a muralha,
subindo às casas, e entrando pelas janelas como o ladrão.
E o que sucede é que quando a multidão acaba de exclamar: Ô Glóóóóóóória!!!
E passa o carro alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e cristãs
então a multidão vê passar em seguida novo quadro que é mais uma jóia na coroa
do Senhor. E eis que vêm quatro jovens carregando ao ombro quatro grandes
estandartes. Na frente segue um estandarte, mas, atrás, guardando distância de
seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca
do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de
alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três
estandartes um ao lado do outro. E os três estandartes que segue atrás, seis
passos atrás, ora, deste lado de cá segue o grande estandarte de Madre Tereza
de Calcutá, no ombro de uma jovem, e do lado de lá o grande estandarte de
Chiara Lubich. Mas entre as duas jovens que levam ao ombro os estandartes de
Madre Tereza de Calcutá e de Chiara Lubich eis que segue uma jovem levando ao
ombro o grande estandarte de Zilda Arns. E as três jovens seguem pelas avenidas
de Presidente Prudente guardando distância de seis passos, da jovem que vai à
frente levando ao ombro o grande estandarte de Dorothy Stang.
E quando essa jóia da coroa régia do Senhor passa pelas suas avenidas
eis que a multidão vê passar nova jóia da coroa do Senhor. E eis quatro jovens
levando ao ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um jovem levando
ao ombro seu grande estandarte, e atrás dele, guardando distância de seis
passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do
Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de
alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três jovens
levando ao ombro seu grande estandarte. Um ao lado do outro. E eis que deste
lado segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu,
e do lado de lá segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte de Nelson
Mandela. E os dois grandes estandartes seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente ladeando o grande estandarte de Martin Luther King, que segue pelas
suas avenidas nos ombros de um jovem batista negro. E os três jovens, levando
os estandartes do Bispo Desmond Tutu, e de Martin Luther King, e de Nelson
Mandela, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando a distância de seis
passos do jovem que vai à frente levando ao ombro o grande estandarte de Mahtma
Gandhi.
E quando passarem os jovens levando ao ombro o grande estandarte do
Bispo Desmond Tutu, e de Nelson Mandela, e de Martin Luther King, e de Mahatma
Gandhi, eis que a multidão vê agora passar aos seus olhos dois jovens montados
cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte. E os
estandartes seguem girando em suas mãos. E o que sucede é que quando o jovem do
lado de cá passa pelas avenidas de Presidente Prudente girando o seu estandarte
então em um lado a multidão vê o rosto de João XXIII, mas no outro lado vê o
rosto de John Wesley, com os rostos de João XXIII e de John Wesley
intermitentemente se manifestando aos seus olhos. E quando o jovem do lado de
lá gira o estandarte em sua mão então a multidão vê de um lado o rosto de Che
Guevara, mas no outro lado vê o rosto de Francisco de Assis. E os rostos de
João XXIII e de John Wesley, e de Che Guevara e de Francisco de Assis se
mostram intermitentemente aos olhos de toda a multidão, como se fossem a sua
noite e o seu dia.
E quando passarem os jovens montados em seus cavalos brancos, levando ao
ombro os dois grandes estandartes que seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente girando em suas mãos, e fazendo alternar aos olhos da multidão João
XXIII e John Wesley, Che Guevara e Francisco de Assis, eis que a multidão vê
passar atrás deles dezenas e dezenas de jovens que levam ao ombro os
estandartes daqueles que João viu por debaixo do altar clamando vingança pelo
seu sangue derramado (5). E eis que são dezenas e dezenas de jovens
levando ao ombro os estandartes daqueles cristãos que sofreram martírio nas
mãos de Roma pagã. E o seu número é incontável, sendo incontável o número dos
seus estandartes, pois, deveras, cada estandarte leva o nome de um daqueles
mártires que na defesa de sua fé sofreu horrores à mão de homens violentos e de
feras famintas. E na frente de todos eles seguem três jovens levando em suas
mãos ramalhetes com rosas brancas.
E as dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os seus estandartes. E eis que a multidão vê entre
seus estandartes os estandartes dos apóstolos de Jesus que foram martirizados.
Todos eles estão ali nos ombros dos jovens para receberam a coroa de glória que
um dia foi-lhes prometido. Todos eles estão ali, desde Estevam ao último dos
apóstolos martirizado, André. E entre eles, no meio deles, dezenas e dezenas de
jovens carregam ao ombro o estandarte de um cristão que teve a sua vida ceifada
por não permitir que valores éticos e morais fossem subjugados por valores de
duvidosa qualidade, que tinham o poder de satisfazer o ego e a voracidade do
corpo, jamais o espírito.
É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos
mártires do cristianismo que desfilam pelas avenidas de Presidente Prudente. De
modo que se podem ver no meio deles, entre os estandartes dos apóstolos de
Jesus, eis os estandartes de Policarpo, e de Bárbara de Nicomédia, e de
Anastácio de Sirmiuns, e de Demétrio Tessalonico, e de Perpétua e de
Felicidade, e de Inês, e de Agatonice, e de Sinforosa, e de Justino, e de
Teodoro de Heracléia, e de Catarina de Alexandria, e de Cristina de Bolsene, e
de Irene, e de Clemêncio, e de Flávia Domitila, e de Blandina, e de Inácio, e
de Leônidas, e de Pantaleão de Nicomédia, e de Teodósia, e de Procópio de
Citópolis. A verdade é que se para cada mártir cristão houvesse um
representante em Presidente Prudente com certeza todas as suas ruas seriam
insuficientes para abrigar o seu número, tão grande foi o número dos mártires
que morreram na defesa da fé cristã.
E o que sucede é que quando passarem os três jovens levando nos braços
ramalhetes com rosas brancas, e sendo seguido por uma multidão incalculável de jovens
levando ao ombro o estandarte de um cristão martirizado sob o domínio de Roma
pagã, eis que agora multidão vê passar diante dos seus olhos os estandartes
daqueles que João viu completando o número dos mártires cristãos, e que foram
chamados por ele de co-escravos e de co-irmãos, que iriam ser mortos como foram
aqueles que debaixo do altar clamavam vingança pelo seu sangue (6).
E diante dos olhos da multidão agora passa os estandartes dos mártires
do socialismo. É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes
dos mártires do socialismo que passam perante os olhos da multidão. Desde os
mártires que morreram lutando na Comuna de Paris, passando pelos mártires de
Chicago, e pelo martírio do casal Rosemberg em Nova Yorque, e pelo martírio de
Che Guevara na Bolívia, até chegar no martírio de Dorothy Stang no Brasil, é
incontável o número dos mártires pelo socialismo, que sofreram todo tipo de
violência desde ser afogado na água até ser amarrado pelos pés e ser arrastado
pelas ruas da cidade por automóveis conduzidos por homens enfurecidos.
E dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os estandartes dos mártires pelo socialismo, cujo
número foi tão grande como foi o número dos mártires pelo cristianismo. E na
frente deles seguem três jovens levando nos braços ramalhetes com rosas
vermelhas.
E eis que a multidão nas avenidas de Presidente Prudente vê agora passar
os mártires pelo socialismo, que necessário se fez morrer para que se
completasse o número dos seus co-escravos e co-irmãos que foram mortos sob Romã
pagã e eles então fossem vingados. Eis que a multidão vê jovens levando ao
ombro os estandartes de Stuart Angel, e de Carlos Mariguela, e de Alexandre
Vanucci Lemes, e de Vladimir Herzog, e de Manuel Fiel Filho, e de Santo Dias, e
de Chico Mendes, e de Olga Benário, e de João Bosco Penido, e de Pe. Ezequiel
Ramin, e de Dom Oscar Romero, e de Pe. Josimo Tavares, e de Frei Tito, e de
Ranúsia Alves Rodrigues, e de Manoel Lisboa, e de Rosa Luxemburgo e Karl
Liebknecht, e de Carlos Lamarca e de Iara Yavelberg, e de Zequinha Barreto. Se
todas as ruas de Presidente Prudente são pequenas demais para abrigar os
estandartes dos mártires cristãos são também pequenas para abrigar os
estandartes dos mártires pelo socialismo. Milhões foram mortos pela causa do
cristianismo, e milhões foram mortos pela causa do socialismo, todavia era no
martírio dos seus milhões que um novo mundo estava sendo forjado.
E quando passarem os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires
pela causa do cristianismo e passar os jovens levando ao ombro os estandartes
dos mártires pela causa do socialismo, eis que atrás deles, logo atrás, seguem
jovens levando ao ombro os estandartes das grandes religiões monoteístas.
E atrás deles seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes
doutrinas espiritualidades, dedicadas à caridade e a minorar o sofrimento
daqueles que não tem a quem clamar, tanto as que estão no oriente como as que
estão no ocidente.
E atrás dos jovens levando os estandartes das religiões monoteístas e
das doutrinas espiritualistas eis que seguem jovens levando em seus ombros os
estandartes de todas as denominações religiosas, quer as pertencentes ao campo
evangélico quer as pertencentes ao campo católico. Todas elas, nas suas
centenas, que sentiram em seus seres que realmente os seus corpos foram
mergulhados nas águas do Mar Vermelho espiritual e que agora chegou o tempo de
mergulhá-los nas águas do Jordão espiritual indo diretamente para ocupar as moradas
eternas que o Cristo da cruz um dia disse iria as preparar para os seus.
E atrás dos jovens levando em seus ombros os estandartes de suas
respectivas denominações religiosas eis que seguem os povos da floresta, as
suas inúmeras tribos, todas elas nas suas mais ricas indumentárias. E seguem
pelas avenidas de Presidente Prudente com os seus chocalhos e as suas danças e
os seus cânticos.
E atrás dos povos da floresta então segue o caminhão levando os homens e
mulheres, que por terem se dedicado ao serviço com os pobres, por terem lutado
para arrebatar os pobres da mão do opressor, que sem medo enfrentaram as forças
das trevas e do terror, sim, seguem os homens e mulheres que neste dia, quando
estiverem no grande palanque armado ali no Parque do Povo visto em sonho pela
jovem Joseane, hão de ouvir: Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu
Pai. Herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei
com fome, e vós me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes
algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava
nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na
prisão, e vós me visitastes.
E o que sucede é que quando a multidão entrar no Parque do Povo e após
discursos, então chegará o momento da simbólica chuva de rosas, uma justa
homenagem que será prestada a todos aqueles que lutaram e foram martirizados
tanto pelo cristianismo como pelo socialismo. E aqueles três jovens que
seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo cristianismo então
lançarão ao alto os ramalhetes de rosas brancas em suas mãos numa justa
homenagem a todos os mártires do cristianismo. E quando subirem e
descerem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo então dedos femininos começarão
a retirar das cordas do violino o som divino do hino MAIS ALVO QUE A NEVE. E a
multidão, na alegria do espírito, canta MAIS ALVO QUE A NEVE. Em seguida será a
vez dos três jovens que seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo
socialismo lançarem ao alto os seus ramalhetes com rosas vermelhas numa justa
homenagem aos mártires do socialismo. E quando subirem e descerem ao olhar de
todo o povo então dedos masculinos começarão a retirar do violino o som da
música Vermelho, que o Brasil inteiro cantou com Fafá de Belém.
E sucederá que quando todos no Parque do Povo acabar de cantar Vermelho,
então os seis jovens se abaixarão e apanharão os seus ramalhetes. E juntos os
lançarão ao alto, os ramalhetes com rosas brancas e os ramalhetes com rosas
vermelhas, numa justa homenagem aos mártires do cristianismo e aos mártires do
socialismo. E enquanto sobem e descem ao olhar de todo o povo no Parque do
Povo, então os dedos femininos e masculinos começarão a retirar do violino o
som divino da música Rosa de Sarom com todos no Parque do Povo cantando: Uma
cortina se abriu e surgiu / Um cavalo e mil cavaleiros / Brancos, vermelhos
armados, armados / Do riso inocente que faz despertar / Pisando firmes na terra
/ Abrindo seu ventre fazendo brotar / Uma canção que só fala de amor / Que só
diz que a vida já vai começar / Do trigo somos a sua brancura / E da videira o
seu vermelhão / O branco da paz, o vermelho da vida / Somos a rosa – a Rosa de
Sarom
E enquanto dedos masculinos e femininos retiram do violino o som divino
da música Rosa de Sarom (7), ao seu som, então chegou o grande
momento de todos no Parque do Povo participar da Ceia Nova, da Ceia especial,
que Jesus, por ocasião da última ceia (8), disse só voltaria a
participar dela quando aparecesse nova, no reino de seu Pai, junto com seus
discípulos.
E todos no Parque do Povo levam à boca um pedaço de pão e um cálice de
vinho, com o pão e o vinho tendo um novo sentido em suas vidas, não mais apenas
lembrar-se do sacrifício de Jesus na cruz, mas saber que no seu sacrifício
estava a redenção completa do ser humano, tanto a redenção espiritual que trás
igualdade espiritual como a redenção material que trás a igualdade material.
Igualdade espiritual e igualdade material que Ele cuidou em construir no devir
histórico, primeiro com Paulo, e depois, quando a História no seu movimento
real saiu do tempo teológico-espiritualista e entrou no tempo
antropológico-materialista, seguindo a curvatura da história e que se deu com e
a partir do Renascimento, ora, então na plenitude dos tempos materiais ele
cuidou em construir a sua redenção material com o judeu Marx.
E a multidão no Parque do Povo participa da Ceia Nova de Jesus, que se
manifesta em conexão com o seu novo nome (9). E o perfume universal
da sua paz e da sua justiça sobe do chão do Parque do Povo e é levado pelo
vento para os quatro cantos da terra, a fazer morada e a fincar raízes em todos
os corações e em todas as mentes.
E a multidão se despede do Parque do Povo cantando a música do Geraldo
Vandré PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES. Voltam para as suas casas com a
certeza de que a Semente terá de ser semeada em todos os corações, em todas as
mentes, na sua casa, na sua vizinhança, no seu bairro, na sua cidade, no seu
estado, na sua nação, no seu continente, na terra inteira, pois, deveras, é
esta a Semente que o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem o auxílio
de mãos, e feriu a estátua a esmiuçando, e se espalhando para a terra inteira e
a enchendo como a um só monte (10).
Wilson de Luce
Ora,
como o plano de Deus é que tudo aconteça para o mundo a partir de Presidente
Prudente, foi aqui que Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico naquele ano
de 1978 e foi aqui que a jovem Joseane viu em sonho a grande manifestação
escatológica do Reino, ora, ultimamente Deus tem feito uma obra que pode ser
dito já a sua presciência. Como o seu plano é o de unir o povo socialista com o
povo cristão em um só corpo, para que seja um só rebanho e tenham um só pastor,
Jesus Cristo de Nazaré, ora, ultimamente Deus tem despertado um grupo de
crentes e de comunistas aqui na cidade de Presidente Prudente. Jovens
comunistas que se tornaram crentes e crentes que se tornaram comunistas.
Estamos falando de Wilson de Luce, jovem professor universitário na Faculdade
Toledo de Ensino e que um marxista que se despertou para o evangelho de Jesus
Cristo. E de jovens como Jailton, Danilo, Thiago, Juliana, crentes que se
despertaram para a obra social e revolucionária do judeu Karl Marx.
Ora,
se foi falado sobre a jovem Joseane que viu em sonho uma grande caminhada
acontecendo na cidade de Presidente Prudente, certamente que escatológica,
avassaladora, que marca o momento em que não somente os reinos do mundo passam
a ser reinos de nosso Senhor e do seu Cristo como também um momento em que o
Diabo passa a ter grande ira, pois então lhe ficou claro que lhe resta um curto
período de vida (Apocalipse 12.10-12), estes jovens mencionado já não poderão
ser Deus tomando as medidas para realizar a grande obra? Eles como estando na
sua base de organização e de chamamento?
O Casamento do Filho do
Rei
Mateus
22 trás a parábola do casamento do filho do rei contada por Jesus antecipando a
chegada do reino dos céus e de que como seria. Depois de enviar seus escravos a
chamar seus convidados de honra, um após outro, e todos eles se negarem ao seu
chamado de modo que indiferentes foram embora, uns para seu próprio campo,
outros para seu negócio comercial, o rei então teve um repente de mudança de
modo que disse aos seus escravos: Ide, portanto, às estradas que saem da cidade
e convidai a qualquer que achardes para a festa de casamento.
O
que é isso? Simplesmente que os evangélicos pentecostais são sim os anjos que o
Filho do homem enviaria com grande som de trombeta para ajuntar os seus
escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até a outra
extremidade deles.
O
que é isso mesmo? Que sairão a chamar todos para a grande manifestação
escatológica debaixo dos céus, aqui na cidade de Presidente Prudente. Chamarão
os católicos carismáticos, mas chamarão também os católicos da Teologia da
Libertação; chamarão os líderes sindicais; os movimentos sociais; os grêmios
estudantis; os líderes políticos com compromisso com a libertação do povo
pobre. Que as bandeiras vermelhas, do vermelho da vida, ao lado das bandeiras
brancas, do branco da paz, tremulem pelas avenidas de Presidente Prudente no
grande dia. Quanto aos jovens mencionados eles deverão sim focar na UJS e nos
líderes do Partido Comunista do Brasil, e estes, por sua vez, focar nos grêmios
estudantis.
Ao Pastor Luiz Baldez
E
Pastor Luiz Baldez pode sim fazer um trabalho maciço entre todos os pastores
pentecostais da cidade de Presidente Prudente e região e a todos os obreiros enviando
a cada deles uma cópia deste escrito e os chamar para um encontro. O dia? O dia
pode sim ser o dia 12 de outubro do ano de 2012. Tem-se pela frente cerca de
vinte dias de modo que há tempo suficiente para enviar as cópias para todos
eles. A leitura do trabalho é de uma hora e a decisão já vem no ato, pelo sim
ou pelo não. Pois é sabido que os mornos serão vomitados na chegada do grande
dia.
E
pastor Luiz Baldez pode sim fazer uma corrente pedindo para todos que enviou o
trabalho que repassem o mesmo para pessoas que conhecem; e que é do seu
contato. Graça e paz
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(1)--Joel 3.11-14
(2)--Êxodo 32.26
(3)--Apocalipse 18
(4)--Isaías 14.1-8
(5)--Apocalipse 6.10
(6)--Apocalipse 6.11
(7)--A música Rosa de Sarom na
verdade é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de
Amor, que por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que
se trata de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu
compositor o mais aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo
como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o
compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e
belíssima, e intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um
propósito divino, Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma
letra que julga pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que
teve a música austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para
a cultura portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo
clássico lusitano.
(8)--Mateus 26.26-29
(9)--Apocalipse 3.12
(10)--Daniel 2.44
(10)--Daniel 2.44
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