PROJETO PRESIDENTE PRUDENTE -
ATRAVESSANDO O JORDÃO
(O DIA DA VITÓRIA - A GRANDE
CAMINHADA)
“(...) E saí cantando meu pequeno hino; Quando vi
que alguém também cantava; Vi minha esperança na voz de um menino que sorrindo
me acompanhava; Outros que brincavam mais além deixavam de brincar pra vir
também; E cada vez crescia mais aquele batalhão de paz; Onde já marchavam mais
de cem; De todos os lugares, vinham aos milhares, e em pouco tempo eram
milhões; Invadindo ruas, campos e cidades, espalhando amor aos corações; Em
resposta o céu se iluminou; Uma luz imensa apareceu; Tocaram forte os sinos, os
sons eram divinos, a paz tão esperada aconteceu; Inimigos se abraçaram, e
juntos festejaram, o bem maior: a paz, o amor e Deus (...) Roberto
Carlos/Erasmo Carlos
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Prosseguindo. Bem, e quando a camionete passa levando os estandartes de
Paulo, e de Jesus, e de Marx eis que logo atrás vêm jovens empurrando um
carrinho; e em cima do carrinho um livro aberto com os dizeres, deste lado:
EDUCAÇÃO, e do outro lado, EVANGELHO. E os jovens que empurram o carrinho são
deste lado, um jovem evangélico, e daquele lado, um jovem católico, mas no meio
deles um jovem socialista, com os três jovens seguindo pelas avenidas de
Presidente Prudente empurrando o carrinho. (Na emblemática frase de Paulo
Freire: Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem
ela a sociedade muda, se acha em potência essa união da Educação com o
Evangelho. A Educação transmite o conhecimento, e o Evangelho direciona esse
conhecimento para que o mesmo seja usufruído pela sociedade, principiando pela
sociedade dos mais necessitados. Sem o Evangelho o conhecimento se torna em
instrumento de dominação de uns sobre outros).
Prosseguindo. E quando os jovens passam empurrando o carrinho, eis
que atrás deles vem um carro alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao fundo
se levanta uma grande réplica de Jerusalém se expandindo a partir do Muro das
Lamentações. E deste lado de cá aparece em grande destaque a Mesquita de Omar
com o ouro que cobre seu domo sendo visto em todo seu resplendor, beleza e
grandeza sempiternos. E do lado de lá, em grande destaque, aparece a Sinagoga
de Ramban. E entre a Mesquita de Omar com o Domo da Rocha prendendo as atenções
e a Sinagoga de Ramban aparece, então, em grande destaque, a Basílica do Santo
Sepulcro. Mesquita, Basílica e Sinagoga uma ao lado da outra. E no alto,
encimando, em forma de arco que cobre toda a extensão, eis que se lê a
inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E em cima do carro alegórico seguem
crianças palestinas, e crianças judias e crianças cristãs em suas respectivas
indumentárias, conversando entre si e cantando cânticos tradicionais e
pertinentes, cristãos, palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo cântico. E o maestro
está junto a elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.
Ora, no ano de 2003, 2004 Adamir Gerson se achava na igreja Obras do
Espírito Santo. Fora ali levado por mãos angelicais para que falasse para o seu
dirigente, pastor Luis Baldez, sobre as boas novas do Reino de Deus. Sobre a
iminência do Casamento do Cordeiro sobre esta terra. (E a Palavra de Deus não
voltou vazia neste coração, pois alguns anos depois, pastor Luis Baldez foi
ouvido falando com alegria no coração de um novo socialismo...
A partir das imagens do livro de Atos que mostra a comunidade de cristãos
primitivos tendo todas as coisas em comum pastor Luiz Baldez sentiu no coração
que o socialismo é sim parte dos planos de Deus)
E o que sucede é que por esses dias chegou à igreja uma jovem por nome
Joseane, vinda da igreja Nova Jerusalém. E assim que tomou assento ela narrou
um sonho que tivera naqueles dias. Narrou que vira em sonho uma grandíssima
caminhada acontecendo no centro de Presidente Prudente. E a multidão caminhava
no seu centro em direção ao Parque do Povo.
E ela narrando o sonho então contou que quando a multidão ia entrar no
Parque do Povo, pela sua porta de entrada, eis que estavam ali uns clérigos
parados. E eles conversavam entre si e se perguntavam: quem deu poder para
estes fazerem isto? E a grande multidão entrou então no Parque do Povo e foi se
postar diante de um grande palanque ali armado ocupado pelos ministros da
Palavra de Deus.
Narrando o sonho, ela contou que a grande multidão que viu caminhando
pelo centro de Presidente Prudente era composta de católicos e de evangélicos e
que os ministros da Palavra de Deus que estavam no palanque eram padres
católicos e pastores evangélicos.
O que sucede é que assim que acabou de narrar o sonho pouco tempo depois
retornou para a sua igreja, todavia deixando a intrigante pergunta: o que foi
fazer naquele lugar onde estava o homem interessado? O homem que Deus já o
vinha preparando desde o ano de 2001, desde os atentados do 11 de Setembro nos
Estados Unidos, para realizar tão grande caminhada? Por ventura que foi levado
ali pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os
profetas, de modo que ele tinha no propósito do coração realizar uma grande
caminhada escatológica, que seria sim introdutora da caminhada do Milênio; que
marcaria sim o momento em que o reino do mundo começaria a se tornar em reino
de nosso Senhor e do seu Cristo, como são as imagens de Apocalipse 11.15-18?
O que seria esta caminhada vista em sonho pela jovem Joseane? Por
ventura que ela viu em sonho as duas linhas de vida que saem da mão de Jesus
(Habacuque 3.4) se encontrando e juntas atravessando o Jordão espiritual? A
linha de vida da espiritualidade cristã e a linha de vida da materialidade
socialista se encontrando e juntas atravessando o Jordão espiritual, indo
ocupar as moradas eternas que o filho do carpinteiro um dia disse as iria
construir para os seus?
O que seria mesmo esta caminhada? Por ventura que no final do ano de 2013
uma grande caminhada, com a força e as cores da escatologia, aconteceria na
cidade de Presidente Prudente, lugar onde a jovem Joseane viu acontecendo um
grandíssimo acontecimento e lugar onde Adamir Gerson teve o seu encontro
teofânico naquele ano de 78?
E eis que é o dia 29 de dezembro do ano de 2013... E eis que é a manhã
do dia 29 de dezembro do ano de 2013... E uma multidão imensa, vinda de todas
as partes do Brasil, de muitas partes da terra, está na cidade de Presidente
Prudente, ocupando as suas avenidas, com os seus tambores, as suas bandeiras e
os seus cânticos, seus muitos cânticos, e uma grande esperança. E de repente
alguém grita, no meio da multidão: Eia lá vem! E todos esticam o pescoço para
ver o que lá vem. E eis que todos avistam vindas as forças dos reis do nascente
do sol (1) com a missão de começar em cima da terra o reinado de Jesus
Cristo no lugar do reinado de homens,
que trouxe proveito para poucos, mas lágrima, dor e sofrimento para a imensa
maioria. Destarte, reinado de Jesus Cristo no lugar de reinado de homens que
não quer dizer no lugar de homens, mas que Jesus Cristo realizaria seu reinado
através de homens e mulheres comprometidos com a paz, a justiça e a libertação
de todos que sofrem por causa de amarras políticas.
E lá vem. E na frente de todos eis que aparecem jovens empurrando um
carro com uma grande roda em cima e nela a pomba branca da paz do Espírito
Santo trazendo no bico o ramo de oliveira que anunciou a Noé a chegada da vida,
com os seus raios dourados se espraiando em todas as direções.
E atrás da grande roda com a pomba da paz do Espírito Santo espraiando
seus raios dourados em todas as direções seguem jovens em cima de uma
caminhonete que veio de Estrela do Norte levando três estandartes, os
estandartes de Paulo e de Marx ladeando o estandarte de Jesus Cristo. E a
camionete segue pelas avenidas de Presidente Prudente ladeada por sem-terras
que vão segurando nela por todos os lados e protegendo-a. (Ora, Marx foi aquele
que disse: Trabalhadores de todos os países: uni-vos, pois vós possuireis a
terra inteira (Manifesto Comunista); Jesus foi aquele que disse: Todas as
coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de
fazer do mesmo modo a eles; isto, de fato, é o que a Lei e os Profetas querem
dizer (Mateus 7.12); e Paulo foi aquele que disse: Que cada um persista em
buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa (ICoríntios 10.24) (É
verdade, Marx foi aquele que teorizou sobre o conceito de Mais-Valia Material e
Paulo teorizou sobre o conceito de Mais-Valia Espiritual. Na
conjugação de Marx e Paulo cessa toda e qualquer exploração, quer a material
quer a espiritual. Em Paulo o corpo que ama e gera a vida, o corpo da mulher, e
em Marx o corpo que ama e gera a riqueza, o trabalhador, são transformados em
templos do Espírito Santo, sem ninguém ter mais o direito de profaná-los. Corpo
e alma não são mais aviltados. É o Paraíso de Jesus que se estabelece na terra,
pois tudo isto é maravilhoso e provém Dele).
Prosseguindo. Bem, e quando a camionete passa levando os estandartes de
Paulo, e de Jesus, e de Marx, ladeados e protegidos por sem-terras, eis que
logo atrás vêm jovens empurrando um carrinho; e em cima do carrinho um livro
aberto com os dizeres, deste lado: EDUCAÇÃO, e do outro lado, EVANGELHO. E os
jovens que empurram o carrinho são deste lado, um jovem evangélico, e daquele
lado, um jovem católico, mas no meio deles um jovem socialista, com os três
jovens seguindo pelas avenidas de Presidente Prudente empurrando o carrinho.
(Na emblemática frase de Paulo Freire: Se a educação sozinha não pode
transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda, se acha em potência
essa união da Educação com o Evangelho. Essa união vem suprir o que na frase
está faltando, de ambos os lados. De fato, a Educação transmite o conhecimento,
e o Evangelho ao revesti-lo de ética direciona este conhecimento para que o
mesmo seja usufruído pela sociedade, por toda a sociedade, principiando pela
sociedade dos mais necessitados. Sem o Evangelho o conhecimento se torna em
instrumento de dominação de uns sobre outros).
Prosseguindo. E quando os jovens passam empurrando o carrinho, eis
que atrás deles vem um carro alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao fundo
se levanta uma grande réplica de Jerusalém se expandindo a partir do Muro das
Lamentações. E deste lado de cá aparece em grande destaque a Mesquita de Omar
com o ouro que cobre o Domo sendo visto em todo seu resplendor, beleza e
grandeza sempiternos. E do lado de lá, em grande destaque, aparece a Sinagoga
de Ramban. E entre a Mesquita de Omar com o Domo da Rocha prendendo as atenções
e a Sinagoga de Ramban aparece, então, em grande destaque, a Basílica do Santo
Sepulcro. Mesquita, Basílica e Sinagoga uma ao lado da outra. E no alto,
encimando, em forma de arco que cobre toda a extensão, eis que se lê a
inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E em cima do carro alegórico seguem
crianças palestinas, e crianças judias e crianças cristãs em suas respectivas
indumentárias, conversando entre si e cantando cânticos tradicionais e
pertinentes, cristãos, palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo cântico. E o
maestro está junto a elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.
E o carro alegórico, em toda a sua riqueza e beleza, sempiternos, segue
pelas avenidas de Presidente Prudente. E eis que na sua frente segue três
jovens montados cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande
estandarte que segue pelas avenidas da cidade girando em suas mãos. E o jovem
do lado de cá, em indumentária palestina, e com o dorso do cavalo coberto do
vermelho, do vermelho cetim, leva ao ombro um grande estandarte que girando em
suas mãos então faz aparecer dum lado a figura de Esaú, mas do outro lado a
figura de Yasser Arafat. Quanto ao jovem que vai do lado de lá, em indumentária
hebraica, e com o dorso do cavalo coberto do branco, do branco cetim, ora,
quando gira o estandarte em suas mãos eis que de um lado aparece a figura de
Jacó, mas no outro lado a figura de Yitzhac Rabin. E os dois jovens, palestino
e judeu, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando um jovem cristão
que segue pelas suas avenidas levando ao ombro um grande estandarte, que quando
gira em suas mãos então dum lado aparece a figura de Isaque, mas do outro lado
a figura de Jesus. E o dorso deste cavalo está coberto do rosa, do rosa cetim.
E o que sucede é que quando passa pelas suas avenidas os jovens
empurrando a grande roda com a pomba branca da paz; passa a camionete que veio
de Estrela do Norte trazendo os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de Marx;
passa os três jovens empurrando o carrinho que leva em cima um livro aberto com
os dizeres EDUCAÇÃO e EVANGELHO, sim, o que sucede é que assim que acaba de
passar o caminhão alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e
cristãs, e os dois cavaleiros que seguem à sua frente, então a multidão que os
presencia não se contém e exclama: Vede! É a Arca do Pacto! Do Pacto novo que
Deus selou com seu filho Jesus! E a multidão exclama: Ó morte, onde está a tua
vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó Glória... Já não seremos mais
explorados; nem material e nem espiritual, mas o Cordeiro que está no meio do
trono nos pastoreará e nos guiará para as fontes de águas da vida. Não teremos
mais fome, e nem sede, e nem sol ou calor abrasador cairão mais sobre nós. Deus
enxugou toda lágrima dos nossos olhos! Ô Glóóóóóóória!!!
E o grande exército de Deus, sim, há um povo numeroso e poderoso;
semelhante a ele não se fez existir nenhum, desde o passado indefinido, e
depois dele não haverá mais nenhum até os anos de geração após geração. Adiante
dele um fogo devora e atrás dele uma chama consome. Adiante dele a terra está
como o jardim do Éden; mas atrás dele é um deserto desolado, e também se
mostrou que dela nada escapa. Sua aparência é como a aparência de cavalos
e correm como corcéis. Saltitam como que com o ruído de carros nos cumes
dos montes, como que com o ruído dum fogo chamejante que devora o restolho. É
como um povo forte, posto em ordem de batalha. Por causa dele, povos terão
dores agudas. Quanto a todas as faces, certamente ficarão coradas de
excitação. Correm como homens poderosos. Sobem a muralha como homens de
guerra. E vão, cada um, nos seus próprios caminhos e não trocam de veredas. E
não empurram um ao outro. Prosseguem andando assim como o varão vigoroso no seu
rumo; e se alguns caírem mesmo entre os projéteis, os outros não interrompem o
avanço. Investem para dentro da cidade. Correm sobre a muralha. Sobem às casas.
Entram pelas janelas como o ladrão. Diante dele a terra ficou agitada, os céus
tremeram. Mesmo o sol e a lua ficaram escuros e as próprias estrelas
recolheram a sua claridade. E o próprio Javé certamente fará ouvir a sua voz
perante a sua força militar, pois o seu acampamento é muito numeroso. Pois,
aquele que cumpre a sua palavra é forte; porque o dia de Javé é grande e muito
atemorizante, e quem poderá resistir nele? Sim, e o grande exército de Deus,
que o profeta Joel viu saindo para a sua ação, em toda a terra, partindo de um
lugar (daquele lugar que disse: Acudi e vinde, todas as nações ao redor, e
reuni-vos. Àquele lugar faze baixar os teus poderosos, ó Javé. Despertem as
nações e subam à baixada de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todas
as nações ao redor. Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde,
descei, porque o lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão realmente
transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de gente,
massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia de Javé
na Baixada da Decisão, porque está próximo o dia de Javé na Baixada da Decisão
(Joel 3.11-14), sim, e o grande exército de Deus segue pelas avenidas de
Presidente Prudente arrebatando e extasiando a grande multidão. Que bate no
peito e diz: eu militarei nele! Serei um dos seus soldados valorosos,
investindo para dentro da cidade, correndo sobre a muralha, subindo às casas, e
entrando pelas janelas como o ladrão.
E o que sucede é que quando a multidão acaba de exclamar: Ô
Glóóóóóóória!!! E passa o carro alegórico levando em cima crianças judias,
palestinas e cristãs então a multidão vê passar em seguida novo quadro que é
mais uma jóia na coroa do Senhor. E eis que vêm quatro jovens carregando ao
ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um estandarte, mas, atrás,
guardando distância de seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi
deu quando fazia a arca do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de alegria, e com toque
de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três estandartes um ao lado do
outro. E os três estandartes que segue atrás, seis passos atrás, ora, deste
lado de cá segue o grande estandarte de Madre Tereza de Calcutá, no ombro de
uma jovem clarissa, e do lado de lá o grande estandarte de Chiara Lubich no
ombro de uma jovem ecumênica. Mas entre a jovem Clarissa e a jovem Ecumênica
que levam ao ombro os estandartes de Madre Tereza de Calcutá e de Chiara Lubich
eis que segue uma jovem da pastoral da criança levando ao ombro o grande
estandarte de Zilda Arns. E as três jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente guardando distância de seis passos, da jovem Missionária que vai à
frente levando ao ombro o grande estandarte de Dorothy Stang.
E quando essa jóia da coroa régia do Senhor passa pelas suas avenidas
eis que a multidão vê passar nova jóia da coroa do Senhor. E eis quatro jovens
levando ao ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um jovem levando
ao ombro seu grande estandarte, e atrás dele, guardando distância de seis
passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do
Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de
alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três jovens
levando ao ombro seu grande estandarte. Um ao lado do outro. E eis que deste
lado segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu,
e do lado de lá segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte de Nelson
Mandela. E os dois grandes estandartes seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente ladeando o grande estandarte de Martin Luther King, que segue pelas
suas avenidas nos ombros de um jovem batista negro. E os três jovens negros,
levando os estandartes do Bispo Desmond Tutu, e de Martin Luther King, e de
Nelson Mandela, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando a
distância de seis passos do jovem que vai à frente levando ao ombro o grande
estandarte de Mahatma Gandhi.
É possível que muitos, com muito tino, com muita razão, diga: você falou
de três grandes líderes negros que pelo seu passado de luta por justiça social,
por paz verdadeira, são mais do que merecedores em tomar parte de uma caminhada
que se diz tem a força e as cores da escatologia. Mas, porque no lugar de
Mahatma Gandhi não apareceu a figura de um personagem que é grande orgulho de
toda a comunidade negra brasileira, Zumbi dos Palmares? E colocando Mahatma
Gandhi em outro quadro, pois também é merecedor de ser lembrado e tomar parte
de tão grande acontecimento?
É verdade, Zumbi dos Palmares é merecedor de ser lembrado e tomar parte
no grande acontecimento escatológico. E será lembrado, está sendo lembrado, não
só Zumbi dos Palmares como outros grandes personagens que dedicaram as suas
vidas na libertação de seu povo, para que seu povo tivesse um dia melhor, como é
também o índio guarani Sepé Tiaraju. Sepé Tiaraju cabe num quadro em que ele
vai à frente, como Dorothy Stang e Mahatma Gandhi, e atrás dele, guardando
distância de seis passos, seguem dois grandes brasileiros que dedicaram as suas
vidas na defesa dos índios, estiveram ao lado dos índios, que sem eles, na
intenção do governo em levar o “progresso” para o oeste brasileiro, a dizimação
dos índios teria sido muitíssimo maior. Viram-se numa situação em que no passado
se viu muitos jesuítas a serviço de Jesus e não dos colonizadores. Estes dois
grandes brasileiros são os irmãos Villas-Bôas, Orlando e Claudio. Cabendo
também o outro irmão, Leonardo. E ao lado deles o grande brasileiro, Darci
Ribeiro e a guatemalteca Rigoberta Menchú. Muitos e muitos outros nomes serão
lembrados e levados para o panteão escatológico.
Prosseguindo. Bem, e quando passarem os jovens levando ao ombro o grande
estandarte do Bispo Desmond Tutu, e de Nelson Mandela, e de Martin Luther King,
e de Mahatma Gandhi, eis que a multidão vê agora passar aos seus olhos dois
jovens montados cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande
estandarte. E os estandartes seguem girando em suas mãos. E o que sucede é que
quando o jovem do lado de cá passa pelas avenidas de Presidente Prudente
girando o seu estandarte então em um lado a multidão vê o rosto de João XXIII,
mas no outro lado vê o rosto de John Wesley, com os rostos de João XXIII e de
John Wesley intermitentemente se manifestando aos olhos da multidão (2). E
quando o jovem do lado de lá gira o estandarte em sua mão então a multidão vê
de um lado o rosto de Che Guevara, mas no outro lado vê o rosto de Francisco de
Assis. Sim, dum lado o rosto da Lei, do Hay que Endurecerse, do Reino, e do
outro o rosto da Graça, do Pero Sim Perder La Ternura Jámas. E os rostos de
João XXIII e de John Wesley, e de Che Guevara e de Francisco de Assis se
mostram intermitentemente aos olhos de toda a multidão, como se fossem a sua
noite e o seu dia.
E quando passarem os jovens montados em seus cavalos brancos, levando ao
ombro os dois grandes estandartes que seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente girando em suas mãos, e fazendo alternar aos olhos da multidão João
XXIII e John Wesley, Che Guevara e Francisco de Assis, eis que a multidão vê
passar atrás deles dezenas e dezenas de jovens que levam ao ombro os
estandartes daqueles que João viu por debaixo do altar clamando vingança pelo
seu sangue derramado (3). E eis que são dezenas e dezenas de jovens
levando ao ombro os estandartes daqueles cristãos que sofreram martírio nas
mãos de Roma pagã. E o seu número é incontável, sendo incontável o número dos
seus estandartes, pois, deveras, cada estandarte leva o nome de um daqueles
mártires que na defesa de sua fé sofreu horrores à mão de homens violentos e de
feras famintas. E na frente de todos eles seguem três jovens levando em suas
mãos ramalhetes com rosas brancas.
E as dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os seus estandartes. E eis que a multidão vê entre
seus estandartes os estandartes dos apóstolos de Jesus que foram martirizados.
Todos eles estão ali nos ombros dos jovens para receberam a coroa de glória que
um dia foi-lhes prometido. Todos eles estão ali, desde Estevam ao último dos
apóstolos martirizado, André. E entre eles, no meio deles, dezenas e dezenas de
jovens carregam ao ombro o estandarte de um cristão que teve a sua vida ceifada
por não permitir que valores éticos e morais fossem subjugados por valores que
não alimentavam o espírito senão que a carne. Valores que não faziam nova
criatura senão que conservava a velha.
É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos
mártires do cristianismo que desfilam pelas avenidas de Presidente Prudente. De
modo que se podem ver no meio deles, entre os estandartes dos apóstolos de
Jesus, eis os estandartes de Policarpo, e de Bárbara de Nicomédia, e de
Anastácio de Sirmiuns, e de Demétrio Tessalonico, e de Perpétua e de
Felicidade, e de Inês, e de Agatonice, e de Sinforosa, e de Justino, e de
Teodoro de Heracléia, e de Catarina de Alexandria, e de Cristina de Bolsene, e
de Irene, e de Clemêncio, e de Flávia Domitila, e de Blandina, e de Inácio, e
de Leônidas, e de Pantaleão de Nicomédia, e de Teodósia, e de Procópio de
Citópolis. A verdade é que se para cada mártir cristão houvesse um
representante em Presidente Prudente com certeza todas as suas ruas seriam
insuficientes para abrigar o seu número, tão grande foi o número dos mártires
que morreram na defesa da fé cristã.
E o que sucede é que quando passarem os três jovens levando nos braços
ramalhetes com rosas brancas, e sendo seguido por uma multidão incalculável de
jovens levando ao ombro o estandarte de um cristão martirizado sob o domínio de
Roma pagã, eis que agora a multidão vê passar diante dos seus olhos os
estandartes daqueles que João viu completando o número dos mártires cristãos, e
que foram chamados por ele de co-escravos e de co-irmãos, que iriam ser mortos
como foram aqueles que debaixo do altar clamavam vingança pelo seu sangue (4).
E diante dos olhos da multidão agora passa os estandartes dos mártires
do socialismo. É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes
dos mártires do socialismo que passam perante os olhos da multidão. Desde os
mártires que morreram lutando na Comuna de Paris, passando pelos mártires de
Chicago, e pelo martírio do casal Rosemberg em Nova Yorque, e pelo martírio de
Che Guevara na Bolívia, até chegar ao martírio de Dorothy Stang no Brasil, é
incontável o número dos mártires pelo socialismo, que sofreram todo tipo de
violência desde ser afogado na água até ser amarrado pelos pés e ser arrastado
pelas ruas da cidade por automóveis conduzidos por feras humanas, enfurecidas,
e se não bastasse, até mesmo lançados ao mar de helicópteros.
E dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os estandartes dos mártires pelo socialismo, cujo
número foi tão grande como foi o número dos mártires pelo cristianismo. E na
frente deles seguem três jovens levando nos braços ramalhetes com rosas
vermelhas.
E eis que a multidão nas avenidas de Presidente Prudente vê agora passar
os mártires pelo socialismo, que necessário se fez morrer para que se
completasse o número dos seus co-escravos e co-irmãos que foram mortos sob Romã
pagã e eles então fossem vingados. E esta vingança se consuma não no
derramamento de sangue, de mais sangue, mas na completa libertação, redenção
dos oprimidos, como está ali em Apocalipse 7.9. Os mártires do cristianismo e
os mártires do socialismo deram as vidas para que se manifestasse o quadro de
Apocalipse 7.9, a mais bela página da literatura universal.
Sim, eis que a multidão vê agora jovens levando ao ombro os estandartes
de Stuart Angel, e de Carlos Mariguela, e de Alexandre Vanucci Lemes, e de
Vladimir Herzog, e de Manuel Fiel Filho, e de Santo Dias, e de Chico Mendes, e
de Olga Benário, e de João Bosco Penido, e de Pe. Ezequiel Ramin, e de Dom
Oscar Romero, e de Pe. Josimo Tavares, e de Frei Tito, e de Ranúsia Alves
Rodrigues, e de Manoel Lisboa, e de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, e de
Carlos Lamarca e de Iara Yavelberg, e de Zequinha Barreto. Se todas as ruas de
Presidente Prudente são pequenas demais para abrigar os estandartes dos
mártires cristãos são também pequenas demais para abrigar os estandartes
dos mártires pelo socialismo. Milhões foram mortos pela causa do cristianismo,
e milhões foram mortos pela causa do socialismo, todavia era no martírio dos
seus milhões, no seu sangue derramado, que um novo mundo estava sendo forjado.
E quando passarem os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires
pela causa do cristianismo e passar os jovens levando ao ombro os estandartes
dos mártires pela causa do socialismo, eis que atrás deles, logo atrás, seguem
jovens levando ao ombro os estandartes das grandes religiões monoteístas.
E atrás deles seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes
doutrinas espiritualistas, dedicadas à caridade e a minorar o sofrimento
daqueles que não tem a quem clamar, tanto as que estão no oriente como as que
estão no ocidente.
E atrás dos jovens levando os estandartes das religiões monoteístas e
das doutrinas espiritualistas eis que seguem jovens levando em seus ombros os
estandartes de todas as denominações religiosas, quer as pertencentes ao campo
evangélico quer as pertencentes ao campo católico. Todas elas, nas suas
centenas, que sentiram em seus seres que realmente os seus corpos foram
mergulhados nas águas do Mar Vermelho espiritual e que agora chegou o tempo de
mergulhá-los nas águas do Jordão espiritual indo diretamente para ocupar as
moradas eternas que o Cristo da cruz um dia disse iria as preparar para os seus,
e eis que tem chegado o dia Dele levar os seus para estarem sempre com ele onde
estiver.
E atrás dos jovens levando em seus ombros os estandartes de suas
respectivas denominações religiosas eis que seguem os povos da floresta, as
suas inúmeras tribos, todas elas nas suas mais ricas indumentárias. E seguem
pelas avenidas de Presidente Prudente com os seus chocalhos e as suas danças e
os seus cânticos. A sua cultura, cintilando vivacidade, segue assim pelas
avenidas de Presidente Prudente. E na frente de todas elas segue a tribo dos
Guarani-kaiowá, que Deus ouviu e ouvirá o seu clamor.
E atrás dos povos da floresta então segue o caminhão levando os homens e
mulheres, que por terem se dedicado ao serviço com os pobres, por terem lutado
para arrebatar os pobres da mão do opressor, que sem medo enfrentaram as forças
das trevas e do terror, sim, eis que no grande caminhão seguem políticos que
lutaram para que a Educação, da Pré-Escola ao Ensino Superior, seja direito de
todos e não apenas dos filhos dos ricos. Seguem políticos que tem lutado na
defesa do meio-ambiente. Seguem políticos que lutaram para que os trabalhadores
não fossem explorados e não tivessem a sua força de trabalho trocada apenas
pela sobrevivência. Estes, no Grande Dia, ouvirão Aquela maravilhosa voz lhes
dizer: Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai. Herdai o reino
preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós me
destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu
era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me
vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me
visitastes. E eles seguem pelas avenidas de Presidente Prudente acenando para
as multidões, enquanto que as multidões não cessam de acenar para eles os seus
lencinhos, branco e vermelho.
E o que sucede é que quando a multidão entra no Parque do Povo e após a
grande Celebração do Reino, então chegará o momento da simbólica chuva de
rosas, uma justa homenagem que será prestada a todos aqueles que lutaram e
foram martirizados tanto pelo cristianismo como pelo socialismo. E aqueles três
jovens que seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo cristianismo
então lançarão ao alto os ramalhetes de rosas brancas em suas mãos numa
justa homenagem a todos os mártires do cristianismo. E quando subirem e
descerem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo então dedos femininos
começarão a retirar das cordas do violino o som divino do hino MAIS ALVO QUE A
NEVE. E a multidão, na alegria do espírito, canta MAIS ALVO QUE A NEVE. Em
seguida será a vez dos três jovens que seguiram na frente dos estandartes dos
mártires pelo socialismo lançarem ao alto os seus ramalhetes com rosas
vermelhas numa justa homenagem a todos os mártires do socialismo. E quando
subirem e descerem ao olhar de todo o povo então dedos masculinos começarão a
retirar do violino o som da música Vermelho, que o Brasil inteiro cantou com
Fafá de Belém.
E sucederá que quando todos no Parque do Povo acabar de cantar Vermelho,
então os seis jovens se abaixarão e apanharão os seus ramalhetes. E juntos os
lançarão ao alto, os ramalhetes com rosas brancas e os ramalhetes com rosas vermelhas,
numa justa homenagem aos mártires do cristianismo e aos mártires do socialismo.
E enquanto sobem e descem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo, então os
dedos femininos e masculinos começarão a retirar do violino o som divino da
música Rosa de Sarom com todos no Parque do Povo cantando: Uma cortina se abriu
e surgiu / Um cavalo e mil cavaleiros / Brancos, vermelhos armados, armados /
Do riso inocente que faz despertar / Pisando firmes na terra / Abrindo seu
ventre fazendo brotar / Uma canção que só fala de amor / Que só diz que a vida
já vai começar / Do trigo somos a sua brancura / E da videira o seu vermelhão /
O branco da paz, o vermelho da vida / Somos a rosa – a Rosa de Sarom
E enquanto dedos masculinos e femininos retiram do violino o som divino
da música Rosa de Sarom (5), ao seu som, então chegou o grande
momento de todos no Parque do Povo participar da Ceia Nova, da Ceia especial,
que Jesus por ocasião da última ceia (6) disse só voltaria a
participar dela quando aparecesse nova, no reino de seu Pai, junto com seus
discípulos.
E todos no Parque do Povo levam à boca um pedaço de pão e um cálice de
vinho, com o pão e o vinho tendo um novo sentido em suas vidas, não mais apenas
lembrar-se do sacrifício de Jesus na cruz, mas saber que no seu sacrifício
estava a redenção completa do ser humano, tanto a redenção espiritual que trás
igualdade espiritual como a redenção material que trás igualdade material.
Igualdade espiritual e igualdade material que Ele cuidou em construir no devir
histórico, primeiro com Paulo, e depois, quando a História no seu movimento
real saiu do tempo teológico-espiritualista e entrou no tempo
antropológico-materialista, seguindo a curvatura da história e que se deu com e
a partir do Renascimento, ora, então na plenitude dos tempos materiais ele
cuidou em construir a sua redenção material com o judeu Marx.
E a multidão no Parque do Povo participa da Ceia Nova de Jesus, que se
manifesta em conexão com o seu novo nome (7). E o perfume
universal da sua paz e da sua justiça sobe do chão do Parque do Povo e é levado
pelo vento para os quatro cantos da terra, a fazer moradia e a fincar raízes
irremovíveis em todos os corações e em todas as mentes.
E a multidão se despede do Parque do Povo cantando a música do Geraldo
Vandré PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES. Voltam para as suas casas com a
certeza de que a Semente terá de ser semeada em todos os corações, em todas as
mentes, na sua casa, na sua vizinhança, no seu bairro, na sua cidade, no seu
estado, na sua nação, no seu continente, na terra inteira, pois, deveras, é
esta a Semente que o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem o auxílio
de mãos, e feriu a estátua a esmiuçando, e se espalhando para a terra inteira e
a enchendo como a um só monte (8).
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(1) Apocalipse 16.12
(2) Há uma íntima ligação entre John
Wesley e João XXIII, e é preciso expô-la com acuidade. De fato, Deus tinha a
obra de seu filho Jesus para realizar na terra no seu tempo final. Muito
sofrimento na terra, os pobres sendo oprimidos tanto materialmente como
espiritualmente. E o seu clamor chegou a Deus. E Deus decidiu livrá-los por
enviar-lhes a salvação completa de Jesus. Deus iria libertá-los
espiritualmente, do domínio de Sodoma, e iria libertá-los materialmente, do
domínio do Egito, e então eles não iriam ter mais fome, e não iriam ter mais
sede, e nem calor e sol abrasador iriam cair sobre eles. Deus iria enxugar toda
lágrima dos olhos deles.
E Deus respondeu-lhes por enviar na
terra dois grandíssimos pentecostes, um que foi gestado no ventre de John
Wesley, o grande pentecostes espiritual que Deus derramou em Los Angeles no ano
de 1906, e que fez nascer o moderno movimento pentecostal, portador da
libertação espiritual de Jesus, e o grande pentecostes material que Deus derramou
na realização do Concílio Vaticano II na primeira metade da década de 60 e que
faz nascer o moderno movimento da Teologia da Libertação. Pentecostalismo e
Teologia da Libertação foram movimentos que nasceram por vontade de Deus para,
por seu intermédio, então libertar não só o povo latino-americano, lugar fértil
para esses movimentos e onde eles mais cresceram, mais fincaram raízes. É
certo, Deus os derramou como tese e antítese; apartado um do outro e sem a
consciência de que fazia parte de um mesmo processo, a total libertação de
Jesus. Todavia iria chegar o dia em que Deus enviaria um terceiro e grandíssimo
pentecostes sobre a terra, a consumação pentecostal; e este seria síntese dos
dois anteriores. Deus iria reunir em um só ato o povo destes dois pentecostes,
de modo que Pentecostalismo e Teologia da Libertação iriam estar juntos
proclamando o senhorio de Jesus sobre este mundo. E Deus pode sim derramar este
grandíssimo pentecostes, do qual o pentecostes dos dias apostólicos forneceu
base tipológica, no mês de outubro do ano de 2013 nas avenidas de Presidente
Prudente.
(3) Apocalipse 6.9
(4) Apocalipse 6.11
(5) A música Rosa de Sarom na verdade
é uma letra que Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que
por sinal é controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata
de uma música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais
aceito é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor
Tarrega, Sor, Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de
fato, Vicente Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e
intuindo que a sua autoria desconhecida podia esconder um propósito divino,
Adamir Gerson se viu no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga
pertinente. E espera que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música
austríaca Griechischer Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura
portuguesa por Paulo Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano.
(6) Mateus 26.26-29. Essa Ceia nova, especial, escatológica, que aparece no livro de Mateus
há de marcar definitivamente a ligação umbilical de Jesus com o socialismo.
Porque, deveras, todos que participarão dela farão com esse objetivo, o
reconhecimento de que o pão partido simboliza a luta do socialismo, mas agora
ligado umbilicalmente ao cristianismo. Este é o novo significado da Ceia de
Jesus, não só rememorar o seu sacrifício, mas que este sacrifício foi em prol
de uma sociedade fraterna, igualitária, e que estar participando do sacrifício
de Jesus é estar engajado na luta por este reino de igualdade. Uma luta que é feita, não por violência e nem por força militar, mas
pelo espírito de Jesus, que não exclui por conta de condição racial, cultural
ou social, mas que inclui a todos e a todos dá oportunidade.
(7) Apocalipse 3.12
(8) Daniel 2.44
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