sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Reino do Messias, Segundo a Graça - QUARTA PARTE

O REINO DO MESSIAS, SEGUNDO A GRAÇA – QUARTA PARTE

Londrina

No presente trabalho Adamir Gerson tem dito que o Reino do Messias, que segundo as Escrituras se manifestaria no final dos tempos, ao esgotamento dos sistemas humanos, começando uma nova aurora sobre a terra, um reino completamente diferente, completa negação dos reinos existentes, reino este em que o lobo pastaria junto ao cordeiro, o leopardo se deitaria com o cabritinho, e até mesmo a criancinha de peito brincaria sobre a toca da naja, Adamir Gerson tem dito, de forma intelectual, que este reino já tem se manifestado na terra através do socialismo. E que o socialismo então manifesto não foi seu esgotamento e a sua plena realização, mas representou um de seus momentos, o da Lei, concebido para durar um tempo e deixar de existir, e no lugar se manifestando o seu segundo momento, o da Graça, este sim o seu acabamento final, a sua plena realização. E disse que se o seu momento de Lei aconteceu na Rússia czarista, o seu momento de Graça haveria de acontecer no país Brasil. E após declinar que Lênin foi o homem escolhido e preparado pela Divindade para realizar o seu momento de Lei, por outro o senador brasiliense Cristovam Buarque foi escolhido e preparado para realizar o seu momento de Graça.

Ora, se por ocasião da realização do seu momento de Lei a sua realização foi precedida pelas gloriosas Jornadas de Julho, que chacoalharam a árvore da revolução e foi o anúncio da sua exequibilidade, e que ela estava próxima, às portas, de igual modo também iria ocorrer no país Brasil gloriosa Jornadas. Tendo acima declinado a cidade de Belém do Pará como o seu início, Adamir Gerson agora faz a sua correção: na verdade as Jornadas Brasileiras, em cujas asas chegariam o Reino do Messias Segundo a Graça, começou no mês de junho do ano de 2013 quando “de repente” milhares e milhares de jovens saíram às ruas, não apenas por vinte centavos, mas para exigir o fim de um sistema que os escraviza e os banaliza em todos os sentidos. Se o marco da revolução russa foi situado não nas Jornadas de Julho, mas nas jornadas de 1905 quando uma multidão de oprimidos se levantou e dirigiu-se ao Palácio para clamar ao Czar menos sofrimento em suas vidas, a verdade é que o marco da revolução brasileira será situado nas gloriosas Jornadas de Junho. As Jornadas de Junho, que realmente levantou os jovens, mas também adultos, homens e mulheres, a sua espontaneidade, o seu “apoliticismo” estaria tendo encaminhamento político na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014, em Belém, no dia 20 de abril do ano de 2014 em Londrina e no dia 19 de junho em Presidente Prudente, culminando a que no ano de 2015 o Brasil já está de posse de um novo governo que saberá dar encaminhamento real, fidedigno, a todas as aspirações de Brasil novo que então explodiu nas suas ruas no mês de junho deste ano. Um Brasil novo onde o futuro do jovem não será mais a rotina dura do trabalho, mas a escola. Na escola, longe das drogas, longe do confronto com a polícia, longe das penitenciárias. Se racionalizar, é possível sim que todos os filhos brasileiros passem pelo estudo integral, da pré-escola ao universitário sem qualquer interrupção. Se racionalizar, é possível sim pais e máquinas na fábrica e filhos na escola.

Na sua luta para o aparecimento de um novo Brasil e de uma nova terra, de pessoas animadas, felizes, com clamores jubilantes, como é o futuro que o profeta Isaías reserva para a terra (14.7), então Adamir Gerson fez a proposta de uma grande manifestação na cidade de Belém do Pará, porta de entrada do Reino do Messias segundo a Graça, e que se daria na manhã do dia 12 de janeiro do ano de 2014. Porque este é o dia em que a mulher gloriosa de Apocalipse 12 dá à luz seu filho, que há de governar as nações com a autoridade da Palavra de Deus, podemos dizer sim que este é o dia do povo cristão. Dia em que pentecostais, protestantes, carismáticos, Teologia da Libertação, focolares, tomarão o rumo de Belém do Pará, como acontece com animais que migram para regiões distantes e ali darem à luz seus filhotes. E porque estamos nos dias da realização do casamento do Filho do Rei, dias em que seus escravos seriam enviados às estradas que saem da cidade e convidariam a qualquer que achassem pelo caminho, ora, isto significa dizer que o povo cristão não só estará presente, como convidará a todos para estarem na manhã do dia 12 em Belém. Estudantes, professores, sindicalistas, donas de casa, artistas, todos que possam encontrar pela frente.

Pois bem, depois do dia 12 de janeiro a luz da Parúsia iria levantar vôo de Belém e tomar o rumo da cidade de Londrina, norte do Paraná, para aqui, na manhã do dia 20 de abril do ano de 2014, a realização, então, de uma nova e grandíssima manifestação. Uma grandíssima manifestação que agora seria realizada pela força e as esperanças da juventude, daquela juventude que no mês de junho saiu às ruas clamando por um novo Brasil, exigindo um novo Brasil, que saiu às ruas naquele mês de junho, continuou a sair às ruas nos meses seguintes e só deixará as ruas quando estiverem vivendo em uma nova sociedade, em que nela não há mais indivíduos gozando privilégios à expensas de outros, não há mais ninguém dizendo que qualquer das coisas que possuí é a sua própria, sim, uma sociedade nova, de liberdade concreta, em que nela todos tem segundo as suas necessidades, não as ditadas por esta ou aquela ideologia, mas ditadas por Deus no nascimento de cada um.

Porque Londrina?

Por volta do ano de 2000 Adamir Gerson teve a revelação de que a cidade de Londrina fora construída por inspiração divina. Fora construída na resolução de um agudo impasse. E que agudo impasse foi este?

Ora, a presciência de Deus sabia que o socialismo iria passar por todos os passos que passou Jesus. Iria ser seguido pela multidão dos excluídos, iria produzir milagres no meio deles, iria ser traído, abandonado por todos, julgado, crucificado e morto. Mas depois iria ressuscitar. Ressuscitar como ressuscitou Jesus, em corpo novo, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao opróbrio dos homens.

E o impasse formado é que a lógica elementar apontava para a ressurreição do socialismo como se dando para o mundo a partir de Londres, porque é nesta cidade inglesa que se acha o corpo de Karl Marx. É aqui que Karl Marx se acha sepulto. E o impasse se formou porque justamente o socialismo novo, não mais no corpo do judeu Marx, mas no corpo do judeu Jesus, não mais no corpo do Marxismo, mas agora no corpo do Cristianismo, estava sendo gestado para nascer no Brasil e em nenhum outro lugar da terra. Ressuscitar na Inglaterra não podia, porque era o Brasil o lugar de seu nascimento, e nascer no Brasil não podia porque o corpo de Marx não se acha aqui, mas em Londres. E a Divindade resolveu o impasse por fazer com que capitalistas ingleses viessem para o Brasil na década de 20 e fundassem no norte do Paraná uma cidade que lhe deram o sugestivo nome: Norte Novo de Londrina.

Ora, como a História não pára, e ela caminha sempre para frente – mesmo que neste seu caminhar não raro dá passos atrás, como a NEP do Lênin, mas é sempre para ganhar força e dar muitos passos à frente – é feito a pergunta: Norte Novo de Londrina é que a imensa multidão de jovens que acudirão para esta cidade na manhã do dia 20 de abril do ano de 2014 é que estará vindo para cá para apanhar e se assenhorear de uma nova práxis revolucionária? Um novo norte para as suas vidas? Um novo norte revolucionário muito diferente, muito distinto, do norte revolucionário então legado por Marx?

Um novo norte revolucionário que desconhece o poder do fuzil, mas sabe do poder do giz? Que nas mãos de homens e mulheres que banharam o conhecimento na ética e no amor Daquele que escrevia na areia e ao escrever na areia não só revelava que não havia caminho sem pecado como revelava um caminho sem pecado, sim, o giz nas mãos de homens e mulheres que se tornaram tal no conhecimento de Jesus pode sim e tem o poder sim de criar uma nova pátria, de homens e mulheres realmente livres. O giz torna cidadão, e cidadão nem prática e nem tolera a injustiça.

Adamir Gerson acabou de fazer declarações que de imediato choca e deixa boquiaberto, com as pessoas indagando entre si: mas isto é verdadeiro? Como nunca soubemos disto? E qual a declaração que acabou de fazer? Ora, ao expor a história do socialismo como sendo a repetição da história de Jesus Adamir Gerson esteve a dizer que o socialismo é o próprio Jesus. Que aquilo que popularmente se chama de “Volta de Jesus” tal se deu, tal aconteceu, no advento do socialismo que não foi percebido por muitos fatores entre eles o de que se manifestou em um corpo mortal, o Marxismo.

Como a Palavra de Deus reserva para os últimos dias um período de completa transformação, em que: e seremos transformados num abrir e piscar de olho, então vale pena se aprofundar na questão. E tal será feito porque há a certeza de que esta verdade há de ser absorvida e aceita por todos os homens e mulheres de Deus. E por falta de tempo Adamir Gerson apresentará o mesmo de forma sucinta.

No ano de 1818 um pastor batista por nome Guilherme Miller, fazendo leitura no livro do profeta Daniel, foi invadido de revelações do Alto pelas quais as duas mil e trezentas noites e manhãs que aparece no livro do profeta Daniel, ao final do qual o lugar santo seria levado à sua condição correta, era na verdade um período profético de tempo que iria se cumprir por volta do ano de 1843. Para chegar a esta data Miller tomou como ponto de partida o Decreto do rei Artaxerxes, que ele datou a sua promulgação no ano de 457ª.c.

Não é preciso alongar nesta questão de Guilherme Miller porque é um assunto conhecido à exaustão de todos. Apenas fazer algumas considerações para aguçar o conhecimento: Miller teve a sua revelação no ano em que nasceu Marx, 1818, e naqueles anos de 1843 e 1844 quando as multidões foram para os montes para se encontrar com Jesus em sua volta gloriosa, que dizia Miller, seria para restaurar a terra, neste preciso instante não somente Marx se casou e deixou a casa de seus pais, e de sua parentela, e de seus pais e tornou-se peregrino no mundo, andando de nação em nação, sendo enxotado de nação em nação, como também neste preciso instante publicou dois livros: A Questão Judaica, em 1843 e Manuscritos Econômicos-Filosóficos, em 1844.

Ora, uma vez que a restauração da terra foi antecipada pelo profeta Isaías, e uma vez que as descrições que deu vão de encontro ao conteúdo que surgiu nestas duas obras, em especial a obra de 1844, Manuscritos Econômicos-Filosóficos, podemos afirmar que Jesus começava a restauração da terra através daquele judeu-protestante, na época com vinte e cinco anos? O que as multidões foram buscar nos montes dos Estados Unidos era uma realidade que se revelava distante dali, na Alemanha, que foi também a Alemanha de Lutero (1)?

Podemos dizer que aquela multidão que se juntou em torno de Guilherme Miller e tomada de forte expectação messiânica, uma multidão grande, imensa, uma reportagem da TV Globo disse que eram quinhentas mil, podemos dizer que tal era na verdade o berço religioso, transcendental, no qual nascia Marx? Testemunho real de que Marx saiu das entranhas do Divino?

Vejamos a descrição da terra restaurada que nos deixou Isaías: Pois eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando. E Isaías prossegue fornecendo as descrições desta terra restaurada: E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos. (Isaías 65.17).

Claramente Isaías está contrapondo dois sistemas sociais antagônicos, que é exatamente o antagonismo que há entre socialismo e capitalismo. E podemos afirmar que este sistema social visionado pelo profeta Isaías, a terra restaurada ao menos na sua condição material, pela primeira vez na história surgiu naqueles anos de 1843 e 1844. Antes de Marx o mundo foi povoado de socialismo, mas somente o de Marx trabalhava com o antagonismo de classe que aparece com clareza no profeta Isaías: plantarão, e outro não comerá! Construirão, e outro não morará! E vale acrescentar que em muitas outras passagens o mesmo Isaías mostra que esta sociedade nova iria se estabelecer pela destruição daqueles que alimentavam a sociedade erigida em classes, confronto este que foi teorizado por Marx naquele ano de 1844. Até mesmo o Ai, de Isaías, contra aqueles que juntavam casa a casa, anexavam campo a campo, até não haver mais espaço e se fazer que os humildes morassem sozinhos, no meio da terra, tal apareceu nos escritos de Marx naquele ano de 1844, assentado em uma linguagem que apenas sofreu a mediação das categorias do político, do econômico e do sociológico.

Ora, fazendo as descrições, Adamir Gerson assentou que naquele ano de 1843, Marx se casou e, como um Novo Abraão, deixou a casa de seus pais, a casa da sua parentela, a sua pátria, e tornou-se peregrino pelo mundo. Porque assentou tal? Porque a Volta de Jesus iria ser um processo, um processo longo, em que Marx foi apenas o seu início. A Volta de Jesus é um processo que iria recapitular Abraão, Moisés, Josué, João Batista, até culminar no aparecimento do Filho do homem, vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. Esta seria a coração e consumação de todo processo parusiático.

Em uma palavra, a Volta de Jesus basicamente iria ter dois momentos, o da Lei e o da Graça. No momento da Lei ela iria repetir Abraão, Moisés e Josué. E podemos dizer que ela repetiu Abraão em Marx, Moisés no Lênin e Josué no Stálin. Até mesmo podemos dizer que ela já repetiu o elo de transição que foi João Batista, através de Gorbatchov. De modo que tudo o que está prometido para o Brasil, para acontecer no Brasil no ano de 2014, já é a consumação parusiática e é um acontecimento que diz respeito a Jesus de Nazaré. Agora é Jesus propriamente dito. É Deus fecundando nos humanos, Jesus. Começou a fecundá-lo em Adamir Gerson naquele ano de 1978, começou a trabalhar a sua fecundação em alguns companheiros ao lado de Adamir Gerson, e neste ano de 2014 será uma multidão imbuída do espírito de Jesus Cristo para lidar e resolver todas as questões políticas, religiosas, filosóficas e sociais.

Ora, os teólogos têm dividido a expectação messiânica que ocorreu na terra num espaço de cem anos desde a publicação do livro The Even Tide – A Noite, de John Acquila Brown, em Primeiro e Segundo Advento. O Primeiro Advento foi aquele que se desenvolveu a partir do batista Guilherme Miller, e o Segundo Advento o que teve como principal protagonista Charles Tasse Russel, que se formou religiosamente no ventre do Primeiro Advento.

Ora, se o Primeiro Advento foi aquele que fez dezenas de milhares acreditar que a volta de Jesus iria dar-se naqueles anos de 1843 e 1844, quando retornava para começar a restauração da terra, o Segundo Advento já foi ligeiramente diferente: a afirmação de que o reino do Messias iria ser estabelecido por volta do ano de 1914. Já não há mais o léxico da restauração da terra, como ocorreu por ocasião do Primeiro Advento, mas agora a ênfase é sobre o Governo de Deus. Deus vai estabelecer na terra o seu Governo, tomando o lugar dos governos humanos e fazendo-os desaparecer. Ora, se foi dito que o fenômeno real do Primeiro Advento foi o judeu protestante Karl Marx, tem-se que afirmar que o fenômeno real do Segundo Advento foi mesmo o estabelecimento do governo socialista na Rússia naquele final do ano de 1917.

Podemos afirmar que a Volta de Jesus, que a Palavra de Deus diz viria como ladrão, sem aparência exterior (Lucas 17.20), e que muitos exegetas tem entendido como sendo uma volta espiritual, tal se deu no corpo do socialismo? O socialismo foi este corpo espiritual?

Se Jesus teve três momentos distintos em sua vida, o da sua infância, que passou em Nazaré; o momento em que se batizou e começou seu ministério público; e o terceiro momento, da ressurreição, o socialismo teria tido estes três momentos ou passaria por estes três momentos? O primeiro foi o de Marx, e que corresponde à infância de Jesus; o segundo foi o de Lênin, e a revolução, que trouxe o socialismo à prática, foi aquele momento em que Jesus se batizou e começou seu ministério público; e o terceiro momento, que corresponde à sua ressurreição, certamente é este que está sendo prometido para a cidade de Londrina, para a sua manhã do dia 20 de abril do ano de 2014.

Mais uma vez, os passos que o socialismo deu; os milagres que fez no meio do povo pobre, dando a ele o que ninguém nunca deu – escola, comida, moradia, trabalho, hospital, remédio, vestimenta, lazer – o fato concreto da sua traição, o ser abandonado por todos, levado para ser julgado por pecadores, cuspido, chibatado (ó socialismo, responde quem te bateu!), preterido pela turba: solta o capitalismo e à morte com o socialismo! Crucificado entre dois malfeitores como se fosse um deles, o nazismo e o fascismo, e finalmente lancetado para certificar-se de que realmente estava morto (isto aconteceu naquele momento em que Borys Yeltsin ordenou o bombardeio do Parlamento matando dezenas de comunistas com o seu sangue escorrendo pelas suas escadarias). Podemos dizer que por tudo isto que passou o socialismo foi tudo aquilo que passou Jesus se aproximando agora o momento da ressurreição?

Ao longo do trabalho vem sendo dito que o socialismo tem dois momentos, o da Lei e o da Graça. O corpo mortal, o da Lei, e o corpo imortal, o da Graça. Jesus teve dois corpos assim? Ora, quando Jesus tomou o rumo de Jerusalém sabia que estava indo para a morte. Iria passar pelo calvário amargo da morte. Mesmo assim tomou o rumo de Jerusalém, e quando a morte se avizinhou não fugiu dela, como instaram seus discípulos, mas a esperou pacientemente. Porque se sabia em um corpo mortal, mas carregando em oculto um segundo corpo, guardado para a ressurreição. E para que este segundo corpo se manifestasse Jesus sabia que tinha que passar pelo calvário, tinha de beber o cálice amargo. Mas tinha certeza que este seu sofrimento seria transitório. Depois iria vir o momento de glória, quando no novo corpo do Ressuscitado então iria atrair todos a si.

A queda do socialismo, por tudo que passou desde o final da década de 90, o seu calvário, foi necessária. Porque estava em um corpo mortal, o Marxismo, mas carregava em oculto um segundo corpo, que Adamir Gerson chama de socialismo celestial e que é aquele reino que segundo o profeta Daniel não iria passar a qualquer outro domínio, mas subsistira eternamente. E para que este segundo corpo pudesse se manifestar o socialismo teve de passar pelo calvário de morte. Passou, e agora estamos naquele momento em que um anjo desceu do céu e removeu a pedra pesada colocada na boca da sepultura de Jesus para que nunca se levantasse. Removeu a pedra pesada, se sentou sobre ela, e disse para as mulheres: o que buscai?

Que aquela multidão de jovens que no mês de junho saiu às ruas do Brasil, clamando por uma nova nação, um novo norte para as suas vidas, e aquela multidão de jovens que ficou defronte a Televisão observando as suas imagens e perguntando: o que é isso? Que todos estes jovens se encham de força e de esperança e tomem o rumo da cidade paranaense de Londrina; e nesta manhã do dia 20 de abril caminhem pelas suas avenidas, marchem pelas suas avenidas, batendo fortes os seus tambores, agitando e alçando alto suas bandeiras e cantando cânticos, muitos cânticos, os mais belos cânticos.

“Uma cortina se abriu e surgiu; Um cavalo e mil cavaleiros; Brancos, vermelhos, armados, armados; Do riso inocente que faz despertar. Pisando firmes na terra; Abrindo seu ventre fazendo brotar; Uma canção que só fala de amor; Que só diz que a vida; Já vai começar. Do trigo somos a sua brancura; E da videira o seu vermelhão; O branco da paz, o vermelho da vida; Somos a rosa – a Rosa de Sarom”

Pelas avenidas de Londrina, batendo fortes os seus tambores, agitando e alçando ao alto as suas bandeiras e cantando, cantando cânticos, muitos cânticos, os mais belos cânticos, e no meio deles, no meio dos jovens, carregado pelos jovens, segue o senador Cristovam Buarque, com os jovens não cansando de dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Portador de Cristo!

NOTA DE RODAPÉ

(1) A Alemanha sem sombra de dúvida foi um solo de grande importância na história da redenção. Nela não somente se deu o início da restauração espiritual do Reino, com Lutero, como se deu nela o início da restauração material do Reino, com Marx. A Alemanha não somente sustentou a Reforma Protestante como sustentou a Revolução na Rússia, mesmo que não compactuasse com sua ideologia. Ajudou Lênin no seu retorno à Rússia e foi o único país da terra a estar do lado dos bolcheviques naquele momento difícil, pouco importa se o fez em cima de interesses imediatos, que, a rigor, foi o que a moveu a também a apoiar o movimento de Lutero. Para contrapor, foi na Alemanha que surgiu a figura odiada de Amaleque, que segundo a Bíblia Deus iria ter guerra com Amaleque de geração em geração, até extinguir por completo a sua memória. E naquele interregno de 42, 45, Deus teve novamente uma guerra com Amaleque, Hitler, e mais uma vez o destruindo. Amaleque se levantou não apenas para destruir o fundamento tipológico, o judeu, mas também o fundamento antítipo, o socialismo. Deus afiou as mãos de Stálin e a mão dos generais e soldados soviéticos, e ao final daquele ano de 45 destruiu Amaleque e seus anjos. Destruiu Amaleque ao final daquele ano de 45 e o destruirá quantas vezes se levantar, Amaleque e seus anjos.

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