segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Agamben


"Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro". Entrevista com Giorgio Agamben


"O capitalismo é uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro", afirmaGiorgio Agamben, em entrevista concedida a Peppe Salvà e publicada por Ragusa News, 16-08-2012.
Giorgio Agamben é um dos maiores filósofos vivos. Amigo de Pasolini e de HeideggerGiorgio Agamben foi definido pelo Times e por Le Monde como uma das dez mais importantes cabeças pensantes do mundo. Pelo segundo ano consecutivo ele transcorreu um longo período de férias em Scicli, na Sicília, Itália, onde concedeu a entrevista.
Segundo ele, "a nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governamentalidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas". Assim, "a tarefa que nos espera consiste em pensar integralmente, de cabo a cabo,  aquilo que até agora havíamos definido com a expressão, de resto pouco clara em si mesma, “vida política”, afima Agamben.
A tradução é de Selvino  J. Assmann, professor de Filosofia do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.
Eis a entrevista.
O governo Monti invoca a crise e o estado de necessidade, e parece ser a única saída tanto da catástrofe  financeira quanto das formas indecentes que o poder havia assumido na Itáli. A convocação de Monti era a única saída, ou poderia, pelo contrário, servir de pretexto para impor uma séria limitação às liberdades democráticas?
“Crise” e “economia” atualmente não são usadas como conceitos, mas como palavras de ordem, que servem para impor e para fazer com que se aceitem medidas e restrições que as pessoas não têm motivo algum para aceitar. ”Crise” hoje em dia significa simplesmente “você deve obedecer!”. Creio que seja evidente para todos que a chamada “crise” já dura decênios e nada mais é senão o modo normal como funciona o capitalismo em nosso tempo. E se trata de um funcionamento que nada tem de racional.
Para entendermos o que está acontecendo, é preciso tomar ao pé da letra a idéia de Walter Benjamin, segundo o qual o capitalismo é, realmente, uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro.  Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro.  O Banco – com os seus cinzentos funcionários e especialistas - assumiu  o lugar da Igreja e dos seus padres e, governando o crédito (até mesmo o crédito dos Estados, que docilmente abdicaram de sua soberania ), manipula e gere a fé – a escassa, incerta confiança – que o nosso tempo ainda traz consigo. Além disso, o fato de o capitalismo ser hoje uma religião, nada o mostra melhor do que o titulo de um grande jornal nacional (italiano) de alguns dias atrás: “salvar o euro a qualquer preço”. Isso mesmo, “salvar” é um termo religioso, mas o que significa “a qualquer preço”? Até ao preço de “sacrificar” vidas humanas? Só numa perspectiva religiosa (ou melhor, pseudo-religiosa) podem ser feitas afirmações tão evidentemente absurdas e desumanas.
A crise econômica que ameaça levar consigo parte dos Estados europeus pode ser vista como condição de crise de toda a modernidade?
A crise atravessada pela Europa não é apenas um problema econômico, como se gostaria que fosse vista, mas é antes de mais nada uma crise da relação com o passado. O conhecimento do passado é o único caminho de acesso ao presente. É procurando compreender o presente que os seres humanos – pelo menos nós, europeus – são obrigados a interrogar o passado.  Eu disse “nós, europeus”, pois me parece que, se admitirmos que a palavra “Europa” tenha um sentido,  ele, como hoje aparece  como evidente, não pode ser nem político, nem religioso e menos ainda econômico,  mas talvez consista nisso, no fato de que  o homem europeu – à diferença, por exemplo, dos asiáticos e dos americanos, para quem a história  e o passado tem um significado completamente diferente – pode ter acesso à sua verdade unicamente através de um confronto com o passado, unicamente fazendo as contas com a sua história.
O passado não é, pois, apenas um patrimônio de bens e de tradições, de memórias e de saberes, mas também e sobretudo um componente antropológico essencial do homem europeu, que só pode ter acesso ao presente olhando, de cada vez, para o que ele foi.  Daí nasce a relação especial que os países europeus (a Itália, ou melhor, aSicília, sob este ponto de vista é exemplar)  têm com relação às suas cidades, às suas obras de arte, à sua paisagem: não se trata de conservar bens mais ou menos preciosos, entretanto exteriores e disponíveis; trata-se, isso sim,  da própria realidade da Europa, da sua indisponível sobrevivência. Neste sentido, ao destruírem, com o cimento, com  as autopistas e a Alta Velocidade, a paisagem italiana, os especuladores não nos privam apenas de um bem, mas destroem a nossa própria identidade. A própria expressão “bens culturais” é enganadora, pois sugere que se trata de bens entre outros bens, que podem ser desfrutados economicamente e talvez vendidos, como se fosse possível liquidar e por à venda a própria identidade.
Há muitos anos, um filósofo que também era um alto funcionário da Europa nascente, Alexandre Kojève, afirmava que o homo sapiens havia chegado  ao fim de sua história e já não tinha nada diante de si a não ser duas possibilidades: o acesso a uma animalidade pós-histórica (encarnado pela american way of life) ou o esnobismo (encarnado pelos japoneses, que continuavam a celebrar as suas cerimônias do chá, esvaziadas, porém, de qualquer significado histórico). Entre uma América do Norte integralmente re-animalizada e um Japão que só se mantém humano ao preço de renunciar a todo conteúdo histórico, a Europa poderia oferecer a alternativa de uma cultura que continua sendo humana e vital, mesmo depois do fim da história, porque é capaz de confrontar-se com a sua própria história na sua totalidade e capaz de alcançar, a partir deste confronto, uma nova vida.

A sua obra mais conhecida, Homo Sacer, pergunta pela relação entre poder político e vida nua, e evidencia as dificuldades presentes nos dois termos. Qual é o ponto de mediação possível entre os dois pólos?
Minhas investigações mostraram que o poder soberano se fundamenta, desde a sua origem, na separação entre vida nua  (a vida biológica, que, na Grécia, encontrava seu lugar na casa) e vida politicamente qualificada (que tinha seu lugar na cidade). A vida nua foi excluída da política e, ao mesmo tempo,  foi incluída e capturada através da sua exclusão. Neste sentido, a vida nua é o fundamento negativo do poder.  Tal separação atinge sua forma extrema na biopolítica moderna, na qual o cuidado e a decisão sobre a vida nua se tornam aquilo que está em jogo na política.  O que aconteceu nos estados totalitários do século XX reside no fato de que é o poder (também na forma  da ciência) que decide, em última análise, sobre o que é uma vida humana e sobre o que ela não é. Contra isso, se trata de pensar numa política das formas de vida, a saber, de uma vida que nunca seja separável da sua forma, que jamais seja vida nua. 

O mal-estar, para usar um eufemismo, com que  o ser humano comum se põe frente  ao mundo da política tem a ver especificamente com a  condição italiana ou é de algum modo inevitável?  
Acredito que atualmente estamos frente a um fenômeno novo que vai além do desencanto e da desconfiança recíproca entre os cidadãos e o poder e tem a ver com o planeta inteiro. O que está acontecendo é uma transformação radical das categorias com que estávamos acostumados a pensar a política. A nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governamentalidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas. E que este modelo seja, do ponto de vista do poder, mais  econômico e funcional é provado pelo fato de que foi adotado também por aqueles regimes que até poucos anos atrás eram ditaduras. É mais simples manipular a opinião das pessoas através da mídia e da televisão do que dever impor em cada oportunidade as próprias decisões com a violência.  As formas da política por nós conhecidas – o Estado nacional, a soberania, a participação democrática, os partidos políticos, o direito internacional – já chegaram ao fim da sua história. Elas continuam vivas como formas vazias, mas a política tem hoje a forma de uma “economia”, a saber, de um governo das coisas e dos seres humanos. A tarefa que nos espera consiste, portanto, em pensar integralmente, de cabo a cabo,  aquilo que até agora havíamos definido com a expressão, de resto pouco clara em si mesma, “vida política”.

O estado de exceção, que o senhor vinculou ao conceito de soberania, hoje em dia parece assumir o caráter de normalidade, mas os cidadãos ficam perdidos perante a incerteza na qual vivem cotidianamente. É possível atenuar esta sensação?

Vivemos há decênios num estado de exceção que se tornou regra, exatamente assim como acontece na economia  em que a crise se tornou a condição normal. O estado de exceção – que deveria sempre ser limitado no tempo – é, pelo contrário, o modelo normal de governo, e isso precisamente nos estados que se dizem democráticos.  Poucos  sabem que as normas introduzidas, em matéria de segurança, depois do 11 de setembro (na Itália já se havia começado a partir dos anos de chumbo) são piores do que aquelas que vigoravam sob o fascismo. E os crimes contra a humanidade cometidos durante o nazismo foram possibilitados exatamente pelo fato de Hitler, logo depois que assumiu o poder, ter proclamado um estado de exceção que nunca foi revogado. E certamente ele não dispunha das possibilidades de controle (dados biométricos, videocâmaras, celulares, cartões de crédito) próprias dos estados contemporâneos. Poder-se-ia afirmar hoje que o Estado considera todo cidadão um terrorista virtual. Isso não pode senão piorar e tornar impossível  aquela participação na política que deveria definir a democracia. Uma cidade cujas praças e cujas estradas são controladas por videocâmaras não é mais um lugar público: é uma prisão.

A  grande autoridade que muitos atribuem a estudiosos que, como o senhor, investigam a natureza do poder político poderá trazer-nos esperanças de que, dizendo-o de forma banal,  o futuro será melhor do que o presente?
Otimismo e pessimismo não são categorias úteis para pensar. Como escrevia Marx em carta a Ruge: ”a situação desesperada da época em que vivo me enche de esperança”.

Podemos fazer-lhe uma pergunta sobre a lectio que o senhor deu em Scicli? Houve quem lesse a conclusão que se refere a Piero Guccione como se fosse uma homenagem devida a uma amizade enraizada no tempo, enquanto outros viram nela uma indicação  de como sair do xequemate no qual a arte contemporânea está envolvida.
Trata-se de uma homenagem a Piero Guccione e a Scicli, pequena cidade em que moram alguns dos mais importantes pintores vivos. A situação da arte hoje em dia é talvez o lugar exemplar para compreendermos a crise na relação com o passado, de que acabamos de falar. O único lugar em que o passado pode viver é o presente, e se o presente não sente mais o próprio passado como vivo, o museu e a arte, que daquele passado é a figura eminente, se tornam lugares problemáticos. Em uma sociedade  que já não sabe o que fazer do seu passado, a arte se encontra premida entre a Cila do museu e a Caribdis da mercadorização. E muitas vezes, como acontece nos templos do absurdo que são os museus de arte contemporânea,  as duas coisas coincidem.
Duchamp talvez tenha sido o primeiro a dar-se conta do beco sem saída em que a arte se meteu. O que faz Duchampquando inventa o ready-made?  Ele toma um objeto de uso qualquer, por exemplo, um vaso sanitário, e, introduzindo-o num museu, o força a apresentar-se como obra de arte.  Naturalmente - a não ser o breve instante que dura o efeito do estranhamento e da surpresa – na realidade nada alcança  aqui a presença: nem a obra, pois se trata de um  objeto de uso qualquer, produzido industrialmente, nem a operação artística, porque não há de forma alguma umapoiesis, produção – e nem sequer o artista, porque aquele que assina com um irônico nome falso o vaso sanitário não age como artista, mas, se muito, como filósofo ou crítico, ou, conforme gostava de dizer Duchamp, como “alguém que respira”, um simples ser vivo.
Em todo caso, certamente ele não queria produzir uma obra de arte, mas desobstruir o caminhar da arte, fechada entre o museu e a mercadorização.  Vocês sabem: o que de fato aconteceu é que um conluio,  infelizmente ainda ativo, de hábeis especuladores e de “vivos” transformou o ready-made em obra de arte. E a chamada arte contemporânea nada mais faz do que repetir o gesto de Duchamp, enchendo com  não-obras e performances a museus, que são meros organismos do mercado, destinados a acelerar a circulação de mercadorias, que, assim como o dinheiro, já alcançaram o estado de liquidez e querem ainda valer como obras. Esta é a contradição da arte contemporânea: abolir a obra e ao mesmo tempo estipular seu preço.

sábado, 19 de janeiro de 2013


Riana Jessé Trigo e a Mulher Samaritana

O Evangelho de João narra o encontro que Jesus teve com a mulher samaritana. O encontro de duas nacionalidades ao mesmo tempo irmãs e diferentes, Samaria e Judá. E a narrativa prossegue dizendo que a mulher ao ter aspectos da sua vida privada revelados por Jesus impressionada deixou o seu cântaro e correu á cidade e comunicou aos homens: Vinde, vede um homem que me disse todas as coisas que eu fiz. Será que este é o Cristo? Saíram da cidade e começaram a chegar-se a ele.

O que esse caso da mulher samaritana poderia ter a ver com Riana Jessé Trigo?

Ora, Adamir Gerson e Lúcio Junior Espírito Santo tem se interessado sobremaneira e abordado com certa profundidade o mito do sebastianismo que gerou a espera no Messias não só entre portugueses como também entre brasileiros. Forte em Portugal, mas também forte no Brasil, a tal ponto que podemos dizer inspirou a revolta de Canudos ocorrida no sertão baiano no final do século XIX.

É impressionante como a sucessão de personagens místicos no tempo e no espaço convergiu para o mesmo objetivo: Portugal seria a Israel do passado, de modo que o domínio glorioso de Deus se expandiria para o mundo a partir da nação lusitana.

O nascimento da crença teria se dado no ano de 1139 na batalha de Ourique, onde conta a lenda Jesus apareceu ao rei Afonso Henriques e teria lhe pedido que construísse um império para si. E a verdade é que trezentos anos depois surgiu aquilo que podemos dizer foi profecia de fato sobre um futuro messiânico que os céus então teriam reservado à Portugal. E essa profecia se acha assentada em frade franciscano Francisco de Paula. Nascido em 1416 em Paolo, Itália, e falecido em 1507 em Pleiss-les-Tours, França, em cartas que enviou ao amigo português filósofo Simão Ximenes, entre os anos de 1445 e 1462, assim se expressou Francisco de Paula: "Vossa santa geração será maravilhosa sobre a Terra, entre a qual haverá um de vossos descendentes que será como o Sol entre as estrelas... Reformará a Igreja de Deus. Fará o domínio do mundo temporal e espiritual e regerá a igreja de Deus... Purificará a humanidade, convertendo todos à lei de Deus; será fundador do Reino Universal de Deus na Terra ou da Nova Religião, em que todos adorarão o verdadeiro Deus... Será fundador de uma religião como nunca houve"

Depois do franciscano Francisco de Paula vamos então encontrar o sapateiro de Trancoso Bandarra de posse de vaticínio similar. Bandarra, judeu cristianizado e grande poeta popular, fez constar em trovas que o Quinto Império, aquele que se acha no vaticínio do profeta Daniel – E nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos (...) (1) – iria nascer das entranhas de Portugal. Segundo Bandarra o Calvário o confiou a Portugal.

Dado o trágico desaparecimento do jovem rei de Portugal Dom Sebastião, morto em batalha no Marrocos no ano de 1578, então com 25 anos, e como por esses dias, vindo de Espanha, circulava em Portugal o mito do Encoberto, o Rei-Messias habitando a lendária Ilhas Afortunadas, aguardando o momento de sua volta, ora, para consolar a dor de Portugal pela perda de seu jovem rei logo se difundiu entre o povo o mito do sebastianismo. Dom Sebastião não morrera, mas fora para uma ilha longínqua e que voltaria para resgatar a glória de Portugal.

Depois do Bandarra os vaticínios sobre um futuro messiânico reservados a Portugal recaem sobre Padre Vieira. Padre Vieira foi o homem que mais difundiu o mito do sebastianismo e foi claro de que o Quinto Império nasceria para o mundo a partir de Portugal. O Imperador Universal, latente na profecia de Daniel, seria um rei da coroa portuguesa.

Sentindo o chamado de Deus para a importância de Portugal nos mistérios proféticos do Reino, de como das entranhas da nação lusitana iria nascer um rei que seria diferente de todos os reis, que governaria unicamente para o juízo e para a felicidade de seus súditos, a verdade é que Padre Vieira, se sentindo como um novo Samuel, se dirigiu a vários monarcas portugueses para coroá-los o Imperador do Quinto Império. Tendo visto em Dom João IV o monarca em quem caíra a graça de Deus se dirigiu a ele para ungi-lo esse Imperador Universal. Sentindo que não fora o escolhido se dirigiu então a Dom Afonso, no seu orgulho humano acreditando que se não fosse Dom Afonso com certeza iria ser alguém da coroa portuguesa (2).

Depois de Padre Vieira Portugal cai nas graças de Deus agora com o poeta Fernando Pessoa. Com a mesma paixão de Padre Vieira, Fernando Pessoa elege também a nação de Portugal como a ela tendo sido confiado a realeza do Quinto Império.

Mas Fernando Pessoa introduz um elemento revolucionário em toda a questão. Até então o Quinto Império era a sucessão lógica do profeta Daniel. O Quinto Império tinha todas as feições político-militares, assim como se entendia estava em Daniel. Após impérios político-militares, babilônio, medo-persa, grego e romano, então na sequência iria aparecer o Quinto Império

A verdade é que Fernando Pessoa detectou uma contradição no sistema. Vivia-se a época do império britânico e para Fernando Pessoa o império britânico não podia jamais ser este Quinto Império. Obra então uma revolução. Desloca-se do profeta Daniel para o profeta Isaías, e constrói a gênese do Quinto Império em bases estritamente espirituais. Parte, não do domínio político-militar, mas do domínio cultural. E elege a Grécia como sendo a origem e gestação primeira do Quinto Império. Destarte, o Quinto Império é como está no profeta Isaías, um reino que domina, não pela força das armas, mas pela força das idéias. Pela beleza, pelo amor, pela ética. Não é um reino que submete corpos, mas um reino que liberta espíritos. De modo que a essência do Quinto Império é a espiritualidade libertadora que agracia todos os povos, todas as raças, todas as línguas. No seu domínio não há mais dor, nem pranto, nem gemido, mas apenas rostos felizes. Tendo elegido a Grécia como o berço da cultura humano-universal, o reino da espiritualidade passa então para Roma, desta para a Cristandade, e por fim para a Europa Pós-Renascentista. E em Portugal estaria o resultado de todo o seu caldo cultural. A síntese das sínteses.

Bem, agora vamos entrar na questão da Riana Jessé Trigo e a mulher samaritana. Porque mesmo Riana Jessé Trigo? Porque ela pode sim, como a mulher samaritana, proclamar a todo o povo de Portugal que não foi em vão a crença portuguesa no mito do sebastianismo; a crença portuguesa de que numa ilha distante estava o jovem rei aguardando o momento de sua volta para então restaurar, não apenas as glórias de Portugal, mas muito mais as glórias do Paraíso de Deus.

Porque todas as indicações são de que naquele ano de 1978, quando Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico, Deus tenha colocado naquele jovem, então com 25 anos, as esperanças messiânicas reservadas a Portugal. Certamente que Deus tem, a partir daquele ano, passado a construir nele os fundamentos teóricos do Quinto Império. Embora não seja português, todavia a sua nação é da descendência de Portugal. Mesmo porque seu sobrenome – Soares de Melo – é tipicamente português.

Lúcio Junior Espírito Santo, partindo de uma leitura de Fernando Pessoa, que acreditou piamente que o Rei-Menino se achava encoberto, em algum lugar e que iria se levantar, e regressar a Portugal, e, a partir de Portugal, restaurar na terra as glórias da idade da inocência;e segundo Fernando Pessoa quando se levantasse seria reconhecido por laços de proximidade com o rei morto em 1578, ora, Lúcio Junior Espírito Santo desde o momento em que ouviu tal relato não julgou-o uma bobagem, mas passou a se interessar pelos seus fundamentos.

Como tudo é uma revelação de Deus, o fato de lisboenses terem entrado nesta comunidade do socialismo celestial pode ser já plano de Deus. Para que por intermédio delas o Quinto Império chegue a Portugal. E de Portugal ganhe toda a Europa. Mesmo porque o novo que há de se estabelecer na Europa seja mesmo o socialismo celestial. Não há nada de novo palpitando na Europa senão corpos ruminando desgastadas bandeiras e procurando solução para os seus problemas em propostas que se tornaram elas mesmas criadoras de problemas.

E seja criado em Portugal o PAREPA, PArtido da REconstrução do PAraíso, com a missão de levar a todo o povo português e europeu os ideais do Quinto Império que não são outros senão os ideais Daquele que veio para que todos tivessem vida e vida em abundância.
Como a mulher samaritana, Riana Jessé Trigo pode dizer para todo o povo de Portugal: vem e vê se não é Dom Sebastião encarnado em um brasileiro da descendência de Portugal prestes a realizar todas as profecias messiânicas concernentes a Portugal?
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(1)  Daniel 2.44
(2)  Como Samuel, que tendo sido Chamado por Deus para que fosse à casa de Jessé e ungisse um de seus filhos rei sobre Israel, pois Deus decidira remover um rei segundo o coração dos homens e no lugar colocar um rei segundo o coração de Deus, ora, como Samuel que no orgulho humano fez passar diante de si os filhos de Jessé mais bem aparentados, e foi surpreendido por Deus que lhe disse que não escolheu nenhum deles, mas escolheu o mais moço, ausente, cuidando das ovelhas, a verdade é que podemos dizer Padre Vieira foi repetir Samuel. Porque acreditou piamente que a encarnação de Dom Sebastião, revestido agora com as vestes do Alto, iria dar-se em um monarca de Portugal. Acreditou que o Imperador Universal que iria chegar montado em um cavalo branco era um rei da coroa portuguesa. Mas não era nenhum deles. A escolha de Deus recaíra sobre um filho simples do povo. Não alguém vestido de roupas régias, mas vestido do uniforme de trabalhador.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Direita "Cristã".

Estou tendo um papo com dois postantes, Leandro e Lawlyet, e quem quiser conhecer na alma o que é a direita "cristã", acompanhe. São os mesmos assassinos de Jesus. Instrumentos do vil metal. Lembrando que o representante da direita "cristã" é Lawlyet, ao passo que Leandro expressa uma mentalidade de centro-esquerda.


Hoje
21:23
Lawlyet
opa
Esse cara é inteligente, mas tá meio confuso com ideias Marxistas
Ele é a favor de um socialismo celistial
um socialismo religioso
como seria isso?
Vamos esperar ele ver isso aqui pra explicar. EU passei a ele a entrevista do Heber, e ele gostou.
EU mesmo já acreditei em Kal Marx, mas vejo que tem nada a ver isso
ideologia que coloca um grupo contra o outro, manipulando gente de bom
que é a favor de guerrilha
ja volto
OLá Lawlyet e Leandro, vamos conversar. Temos muito que conversar e esclarecer uma multidão
Olá gente
mas explica isso de socialismo religioso
OLá gente
oi
O socialismo não seria bem religioso. Vou explicar com exemplo prático. Tivemos o judaísmo, e depois o cristianismo. Ora, o judaísmo foi a lei, o olho por olho, dente por dente, mas o cristianismo foi a graça. A graça foi um novo tempo que surgiu. De igual modo o socialismo marxista, que Leandro conheceu bem e creio ser também o caso de Lawlyet, foi a lei, o olho por olho dente por dente. Assim foi a ditadura do proletariado. Mas agora está surgindo o socialismo celestial. É novo tempo. É a graça que chega também na revolução.
tentando entender isso de graça na revoluçaõ
Se no socialismo marxista a revolução foi feita pelo poder do fuzil, no socialismo ela será feita pelo poder da Palavra de Deus. No lugar da destruição dos ricos e dos opressores eis agora a sua transformação, a sua conversão. Porque? Porque no novo socialismo o seu alicerce chama-se Jesus Cristo, aquele que teve o poder de fazer com que ricos vendessem suas propriedades e dessem o valor aos apóstolos para que fossem repartido por todos.
vc quer dizer lavagem cerebral por meio de uma religião?
Quero dizer conscientização, amigo.
e por que seria necessário conscientizar as pessoas para vender as coisas e dar a grana pros outros?
Você fala isto sério?
sim
Precisa entrar no espírito da coisa
explica porque vc acha que é necessário as pessoas venderm os bens..
Amigo, aqui ninguém está falando em ninguém vender nada e dar para alguém. Foi feito uma acareação com o caso passado de Jesus.
então
mas jesus nunca falou pra ng fazer isso
alias
ter bens, riquezas etc, nao é algo mal
Quem tem mentalidade de direita tem uma visão assim
e vc acha que é mal?
o direito à propriedade?
Eu acho errado ter mais do que o necessário, como um monte de sapato, um pra cada dia da semana
como um monte de carro
vai falar que isso é certo?
pode falar à vontade, eu não vou concordar.
Propriedade no reino de Deus será coletiva.
isso é pecado
Mas não acho que tem que FOÇAR alguém a fazer isso
é contraditório falar em religiao e coletivismo
Gerson, o que parece é que você quer FORÇAR. Isso não tem como
daí o novo socialismo
socialismo nao tem como ser religioso já que é pecado
a menos, é claro, que se distorça a historia mais do q já está distorcida e mude os mandamentos
Se alguém quiser ajudar meu grupo social por livre vontade, tudo bem
Leandro expressa uma mentalidade de centro-esquerda, já você, de direita.
Eu acho o socialismo totalitário igual ao neoliberalismo. Só que os neo vem pro cima e os socialistas por baixo.
eu sou de direita
Socialismo e o próprio Jesus.
sou de direita e conservador..
nao
socialismo é pecado
Law, você é a favor do cara ter vários carros e vários roupas sem precisar?
Tá na cara que você é de direita
se ele consegue por meios próprios, sim
cada um tem o que trabalha pra ter
de qualquer forma, oq defendo não é pecado
mas socialismo é pecado
só que no capitalismo os que trabalham é para outros, os espertalhões da burguesia
isso nao é no capitalismo
a culpa disso é justamente do esqueridsmo
num capitalismo verdadeiro isso não teria como existir
Law, você é um pau no cu
Ou a bíblia não diz que não se pode ter mais que o necessário e tem que fazer a caridade
Leandro, se livre deste escorpião. Isto é instrumento de Satanás.
QUAL O DECIMO MANDAMENTO, CARALHO?
Não é porque Ronaldinho ficou rico com esforço que ele tem que ter um carro por dia
O cara que tem 5 carros deixa de dar de comer a quem tem nem comida
Ninguém fica rico com esforço físico. Fica rico pela esperteza
tem jogador que é por esforço
Você fala isso porque nunca teve no meio do futebol
Sim, conheço a fundo o tema
vejam que todo país mais intervencionista é justamente o com mais desigualdade..
enquanto que tem o mínimo possível de mão do estado, ou seja, quanto mais livre o mercado, melhor distribuição de renda.
vai lá em Cuba e você verá que essa desigualdade não existe. Mas vai no Brasil ou no Paraguai ou n aArgentina e você verá o que realmente é desigualdade.
Isso aí já é opinião de cada um
claro q noa tem em cuba essa desigualdade
lá todo mundo é igualmente pobre
la nao tem poucos caras com 5 carros
Isso é verdade, lá o pouco que tem tá dividio
tem a familia castro com sei la quantos milhoes de jatos
lá é uma miséria fudida
você é um direitaço. Leandro, arrumo outros
porra, vcs nao leem?
qual sua religião Gerson?
Giovanik Taciloff
Para pensar :
Jesus foi o 1º comunista. Repartiu o pão e os peixes e transformou a água em vinho. (Fidel Castro )
PAPO
Jesus nunca foi comunista
as pessoas distorcem a história
Fidel Castro matou muita gente
tem uma diferença entre comunismo e CARIDADE
e como Law diz, eles tem muitos jatos
Sim, e você acha certo ter uma porrada de carro e um cara nã oter o que comer?
Gérson, qual sua religião?
quem tem jatos, fidel ou o país?
fala isso na minha cara
a fortuna de castro deve ser de quase 1 bilhao
sou evangélico embora saiba que entre os evangélicos tem uma boa porcentagem de fariseus e saduceus.
mas de qual igreja?
A CIA AMERICANA DISSE ISTO E VOCE ACREDITOU?
Congregação Cristã no Brasil
Tem direitista que diz que Cuba até teve melhora. O cara que tá escrevendo o livre politicamente incorreto disse os lados bons e ruins de Cuba
cara... vc é 30 anos mais velho que eu... ainda ta nessa de conspiração americana?
entao
vou perguntar o décimo mandamento
Mas claro que existe conspiração gringa, como tem chinesa, como tem iraniana e do caralho de asa, todos que são inimigos entre si se atacam
ou você não sabia disos?
kct... ng sabe os mandamentos?
ou você acha que exista um lado certo e outro errado
qual é o decimo mandamento?
Não sei
achei q vc soubesse...
ja q vc propos um socialismo baseado na religião
Já não lembro
10 nao cobiçaras a mulher do proximo, nem o seu gado, nem qualquer coisa que lhe pertença
E é isso que fazem os capitalistas, os desgraçados vivem 24 horas por dia cobiçando o que é de outros
No espiritismo a gente resume em dois, acho que tá na bíblia, não lembro. 1 Amar a Deus sobre todos as coisas, 2 amar ao príxomo como a você mesmo
foi pelo décimo mandamento que apareceu o direito à propriedade privada...
justamente nos códigos de direito canonicos
Sim bicha, mas não o direito a ter uma porrada de coisas e não fazer caridade
e foi por Tiago 5 que a propriedade foi condenada
cole o q ele falou
foi o próprio Cristo que disse: Dai a Cesar o que é de Cesar
Ai de vós, ricos... Disse Jesus...
Gerson
tem q saber interpretar
aí tá tá ficando zoado
esse é o problema com protestantes
então agora todo rico é canalha?
aí dos ricos
ahhaha
não é assim não
querem levar tudo literalmente e ignoram que Jesus usava mto parabolas e a biblia foi escrita em sentido figurado
Kaka por exemplo ajuda geral
Isso mesmo, metáforas
Vários ricos ajudam as pessoas
eu serei rico e ajudarei muito
embora a gente tenha que ajudar mesmo sendo pobre
não só materialmente
uma atenão às vezes ajuda mais
atenção
uma conversa
outra coisa... Jesus não era socialista. Vocês tem que saber a diferença entre ASSISTENCIALISMO e CARIDADE
Jesus fazia CARIDADE
ele nao era revolucionario
Minha religião fala muito disso também, da CARIDADE
tem a passagem da viúva que dá O QUE PODIA e não o que SOBRAVA
tão ligados?
o pouco que ela podia dar ela deu
e ajudou
Ele nao foi tentar derrubar os corruptos, os imperadores pra dar a grana pros pobres... Ele e os apóstolos ajudavam por Eles mesmos com o que Eles tinham e nao porque eram obrigados, mas para fazer o BEM
entao pergunto a vcs... Quem sabe dizer a diferença de assistencialismo e caridade?
Tem cara que fala : Eu vou ficar rico, aí eu ajudo. NÃO, tem que fazer como a viuva
Law, leia o que falei da passagem da viúva
Amigos, a conversa está boa mas vou ter que encerrá-la, porque colhi material suficiente para provar que as duas bestas de Apocalipse 13 uma seja o catolicismo romano e a outra seja os evangélicos de direita. Tenho que desenvolver isto em tópico e ver o que rende.
acho que responde
isso
Mas podem continuar, vou usar dali para trás
ERRADO
o catolicismo?
nao diga besteira.
a besta é justamente o marxismo cultural
que vai vir com a tal religião universal.. ou seja, a grande babilonia..
Ela responde ?
Besteira, as duas bestes de Apocalipse 13 são revivências das duas irmãs Oolá e Oolibá, que são Judá e Samaria. Samaria é o catolicismo, e Judá, os evangélicos.
Não existe isso de um grupo ser besta
aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh meu sacO!
prova q o catolicismo é a babilonia
pq se vc tem uma bíblia, em priemiro lugar, agradeça à Igreja Católica
pq até onde sei, sao os protestantes que vem com relativismo moral pra todo canto, querendo levar a bíblia da forma mais literal possível e levando as pessoas a sairem por aí dando as próprias interpretações da maneira masi doida possível.
A igreja católica até onde sei é a maior casa de caridade do mundo, mas eu sou burro
e posso tá enganado
e se falei do decimo mandamento é pra mostrar que segundo os mandamentos o comunismo é pecado
Babilonia é o imperialismo americano, logicamente que sustentado pelas duas bestas.
idiotice dizer isso
imperialismo americano nem existe
quer ver imperialismo? veja a ONU
veja os grupos que estão controlando tudo...
Tem comunista que tem inveja dos ricos
o eixo eurasiano e o clube de bilderberg
O que não gosto dos gringos é o terrorismo, mas qualquer país que tenha armas suficiente será terrorista
é facil tentar colocar a culpa nos outros.
o único erros do estados unicos é justamente não ser um país predominantemente católico
aham
Uma vez no meu centro, falando sobre poluição um garoto citou na fala dele os EUA, aí uma garota disse que não é assim, qeu cada um é responsável pelo lixo que joga na rua
Leandro, comunista algum tem inveja do rico. Comunista tem nojo, asco, de rico.
é facil achar marxismo lindo de acordo com teorias bonitas que se ouve por aí... se for pesquisar vai ver que Marx foi um burguês e canalha, além de satanista. A visão doentia dele via até o casamento como opressor onde a mulher era vista como "propriedade privada"
para marx a mulher deveria ser do coletivo e nao de um marido, pois isso seugndo ele era mais justo
depois de marx, que fracassou tentando colocar proletariado vs patrao, veio quem?
Gramsci, Horkeimer, Marcuse, Adorno e toda essa turminha da escola de Frankfurt
Não sei quem veio
ah tah, isso mesmo
assisti a um vídeo
sobre isso
Então, Gérson, me fala o nome do livro do Marcuse onde ele fala sobre sexo na sociedade...
Gerson, existe SIM comunista invejoso como qualquer pessoa.
aliás.. eu falo...
Eros e Civilização...
e pra que ter nojo de rico? Isso é inveja, eu tenho frustação do cara que conseme mais do que o necessário e até JOGA FORA as coisas.
agora me falem qual uma teoria chave desse livro?
Mas gosto de ricos como Kaka por exemplo
eu não o li
ele dizia que a civilização ocidental fazia guerras por culpa da religião cristã que impunha uma moral sexual e por isso a sociedade pela falta de sexo parecia uma panela de pressão prestes a explodir e extravazava isso fazendo guerras.
10 anos depois dsa palestras dessa turminha da escola de frankfurt nas faculdades americanas, incentivando a molecada boba justamente a parar de ser conservador e a cair na putaria pra acabar com a guerra, o que acontece??
Movimento Hippie... "Faça amor e não guerra..."
o amor nesse caso era PUTARIA.]
E a putaria que aumenta a violência
porque não existe COMUNISMO SEXUAL
e por que eles precisavam de tanta droga pra sair trepando por aí, coisa que a molecada hoje faz sem pudor algum? Porque aquelas crianças receberam boas educações de seus pais conservadores.. então precisavam da droga pra servir de narcótico pra consciencia mesmo
os homens SE MULTILAM para term poder
serem o alpha
E a putaria que aumenta a violência
porque não existe COMUNISMO SEXUAL
os homens SE MULTILAM para term poder, serem o aplha. já que o homem é poligãmico e a mulher hipergâmica. E isso aumenta doenças e ABORTO
preciso ir pra fora pra fumar
fuma aqui
VIADO
ARROMBADO
to no quarto
vou levar o computador pra fora
E me fala se a passagem da viuva responde à tua pergunta quando voltar
espera q é um laptop com a tela quebrada e mais o monitor kk
E FUMAR DEIXA BROXA
sim
a passagem respondeu
foi um excelente exemplo
nao me preocupo com isso do cigarro... tenho mais paudureza do que preciso...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
porra!
quer q eu te doe um pouco?
dar o quê? Cigarro?
ah
paudureza
ahahha
paudureza kk
ja volto
fumar deixa brocha e ponto final