Imediatamente
após os Atentados do 11 de Setembro, pelo espírito, Adamir Gerson entrou em
febril atividade para conter o avanço de um mal anunciado.
E
a razão que entrou em febril atividade é que imediatamente após os Atentados o Alto
lhe trouxe à memória o sonho profético de Dom Bosco sobre uma chuva de rosas
que então cairia na terra no seu tempo final.
Vejamos
o sonho de Dom Bosco, datado do ano de 1880: Eis que no sonho Dom Bosco notou
que o céu ficara sombrio e se aproximou uma tempestade com trovões, raios e
relâmpagos. E no meio de tudo isto se ouviu um grande estrondo, um grande
trovão, que estremeceu a casa. E Dom Bonetti, que no sonho acompanhava Dom
Bosco junto com o Conselho, correu para o alpendre e eis que viu caindo do céu
uma chuva de espinhos. As gotas de espinhos que caiam eram grossas como
cascatas de água numa chuva torrencial.
E
após a chuva de espinhos eis que houve um segundo trovão, forte como o
primeiro. No entanto agora parecia que o céu começava a se clarear. E quando
houve o segundo trovão então Dom Bonetti correu para o alpendre e eis que viu
uma nova chuva caindo do céu. De modo que exclamou: Óh! Uma chuva de botões!
E
seguiu-se um terceiro trovão, mais forte ainda. De modo que Dom Bonetti correu
para o alpendre para ver o que era então. Olhando para o alto, Dom Bonetti via
que agora apareceram frinchas de céu claro e um pouco de sol. E olhando para as
frinchas de céu claro eis que Dom Bonetti vê agora um novo espetáculo: do céu
cai uma chuva de flores!
Chuva
de espinhos, chuva de botões, chuva de flores!
Após
a chuva de flores, que eram de muitos matizes, ocorreu do céu um quarto trovão,
fortíssimo! Muitíssimo mais forte que todos os anteriores. E Dom Bonetti
correndo para o alpendre e olhando para o alto eis que viu o céu completamente
claro e no horizonte um sol brilhante. E Dom Bonetti pasmado diante do sol
brilhante eis que viu o céu se abrindo e uma chuva de rosas, em grande
quantidade, caindo das nuvens a terra. E as rosas, mui perfumadas, cobriam as
terras e os telhados das casas. E quando Dom Bonetti viu uma chuva de rosas
assim, então gritou para Dom Bosco: Venha, Dom Bosco, e vede! E Dom Bosco
correu para o alpendre a ver a chuva das rosas mui perfumadas. E quando Dom
Bosco olhava e via que elas cobriam as terras e os telhados das casas, eis que
Dom Bonetti exclamou: Oh! Finalmente!
Bem,
o que sucede é que imediatamente após os Atentados do 11 de Setembro, Adamir
Gerson interpretando o sonho de Dom Bosco, então entendeu que a tempestade com
raios e trovões vistas pelo vidente italiano foram mesmo os ataques
concatenados dos radicais islâmicos. E o grande estrondo que estremecera a casa
onde estavam Adamir Gerson entendeu como sendo o momento em que ruiu as Torres
Gêmeas.
Diante
do anúncio do Presidente George W. Bush, prometendo vingança, Adamir Gerson
entendeu claro que a chuva de espinhos que se seguiu ao grande estrondo seria
então que os Estados Unidos iriam atacar o Afeganistão. Os espinhos grossos que
no sonho caiam, entendeu que seriam bombas lançadas sobre o povo do
Afeganistão, naquele momento entendendo que ele não tinha nada que ver com
aquilo.
Ora,
querendo evitar o mal anunciado, os ataques que iriam trazer sofrimento ao povo
do Afeganistão, querendo o impedir, Adamir Gerson entrou em atividade febril.
Fez um portentoso trabalho, a partir do sonho profético de Dom Bosco, e correu
em busca de apoio para realizá-lo.
E
no trabalho constava uma grandíssima caminhada acontecendo na cidade de
Presidente Prudente para aquele final de ano de 2001. A caminhada representava
exatamente o derramamento da chuva de rosas visto em sonho por Dom Bosco. E era
dito que tal caminhada iria inaugurar na terra uma nova ordem mundial que quando
plenamente estabelecida ninguém mais iria ter pretexto para fazer o que os
radicais islâmicos fizeram nos Estados Unidos e nem nação alguma iria ter
pretexto para atacar outras nações.
E
correu com o trabalho por muitos lugares em busca de apoio para a sua
realização. Na Unesp, no Sindicato dos Bancários, entre estudantes, expôs para
padres e pastores, e ninguém mostrou qualquer interesse. De modo que ele era
completamente invisível no meio deles.
Mas,
como Hegel disse que a crítica filosófica só é possível ao final do processo, ora,
passado doze anos daqueles acontecimentos é possível que hoje tenhamos melhores
explicações para esse sonho profético de Dom Bosco. De fato, o primeiro
estrondo foi mesmo os acontecimentos do 11 de Setembro e a chuva de espinhos
que se seguiu foi mesmo não só o ataque que os Estados Unidos fizeram ao Afeganistão
como também o ataque que fizeram em seguida ao Iraque. A chuva de espinhos foi
todo o sofrimento que a nação americana levou a esses países árabes, semeando
ali a morte e deixando ali um rastro de destruição.
Mas,
o que teria sido as chuvas que vieram na sequência, de botões, e de flores e de
rosas? Para Adamir Gerson essas chuvas representam as manifestações que
varreram o mundo como recusa das ordens estabelecidas. O Ocupa Wall Street e as manifestações na Grécia foram sim essa chuva
de botões; as manifestações que varreram os países árabes, a Primavera Árabe,
foi sim essa chuva de flores; e as manifestações que varreram o Brasil no mês
de junho são sim preparações para a Chuva de Rosas, que mui provavelmente cairá
do céu à terra no mês de outubro do ano de 2013.
Temos
de entender tudo isto de forma dialética, com o olho da metafísica, o olho do
espírito. Qual o profundo significado de no sonho de Dom Bosco Dom Bonetti ter
exclamado, após a chuva de rosas: Oh! Finalmente? Adamir Gerson entende este Oh! Finalmente! como o momento histórico
em que Deus restabelece a sua soberania e instaura na terra o governo de seu
filho Jesus, como são as imagens de Apocalipse 11.15-18.
Vale
lembrar que na metade do século passado teólogos humanistas tiveram lampejos
deste novo dia que vem chegando. Uma geração inteira de teólogos se entregou a
utopia lírica da chegada da Era de Jesus, da chegada da Era do Espírito, da chegada
da Era do Humanismo Integral, palavras balbuciadas naqueles dias por Ignácio de
Castro, e por Bardiaev, e por Jacques Maritain, balbucios que eram repetidos com
esperança por todos, que não cessavam de dizer: damos por encerrado as
revoluções, liberal e marxista; o tempo que urge é a construção da Revolução do
Amor, do amor total, sem qualquer barreira que o impeça. E enquanto balbuciavam
estas palavras de esperança de um novo tempo, dentre eles se levantou Teilhard
de Chardin: Eu vi! A terra inteira se iluminando instantaneamente! É certo, a
Era de Jesus não nasceu naqueles dias; não estava madura para seu nascimento.
Tinha pela frente ainda uma grande caminhada. Teria de ser enriquecida nas
lutas sociais e políticas da Teologia da Libertação. Então estaria apta para o
nascimento. E o que impede, hoje, o seu nascimento?
Pois
é, seguramente é esse Governo de Cristo, a ser construído pacificamente, pelo
poder das idéias, pelo poder da inteligência, que cada vez mais ganhará os
homens para o seu lado, que porta respostas para esses jovens que nos Estados
Unidos, na Grécia, na Espanha, no Egito, na Tunísia, no Brasil saíram às ruas
clamando por um novo modelo civilizatório. Esses jovens não querem pura e
simplesmente a troca de governos, de homens, mas, sim, a troca de modelo
civilizatório. Querem um novo paradigma onde tudo seja regido pela cooperação e
a solidariedade, e não esse mundo louco regido pelo consumismo desenfreado e irresponsável.
Abaixo
segue o trabalho A Guerra dos Meninos Brasileiros e as propostas para a
realização de uma grandíssima manifestação no mês de outubro na região de
Presidente Prudente, Oeste Paulista. E nestas manifestações seguramente será que
estará caindo sobre a terra, a partir do Brasil, a chuva de rosas mui perfumadas
do sonho profético de Dom Bosco. Mais do que isto, que a partir deste dia estas
forças mortas que governam o Brasil e o mundo começarão a passar. Como
vaticinou o profeta Isaías: “E os olhos dos que vêem não ficarão grudados e os
próprios ouvidos dos que ouvem atentarão. E o próprio coração dos apressados
demais considerará o conhecimento e até mesmo a língua dos gagos se apressará
em falar coisas claras. O insensato não mais será chamado de generoso; e quanto
ao homem sem princípios, não se dirá que é nobre; porque o próprio insensato
falará mera insensatez e o próprio coração dele fará o que é prejudicial, para
praticar a apostasia e para falar contra Javé aquilo que é desordenado, para
fazer a alma do faminto ficar vazia, e ele faz até mesmo o sedento passar sem a
própria bebida. Quanto ao homem sem princípios, seus instrumentos são maus; ele
mesmo aconselhou atos de conduta desenfreada, para estragar os atribulados com
declarações falsas, mesmo quando um pobre fala o que é direito. E o profeta
Isaías prossegue com o seu vaticínio sobre a nova terra, a nova civilização: “(...)
E no deserto há de residir o juízo e no pomar morará a própria justiça. E o
trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da
verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá
de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança,
e em lugares de descanso sem perturbação. E há de saraivar quando a floresta
descer e a cidade ficar rebaixada a um estado rebaixado. ‘Felizes sois vós os
que semeais junto a todas as águas, mandando embora os pés do touro e do
jumento.’” Isaías 32
Bravo,
jovens! Saiam às ruas, se manifestem, e mandem embora os pés do touro e do
jumento!
============================
Quando
o segundo sol chegar, para realinhar as órbitas dos planetas; Derrubando com
assombro exemplar o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa.
Cássia Eller/Nando Reis... Menino Deus / Quando a flor do teu sexo / Abrir as pétalas para o
universo / Então por um lapso se encontrará nexo / Ligando os breus dando
sentido aos mundos / E aos corações, sentimentos profundos / De terna alegria
no dia do Menino Deus, Caetano Veloso
A GUERRA DOS MENINOS BRASILEIROS (O DIA DA VITÓRIA)
“(...) E saí cantando meu pequeno
hino; Quando vi que alguém também cantava; Vi minha esperança na voz de um
menino que sorrindo me acompanhava; Outros que brincavam mais além, deixavam de
brincar pra vir também; E cada vez crescia mais aquele batalhão de paz; Onde já
marchavam mais de cem; De todos os lugares, vinham aos milhares, e em pouco
tempo eram milhões; Invadindo ruas, campos e cidades, espalhando amor aos
corações; Em resposta o céu se iluminou; Uma luz imensa apareceu; Tocaram forte
os sinos, os sons eram divinos, a paz tão esperada aconteceu; Inimigos se
abraçaram, e juntos festejaram, o bem maior: a paz, o amor e Deus (...) Roberto
Carlos/Erasmo Carlos
===============================
Ora, no ano de 2003, 2004 Adamir Gerson se achava na igreja Obras do Espírito Santo. Fora ali levado por mãos angelicais para que falasse para o seu dirigente, pastor Luis Baldez, sobre as boas novas do Reino de Deus. Sobre a iminência do Casamento do Cordeiro sobre esta terra. (E a Palavra de Deus não voltou vazia neste coração, pois alguns anos depois, pastor Luis Baldez foi ouvido falando com alegria no coração de um novo socialismo... A partir das imagens do livro de Atos que mostra a comunidade de cristãos primitivos tendo todas as coisas em comum pastor Luiz Baldez sentiu no coração que o socialismo é sim parte dos planos de Deus)
Ora, no ano de 2003, 2004 Adamir Gerson se achava na igreja Obras do Espírito Santo. Fora ali levado por mãos angelicais para que falasse para o seu dirigente, pastor Luis Baldez, sobre as boas novas do Reino de Deus. Sobre a iminência do Casamento do Cordeiro sobre esta terra. (E a Palavra de Deus não voltou vazia neste coração, pois alguns anos depois, pastor Luis Baldez foi ouvido falando com alegria no coração de um novo socialismo... A partir das imagens do livro de Atos que mostra a comunidade de cristãos primitivos tendo todas as coisas em comum pastor Luiz Baldez sentiu no coração que o socialismo é sim parte dos planos de Deus)
E o que sucede é que por esses dias chegou à igreja uma jovem por nome
Joseane, vinda da igreja Nova Jerusalém. E assim que tomou assento ela narrou
um sonho que tivera naqueles dias. Narrou que vira em sonho uma grandíssima
caminhada acontecendo no centro de Presidente Prudente. E a multidão caminhava
no seu centro em direção ao Parque do Povo.
E ela narrando o sonho então contou que quando a multidão ia entrar no
Parque do Povo, pela sua porta de entrada, eis que estavam ali uns clérigos
parados. E eles conversavam entre si e se perguntavam: quem deu poder para
estes fazerem isto? E a grande multidão entrou então no Parque do Povo e foi se
postar diante de um grande palanque ali armado ocupado pelos ministros da
Palavra de Deus.
Narrando o sonho, ela contou que a grande multidão que viu caminhando
pelo centro de Presidente Prudente era composta de católicos e de evangélicos;
mas os católicos eram maioria, como ela mesma disse. E quanto aos ministros da
Palavra de Deus que ocupavam o grande palanque eram padres católicos e pastores
evangélicos; mas os pastores evangélicos eram maioria, como ela mesma disse
narrando o sonho.
O que sucede é que assim que acabou de narrar o sonho pouco tempo depois
retornou para a sua igreja, todavia deixando a intrigante pergunta: o que foi
fazer naquele lugar onde estava o homem interessado? O homem que Deus já o
vinha preparando desde o ano de 2001, desde os atentados do 11 de Setembro nos
Estados Unidos, para realizar tão grande caminhada? Por ventura que foi levado
ali pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os
profetas, de modo que ele tinha no propósito do coração realizar uma grande
caminhada escatológica, que seria sim introdutora da caminhada do Milênio; que
marcaria sim o momento em que o reino do mundo começaria a se tornar em reino
de nosso Senhor e do seu Cristo, como são as imagens de Apocalipse 11.15-18?
O que seria esta caminhada vista em sonho pela jovem Joseane? Por
ventura que ela viu em sonho as duas linhas de vida que saem da mão de Jesus
(Habacuque 3.4) se encontrando e juntas atravessando o Jordão espiritual?
O que seria mesmo esta caminhada? Por ventura que no final do ano de
2012 ou mais tardar no ano de 2013 (este escrito é do começo do ano de 2012. De
modo que em acontecendo tão grande acontecimento o mesmo seria realizado mui provavelmente
na manhã do dia 13 de outubro do ano de 2013. Tudo começaria no dia 9 de
outubro (Assentamento Che Guevara), dia 10, dia 11 e no dia 12 de outubro seria
um dia de grande reflexão, com os vários grupos temáticos debatendo nas
avenidas de Presidente Prudente o seu tema relacionado com o Governo do Reino
de Deus que vem realizar o grande vaticínio do profeta Isaías: Como cessou
aquele que compelia outros a trabalhar, como cessou a opressão! Javé destroçou
o bastão dos iníquos, a vara dos governantes, aquele que incessantemente
golpeava povos em fúria com um golpe, aquele que subjugava nações em pura ira,
com perseguição sem freio. A terra inteira chegou a descansar, ficou sossegada.
As pessoas ficaram animadas, com clamores jubilantes. Até mesmo os juníperos se
alegraram de ti, os cedros do Líbano, dizendo: Desde que te deitaste
(imperialismo, a nova e sequencional Babilônia), não sobe contra nós nenhum
lenhador (Isaías 14.1-7), sim, em acontecendo tão grande acontecimento tudo
começaria no dia 9 de outubro, 10, 11 e 12, dia de grande reflexão. E então
tudo se consumaria na manhã do dia 13 de outubro do ano de 2013...
E eis que é o dia 23 de dezembro do ano de 2012... E eis que é o dia 30
de maio do ano de 2013... (Mas, em tudo acontecendo, eis que é a manhã do dia
13 de outubro do ano de 2013). E uma multidão imensa, vinda de todas as partes
do Brasil, de muitas partes da terra, está na cidade de Presidente Prudente,
ocupando as suas avenidas, com os seus tambores, as suas bandeiras e os seus
cânticos, seus muitos cânticos. E de repente alguém grita, no meio da multidão:
Eia lá vem! E todos esticam o pescoço para ver o que lá vem, e eis que todos
avistam vindas as forças dos reis do nascente do sol (1) com a missão de começar em cima da terra o reinado de Jesus
Cristo no lugar do reinado de homens, que trouxe proveito para poucos, mas
lágrima, dor e sofrimento para a imensa maioria.
E lá vem. E na frente de todos eis que aparecem jovens empurrando uma
grande roda e nela os dizeres: 2012: O TEMPO DO REINO! O TEMPO DOS MANSOS QUE
JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A GOVERNARIA. No centro da grande roda, o número
2012, e em cima, circundando, os dizeres: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE
HERDARIA A TERRA E A GOVERNARIA, e embaixo, completando o círculo, os dizeres,
OS TRABALHADORES (Este escrito é do começo do ano de 2012, de modo que em
acontecendo tão grande acontecimento, então na roda apareceria os dizeres:
2013: O TEMPO DO REINO! O TEMPO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A
GOVERNARIA).
E atrás seguem jovens em cima de uma caminhonete que veio do Pontal do
Paranapanema levando três estandartes, os estandartes de Paulo e de Marx
ladeando o estandarte de Jesus Cristo. (Marx foi aquele que disse: Trabalhadores
de todos os países: uni-vos, pois vós possuireis a terra inteira (Manifesto
Comunista); Jesus foi aquele que disse: Todas as coisas, portanto, que quereis
que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles; isto,
de fato, é o que a Lei e os Profetas querem dizer (Mateus 7.12; e Paulo foi
aquele que disse: Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem,
mas a da outra pessoa (ICoríntios 10.24).
Prosseguindo. Bem, e quando a camionete passa levando os estandartes de
Paulo, e de Jesus, e de Marx eis que logo atrás vêm jovens empurrando um
carrinho; e em cima do carrinho um livro aberto com os dizeres, deste lado:
EDUCAÇÃO, e do outro lado, EVANGELHO. E os jovens que empurram o carrinho são
deste lado, um jovem evangélico, e daquele lado, um jovem católico, mas no meio
deles um jovem socialista, com os três jovens seguindo pelas avenidas de
Presidente Prudente empurrando o carrinho. (Na emblemática frase de Paulo
Freire: Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem
ela a sociedade muda, se acha em potência essa união da Educação com o
Evangelho. A Educação transmite o conhecimento, e o Evangelho direciona esse
conhecimento para que o mesmo seja usufruído pela sociedade, principiando pela
sociedade dos mais necessitados. Sem o Evangelho o conhecimento se torna em
instrumento de dominação de uns sobre outros).
Prosseguindo. E quando os jovens passam empurrando o carrinho,
eis que atrás deles vem um carro alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao
fundo se levanta uma grande réplica de Jerusalém se expandindo a partir do Muro
das Lamentações. E deste lado de cá aparece em grande destaque a Mesquita de
Omar com o ouro que cobre seu domo sendo visto em todo seu resplendor, beleza e
grandeza sempiternos. E do lado de lá, em grande destaque, aparece a Sinagoga
de Ramban. E entre a Mesquita de Omar com o Domo da Rocha prendendo as atenções
e a Sinagoga de Ramban aparece, então, em grande destaque, a Basílica do Santo
Sepulcro. Mesquita, Basílica e Sinagoga uma ao lado da outra. E no alto,
encimando, em forma de arco que cobre toda a extensão, eis que se lê a
inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E em cima do carro alegórico seguem
crianças palestinas, e crianças judias e crianças cristãs em suas respectivas
indumentárias, conversando entre si e cantando cânticos tradicionais e
pertinentes, cristãos, palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo cântico. E o
maestro está junto a elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.
E o carro alegórico, em toda a sua riqueza e beleza, sempiternos, segue
pelas avenidas de Presidente Prudente. E eis que na sua frente segue três
jovens montados cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande
estandarte que segue pelas avenidas da cidade girando em suas mãos. E o jovem
do lado de cá, em indumentária palestina, e com o dorso do cavalo coberto do
vermelho, do vermelho cetim, leva ao ombro um grande estandarte que girando em
suas mãos então faz aparecer dum lado a figura de Esaú, mas do outro lado a
figura de Yasser Arafat. Quanto ao jovem que vai do lado de lá, em indumentária
hebraica, e com o dorso do cavalo coberto do branco, do branco cetim, ora,
quando gira o estandarte em suas mãos eis que de um lado aparece a figura de
Jacó, mas no outro lado a figura de Yitzhac Rabin. E os dois jovens, palestino
e judeu, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando um jovem cristão
que segue pelas suas avenidas levando ao ombro um grande estandarte, que quando
gira em suas mãos então dum lado aparece a figura de Isaque, mas do outro lado
a figura de Jesus. E o dorso deste cavalo está coberto do rosa, do rosa cetim.
E o que sucede é que quando passa pelas suas avenidas a camionete que
veio de Estrela do Norte trazendo os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de
Marx; passa os três jovens empurrando o carrinho que leva em cima um livro
aberto com os dizeres EDUCAÇÃO e EVANGELHO, sim, o que sucede é que assim que
acaba de passar o caminhão alegórico levando em cima crianças judias,
palestinas e cristãs, então a multidão que os presenciara não se contém e
exclama: Vede! É a Arca do Pacto! Do Pacto novo que Deus selou com seu filho
Jesus! Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó
Glória... Já não seremos mais explorados; nem material e nem espiritual, mas o
Cordeiro que está no meio do trono nos pastoreará e nos guiará para as fontes
de águas da vida. E o Cordeiro enxugará de nossos olhos toda lágrima, e não
teremos mais fome, e nem sede, e nem sol ou calor abrasador cairão mais sobre
nós. Ô Glóóóóóóória!!!
E o grande exército de Deus, sim, há um povo numeroso e poderoso;
semelhante a ele não se fez existir nenhum, desde o passado indefinido, e
depois dele não haverá mais nenhum até os anos de geração após geração. Adiante
dele um fogo devora e atrás dele uma chama consome. Adiante dele a terra está
como o jardim do Éden; mas atrás dele é um deserto desolado, e também se
mostrou que dela nada escapa. Sua aparência é como a aparência de cavalos
e correm como corcéis. Saltitam como que com o ruído de carros nos cumes
dos montes, como que com o ruído dum fogo chamejante que devora o restolho. É
como um povo forte, posto em ordem de batalha. Por causa dele, povos terão
dores agudas. Quanto a todas as faces, certamente ficarão coradas de
excitação. Correm como homens poderosos. Sobem a muralha como homens de
guerra. E vão, cada um, nos seus próprios caminhos e não trocam de veredas. E
não empurram um ao outro. Prosseguem andando assim como o varão vigoroso no seu
rumo; e se alguns caírem mesmo entre os projéteis, os outros não interrompem o
avanço. Investem para dentro da cidade. Correm sobre a muralha. Sobem às casas.
Entram pelas janelas como o ladrão. Diante dele a terra ficou agitada, os céus
tremeram. Mesmo o sol e a lua ficaram escuros e as próprias estrelas
recolheram a sua claridade. E o próprio Javé certamente fará ouvir a sua voz
perante a sua força militar, pois o seu acampamento é muito numeroso. Pois,
aquele que cumpre a sua palavra é forte; porque o dia de Javé é grande e muito
atemorizante, e quem poderá resistir nele? Sim, e o grande exército de Deus,
que o profeta Joel viu saindo para a sua ação, em toda a terra, partindo de um
lugar (daquele lugar que disse: Acudi e vinde, todas as nações ao redor, e
reuni-vos. Àquele lugar faze baixar os teus poderosos, ó Javé. Despertem as
nações e subam à baixada de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todas
as nações ao redor. Metei a foicinha, porque a colheita ficou madura. Vinde,
descei, porque o lagar de vinho ficou cheio. Os tanques de lagar estão
realmente transbordando; porque se tornou abundante a sua maldade. Massas de
gente, massas de gente estão na baixada da decisão, porque está próximo o dia
de Javé na Baixada da Decisão, porque está próximo o dia de Javé na Baixada da
Decisão (Joel 3.11-14), sim, e o grande exército de Deus segue pelas avenidas
de Presidente Prudente arrebatando e extasiando a grande multidão. Que bate no
peito e diz: eu militarei nele! Serei um dos seus soldados valorosos,
investindo para dentro da cidade, correndo sobre a muralha, subindo às casas, e
entrando pelas janelas como o ladrão.
E o que sucede é que quando a multidão acaba de exclamar: Ô
Glóóóóóóória!!! E passa o carro alegórico levando em cima crianças judias,
palestinas e cristãs então a multidão vê passar em seguida novo quadro que é
mais uma jóia na coroa do Senhor. E eis que vêm quatro jovens carregando ao
ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um estandarte, mas, atrás,
guardando distância de seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi
deu quando fazia a arca do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a
Jerusalém, e com gritos de alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e
com dança – segue três estandartes um ao lado do outro. E os três estandartes
que segue atrás, seis passos atrás, ora, deste lado de cá segue o grande
estandarte de Madre Tereza de Calcutá, no ombro de uma jovem clarissa, e do
lado de lá o grande estandarte de Chiara Lubich no ombro de uma jovem
ecumênica. Mas entre a jovem Clarissa e a jovem Ecumênica que levam ao ombro os
estandartes de Madre Tereza de Calcutá e de Chiara Lubich eis que segue uma
jovem da pastoral da criança levando ao ombro o grande estandarte de Zilda
Arns. E as três jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando
distância de seis passos, da jovem Missionária que vai à frente levando ao
ombro o grande estandarte de Dorothy Stang.
E quando essa jóia da coroa régia do Senhor passa pelas suas avenidas
eis que a multidão vê passar nova jóia da coroa do Senhor. E eis quatro jovens
levando ao ombro quatro grandes estandartes. Na frente segue um jovem levando
ao ombro seu grande estandarte, e atrás dele, guardando distância de seis
passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do
Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de
alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três jovens
levando ao ombro seu grande estandarte. Um ao lado do outro. E eis que deste
lado segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu,
e do lado de lá segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte de Nelson
Mandela. E os dois grandes estandartes seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente ladeando o grande estandarte de Martin Luther King, que segue pelas suas
avenidas nos ombros de um jovem batista negro. E os três jovens negros, levando
os estandartes do Bispo Desmond Tutu, e de Martin Luther King, e de Nelson
Mandela, seguem pelas avenidas de Presidente Prudente guardando a distância de
seis passos do jovem que vai à frente levando ao ombro o grande estandarte de
Mahtma Gandhi.
E quando passarem os jovens levando ao ombro o grande estandarte do
Bispo Desmond Tutu, e de Nelson Mandela, e de Martin Luther King, e de Mahatma
Gandhi, eis que a multidão vê agora passar aos seus olhos dois jovens montados
cada qual em um cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte. E os
estandartes seguem girando em suas mãos. E o que sucede é que quando o jovem do
lado de cá passa pelas avenidas de Presidente Prudente girando o seu estandarte
então em um lado a multidão vê o rosto de João XXIII, mas no outro lado vê o
rosto de John Wesley, com os rostos de João XXIII e de John Wesley
intermitentemente se manifestando aos olhos da multidão. E quando o jovem do
lado de lá gira o estandarte em sua mão então a multidão vê de um lado o rosto
de Che Guevara, mas no outro lado vê o rosto de Francisco de Assis. E os rostos
de João XXIII e de John Wesley, e de Che Guevara e de Francisco de Assis se
mostram intermitentemente aos olhos de toda a multidão, como se fossem a sua
noite e o seu dia.
E quando passarem os jovens montados em seus cavalos brancos, levando ao
ombro os dois grandes estandartes que seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente girando em suas mãos, e fazendo alternar aos olhos da multidão João
XXIII e John Wesley, Che Guevara e Francisco de Assis (Hay que endurecerse,
pero sin perder La ternura jámas), eis que a multidão vê passar atrás deles
dezenas e dezenas de jovens que levam ao ombro os estandartes daqueles que João
viu por debaixo do altar clamando vingança pelo seu sangue derramado (2).
E eis que são dezenas e dezenas de jovens levando ao ombro os estandartes
daqueles cristãos que sofreram martírio nas mãos de Roma pagã. E o seu número é
incontável, sendo incontável o número dos seus estandartes, pois, deveras, cada
estandarte leva o nome de um daqueles mártires que na defesa de sua fé sofreu
horrores à mão de homens violentos e de feras famintas. E na frente de todos
eles seguem três jovens levando em suas mãos ramalhetes com rosas brancas.
E as dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os seus estandartes. E eis que a multidão vê entre
seus estandartes os estandartes dos apóstolos de Jesus que foram martirizados.
Todos eles estão ali nos ombros dos jovens para receberam a coroa de glória que
um dia foi-lhes prometido. Todos eles estão ali, desde Estevam ao último dos
apóstolos martirizado, André. E entre eles, no meio deles, dezenas e dezenas de
jovens carregam ao ombro o estandarte de um cristão que teve a sua vida ceifada
por não permitir que valores éticos e morais fossem subjugados por valores que
não tinham o poder da transformação, de fazer uma nova criatura,
É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos
mártires do cristianismo que desfilam pelas avenidas de Presidente Prudente. De
modo que se podem ver no meio deles, entre os estandartes dos apóstolos de
Jesus, eis os estandartes de Policarpo, e de Bárbara de Nicomédia, e de
Anastácio de Sirmiuns, e de Demétrio Tessalonico, e de Perpétua e de
Felicidade, e de Inês, e de Agatonice, e de Sinforosa, e de Justino, e de
Teodoro de Heracléia, e de Catarina de Alexandria, e de Cristina de Bolsene, e
de Irene, e de Clemêncio, e de Flávia Domitila, e de Blandina, e de Inácio, e
de Leônidas, e de Pantaleão de Nicomédia, e de Teodósia, e de Procópio de
Citópolis. A verdade é que se para cada mártir cristão houvesse um
representante em Presidente Prudente com certeza todas as suas ruas seriam
insuficientes para abrigar o seu número, tão grande foi o número dos mártires
que morreram na defesa da fé cristã.
E o que sucede é que quando passarem os três jovens levando nos braços
ramalhetes com rosas brancas, e sendo seguido por uma multidão incalculável de
jovens levando ao ombro o estandarte de um cristão martirizado sob o domínio de
Roma pagã, eis que agora a multidão vê passar diante dos seus olhos os
estandartes daqueles que João viu completando o número dos mártires cristãos, e
que foram chamados por ele de co-escravos e de co-irmãos, que iriam ser mortos
como foram aqueles que debaixo do altar clamavam vingança pelo seu sangue (3).
E diante dos olhos da multidão agora passa os estandartes dos mártires
do socialismo. É incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes
dos mártires do socialismo que passam perante os olhos da multidão. Desde os
mártires que morreram lutando na Comuna de Paris, passando pelos mártires de
Chicago, e pelo martírio do casal Rosemberg em Nova Yorque, e pelo martírio de
Che Guevara na Bolívia, até chegar ao martírio de Dorothy Stang no Brasil, é
incontável o número dos mártires pelo socialismo, que sofreram todo tipo de
violência desde ser afogado na água até ser amarrado pelos pés e ser arrastado
pelas ruas da cidade por automóveis conduzidos por homens enfurecidos, e se não
bastasse, lançados ao mar por helicópteros.
E dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente levando ao ombro os estandartes dos mártires pelo socialismo, cujo
número foi tão grande como foi o número dos mártires pelo cristianismo. E na
frente deles seguem três jovens levando nos braços ramalhetes com rosas
vermelhas.
E eis que a multidão nas avenidas de Presidente Prudente vê agora passar
os mártires pelo socialismo, que necessário se fez morrer para que se
completasse o número dos seus co-escravos e co-irmãos que foram mortos sob Romã
pagã e eles então fossem vingados. Eis que a multidão vê jovens levando ao
ombro os estandartes de Stuart Angel, e de Carlos Mariguela, e de Alexandre
Vanucci Lemes, e de Vladimir Herzog, e de Manuel Fiel Filho, e de Santo Dias, e
de Chico Mendes, e de Olga Benário, e de João Bosco Penido, e de Pe. Ezequiel
Ramin, e de Dom Oscar Romero, e de Pe. Josimo Tavares, e de Frei Tito, e de
Ranúsia Alves Rodrigues, e de Manoel Lisboa, e de Rosa Luxemburgo e Karl
Liebknecht, e de Carlos Lamarca e de Iara Yavelberg, e de Zequinha Barreto. Se
todas as ruas de Presidente Prudente são pequenas demais para abrigar os
estandartes dos mártires cristãos são também pequenas demais para abrigar
os estandartes dos mártires pelo socialismo. Milhões foram mortos pela causa do
cristianismo, e milhões foram mortos pela causa do socialismo, todavia era no
martírio dos seus milhões, no seu sangue derramado, que um novo mundo estava
sendo forjado.
E quando passarem os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires
pela causa do cristianismo e passar os jovens levando ao ombro os estandartes
dos mártires pela causa do socialismo, eis que atrás deles, logo atrás, seguem
jovens levando ao ombro os estandartes das grandes religiões monoteístas.
E atrás deles seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes
doutrinas espiritualistas, dedicadas à caridade e a minorar o sofrimento
daqueles que não tem a quem clamar, tanto as que estão no oriente como as que
estão no ocidente.
E atrás dos jovens levando os estandartes das religiões monoteístas e
das doutrinas espiritualistas eis que seguem jovens levando em seus ombros os
estandartes de todas as denominações religiosas, quer as pertencentes ao campo
evangélico quer as pertencentes ao campo católico. Todas elas, nas suas
centenas, que sentiram em seus seres que realmente os seus corpos foram
mergulhados nas águas do Mar Vermelho espiritual e que agora chegou o tempo de
mergulhá-los nas águas do Jordão espiritual indo diretamente para ocupar as
moradas eternas que o Cristo da cruz um dia disse iria as preparar para os
seus.
E atrás dos jovens levando em seus ombros os estandartes de suas
respectivas denominações religiosas eis que seguem os povos da floresta, as
suas inúmeras tribos, todas elas nas suas mais ricas indumentárias. E seguem
pelas avenidas de Presidente Prudente com os seus chocalhos e as suas danças e
os seus cânticos. A sua cultura, cintilando vivacidade, segue assim pelas
avenidas de Presidente Prudente. E na frente de todas elas segue a tribo dos Guarani-kaiowá.
E atrás dos povos da floresta então segue o caminhão levando os homens e
mulheres, que por terem se dedicado ao serviço com os pobres, por terem lutado
para arrebatar os pobres da mão do opressor, que sem medo enfrentaram as forças
das trevas e do terror, sim, seguem os homens e mulheres que neste dia, quando
estiverem no grande palanque armado ali no Parque do Povo visto em sonho pela
jovem Joseane, hão de ouvir: Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu
Pai. Herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei
com fome, e vós me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes
algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava
nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na
prisão, e vós me visitastes. E eis que no grande caminhão se pode ver, dentre
muitos, dos escolhidos de Javé, Luiza Erundina, e Eduardo Suplicy, e Plínio de
Arruda Sampaio, e Heloisa Helena, e Cristovam Buarque, e Marina Silva, acenando
para a grande multidão que não cessa de acenar os seus lencinhos brancos e
vermelhos para os ungidos de Javé que irão começar na terra o reinado de seu
filho Jesus.
E o que sucede é que quando a multidão entra no Parque do Povo e após a
grande Celebração do Reino, então chegará o momento da simbólica chuva de
rosas, uma justa homenagem que será prestada a todos aqueles que lutaram e
foram martirizados tanto pelo cristianismo como pelo socialismo. E aqueles três
jovens que seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo cristianismo
então lançarão ao alto os ramalhetes de rosas brancas em suas mãos numa
justa homenagem a todos os mártires do cristianismo. E quando subirem e
descerem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo então dedos femininos
começarão a retirar das cordas do violino o som divino do hino MAIS ALVO QUE A
NEVE. E a multidão, na alegria do espírito, canta MAIS ALVO QUE A NEVE. Em
seguida será a vez dos três jovens que seguiram na frente dos estandartes dos
mártires pelo socialismo lançarem ao alto os seus ramalhetes com rosas
vermelhas numa justa homenagem a todos os mártires do socialismo. E quando
subirem e descerem ao olhar de todo o povo então dedos masculinos começarão a
retirar do violino o som da música Vermelho, que o Brasil inteiro cantou com
Fafá de Belém.
E sucederá que quando todos no Parque do Povo acabar de cantar Vermelho,
então os seis jovens se abaixarão e apanharão os seus ramalhetes. E juntos os
lançarão ao alto, os ramalhetes com rosas brancas e os ramalhetes com rosas
vermelhas, numa justa homenagem aos mártires do cristianismo e aos mártires do
socialismo. E enquanto sobem e descem ao olhar de todo o povo no Parque do
Povo, então os dedos femininos e masculinos começarão a retirar do violino o
som divino da música Rosa de Sarom com todos no Parque do Povo cantando: Uma
cortina se abriu e surgiu / Um cavalo e mil cavaleiros / Brancos, vermelhos
armados, armados / Do riso inocente que faz despertar / Pisando firmes na terra
/ Abrindo seu ventre fazendo brotar / Uma canção que só fala de amor / Que só
diz que a vida já vai começar / Do trigo somos a sua brancura / E da videira o
seu vermelhão / O branco da paz, o vermelho da vida / Somos a rosa – a Rosa de
Sarom
E enquanto dedos masculinos e femininos retiram do violino o som divino
da música Rosa de Sarom (4), ao seu som, então chegou o grande
momento de todos no Parque do Povo participar da Ceia Nova, da Ceia especial,
que Jesus por ocasião da última ceia (5) disse só voltaria a participar
dela quando aparecesse nova, no reino de seu Pai, junto com seus discípulos.
E todos no Parque do Povo levam à boca um pedaço de pão e um cálice de
vinho, com o pão e o vinho tendo um novo sentido em suas vidas, não mais apenas
lembrar-se do sacrifício de Jesus na cruz, mas saber que no seu sacrifício
estava a redenção completa do ser humano, tanto a redenção espiritual que trás
igualdade espiritual como a redenção material que trás igualdade material.
Igualdade espiritual e igualdade material que Ele cuidou em construir no devir
histórico, primeiro com Paulo, e depois, quando a História no seu movimento
real saiu do tempo teológico-espiritualista e entrou no tempo
antropológico-materialista, seguindo a curvatura da história e que se deu com e
a partir do Renascimento, ora, então na plenitude dos tempos materiais ele
cuidou em construir a sua redenção material com o judeu Marx.
E a multidão no Parque do Povo participa da Ceia Nova de Jesus, que se
manifesta em conexão com o seu novo nome (6). E o perfume universal
da sua paz e da sua justiça sobe do chão do Parque do Povo e é levado pelo
vento para os quatro cantos da terra, a fazer moradia e a fincar raízes irremovíveis
em todos os corações e em todas as mentes.
E a multidão se despede do Parque do Povo cantando a música do Geraldo
Vandré PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES. Voltam para as suas casas com a
certeza de que a Semente terá de ser semeada em todos os corações, em todas as
mentes, na sua casa, na sua vizinhança, no seu bairro, na sua cidade, no seu
estado, na sua nação, no seu continente, na terra inteira, pois, deveras, é
esta a Semente que o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem o auxílio
de mãos, e feriu a estátua a esmiuçando, e se espalhando para a terra inteira e
a enchendo como a um só monte (7).
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(1) Apocalipse 16.12
(1) Apocalipse 16.12
(2) Apocalipse 6.9
(3) Apocalipse 6.11
(4) A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que Adamir Gerson fez
e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é controverso a sua
origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma música pertencente ao
folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito é que tenha sido
Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor, Yepes, Paganini,
e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente Gomes. Por ser
uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua autoria
desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu no
direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera que a
sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer Wein,
do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo Alexandre,
se transformou num belíssimo clássico lusitano.
(5) Mateus 26.26-29
(6) Apocalipse 3.12
(7) Daniel 2.44
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