terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Carta a Cristovam Buarque

Carta a Cristovam Buarque

Senador: sabemos que o mundo só dá salto de qualidade através de revoluções. Enquanto revoluções não vêm, as coisas tende a continuar como estão progredindo tão somente quantitativamente. Mas este crescer quantitativo é ele preparação para a revolução, que de forma imperceptível vem se gestando justamente no ventre deste crescimento quantitativo, que vai se esgotando, se esvaziando de si mesmo, e assim preparando as condições para a fecundação de um novo existir, pois que o novo existir é construção transcendental que vem à existência justamente no esgotamento daquele. De modo que quando menos se espera então a revolução explode, trazendo no seu bojo um novo paradigma e sepultando todo o velho anterior.

Talvez neste ano de 2012 seja o ano em que explode na terra, a partir do Brasil, a revolução celestial. Que, se a revolução burguesa foi chamada francesa, porque tudo se deu na França, e a socialista chamada russa porque tudo se deu na Rússia, a celestial será chamada simplesmente de brasileira, simplesmente de revolução do espírito. (A idade que avança agora é a idade do Espírito, dizia Bardiaev, antevendo a revolução brasileira) (Bardiaev acreditou que no advento da Teologia Humanista era a Idade do Espírito que então chegara. Certamente que sim. O fogo que abrasou a geração de teólogos humanistas por certo que era o fogo do Espírito Santo, era a Era de Jesus ansiando o seu nascimento, palpitando no ventre da História o seu nascimento. Mas a Idade do Espírito só iria se manifestar em sua forma adulta, madura, quando a Teologia Humanista, a infância da era de Jesus, Karl Rahner, Rudolfo Bultmann, se convertesse na Teologia da Libertação, a adolescência de Jesus, Gustavo Gutierrez, Rubem Alves, e esta na Teologia do Reino, na teologia celestial, em ponto de quase nascimento em Leonardo Boff, Frei Beto, Paul Freston, Robinson Cavalcante, e nascimento de fato em Adamir Gerson. Então se inauguraria na Terra a Era do Espírito. O fim da pré-História e o início verdadeiramente da História).

A revolução brasileira é na verdade o acabamento e coroamento de todas as revoluções anteriores. No Brasil elas encontram a sua sublimação. É o coroamento da revolução cristã do primeiro século – a revolução celestial lhe dá complemento ao fecundar nela a materialidade socialista, a tornando completa (ICoríntios 13.9-10); é coroamento da revolução protestante iniciada com Lutero (lhe dá complemento, ao fecundar nela o Marxismo; e então, dissolvendo os seus elementos para uma análise científica, conservando da reforma protestante a sua espiritualidade (que hoje está também entre os carismáticos), e do marxismo a sua materialidade (que hoje está também entre a da Teologia da Libertação) – era como se houvesse no tempo uma reconciliação entre Lutero e Tomás Munzer; é coroamento da revolução pentecostal, ao complementar nela o sopro divino do Concílio Vaticano II – ao lado de uma preocupação espiritual com as pessoas eis agora também uma preocupação social; é coroamento das revoluções francesa e russa, pois uma vez que a revolução brasileira se inicia tendo na sua base de nascimento liberdade e igualdade, ela então torna completa estas revoluções, que se tiveram liberdade, não tiveram igualdade, e se tiveram igualdade, não tiveram liberdade. Sem que soubessem eram apenas tese e antítese de um mesmo e único processo, a revolução, que depois de ter-se libertado da ortodoxia e se encaminhado na direção da síntese, social-democracia, Willy Brandt, e socialismo democrático, Gorbatchov, agora vai dar-se o seu encontro e a sua conseqüente fusão, sendo este o momento da sua reconciliação, da reconciliação de liberdade e igualdade, bem na visão de Mestre Ekhart, em um só corpo, o corpo do Infinito, assim como estiveram antes do pecado original. (E esta reconciliação será possível por causa do sacrifício na cruz, que restabeleceu a Santidade Original e desde já tudo começou a se mover na direção de sua origem criacionista, bem assim, escravatura, feudalismo, capitalismo, socialismo e novamente o paraíso, porque esse retorno foi assegurado na vitória sobre a cruz) (Quando foi dito que a revolução cristã se acha em falta, necessitando de complemento para se tornar completa, ora, a revolução cristã deva ser entendida como nascida de Jesus, mas Jesus a tirou de si e a entregou aos humanos na mediação de Paulo apóstolo. Não a totalidade de Jesus, mas a sua parcialidade. Destarte, a revolução cristã em Jesus é uma das faces do conceito de revolução em Jesus. Aquele foi o tempo teológico da História, que corresponde à estação da primavera, o tempo em que os galhos dão flores e não frutos. Mas, futuramente, quando a História entrasse na sua existência materialista – o tempo da estação do outono em que os galhos dão frutos –, tempo materialista este que se deu com e a partir do Renascimento, ora, então na plenitude de seu tempo Jesus iria tirar de si A OUTRA FACE DO CONCEITO DE REVOLUÇÃO e a entregar aos humanos, o que fez com o jovem Karl Marx a partir daquele ano judaico de 1843. É verdade, tirou de si a espiritualidade cristã e a materialidade socialista, mas como tese e antítese, apartadas, uma sem conhecimento da outra, como fazendo parte do mesmo processo. Mas, futuramente, iria trazer uma à outra e fazer das duas uma só na palma de sua mão, se reconhecendo osso do mesmo osso e carne da mesma carne. E essa convergência se daria em processo, da religião cristã surgindo então a Teologia da Libertação e do Marxismo, a Escola de Frankfurt. Escola de Frankfurt e Teologia da Libertação que foi o fruto verde que se tornou de vez, muito próximo de Jesus, já quase a Idéia retornando a si mesmo em Jesus. E quando retorna, com os seus dois pólos se tocando e uma luz imensa alumiando, a luz do Sol da Justiça, é então a revolução celestial. O fruto de vez eu se tornou então maduro, de modo as pessoas os apanhar e encher com eles os seus cestos, os levando para casa e dele se alimentando. Deveras. Foi mesmo o céu que desceu à Terra, bem assim como está em Apocalipse 21.3).

Em uma palavra, a revolução brasileira é a revolução das revoluções, é paradigma novo em relação a tudo que existe, saindo de si e tomando todas as direções, com o seu pentecostes fazendo todos se entenderem entre si e se reconheceram filhos do mesmo Pai de Amor. É este o momento em que se cumpre o EIS QUE FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS? O EIS QUE CRIO NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA E NÃO HAVERÁ RECODAÇÃO DAS COISAS ANTERIORES NEM SUBIRÃO AO CORAÇÃO?

E uma revolução se faz com lideranças capazes e afinadas com os seus ideais. Estas lideranças se embrenham no meio das massas populares e as fecundam com o novo paradigma. E quando elas se levantam, sobem à superfície saindo da caverna escura em que se encontram, é então a revolução!

Dado a natureza da revolução brasileira, ela é literalmente o momento em que a Lei se converte na Graça, o olho por olho e dente por dente do marxismo dá lugar para o olhar no olhar e o sorriso no sorriso da revolução celestial, ora, é certo que no Brasil existem muitos políticos já portadores da sua essência, podendo ser enumerados alguns – Eduardo Suplicy, Pedro Simon, Luiza Erundina – todavia é no senador Cristovam Buarque que a Graça se encontra no seu estado mais amadurecido, um amadurecimento que também se observa em Marina Silva.

Quando disse que o Marxismo representa o olho por olho, dente por dente, é porque ele foi revivência do judaísmo, do movimento de Moisés, mas a revolução celestial é revivência do cristianismo, do movimento de Jesus. O que significa dizer que um novo léxico está chegando para a revolução, no lugar da luta de classe eis agora a luta para a superação das classes, uma superação que irá se manifestando inversamente e proporcionalmente ao grau de desenvolvimento e amadurecimento dos espíritos, quer o espírito dos elementos da classe rica quer o espírito dos elementos das classes oprimidas. O crescimento espiritual da sociedade fatalmente empurrará para fora toda e qualquer lei que foi feita e existe para perpetuar o domínio de uns sobre outros.

Então o que está sendo dirigido agora para o senador Cristovam Buarque é que olhe para o futuro, e não o presente, e assuma em suas mãos as responsabilidades e a liderança da revolução celestial. Que tenha a coragem e a força de um Tertuliano que pensando unicamente na glória do futuro, e nas injustiças do presente, rompeu totalmente com as concupiscências que era o poderio do império. Literalmente vomitou todo aquele mundo de paganismo e encheu o seu ventre das boas novas que Jesus confiou a Paulo, a Pedro, a João, a Tiago e a tantos outros. Tomou a decisão sábia de enfraquecer o império da iniqüidade e fortalecer as hostes da equidade, pois que o Cristianismo ganhou muito, e muito mesmo, com Tertuliano.

O que ganha o senador Cristovam Buarque recusando o Chamado? Não ganha nada, pois que tudo vai continuar como está, num dia chovendo (tucanos) noutro dia batendo sol (petismo), mas ganha tudo o abraçando. A começar que vão surgir as oportunidades reais para a criação de um novo Brasil, alicerçado no poder da Educação, é verdade, mas também alicerçado no poder do Evangelho. Educação sem o Evangelho é a perpetuação desta sociedade classista-escravagista, mas Educação com o Evangelho é mesmo o nascimento de uma nova sociedade, sustentada nos valores da solidariedade, na cooperação e na fraternidade. Sem o Evangelho a escola não cria sábios e sim espertos.

Os Nossos Mencheviques. Ei-los!

Tenho falado muito de que o PT é no Brasil a revivência dos mencheviques russos. Na forma, pouca diferença há entre a liderança dos mencheviques e a liderança do PT. A liderança dos mencheviques quando na oposição revolucionária prometia acabar com todas as injustiças na Rússia e criar uma nova pátria, de homens e mulheres verdadeiramente livres. E, no entanto, quando tiveram a oportunidade do poder o que se viu foi eles tomando rumo diverso, fazendo uma aliança em que cabiam nela todos e quantos estivessem dispostos a lhes dar sustentação no poder, tendo acomodado nela até mesmo as forças mortas do antigo regime. A verdade é que os lideres mencheviques não resolviam os problemas da nação pela raiz, apenas os empurrava com a barriga, esperando a chegada do tempo em que os trabalhadores tinham se desenvolvidos por completo.

O falado, alavanca as esperanças, pois no costado dos mencheviques surgiram as forças novas do bolchevismo, que, lançando nova luz sobre aqueles acontecimentos políticos, acordou para o seu lado todo o lumpen proletário e toda alma pensante, resultando numa revolução vitoriosa, que logrou profundas mudanças sociais não só na Rússia, mas no mundo inteiro, pois o mundo inteiro viu que ou fazia mudanças sociais, amenizando o sofrimento social, ou se candidataria a ser engolido pela revolução, que naqueles dias andava com um laço por todos os lugares.

E é preciso este esclarecimento. A História realmente se repete duas vezes, todavia se for para repetir o mesmo fenômeno, é a farsa de que disse Marx, todavia a ciência de Hegel, se o fenômeno que surge no parto da repetição é para superar o anterior e criar novo paradigma. Era como se a história tivesse retornado aos seus passos iniciais, e agora, enriquecida pela experiência da caminhada, pudesse trilhar o mesmo caminho e agora corrigir os erros cometidos que impediram o aparecimento dos resultados desejados. Destarte, o que aconteceu no relato de Mateus em que apresentou a volta de Jesus do Egito como uma repetição da volta de Moisés para o Egito, todavia Jesus voltando para Israel para produzir um novo evento, não mais tomar o lado dos judeus contra Roma, como faria Moisés, mas agora criar um novo lugar de relacionamento, em que judeus e romanos pudessem se relacionar como irmãos e filhos do mesmo pai, Deus que os criou sem as marcas e as algemas do contingente.

O que significa dizer que os “bolcheviques” brasileiros não se lançarão para reconstruir o que desmoronou, mas a partir da experiência que trouxe o desmoronamento, então construir um novo socialismo, que já no seu nascimento traga o selo da perenidade (a dialética não tem um fim em si mesmo, como muitos pensam, mas é ponte para a metafísica. O teto em que a cabeça de Heráclito bate é Parmênides (mas sem Heráclito os pés de Parmênides estão apoiados no vazio). Para a questão ver Daniel 2.44). Destarte, um socialismo que tem o selo da perenidade porque a igualdade não é mais construída no forno da ditadura, na força das armas, mas construído no forno da liberdade, na força das idéias. Tendo como pedra de ângulo não mais o judeu Marx, mas o judeu Jesus (quando Marx amadurece eis Jesus! Porque o que amadurece, como disse Teilhard de Chardin, converge). Destarte, ele se forma e se desenvolve na alma popular. De dentro para fora. De baixo para cima, bem ao estilo da visão zapatista de construir o novo no crescimento qualitativo da sociedade. E é certo que será mui penosa, e mui difícil a sua caminhada, pois a liberdade, enquanto ainda não se converteu em Liberdade, deixa respirar aqueles que intentarão contra ele, escondendo granadas na areia por onde terá de passar, para deixá-lo sem os pés da caminhada. Mas as dificuldades serão também o aprendizado das massas. É o fogo que fará crescer o seu espírito e lhe dará maturidade intelectual.

É preciso este esclarecimento: Adamir Gerson abordou a questão da dialética porque se deparou com muitos que não concordaram com ele quando, lançando mão do profeta Daniel, então falou sobre a existência de um reino a se manifestar na terra, que seria perene, e não passaria jamais a outro domínio. E argumentaram discordância porque segundo eles é uma lei da Dialética que nada é eterno, mas tudo carrega a sua negação, que cedo ou tarde vai se desenvolver e ocupar o lugar. Segundo eles por ser esta uma lei da Dialética tudo que existe está sujeito a este ciclo, nascer, viver e morrer.

E é bom esclarecer que esta não é uma lei da Dialética, mas lei de uma dialética particular, no caso a de Heráclito. Mas, há outras dialéticas, só para se ater aos mais antigos, a de Sócrates, de Platão, que fornecem imagens da dialética inteiramente outra. E não se pode ancorar com exclusivismo na dialética de Heráclito, pois se trata de uma forma de pensamento útil e necessária para se apreender o movimento do processo, mas completamente inútil para se apreender o processo do movimento, apreendido na metafísica. A dialética de Heráclito tem olho, mas não tem visão, não guia, mas é guiada. A rigor, os fenômenos carregarem a sua negação, algo que lhe dá identidade e o faz se reconhecer é parte do processo sim, mas meio e não fim. Os objetos carregam a sua negação, mas, no próprio vórtice dialético, no revolver de seu conteúdo, este momento é superado e então surge o momento final em que os fenômenos carregam outrem como sua complementação. E então, neste novo patamar de existência, constrói a sua identidade e se conhece a si mesmo na sua complementação. Para compreender o primeiro momento, o capitalismo é a negação do socialismo e vice-versa. A idéia de socialismo e a idéia de capitalismo só são possíveis quando a mente apreende ambas as construções históricas. Uma como negação da outra. Já cristianismo e socialismo, por serem construções distintas, de sexo opostos, o cristianismo versa sobre a questão espiritual e o socialismo sobre a questão material, tem o escopo de se complementarem.

Certamente que estas explanações são por demais superficiais, porque podemos sim extrair do capitalismo a idéia de liberdade e do socialismo a idéia de igualdade e das duas construções a formação de um novo ser constituído de partes que se complementam, pois que liberdade e igualdade são seres de sexo oposto. Mas, sobre a questão de Heráclito-Dialética, ela tem de partir da metafísica, entrar no ventre da dialética e novamente retornar para as mãos da metafísica, pois que todo movimento é a atualização de um pensamento. Mesmo que o Materialismo Dialético discorde por completo. A rigor, por não concordar que o movimento seja sempre a atualização de um pensamento, é que excluem por completo, e a priori, qualquer dialética que parta da metafísica ou tenha ela como princípio, só lhes restando imprimir a um particular o selo da universalidade, no caso a dialética de Heráclito.

Para completar, então quando lançamos o chamado para a construção de um reino perene, que não passará jamais a outro domínio, as pessoas podem sim crer na sua exequibilidade. Este reino perene é tão o retorno da idéia a si mesma, o paraíso redivivo.

Prosseguindo. Segundo. Em escrito antigo, de mais de vinte anos, Adamir Gerson colocou assim o nascimento do PT: o PT fora uma nave que foi levantada do solo sagrado de São Bernardo do Campo com destino a um Brasil e a uma terra de gente de rosto feliz. E no escrito era dito que a nave fora levantada por um foguete de dois estágios, o primeiro contendo combustível marxista, e o segundo, combustível hegeliano. E era dito que a nave só iria até certo patamar, dali não avançaria mais. E quando a nave entrasse em parafuso, principiando a cair, matando todos os seus ocupantes, então no ínterim iria ser acionado o segundo motor, de combustível hegeliano. De modo que a nave, com gás novo e livre do peso da carcaça do primeiro motor, iria novamente se reequilibrar no ar e novamente retomar o caminho do seu rumo inicial, chegar num Brasil de gente de rosto feliz, que significa começar a construir o novo Brasil, acalentado nos sonhos de juventude do PT quando nascia.

E é certo que tem chegado o momento de ser acionado o segundo estágio do foguete. Tem chegado o momento da revolução se mover no corpo do hegelianismo e não mais no corpo do Marxismo. Necessitamos de pontes, necessitamos de alianças, e se o hegelianismo fornece as ferramentas de sua construção, convenhamos que não é mais caso do Marxismo, que todo o mover é para levantar muros, não deixando entrar aqueles que vem somar e completar (tornou-se como aqueles do evangelho que nem entravam nem deixavam entrar os que estavam a caminho de entrar e construir o Reino?), se enfraquecendo no exclusivismo de um gameta.

O senador Cristovam Buarque terá a reação de um Tertuliano? Romperá com tudo e com todos, se lançando de corpo e alma na construção do Partido Celestial, chamando para ele católicos, protestantes, pentecostais, socialistas, ambientalistas, educacionistas, sindicalistas, a dona de casa, o marido que sofre por não saber como suprir as suas necessidades com o baixo salário?

Ora, uma vez que o senador tomar uma decisão como está pode ter certeza que junto com ele vem todo o PDT. Ao menos o PDT de Brizola e de Darci Ribeiro, preparando as condições para que outras forças políticas façam o mesmo. É a revivência, num patamar maior, muitíssimo maior, das esperanças que no começo da década de 80 foi depositada no nascente PT. É as conseqüências de agora ser acionado o estágio hegeliano do foguete!

Os Dois Grandes Pentecostes

No século XX Deus derramou dois grandíssimos pentecostes, o da Rua Azusa, em Los Angeles, no ano de 1906, e o Concílio Vaticano II, entre os anos de 62 e 65.

Por intermédio do primeiro, Deus derramou a libertação espiritual de seu filho Jesus, e por intermédio do segundo, Deus derramou a libertação de seu filho Jesus. Libertação espiritual que alcançou o coração e a vida dos pobres, através das igrejas evangélico-pentecostais, e libertação material que alcançou a vida dos pobres através das Cebs e das pastorais.

Ora, como os dois pentecostes foram derramados por Deus como tese e antítese, apartados um do outro, a verdade é que iria chegar o momento em que Deus derramaria o seu terceiro e grande pentecostes, quando então libertação espiritual e libertação material se manifestariam em um só feixe de ação. Em um só corpo. E se o primeiro pentecostes aconteceu nos Estados Unidos, e o segundo no Vaticano, a verdade é que este terceiro pentecostes Deus vai derramar no país Brasil. Tudo convergirá para o Brasil.

E o de concreto que vai se manifestar no seu bojo é o aparecimento do Governo de Cristo, bem assim como está em Apocalipse 11.15-18. O governo de Cristo ainda não tinha se manifestado porque ele se achava dividido, parte do seu corpo entre os evangélicos e parte do seu corpo entre os católicos. Mas agora estará sendo assentadas as bases reais para o seu nascimento.

Eis porque Adamir Gerson fala que temos de costurar uma aliança entre o senador Cristovam Buarque, filho legítimo do Pentecostes que Deus derramou no Vaticano, e Marina Silva, filha legítima do Pentecostes que Deus derramou no casarão metodista situado na Rua Azusa, em Los Angeles. E será desta união que nascerá o Governo de Cristo, um governo que há de dar comida para todos, há de dar saúde para todos, há de dar lazer para todos, há de dar educação para todos, há de dar conhecimento para todos, há de dar liberdade para todos. Um governo que há de colocar um freio em atividades econômicas predadoras que estão comprometendo a sobrevivência do planeta Terra, bem assim como está em Apocalipse 11.18.

Mais ainda, que temos de envidar todos os esforços para que o sistema presidencialista dê lugar ao sistema parlamentarista. Então, o Governo de Cristo teria como seu Chefe de Estado ao senador Cristovam Buarque, e a seu Chefe de Governo Marina Silva.

Assim, que algum deputado leve a sua proposta ao Congresso para ser votado; e então as massas celestiais sairiam às ruas, nos seus milhões, para mostrar para o Congresso que esta é a vontade do povo. Sairiam nos seus milhões às ruas para aprovar esta e outras leis que favorecerão o aparecimento de um governo justo. É a revolução, com as massas inquietas saindo às ruas para sacudir de si o jugo de tantas leis injustas, como estas do Pinheirinho, o resultado da justiça dos homens terem sido feitas à revelia da Justiça como ela é em si.

O Sonho da Jovem Joseane

Por volta do ano de 2003, 2004, Adamir Gerson se achava na igreja Obras do Espírito Santo. Fora ali com a missão de falar das boas novas ao seu dirigente, pastor Luis Baldez.

E quando se achava ocupando um de seus bancos, indo e vindo, eis que chegou uma jovem por nome Joseane, vinda da igreja Nova Jerusalém.

Assim que tomou assento então esta jovem narrou um sonho que tivera naqueles dias. Contou ela que viu em sonho uma grandíssima caminhada acontecendo nas ruas de Presidente Prudente. Uma multidão imensa caminhava no seu centro rumo ao Parque do Povo. E quando a multidão ia entrar no Parque do Povo, pela sua porta de entrada, eis que uns clérigos estavam ali parados; e começaram a dizer entre si: quem deu poder para estes fazerem isto? E a multidão entrou no Parque do Povo e foi se postar diante de um grande palanque ali armado, ocupado pelos ministros da Palavra de Deus, pastores e padres.

Narrando o sonho, ela dizia que a imensa maioria que viu caminhando no centro da cidade em direção ao Parque do Povo era constituída de católicos e de evangélicos. Mas a imensa maioria dos ministros da Palavra de Deus que ocupavam o palanque eram pastores evangélicos.

A jovem narrou o sonho e pouco tempo depois retornou para a igreja de onde viera, todavia deixando a pergunta: o que foi fazer naquela igreja onde estava o homem interessado, de modo que seria somente ele quem tornaria tudo aquilo de domínio público? Por ventura que foi ali enviada pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas?

A verdade é que a partir desta revelação Adamir Gerson começou a envidar esforços redobrados para realizar tão grande caminhada. Todo ano ele corria atrás de apoio, e, no entanto, ninguém se despertava para tão grande nascimento.

Será que o ano de 2012 seria o ano do cumprimento do sonho da jovem Joseane? Neste ano em algum dia do ano uma multidão imensa de todas as partes do país convergiria para Presidente Prudente, neste dia se cumprindo ao pé da letra o sonho profético? De modo que neste dia a multidão nas avenidas de Presidente Prudente, com os seus tambores, as suas bandeiras e as suas esperanças, de repente alguém grita: Eia vem vindo! E todos lançam à frente suas cabeças para ver o que vem vindo. E eis o corteja dos escolhidos de Deus, para começar na terra o governo de Jesus Cristo.

E na frente de todos vão jovens empurrando um carrinho, e em cima dele um livro aberto. Deste lado de cá um jovem católico, e no lado de lá um jovem evangélico, mas no meio deles um jovem socialista. E o livro se acha aberto. E numa aba a inscrição: EDUCAÇÃO, e na outra aba a inscrição: EVANGELHO.

E atrás dos jovens empurrando o carrinho segue dois jovens montados em cavalos brancos, deste e daquele lado. E os jovens seguem pelas suas avenidas, levando ao ombro um grande estandarte. E seguem pelas avenidas com as suas mãos girando os estandartes. E quando giram deste lado de cá, as faces de João XXIII e de John Wesley se alternam perante os olhos irradiantes das massas nas avenidas, e do lado de lá se alternam as imagens de Francisco de Assis e de Che Guevara. E seguem pelas suas avenidas. E quando passam, acabam de passar, eis então que passa o caminhão levando os homens e as mulheres que Deus escolheu para começar em cima da terra o governo de seu filho Jesus. E no meio deles seguem as mãos do senador Cristovam Buarque segurando as mãos de Marina Silva, com as suas mãos não cessando de acenar para as multidões nas calçadas, que por sua vez não cessam de agitar os seus lencinhos brancos e vermelhos, o branco que é o branco da paz e o vermelho que é o vermelho da vida. Acenam e lançam no caminho os seus lencinhos, agitando as suas bandeiras, as suas esperanças e cantando os cânticos mais belos. Coração de Estudante, PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, Oração da Família, Quão Grande és Tu.

E finalmente entram no Parque do Povo e vão se postar diante do grande palanque visto em sonho pela jovem Joseane. E se preparam para as justas homenagens, para aqueles que morreram em Cristo, que haveriam de se levantar primeiro. De modo que rosas brancas e rosas vermelhas subirão e descerão sobre o Parque do Povo, cobrindo todo o seu chão, com o seu perfume universal de suas pétalas sendo levado pelo vento para os quatro cantos da terra, e o povo da terra inteira sabendo que não foi em vão o sangue dos jovens, velhos e crianças que foram martirizados nos coliseus de Roma e não foi em vão o sangue dos jovens, velhos e crianças que foram martirizados nos porões das ditaduras militares. E o vento segue pelos quatro cantos da terra levando o perfume universal de suas pétalas, com o branco de sua paz tornando os corações mais alvos que a neve e o vermelho de sua vida fazendo abundar a justiça, com ela correndo como rio, como se acha na Palavra de Deus e foi o sonho de Martin Luther King.

Acendendo a Fogueira da Revolução das Revoluções

Há cerca de cinco, seis anos, Adamir Gerson enviou para o senador Cristovam Buarque um de seus trabalhos, e recebeu de volta esta postagem do Senador:

De:

"Sen. Cristovam Buarque" Adicionar endereço

Para:

"Gerson Soares de Melo"

Parte superior do formulárioParte inferior do formulárioGerson, Carta empolgante ,gostaria de ler o livro "Acendendo a Fogueira". Abraço, Cristovam

O que seria este livro Acendendo a Fogueira, que o senador mostrou vivo interesse em recebê-lo? O livro “Acendendo a Fogueira” trata-se de um livro especial demais, um livro que não se lê senão que se participa das revoluções da revolução. Acender a fogueira haveria de ser o momento em que a revolução celestial seria deflagrada.

Oxalá que seja neste ano de 2012 que o senador Cristovam Buarque esteja lendo o livro “Acendendo a Fogueira”. Tomando parte ativa e decisiva para que aconteça esta revolução do Espírito.

Até aqui são as palavras de Adamir Gerson. Aqui findam as suas palavras de vida. Ora vem Senhor Jesus! E realiza a obra que tem de realizar.

3 comentários:

  1. Vc deveria vir para o PCB, seu pensamento é muito interessante, mas creio que deve pensar nas experiências socialistas já acontecidas, focar no projeto revolucionário. Entre no grupo do pcb do facebook, fale com sturt silva que o lúcio te indicou.

    Abs do Lúcio Jr!

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  2. E outra: deixe Marina de lado, assim como Heloisa Helena. A teoria delas, o trotquismo, é falha. Marina tem tendência ao culto da personalidade e é pulso fraco.

    Abs do Lúcio Jr!

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