Ao Vitor Nósseis e ao Pastor
Jesiel Padilha para que se movimentem para a justa convergência dos homens e
mulheres de boa vontade para este novo centro político que há de invadir ruas,
campos e cidades espalhando amor aos corações como se acha numa canção popular.
Teologia Humanista (Democracia
Cristã – Jacques Maritain) ---> Teologia da Libertação (Socialismo –
Leonardo Boff) ---> Teologia do Reino.
Na metade do século passado
deu-se a explosão e o aparecimento de uma nova teologia, a Humanista, de
teólogos vários, Chenu, Ignácio de Castro, Rudolf Bultmann, Karl Rahner, e etc.
Pode-se dizer que foi a primeira
vez na História em que a Teologia realizou uma “cisão”, desligou-se da teologia
tradicional, centrada em Deus, e passou a ser também antropológica. Ao lado do
discurso sobre Deus também agora um discurso sobre o Homem. Um novo sopro
teologal do Espírito com uma geração inteira de teólogos descendo do Altar e
indo para o burgos, para a cidade, a se envolver nas suas questões políticas e
sociais então monopolizada pelo Marxismo.
Dado a sua novidade não faltou
aqueles que disseram ser este sopro teológico a chegada da “Era de Jesus”.
Premidos pelo Espírito por esses dias Ignácio de Castro proclamou: Damos por
encerrado as revoluções, liberal e marxista. O tempo agora é o da revolução
cristã. E Bardiaev emendou: Estamos entrando na Era do Espírito. A era que
avança é a era do espírito. Como era a “era de Jesus” chegando até o sisudo
Jacques Maritain, reticente a lirismos, também se entregou a ele falando do
Cristianismo como “Humanismo Integral”.
Muitos disseram ter sido este
sopro teologal uma reação natural. O socialismo soviético avançava sobre tudo e
sobre todos, arrebatando para o seu lado as imensas massas trabalhadoras, ameaçando
esvaziar as igrejas, e eis então uma reação a esse avanço soviético. A “Era de
Jesus” foi o desespero em se lançar mão, ideologicamente, de uma arma para
fazer frente ao avanço de um socialismo ateu e materialista.
Os dias foram passando e como a
Era de Jesus não chegava, e o poder soviético, longe de ser contido, avançava,
logo aquela geração inteira de teólogos silenciou. A Era de Jesus chegou sobre
suas subjetividades, passou sobre suas subjetividades, e se foi.
Passado algum tempo eis que
novamente ocorre um segundo sopro teologal, e agora como negação do primeiro.
Ora, se o primeiro sopro “foi uma tentativa” de apresentar uma alternativa ao
Marxismo, algo que se manifestou em oposição ao Marxismo, este novo sopro
teologal vem endossar ou confirmar o Marxismo. Não se apresenta como negação
senão que ao seu lado. Estamos falando da Teologia da Libertação.
Ora, como o agir de Deus é um
agir no devir hegeliano, tese, antítese e síntese, a Era de Jesus, que havia se
manifestado em dois momentos, o da Teologia Humanista e o da Teologia da
Libertação, iria se manifestar um terceiro momento, e agora o momento
sintético.
E este terceiro momento tanto
iria fazer o resgate da Teologia Humanista – o Teológico senhor do
antropológico – como da Teologia da Libertação – o Antropológico senhor do
teológico. Iria fazer o resgate também da Teologia da Libertação porque ela
também foi um sopro do Espírito que também passou. Passou como passou a
Humanista. Destarte, uma nova teologia, a Teologia do Reino, que não
desprezaria jamais o fundamento espiritual que esteve na Teologia Humanista e
não desprezaria jamais o amor aos pobres que esteve na Teologia da Libertação.
E seria nela, e somente nela, que então iria se inaugurar na terra realmente a
Era de Jesus! (Este resgate não deve ser confundido com o “resgate” que
intentou fazer Frei Clodovis Boff em 2007, uma verdadeira trapalhada tanto no
âmbito da Teologia como no âmbito da Filosofia).
É verdade, a manifestação daquela
geração inteira de teólogos não foi de modo algum reação ao comunismo, mas já a
manifestação do reino de Jesus Cristo. Portava o humanismo não encontrado no
Marxismo, que falava em construir uma nova sociedade, justa, fraterna, sem, no
entanto, lançar mão da destruição senão que da conversão; mostrar novo caminhar
a todos, indistintamente, burgueses e trabalhadores, bem assim como no século
passado esteve no chamado socialismo utópico. Mas aquele era os dias do
Marxismo. De modo que o tempo histórico continuou a cooperar com ele.
O primeiro sopro do Espírito
tentou ganhar para o seu lado, para a Era de Jesus, as forças contrárias ao
socialismo que naqueles dias era inseparável do Marxismo? E o segundo sopro do
Espírito tentou ganhar para o seu lado, para a Era de Jesus, as forças do
socialismo?
Como Jesus é aquele que veio para
que todos tivessem vida e vida em abundância; é aquele que se deixou morrer na
cruz para que todos os muros de separação fossem abolidos e todos se
reconciliassem plenamente entre si na sua mediação, ora, deduzimos claro que
quando fosse manifestar o terceiro sopro teologal do Espírito ele iria lutar
para ganhar para si, para a Era de Jesus, tanto as forças contrárias ao
socialismo como as forças do socialismo. A Era de Jesus, na sua força e na sua
sabedoria, iria conduzir a todos, a todos estes que se acham destituídos da
glória de Deus, para fora de suas alienações, quer as econômicas, quer as
filosóficas, em direção de um novo reino. E seria neste preciso momento o
cumprimento exato de Isaías 11.6: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com
o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o
leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que
será o condutor deles (...).
As últimas eleições deixaram o
Brasil dividido, não uma divisão por conta ideológica, mas uma divisão por
insatisfação do existente. Ora, se foi por conta ideológica podemos dizer que o
sul rejeitou o PT e o norte rejeitou o PSDB. De modo que não resta a menor
dúvida que as condições políticas no Brasil estão amadurecidas PARA A ERA DE
JESUS! A insatisfação é geral e é contra todos e contra tudo. Que os homens e
mulheres que nunca perderam a esperança de viver em um Brasil e em uma terra em
que todas as relações se dão na mediação de Jesus Cristo que comecem a
trabalhar para a criação do novo político, o PAREPAR, PArtido da REcontrução do
PARaíso. No PAREPAR tanto cabe o eleitor do norte como cabe o eleitor do sul,
que votou por mudanças, não mudanças trazidas por um oportunista e aventureiro,
que apenas iria dar continuidade a tudo que existe, mas mudanças que no curto,
no médio e no longo prazo realmente irão criar um novo Brasil e uma nova terra,
sem injustiça social, sem assassinatos, sem corrupção, sem imoralidade, sem
consumismo desenfreado. Um novo Brasil e uma nova terra em que os injustos
foram finalmente trazidos à prudência dos justos. O Brasil e a terra de gente
de rosto feliz!
“Naquele tempo, os justos
brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai. Escute aquele que tem
ouvidos”
Homens como Cristovam Buarque,
que tem ouvidos, que comecem a trabalhar para a criação do novo político. É
esta a intervenção – intervenção do Alto – que vai responder ao clamor das ruas
que começou naquele junho de 2013, e teve seus reflexos na eleição de 2014, e
não a intervenção do fuzil, como as forças da morte estão clamando.
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