sábado, 22 de novembro de 2014

Ao Vitor Nósseis e ao Pastor Jesiel Padilha

Ao Vitor Nósseis e ao Pastor Jesiel Padilha para que se movimentem para a justa convergência dos homens e mulheres de boa vontade para este novo centro político que há de invadir ruas, campos e cidades espalhando amor aos corações como se acha numa canção popular.

Teologia Humanista (Democracia Cristã – Jacques Maritain) ---> Teologia da Libertação (Socialismo – Leonardo Boff) ---> Teologia do Reino.

Na metade do século passado deu-se a explosão e o aparecimento de uma nova teologia, a Humanista, de teólogos vários, Chenu, Ignácio de Castro, Rudolf Bultmann, Karl Rahner, e etc.

Pode-se dizer que foi a primeira vez na História em que a Teologia realizou uma “cisão”, desligou-se da teologia tradicional, centrada em Deus, e passou a ser também antropológica. Ao lado do discurso sobre Deus também agora um discurso sobre o Homem. Um novo sopro teologal do Espírito com uma geração inteira de teólogos descendo do Altar e indo para o burgos, para a cidade, a se envolver nas suas questões políticas e sociais então monopolizada pelo Marxismo.

Dado a sua novidade não faltou aqueles que disseram ser este sopro teológico a chegada da “Era de Jesus”. Premidos pelo Espírito por esses dias Ignácio de Castro proclamou: Damos por encerrado as revoluções, liberal e marxista. O tempo agora é o da revolução cristã. E Bardiaev emendou: Estamos entrando na Era do Espírito. A era que avança é a era do espírito. Como era a “era de Jesus” chegando até o sisudo Jacques Maritain, reticente a lirismos, também se entregou a ele falando do Cristianismo como “Humanismo Integral”.

Muitos disseram ter sido este sopro teologal uma reação natural. O socialismo soviético avançava sobre tudo e sobre todos, arrebatando para o seu lado as imensas massas trabalhadoras, ameaçando esvaziar as igrejas, e eis então uma reação a esse avanço soviético. A “Era de Jesus” foi o desespero em se lançar mão, ideologicamente, de uma arma para fazer frente ao avanço de um socialismo ateu e materialista.

Os dias foram passando e como a Era de Jesus não chegava, e o poder soviético, longe de ser contido, avançava, logo aquela geração inteira de teólogos silenciou. A Era de Jesus chegou sobre suas subjetividades, passou sobre suas subjetividades, e se foi.

Passado algum tempo eis que novamente ocorre um segundo sopro teologal, e agora como negação do primeiro. Ora, se o primeiro sopro “foi uma tentativa” de apresentar uma alternativa ao Marxismo, algo que se manifestou em oposição ao Marxismo, este novo sopro teologal vem endossar ou confirmar o Marxismo. Não se apresenta como negação senão que ao seu lado. Estamos falando da Teologia da Libertação.

Ora, como o agir de Deus é um agir no devir hegeliano, tese, antítese e síntese, a Era de Jesus, que havia se manifestado em dois momentos, o da Teologia Humanista e o da Teologia da Libertação, iria se manifestar um terceiro momento, e agora o momento sintético.

E este terceiro momento tanto iria fazer o resgate da Teologia Humanista – o Teológico senhor do antropológico – como da Teologia da Libertação – o Antropológico senhor do teológico. Iria fazer o resgate também da Teologia da Libertação porque ela também foi um sopro do Espírito que também passou. Passou como passou a Humanista. Destarte, uma nova teologia, a Teologia do Reino, que não desprezaria jamais o fundamento espiritual que esteve na Teologia Humanista e não desprezaria jamais o amor aos pobres que esteve na Teologia da Libertação. E seria nela, e somente nela, que então iria se inaugurar na terra realmente a Era de Jesus! (Este resgate não deve ser confundido com o “resgate” que intentou fazer Frei Clodovis Boff em 2007, uma verdadeira trapalhada tanto no âmbito da Teologia como no âmbito da Filosofia).

É verdade, a manifestação daquela geração inteira de teólogos não foi de modo algum reação ao comunismo, mas já a manifestação do reino de Jesus Cristo. Portava o humanismo não encontrado no Marxismo, que falava em construir uma nova sociedade, justa, fraterna, sem, no entanto, lançar mão da destruição senão que da conversão; mostrar novo caminhar a todos, indistintamente, burgueses e trabalhadores, bem assim como no século passado esteve no chamado socialismo utópico. Mas aquele era os dias do Marxismo. De modo que o tempo histórico continuou a cooperar com ele.

O primeiro sopro do Espírito tentou ganhar para o seu lado, para a Era de Jesus, as forças contrárias ao socialismo que naqueles dias era inseparável do Marxismo? E o segundo sopro do Espírito tentou ganhar para o seu lado, para a Era de Jesus, as forças do socialismo?

Como Jesus é aquele que veio para que todos tivessem vida e vida em abundância; é aquele que se deixou morrer na cruz para que todos os muros de separação fossem abolidos e todos se reconciliassem plenamente entre si na sua mediação, ora, deduzimos claro que quando fosse manifestar o terceiro sopro teologal do Espírito ele iria lutar para ganhar para si, para a Era de Jesus, tanto as forças contrárias ao socialismo como as forças do socialismo. A Era de Jesus, na sua força e na sua sabedoria, iria conduzir a todos, a todos estes que se acham destituídos da glória de Deus, para fora de suas alienações, quer as econômicas, quer as filosóficas, em direção de um novo reino. E seria neste preciso momento o cumprimento exato de Isaías 11.6: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles (...).

As últimas eleições deixaram o Brasil dividido, não uma divisão por conta ideológica, mas uma divisão por insatisfação do existente. Ora, se foi por conta ideológica podemos dizer que o sul rejeitou o PT e o norte rejeitou o PSDB. De modo que não resta a menor dúvida que as condições políticas no Brasil estão amadurecidas PARA A ERA DE JESUS! A insatisfação é geral e é contra todos e contra tudo. Que os homens e mulheres que nunca perderam a esperança de viver em um Brasil e em uma terra em que todas as relações se dão na mediação de Jesus Cristo que comecem a trabalhar para a criação do novo político, o PAREPAR, PArtido da REcontrução do PARaíso. No PAREPAR tanto cabe o eleitor do norte como cabe o eleitor do sul, que votou por mudanças, não mudanças trazidas por um oportunista e aventureiro, que apenas iria dar continuidade a tudo que existe, mas mudanças que no curto, no médio e no longo prazo realmente irão criar um novo Brasil e uma nova terra, sem injustiça social, sem assassinatos, sem corrupção, sem imoralidade, sem consumismo desenfreado. Um novo Brasil e uma nova terra em que os injustos foram finalmente trazidos à prudência dos justos. O Brasil e a terra de gente de rosto feliz!

“Naquele tempo, os justos brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai. Escute aquele que tem ouvidos”


Homens como Cristovam Buarque, que tem ouvidos, que comecem a trabalhar para a criação do novo político. É esta a intervenção – intervenção do Alto – que vai responder ao clamor das ruas que começou naquele junho de 2013, e teve seus reflexos na eleição de 2014, e não a intervenção do fuzil, como as forças da morte estão clamando.

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