2º Parte
Gerson, boa noite.
quando você confronta a versão de Almeida com a Novo mundo, me vem a questão se essa novo mundo não é a mesma tradução do grupo chamado “testemunhas de Jeová”? pergunto pois muito se questiona sobre a qualidade da tradução desse grupo pelo fato de disseminarem a eresia ariana, a qual afirma que Jesus não é Deus, mas sim um ser criado e menor que o próprio Deus. todavia nem sei se é dessa versão ou não que estamos tratando, fato é que pretendo avaliar os mesmos textos citados nos idiomas originais grego e hebraico. como faz tempo que não uso esses recursos é provavel que demorarei até porque agora de momento não disponho do material. mas de todo modo pareceu mais claro sua posição a cerca da própria natureza que possue. em situação análoga, vemos que mesmo João Batista sendo o Elias que havia de vir, não se tratava de uma identificação como sendo ambos a mesma pessoa, mas que o papel que o Batista desempenharia naquele momento levando o povo ao arrependimento, foi o mesmo do profeta Elias no AT. feita essa analogia, segundo o que compreendi, estaria Gerson agora comissi0onado para o papel de rei, simbolizado no Leão, o qual reinado na ocasião Jesus não exerceu por afirmar que seu reino não era desse mundo. os estudantes da escatologia afirmam que dessa vez não veremos a aparição do cordeiro (Messias sofredor) mas sim do Leão que regerá todos os povos. mas neste ponto a proximidade que existe com a figura de Jesus Cristo se torna mais evidente, embora o Sr tenha afirmado que não se trata da mesma pessoa. para que eu me depare com um posicionamento inequívoco, ainda insistirei neste ponto.
o pai, que se revelou aos homens tendo o nome representado no tetragrama hebraico que transliteramos como YHWH, e que com a técnica linguistica mais confiável pronunciamos Yavé, este é a primeira pessoa da trindade, chamado de Pai por Jesus Cristo.
Jesus, por sua vez, realizou uma tão grande obra que pode cumprir o previsto por Isaias, sendo ele o cordeiro sem mácula que ofereceu a si mesmo como sacrifício vivo, o qual pode anular a dívida que antes nos era contraria, pregando-a na cruz. em síntese, ele nos livrou do salário do pecado recebendo ele mesmo a nossa condenação. quanto a ele não parece haver dúvidas sobre sua natureza divina, tendo ele mesmo dito: eu e o pai somos um. e tendo também Paulo ensinado: sendo ele igual a Deus, não apegou-se a isso como algo a que devesse atentar, antes esvaziou-se a si mesmo até a morte, e morte de cruz.
a cerca do espírito Santo, embora tenha afirmado que não é ele mesmo o “outro consolador”, não há como dúvidar que foi ele mesmo derramado depois da ascenção no episódio de pentecostes. o próprio apóstolo Pedro, sendo cheio do espírito anunciou que aquele era o cumprimento do que disse o profeta Joel: e derramarei do meu espírito sobre toda a carne, e vossos filhos profetizarão, vossos velhos terão sonhos e os jovens visões.
toda essa exposição tem como intuito confirmar esta questão sobre a identidade de Gerson: o Pai é digno de ser chamado Deus, tanto o Filho bem como o espírito santo. mas Gerson que se apresenta como o Messias diz ter sido comissionado para concluir a obra de Jesus, que também é o Messias, mas Jesus, o Messias, era Deus e digno de ser tratado como tal, porém, e quanto ao Messias Gerson? nele residem exatamente quais atributos? o do maior profeta que já houve e que foi comissionado a tutelar o reino da terra, ou se apresenta Gerson como sendo também uma pessoa que compõe a divindade, quem sabe a terceira pessoa?
é certo que trocaremos mais mensagens sobre este tema, mas por hora fico satisfeito com que lhe pude escrever.
Adamir Gerson respondendo ao Missionário Rodolfo
Gerson, boa noite.
quando você confronta a versão de Almeida com a Novo mundo, me vem a questão se essa novo mundo não é a mesma tradução do grupo chamado “testemunhas de Jeová”? pergunto pois muito se questiona sobre a qualidade da tradução desse grupo pelo fato de disseminarem a eresia ariana, a qual afirma que Jesus não é Deus, mas sim um ser criado e menor que o próprio Deus. todavia nem sei se é dessa versão ou não que estamos tratando
Antes, os meus agradecimentos pelo fato de Missionário Rodolfo ter se dignado em dar respostas ao que respondi. Muitos, numa hora como essa, importante, se calam, esperando que outros se exponham.
De fato, a Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras é realmente a Bíblia usada pelas Testemunhas de Jeová. O fato de reduzirem a divindade de Jesus em relação ao Pai é um assunto que não compromete a qualidade da Tradução. Mesmo porque o próprio Jesus disse que no final dos tempos o joio e o trigo iriam estar juntos, misturados, mas o Filho do homem enviaria seus anjos a fim de fazer a colheita, separando o trigo do joio, ao joio queimando, mas o trigo recolhendo ao Celeiro do Reino. Sou como o Missionário Rodolfo no quesito Divindade de Jesus: Não é maior, mas também não é menor, mas idêntica a de Deus. Uma vez que Jesus foi o Novo Adão, o velho Adão que foi redimido de toda a sua culpa, por conseguinte Jesus é semelhante a Deus. Tem a semelhança de Deus. Podemos dizer que é uma cópia fiel de Deus, pois o Adão antes da queda era semelhante a Deus.
Quanto à Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras, sou informado que existem muitas críticas a ela, mas tenho percebido que partem muito mais de preconceito. Porque a meu ver ela é idêntica a outras Traduções divergindo muito pouco. E divergências que pude perceber tenho delas a mais pura convicção de que ela tem sido fiel ao texto original, mesma sabendo que foi compilada a partir de textos antigos, não, porém, dos textos originais, que creio nenhuma Bíblia atual o seja, quer a do Novo Mundo, quer a Almeida, quer a Ave-Maria, quer a Bíblia de Jerusalém.
Dei o exemplo claro do texto de João 14.26; 16.7; e posso afirmar que entre a Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras e a Tradução Almeida, e mesmo outras, como a Ave-Maria, existe mudança profunda. O conteúdo das palavras de Jesus foi completamente subvertido. E isto é grave. Era como se Jesus tivesse falado sobre um segundo Cristo que viria completar a obra da cruz e estas Traduções, por não compreender tal, tivesse apagado o que ele disse e colocado uma pessoa abstrata no lugar. Foi isto que fizeram. Não querendo, de modo algum, que ao agir assim eles conseguissem matar a profecia. Pois independentemente do que escreveu a Tradução Almeida, este segundo Cristo se manifesta, para completar a obra de Jesus.
E já no próprio texto de João percebemos que a Tradução Almeida pecou. Como assim? Vamos fazer uma análise superficial de João 16.12-14: Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas não sois atualmente capazes de suportá-las. No entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade, pois não falará de seu próprio impulso, mas falará as coisas que ouvir e vos declarará as coisas vindouras. Esse me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo declarará.
João esteve profetizando acerca do Espírito Santo ou acerca de um profeta com as qualidades de Messias? Não pode ter sido a respeito do Espírito Santo porque é dito que não falará de seu próprio impulso... Ora, o Espírito Santo tem as qualidades de Deus, porque é Deus, e se ele não fala de seu próprio impulso então está falando a partir de outra pessoa. Existiria outra pessoa maior que o Espírito Santo? A Tradução Almeida deixa isto nas entrelinhas. Certamente que não.
Então descobrimos claro que a Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras está com a verdade. Para ela o Espírito Consolador, chamado pela Tradução Almeida, e que ela chama simplesmente de ajudador, é apenas um profeta, um grandíssimo profeta, que não fala de seu próprio impulso, mas do impulso do Espírito Santo.
Ademais, o termo consolador por ela inserido é muito fora de propósito. Jesus ou o Espírito Santo não se trata de força consoladora, MAS DE FORÇA LIBERTADORA. Quem consola é menor do que quem liberta. O consolador não trás a cura, mas o libertador sim. Esse termo é indevido sobre todos os ângulos.
Também, que este personagem que João cita no seu evangelho é o mesmo que ele cita no livro do Apocalipse. E em nenhum momento João se refere a ele como sendo o Espírito Santo, mas claramente uma figura humana. Pois amiúde se refere a ele como UM SEMELHANTE A UM FILHO DE HOMEM. Embora a Tradução Almeida, algumas, usou um termo empregado ao Cristo conhecido: semelhante AO FILHO DO HOMEM. Mas outra tradução, da própria Almeida, ao ser corrigida, procurou ser fiel ao texto original: SEMELHANTE A FILHO DE HOMEM. Com certeza que ouviram críticas e se corrigiram. Semelhante a um filho de homem ou semelhante a filho de homem pressupõe uma pessoa que João não conhecia, não podia ser Jesus a quem conhecia, mas entendemos claro ser um profeta ungido de messianidade.
E seja isto mesmo, pois em Apocalipse 11.15 João fala sobre o “Cristo de nosso Senhor”. E tudo é coroado de êxito quando lemos Apocalipse 6.2: e eu vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi uma das quatro criaturas viventes dizer com voz como de trovão: “Vem!” E eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória. Ora, o Cordeiro que abre um dos sete selos não é este mesmo cavaleiro que tinha na mão um arco e foi lhe dado uma coroa. São pessoas distintas. Ora, se são pessoas distintas – posso, pois, afirmar que este cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o mesmo de João 14.26; 16-7-14. Ele é o servo de Jesus, assim como aparece em Isaías 53.11 e Isaías 42.
São pessoas distintas? Reconhecidos por muitos, como figuras distintas. Apenas que pessoas – baseadas não se sabendo no que – disseram que este cavaleiro de Apocalipse 6.2 seja o Anticristo. Baseadas não se sabendo no que, primeiro, todas as imagens de sua descrição – cavalo branco, arco na mão, recebendo coroa – são imagens crísticas, segundo, este cavaleiro de Apocalipse 6.2 é o mesmo de Salmo 45. Não tem nada de Anticristo, mas é o Cristo de Jesus que Traduções estão procurando esconder, preparando o povo, não para estar ao lado do Cristo de Jesus na batalha do Armagedom (Apocalipse 19.19), quando ele estiver lutando com a besta e os reis da terra para entronar Jesus (Apocalipse 5.12), mas preparando um povo para lutar contra ele achando que estão lutando contra o Anticristo
Voltando sobre a qualidade da Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras.
Tem um texto em Mateus que precisamos analisar e acarear uma Tradução frente a outra. Trata-se de Mateus 11.13-14, como segue na Tradução Almeida: Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
O que entendemos quando lemos isto na Tradução Almeida? Que havia no Velho Testamento profecias sobre a vinda do profeta Elias, uma vinda crística, e que tal profecia se cumpriu em João Batista. O Elias que havia de vir então veio na pessoa de João Batista. A profecia se cumpriu sendo página virada.
Mas, quando lemos na Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras formamos idéia bem diferente. Vejamos como diz a Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras: Pois todos, os Profetas e a Lei, profetizaram até João; e, se quereis aceitá-lo, ele mesmo é ‘Elias que está destinado a vir’ Escute quem tem ouvidos.
Qual a diferença que podemos constatar entre uma Tradução e outra? Que na Tradução Almeida o verbo vir aparece em dois tempos – passado e presente – ao passo que na Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras o verbo vir APARECE EM TRÊS TEMPOS, passado, presente E FUTURO!
Qual seja na Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras entendemos claro que Jesus disse que João Batista é Elias e que Elias virá uma terceira vez, agora – e só podemos entender – como o Elias Restaurador de Todas as Coisas.
Qual Tradução está com a verdade? Quando contextualizamos a contendo percebemos claro que a verdade pesa para o lado da Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras, porque se Jesus em Mateus 17.11 chegou ao ponto de afirmar que Elias viria primeiro com a missão de restaurar todas as coisas, ora, uma vez que João Batista não teve sobre si a missão de restaurador, e pior ainda de restaurador de todas as coisas, para que as palavras de Jesus se cumpram, Elias tem de vir uma terceira vez e desta feita restaurando todas as coisas, e, assim, mais uma vez, preparando o caminho para a completa cristificação do planeta Terra.
É certo que muitos têm dito que está escrito que os apóstolos entenderam que lhes falara de João Batista. Certo, isto está escrito. Mas em lugar nenhum está escrito que os apóstolos entenderam que Elias não viria primeiro para restaurar todas as coisas.
Ora, quem é o Elias que haveria de vir uma terceira vez para restaurar todas as coisas? É o mesmo personagem de João 14.26; 16.7-14. Simplesmente porque – e ele vos guiará a toda a verdade – é da mesma essência de restaurar todas as coisas. Não vamos ter dois personagens, um guiando a todos para toda a verdade e outro restaurando todas as coisas, mas ambas as coisas são atributos únicos do mesmo personagem. Ao estar guiando a toda a verdade ele está restaurando todas as coisas; e ao estar restaurando todas as coisas ele está guiando a toda a verdade. Porque restaurar todas as coisas é divinizar todas as coisas, e guiar a toda a verdade é conduzir todos ao Divino.
vemos que mesmo João Batista sendo o Elias que havia de vir, não se tratava de uma identificação como sendo ambos a mesma pessoa
Estas foram palavras do Missionário Rodolfo, e parece que está em potência que para o Missionário Rodolfo João Batista não esgotou o conceito de Elias.
feita essa analogia, segundo o que compreendi, estaria Gerson agora comissi0onado para o papel de rei, simbolizado no Leão, o qual reinado na ocasião Jesus não exerceu por afirmar que seu reino não era desse mundo. os estudantes da escatologia afirmam que dessa vez não veremos a aparição do cordeiro (Messias sofredor) mas sim do Leão que regerá todos os povos. mas neste ponto a proximidade que existe com a figura de Jesus Cristo se torna mais evidente, embora o Sr tenha afirmado que não se trata da mesma pessoa.
Essa colocação da questão do reinado de Jesus nos arremete a uma disputa filosófica: quem veio primeiro, a coisa ou a idéia da coisa? Sabemos que os idealistas afirmam que a idéia é anterior à coisa, e que os materialistas afirmam o contrário.
Vamos por parte. A questão de Jesus ter dito que o seu reino não era deste mundo tal deva ser entendido de forma literal: o reino de Jesus não era deste mundo. Mas o seu significado é que o reino de Jesus não nascia dos desejos humanos ou de nada que existisse na terra, mas nasceria da transcendência, do mundo espiritual, em uma palavra, nasceria do trono de Deus e não do trono de homens. Isto, porém, não impedia deste reino que nascia do trono de Deus vir para baixo e ser estabelecido na própria terra. Afinal, o próprio Jesus disse: Venha a nós o vosso reino... e seja feito a vossa vontade, como é no céu, também na terra. E vemos Apocalipse 21.3 expressar: (...) Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles (...)
Segundo, a questão de Jesus não ter exercido o reinado tal se deu porque a ele Deus deu a idéia do reinado. A Idéia que antecede a coisa, negada pelos materialistas. O reinado estava em Jesus sim, MAS EM POTÊNCIA, como o fruto está em potência na semente. E este reinado que estava em Jesus em potência, como a boa semente, foi plantado no coração da História para que ao final então emergisse como seu fruto precioso.
O reinado de Jesus era futuro. Ele iria ter que preparar as suas moradas. Que podemos dizer se deu no devir histórico.
Podemos descobrir os passos de Jesus construindo o seu reinado? Sim, como tese do seu reinado – EIS LUTERO! Como antítese do seu reinado – EIS KARL MARX! Como síntese convergencional do seu reinado – eis de um lado O CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS CRISTÃS! E de outro O CONCILIO VATICANO II! Conselho Mundial das Igrejas Cristãs e Concílio Vaticano II representam a maturidade do reinado de Jesus Cristo, com a mente e o coração abertos para dialogar com todas as manifestações não cristãs da terra, com todas as manifestações não cristãs da terra pela primeira vez vendo um sorriso no rosto do Cristo, que as contempla com terno e absoluto amor. Lançaram as escadarias por onde todos iriam chegar à divindade maior. Podemos dizer mesmo que no Concílio Vaticano II e no Conselho Mundial das Igrejas Cristãs ajuntaram-se os nobres dos próprios povos com o povo do Deus de Abraão, como está em Salmo 47.9.
Certamente que só isto não basta para tornar o reinado de Jesus completo e bonito. Há mais, certamente. E podemos dizer que Jesus depurou o Protestantismo, livrando-o dos aspectos materiais do capitalismo, com tal se dando no avivamento da Rua Azusa, naquele ano de 1906 em Los Angeles, naquele casarão metodista que tinha sido abandonado. Naquele momento, em que aos pés do negro filho de ex-escravos William Joseph Seymour brancos e negros se abraçavam, patroas brancas e empregadas negras se abraçavam, asiáticos e mexicanos se abraçavam, jovens brancos e jovens negros se abraçavam, reconhecendo todos como irmãos e filhos do mesmo Pai, ali fora que Deus tomara a água emlameada do protestantismo, como ela nasceu emlameada, tanto pelo fato de Lutero ter clamado aos príncipes alemães que exterminassem com os camponeses anabatistas liderados por Tomás Munzer que ousaram contestar a autoridade de príncipes e reis, como pelo fato de Calvino ter queimado em praça pública ao médico Miguel Servet, ora, ali na Rua Azusa, no nascimento do movimento pentecostal, era Deus fazendo surgir novamente a sua água límpida, assim com ele tinha dado antes de Lutero, para Paulo. Por certo que o Protestantismo em larga medida revive o Judaísmo, mas quem revive o Cristianismo Primitivo por certo que foi o movimento pentecostal.
Também que o mesmo depuramento que ele fez no Protestantismo, fazendo passar a sua água impura e no lugar fazendo brotar a água límpida do Pentecostalismo, por certo que será o mesmo depuramento que ele fará no Marxismo, fazendo passar a sua água impura e no lugar surgindo uma água límpida. Qual seja – que ele depurará o Marxismo do ateísmo e colocará no lugar uma ideologia que construirá a igualdade não por matar pessoas e não por removê-las do caminho, mas por transformar pessoas e as colocar na construção do reinado de Jesus Cristo, participando na sua construção com alegria, junto com todos os filhos do Reino.
Em uma palavra, se do ventre do protestantismo Deus fez brotar a água límpida do pentecostalismo, do ventre do Marxismo ele fará brotar a água límpida de um novo socialismo, que será evangelizador entre os pobres como foi o movimento pentecostal. Ao contrário do Protestantismo, acomodado aos preceitos da ortodoxia, surgiu o movimento pentecostal, se embrenhando na mata virgem das massas populares, de igual modo ao contrário da ortodoxia marxista, que apenas discute o passado e se lamenta de seu estado atual, o novo socialismo vai se embrenhar no meio das massas populares com a água límpida da igualdade. Mostrando para as imensas massas populares que é perfeitamente possível vivermos em um Brasil e em uma terra sem exploradores e sem exploração, com cada um tendo segundo as suas necessidades, as necessidades de um espírito sadio, e não as necessidades de um espírito enfermo adoecido pela propagando de consumo do capitalismo, que não se contenta com nada, querendo tudo ao mesmo tempo, destruindo tudo ao mesmo tempo.
No novo socialismo o fundamento da Revolução está em Deus e não no homem. O condutor absoluto da revolução é Javé e não esta ou aquela Internacional. Os acontecimentos da revolução, todos eles, já foram de antemão profetizados pelos profetas de Israel. Tudo que diz respeito à revolução está nas mãos e controlo de Deus.
E é muito importante afirmar que na passagem do Protestantismo para o Pentecostalismo Jesus na construção de seu reinado havia previamente construído o elo do metodismo. No metodismo de John Wesley já está em potência o futuro pentecostalismo, que vai desabrochar, com lindas pétalas saudando a chegada da vida, a chegada de um novo dia. De igual modo Jesus na construção do seu reinado construiu o elo avançado da Escola de Frankfurt. A Escola de Frankfurt de Horkheimer, com mais graciosidade em Ernst Bloch, Jesus construiu em potência o novo socialismo, que vai desabrochar, com lindas pétalas saudando a chegada da vida, a chegada de um novo dia.
mas neste ponto a proximidade que existe com a figura de Jesus Cristo se torna mais evidente, embora o Sr tenha afirmado que não se trata da mesma pessoa.
Já havia citado anteriormente Leonardo Boff que afirmou no livro O Cristo Libertador que o Filho do homem escatológico, o que vem com as nuvens do céu com poder e grande glória para dar a cada um segundo o seu merecimento, não é o mesmo Jesus. E Leonardo Boff diz que uma vez que Jesus se referiu a ele na terceira pessoa estava se referindo a uma pessoa que não ele.
O caminho é esse. Essa distinção deva ser a mesma que existe entre Adão e Davi. Há diferença de fundo entre Davi e Adão. Se Jesus foi o novo Adão, como de fato foi, ele não pode ser chamado de novo Davi, porque aí é dar um chute no balde de leite. Davi foi um homem terreno, e, embora tivesse o coração como o de Deus, todavia foi imperfeito. E não podemos transferir esta imperfeição de Davi para Jesus.
Tratam de pessoas diferentes? Sim, todavia a proximidade é evidente. Eu diria que seja este o personagem que melhor conhece Jesus. O que o apresenta de modo fiel, com certeza não fazendo parte daqueles que são conteúdos de Isaías 4.1. Não se pode dizer que ele e Jesus sejam um só, como Jesus disse tal referente a ele e Deus, mas se pode dizer que seja o humano que mais se aproxima de Jesus, como Davi foi humano que se aproximou de Adão, não, porém, sendo um só com Adão, que foi papel reservado unicamente a Jesus.
para que eu me depare com um posicionamento inequívoco, ainda insistirei neste ponto.
o pai, que se revelou aos homens tendo o nome representado no tetragrama hebraico que transliteramos como YHWH, e que com a técnica linguistica mais confiável pronunciamos Yavé, este é a primeira pessoa da trindade, chamado de Pai por Jesus Cristo.
Jesus, por sua vez, realizou uma tão grande obra que pode cumprir o previsto por Isaias, sendo ele o cordeiro sem mácula que ofereceu a si mesmo como sacrifício vivo, o qual pode anular a dívida que antes nos era contraria, pregando-a na cruz. em síntese, ele nos livrou do salário do pecado recebendo ele mesmo a nossa condenação. quanto a ele não parece haver dúvidas sobre sua natureza divina, tendo ele mesmo dito: eu e o pai somos um. e tendo também Paulo ensinado: sendo ele igual a Deus, não apegou-se a isso como algo a que devesse atentar, antes esvaziou-se a si mesmo até a morte, e morte de cruz.
a cerca do espírito Santo, embora tenha afirmado que não é ele mesmo o “outro consolador”, não há como dúvidar que foi ele mesmo derramado depois da ascenção no episódio de pentecostes. o próprio apóstolo Pedro, sendo cheio do espírito anunciou que aquele era o cumprimento do que disse o profeta Joel: e derramarei do meu espírito sobre toda a carne, e vossos filhos profetizarão, vossos velhos terão sonhos e os jovens visões.
Sobre a vossa afirmação, reproduzindo fielmente Pedro, com certeza naqueles dias foi derramado mesmo o profético espírito, segundo o vaticinado no profeta Joel.
Mas devemos ver e entender o derramamento do espírito nos dias apostólicos como tendo sido tipológico. Quer dizer, algo que cumpriu parcialmente a profecia e não a sua totalidade.
Senão vejamos. Os discípulos de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar com judeus reverentes de muitas nacionalidades e de repente ocorreu do céu um ruído, bem semelhante ao duma forte brisa impetuosa, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E línguas, como que de fogo, tornaram-se-lhes visíveis e se distribuíram, e sobre cada um deles assentou-se uma, e todos eles ficaram cheios de espírito santo e principiaram a falar em línguas diferentes, assim como o espírito lhes concedia fazer pronunciação.
Ora, uma vez que todos entendiam no seu próprio idioma o que era pronunciado pelos apóstolos, não obstante todos terem um só idioma da Galiléia, só pode-se, pois, compreender isto como sendo o cumprimento parcial de Joel. O seu fundamento tipológico. O fato de todos entenderem no seu próprio idioma o que era pronunciado pelos apóstolos isto significa que no segundo cumprimento, todos, não obstante a sua cultura, a não obstante o seu credo religioso, irão compreender a verdade única de Deus.
E façamos a pergunta: este segundo cumprimento da profecia de Joel, quando Deus derramaria do seu espírito sobre toda sorte de carne, e os filhos e as filhas profetizariam; os homens idosos teriam sonhos; quanto aos jovens teriam visões, Deus estaria se preparando para realizar tão grande derramamento neste ano de 2012? E que tudo pode acontecer para o mundo a partir de Araçatuba?
Lembrando que este segundo derramamento do espírito será literalmente o derramamento de novos conhecimentos, onde estar agora falando em línguas estranhas será estar falando em conhecimentos que antes nunca se tinha falado. Muitos marxistas hão de estar falando de Abraão, de Moisés, de Josué, de Davi, de Zorobabel, de Hilquias, de Josias, de Isaías, de Pedro, de André, de Paulo, como muitos cristãos hão de estar falando com alegria de Marx, de Engels, de Rosa Luxemburgo, da Escola de Frankfurt, de Lênin, da vitória bolchevique sobre as nações imperialistas naquele ano de 1918, sobre a vitória esplendorosa do povo soviético sobre o novo Amaleque, Hitler, sobre as grandes conquistas sociais, econômicas e tecnológicas da URSS, sobre o sábio Fidel Castro... Sobre Che Guevara... É o tempo em que Deus faz novas todas as coisas!
toda essa exposição tem como intuito confirmar esta questão sobre a identidade de Gerson: o Pai é digno de ser chamado Deus, tanto o Filho bem como o espírito santo. mas Gerson que se apresenta como o Messias diz ter sido comissionado para concluir a obra de Jesus, que também é o Messias, mas Jesus, o Messias, era Deus e digno de ser tratado como tal, porém, e quanto ao Messias Gerson? nele residem exatamente quais atributos? o do maior profeta que já houve e que foi comissionado a tutelar o reino da terra, ou se apresenta Gerson como sendo também uma pessoa que compõe a divindade, quem sabe a terceira pessoa?
é certo que trocaremos mais mensagens sobre este tema, mas por hora fico satisfeito com que lhe pude escrever.
Com absoluta certeza Adamir Gerson não compõe o quadro da divindade, a terceira pessoa, como não compôs Moisés, Isaías e Paulo. A Divindade já está completa e seu ciclo fechado. Adamir Gerson é sim um porta-voz da Divindade para este preciso tempo, que computo o mais importante, depois da Cruz. É um tempo mais importante do que o tempo que fez nascer o Protestantismo, que fez nascer o Marxismo, que fez nascer o Pentecostalismo, que fez nascer o Concílio Vaticano II. É um tempo da suma importância como o assim anunciado por Hegel, o tempo do nascimento da Ciência.
Em Adamir Gerson residiriam atributos que transcendem os atributos que estiveram sobre personagens bíblicos, com a exceção de Jesus? Só quem vai responder a isto serão gerações futuras, porque tudo está no prelo. Talvez que seja agora que a humanidade irá ter uma compreensão melhor sobre o fato de Jesus ter se referido a João Batista como o maior homem dos nascidos de mulher.