sexta-feira, 26 de abril de 2013


Santo Anastácio e as Imagens de Paz

No ano de 2002 Adamir Gerson foi inspirado pelo seu Deus para que fosse a Brasília e levasse um recado seu para um determinado político. Não tendo o encontrado, e informado que o mesmo estava no exterior, e que só voltaria dentro de dez dias, Adamir Gerson se viu num sério apuro. Porque só tinha o dinheiro da volta e não tinha como ficar dez dias em Brasília. Mas porque o seu Deus disse que era para entregar o trabalho nas mãos do referido político, então decidiu ficar em Brasília. Não encontrando vaga nos albergues da cidade finalmente encontrou um barraco abandonado entre o Diretório do PDT e o Congresso Nacional que por ocasião da morte do índio Galdino esteve barraco tinha sido incendiado. Sem dinheiro para comer, um pessoal do PDT fez uma vaquinha e angariou para ele trinta reais, o suficiente para os dias que passou em Brasília. E sucedeu, quando dormia no barraco em cima de uma tábua que viu por debaixo um monte de ratos pretos. E se lembrou de Francisco de Assis quando se achava moribundo em um lugar cercado de ratos. Tendo esperado o referido político e entregue em suas mãos o trabalho do Reino, então voltou para a sua cidade no interior paulista.

E quando voltou naquele início de maio, sintonizando a esmo seu rádio, eis que ouviu um locutor dizer, na Rádio Cultura de Santo Anastácio, que na quarta-feira próxima iria haver na Igreja matriz da cidade uma missa ecumênica.

Porque era forte nele a presença do espírito de Javé, que o impelia, eis que na quarta-feira Adamir Gerson se achava ocupando um banco da Igreja matriz de Santo Anastácio, cidade que se localiza cerca de quarenta quilômetros de Presidente Prudente.

O que sucede é que quando os ponteiros dos relógios se aproximavam das 20 horas eis que todos na Igreja se levantaram e começaram a olhar para trás, para a porta de entrada da Igreja. E Adamir Gerson também se levantou e começou a olhar para ver o que era. E eis que viu entrar na Igreja três jovens, cada um levando alçado um cartaz que juntos formavam a palavra paz. E logo atrás dos jovens eis que viu entrar três sacerdotes, e o ministro Sidnei, que estava no altar com o microfone e fora o locutor que anunciara na Rádio local, declinou os seus nomes. E eis que eram pastores Ari e Benedito, da Igreja Luterana e Assembléia de Deus respectivamente. E os dois ministros de Deus entraram na Igreja matriz de Santo Anastácio ladeando Monsenhor José Antônio.

A missa Adamir Gerson não pode assistir porque na Rodoviária ficou sabendo que a última Circular partia de Santo Anastácio para Presidente Prudente às 20:30 horas, mas nos dois dias seguintes pôde ouvir depoimentos dos dois homens de Deus, pois o Ministro Sidnei trouxe-os para o seu programa na Rádio Cultura, num dia Pastor Ari e no dia seguinte Pastor Benedito.

A missa, deveras, além de ter sido muito bela – pois Pastor Benedito, além do corpo ajudador próximo, também levou consigo o Coral da Igreja que com os seus hinos tradicionais encheu ainda mais aquele lugar divino de canto divino – também foi muito proveitoso, pois, deveras, os dois homens de Deus não se cansaram de dizer que uma experiência como aquela não podia sofrer corte de continuidade, pois revelavam para a sociedade que os cristãos podem e devem se unir, como condição de serem mais ainda úteis à sociedade.

Porque Adamir Gerson foi a Santo Anastácio e presenciou aquelas imagens, representantes dos três ramos do cristianismo ocidental entrando juntos na Igreja matriz de Santo Anastácio? Foi ali unicamente por ir ou porque levado pelo próprio Deus? Afinal, bastasse que naqueles segundos em que sintonizou a Rádio Cultura e ouviu o anúncio do Ministro Sidnei, sim, bastasse que naqueles segundos não o tivesse sintonizado e esta revelação não estaria vindo à tona agora.

Ora, sabemos que a Palavra de Deus diz de forma peremptória sobre um tempo em que a Terra passaria a estar sob o domínio político de Jesus Cristo (Apocalipse 11.15-18). E é muito certo que Jesus fará o seu domínio através do povo cristão. Mas, com o povo cristão dividido, Jesus fará o seu domínio? Ou ele, seguindo as pisadas de Ciro, que derrubou os muros de divisão que havia entre medos e persas, impedindo-os de se unir contra um inimigo comum, Babilônia, ora, Jesus como Ciro Maior, não cuidaria em fazer o mesmo com seus filhos católicos, protestantes e pentecostais? Derrubando entre eles os muros de inimizade e eles, agora simplesmente cristãos, tomando posição para se unir ao povo socialista, para, então, conquistarem Babilônia, a Grande, de modo toda humanidade ser liberta do seu jugo e retornar, livre, para o Paraíso de Deus? Para o Jardim do Éden, lugar de onde foi expulsa por causa da desobediência?

Ora, é certo que as imagens de pastores Ari e Benedito entrando na Igreja matriz de Santo Anastácio ladeando Monsenhor José Antônio representam a maturidade dos cristãos, que é como a maturidade Daquele que não obstante não haver tratos entre judeus e samaritanos, todavia ele transitava entre todos e tinha diálogo com todos. E a maturidade que levou pastores Ari e Benedito entrarem na Igreja matriz de Santo Anastácio ladeando Monsenhor José Antônio é a mesma maturidade que faz Pastor Benedito e Monsenhor José Antônio entrarem na Igreja Luterana ladeando Pastor Ari e faz Pastor Ari e Monsenhor José Antônio entrarem na Igreja Assembléia de Deus ladeando Pastor Benedito. Basta que haja o sopro divino e o chamado Daquele que se deixou morrer na cruz para que todos os muros de divisão fossem derrubados.

Bem, porque mesmo Adamir Gerson, tendo passado dez anos, está trazendo à lembrança aquela missa ecumênica que presenciou naquele ano de 2002 na cidade de Santo Anastácio? Não é que o próprio Deus está se mobilizando para formar a sua poderosa força política, e assim, e somente assim, resgatar os pobres do seu sofrimento? Porque a força política que aí está não se presta a isto, se prestando muito mais a conservar todo esse estado de coisas? Que tem conservado todo este estado de coisas porque o povo de Deus tem estado como os escravos hebreus no Egito, que no lugar de se unirem e lutar contra o rei do Egito, saindo do país e indo para o lugar que Deus lhe reservou, ao contrário, o que faziam era brigar entre si? Questões menores impediam de ver a questão maior? Que ao avistá-la, eis então esse quadro belíssimo que o Livro do Êxodo nos legou, centenas de milhares de corpos deixando as masmorras do Egito e, livres, tomando o rumo da terra da promessa?

Que os cristãos segurem agora nas mãos um do outro e juntos oremos a oração que Jesus nos ensinou: Pai nosso que está no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feito a tua vontade, assim como é no céu que assim também seja na terra.

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