ABUB

Ao Povo Brasileiro

No ano de 1999 Adamir Gerson, inspirado, fez um portentoso trabalho de cunho profético-político, dez páginas, no qual aparecia escrito que estava em curso no Brasil um processo dialético-político para o nascimento do Governo de Cristo. Na morte de Vladimir Herzog, e do seu sangue, Jesus se instalara no processo e, a partir de então, como o Ômega de Teilhard de Chardin, começou então a convergir os pólos contrários cada vez mais na sua direção. À sua ação mais e mais o antagonismo ideológico iria diminuir até culminar no seu completo desaparecimento nas relações político-humanas. Neste preciso momento se instalava então o Governo de Cristo. E ainda mais, era neste preciso momento que eclodia para o mundo a revolução brasileira, negação completa das revoluções francesa e russa que formou o espírito ocidental e a sua cultura nos últimos duzentos anos. No lugar do necessário ódio revolucionário destas revoluções eis agora o necessário amor revolucionário. No lugar do necessário anticlericalismo destas revoluções, que levou a Cristandade ao exílio babilônico, eis agora a libertação de Ciro a promover a sua volta, todavia uma volta diferente, em corpo novo, inteiramente novo, não mais sujeito à corrupção e à ferrugem: no lugar do antigo corpo da Cristandade, que fica em Babilônia, os que agora voltam é no corpo do Cristianismo. De modo que no lugar do antigo ide – ide ao encontro dos reis da terra e sejam vossas concubinas (1), eis agora um novo ide, o ide escatológico: Ide ao encontro do Noivo (2)...

No trabalho que então elaborou no ano de 99 todo o processo partia dos governos de Jânio Quadros e de João Goulart apresentados como tese do processo. De modo que direita e esquerda se achavam em potência. E a tese sofreu ruptura pelos governos militares quando então os pólos ideológicos contrários entraram em completo antagonismo. Depois de longo afastamento em elipse os pólos contrários vieram a estar novamente juntos, com a Aliança Democrática. E foi necessário ao processo que a Aliança Democrática de Tancredo cedesse o lugar para a Aliança Partidária de FHC. Apesar de que em 99 o Brasil estava nas mãos do PSDB e poucos ainda acreditavam que Lula pudesse vencer então Adamir Gerson fez constar no trabalho que o passo seguinte é que o Brasil iria estar nas mãos do PT. Independia da vontade dos homens, pois que o processo estava sob absoluto controle do Transcendente que o movia e move a História. De fato, no processo, no seu caldeirão foram mergulhadas as forças democráticas, foram mergulhadas as forças sociais democratas e faltava serem mergulhadas as forças de esquerda; e somente então, após então, iria emergir o Governo de Cristo totalmente sem barreira ideológica, totalmente sem barreira de classe, mas um governo totalmente voltado para a justiça, não para a justiça conforme o homem dá, mas para a Justiça Daquele que veio para que todos tivessem vida e vida em abundância.

Como passou o PMDB, como passou o PSDB, Adamir Gerson dá por encerrado o tempo do PT. O PT fez avançar o processo, mas não dá mais conta dele. Suas forças estão desgastadas como se desgastaram os mencheviques por não conseguirem atender a premente e inadiável demanda popular. O PT estagnou. Uma nação não se faz apenas com Bolsa-Família. Isto é necessário, inadiável, pois como disse Betinho: a fome não espera, mas se é necessário algo mais, algo maior, que o PT não tem, não teve e nunca terá – Repare naquela estrada... Que distância nos levará... A multidão precisa de alguém mais alto a lhe guiar.  O Brasil precisa de um homem que tenha a sabedoria Daquele que escrevendo na areia não só arriou pedras em mãos assassinas como transformou corpo pecador em corpo santo, e não de um homem que tem a esperteza de Lula que não só conserva pedras em mãos assassinas como deixa a mulher pecadora sem norte para a sua vida.

Vale acrescentar que no trabalho que elaborou no ano de 99 ali aparecia claro que o Governo de Cristo iria ser instalado na terra, a partir do Brasil, não trazido por anjos vindos diretamente do céu, mas que seria criado por políticos presentes e que fizeram parte do processo; por políticos que pulularam no seu caldeirão quando o seu fogo aquecia. De modo que quando o seu fogo aquecia mais e mais as escórias iam se desprendendo e ficando um corpo sólido, saudável, prestável para o Reino.

De modo que neste princípio primeiro Adamir Gerson elege estes políticos como a eles sendo dirigido o Chamado e a Missão de iniciar este novo tempo na terra, novo porque agora ao lado daqueles que deixaram suas vestes sujas em Babilônia e foi-lhes concedido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa o ato justo dos santos (3). Políticos: Cristovam Buarque, Marina Silva, Eduardo Campos, Pedro Simon, Luiza Erundina, Paulinho, Freire, Fernando Gabeira. Partidos: PDT, PSB, REDE SUSTENTABILIDADE, SOLIDARIEDADE, PMN, PPS, PV. Adamir Gerson não elege os partidos de esquerda porque os teóricos do Marxismo, Marx, Lênin, Trotsky, Stálin, faz lembrar os libertadores hebreus no Egito, mas os esquerdistas dos dias de hoje faz lembrar fariseus e saduceus. Estão de posse do que se tornou impossível.

Vale lembrar que o Governo de Cristo está nascendo agora como no século I nasceu o Cristianismo. O Primeiro Cristianismo, Pedro, nasceu não em estado puro, mas mesclado com o velho. O cristianismo em Pedro ainda conservava traços do judaísmo. Foi somente no advento do Segundo Cristianismo, Paulo, que se operou uma completa ruptura com o Judaísmo nascendo então o cristianismo em estado puro, com identidade e nome próprios. Isto serve de alerta para muitos religiosos que irão reagir: mas, como ser Governo de Cristo se político tal defendeu isto defendeu aquilo que contraria os ensinamentos das Sagradas Escrituras? O processo nasce assim mesmo, é o início de uma longa caminhada, e será o próprio Deus que irá dando aperfeiçoamento aos seus políticos. Ademais o profeta Isaías vendo no espírito o início do domínio divino na terra assim o expressou: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro... (4)

A Questão da Revolução. A Sua Absoluta Transcendência.

Adamir Gerson tem dito que revolução é ato transcendente. A Transcendência elabora a revolução à parte dos homens, sem o seu conhecimento. Quando ela está pronta em suas mãos então, por intermédio do seu Vetor maior, revela aos vetores alhures que inconscientemente vinham sendo preparadas para ela. E a revolução acontece, explode, com praticamente todos sendo pegos de surpresa.

Revolução é ato transcendente? Ora, nenhuma lógica humana aponta para a revolução russa. Os líderes bolcheviques estavam em luta consigo mesmo (John Reed diz que o governo formado por Lênin todos os seus ministros apresentaram renúncia por não concordar com os rumos da revolução, de exclusivismo proletário. Segundo John Reed apenas dois homens ficaram firmes, Lênin e Trotsky (5). Anunciado a revolução de imediato se levantou as forças contra-revolucionárias. Em toda Rússia Generais se levantaram para esmagar o grupo bolchevique em Petrogrado e em Moscou. Por fim se levantou as nações da terra contra os bolcheviques para esmagá-los. Os livros de História narram que foi quatorze nações que invadiram a Rússia naquele ano de 1918, mas Paulo Francis, de Nova Iorque, disse que foram vinte e uma nações. O que sabemos com certeza é que as nações mais poderosas da terra, Turquia, Japão, França, Inglaterra, Estados Unidos, entraram na Rússia com a idéia fixa de rapina. Iriam destruir o nascente governo do socialismo e repartir entre si o botim de guerra.

No entanto três anos depois não só os bolcheviques emergiram coesos em torno do seu líder, Lênin, como venceram a contra-revolução interna e venceram a contra-revolução externa, com as últimas tropas invasoras sendo derrotadas no final de 1920 na Criméia.

Ora, uma vez que a lógica humana, qualquer lógica, apontava para o aniquilamento dos bolcheviques – o inimigo disse: Perseguirei! Alcançarei! Repartirei os despojos! Minha alma se encherá deles! Puxarei da minha espada! Minha mão os desalojará! (Êxodo 15.9)(...) Os bolcheviques se viram naquela mesma situação de Sansão cercado por mil filisteus – como explicar a vitória bolchevique? Porque a lógica humana funcionou para a Comuna de Paris, mas não funcionou para a revolução bolchevique? Adamir Gerson responde: quem salvou os bolcheviques foi Deus (6). Não só o levante das nações da terra para destruir a revolução na Rússia foi aquele momento em que Faraó reuniu as suas forças militares e foi atrás do povo que escapara da escravidão do Egito para trazê-lo de volta, à casa dos escravos, como a vitória bolchevique foi aquele momento em que Deus proveu um escape ao seu povo por partir as águas do mar para que ele atravessasse seguro do outro lado. As forças contra-revolucionárias que foram derrotadas na Rússia foram a mesmas forças de Faraó que uma vez dentro do mar então as águas se fechou sobre eles os matando.

É preciso deixar dois lembretes que muito ajudarão na compreensão de como revolução é ato divino, transcendente, não obstante tal não tendo sido percebido pelos homens, por nenhum homem. Primeiro: em 1823 um inglês por nome John Acquila Brown publicou um livro com o título: THE EVEN TIDE – A NOITE. E no livro, a partir de profecias do livro do profeta Daniel, aparecia vaticínio segundo o qual Deus iria estabelecer seu senhorio e domínio na terra no ano de 1917 (7). A expressão que usou: Teocracia de Deus, vaga desde o cativeiro babilônio, após seu último rei Zedequias, em 1917 iria ser novamente restabelecida. Fez cálculos e chegou ao ano de 1917. Segundo: em julho de 1917 apareceu nos Estados Unidos um livro com o título O Mistério Consumado, conteúdo dos anos de 1914. 1915, 1916, pois foi publicação póstuma de um estudante da Bíblia que morrera no ano de 1916. E no livro aparecia de forma profética que se estava na iminência do Governo do Reino sobre a terra. Além de estar escrito que Deus iria criar um “movimento revolucionário exitoso” também estava escrito que quando o Governo do Reino se estabelecesse Faraó iria ser levantado das profundezas para destruir o nascente governo do Reino, mas iria ser novamente tragado por aquilo que o escritor chamou de “águas da anarquia” (8).

E chama à atenção que o livro trás explicito o tempo deste embate entre as forças do Faraó e as forças do nascente governo do Reino. Tudo se dará entre o ano de 1917 e o ano de 1920, sentenciou profeticamente o escritor.

Ora, deduz-se claramente que segundo o escritor o governo do Reino iria se estabelecer no ano de 1917 e iria necessitar de um espaço de três anos para poder se firmar sobre seus adversários. E uma vez que a revolução realmente aconteceu no final de 1917, uma vez que as nações que dominavam a terra entraram na Rússia para esmagar a revolução, revivendo a covardia de Faraó, e uma vez que a última batalha travada pelos revolucionários “exitosos” se deu realmente no final do ano de 1920, na Criméia, quando as “águas da revolução” cobriram as últimas tropas do Faraó moderno, alguém ainda tem dúvida de que a revolução russa não foi feita por Deus? Alguém ainda coloca em dúvida a existência do Deus bíblico? Do Deus de Abraão, Jacó e Isaque, mas também dos profetas e apóstolos do Senhor? Ou se levantarão vozes para dizerem que a profecia de John Acquila Brown sobre o ano de 1917 não tem nada que ver com a revolução russa e os escritos que falavam do período de 1917 a 1920 na verdade foram posteriores, como tem feito a exegese da modernidade segundo a qual profecia não existe e tudo o que trás a marca de profecia são escritos posteriores aos fatos mencionados? Exegese esta que se viu forçada a criar vários Isaías para manter de pé uma visão que não admite a antecipação histórica dos acontecimentos, porque então teria que admitir uma força transcendente operando a História e não que ele seja feita pelos homens?

Mas é preciso este esclarecimento: o Governo do Socialismo, que se instalou na Rússia no interregno de 1917 a 1920 foi governo do Reino sim, mas revivedor de Moisés e do Judaísmo. Foi governo do Reino SEGUNDO A LEI e não segundo a graça. Ele iria ter um segundo momento, da Graça, quando então iria ser revivedor de Jesus e do Cristianismo. Novíssimo tempo em relação àquele. E neste novo tempo ninguém seria mais destruído, mas todos seriam ensinados no caminho do bem. A Educação iria tomar o lugar da Ditadura do Proletariado.

Não a Educação velha, com E minúsculo, que tomou corpo na Europa como antídoto ao avanço do comunismo, educação esta que ensina a tirar proveito, a ser “alguém na vida”, uma muleta que se coloca debaixo do braço para ascensão social, não, mas outra Educação. Educação nova, novíssima, com E maiúsculo, que se forma e é gestada no ventre do Evangelho; que ensinará a todos que o conhecimento é para ser recebido de graça e oferecido de graça. O escopo último da redenção, e que é preciso ter o seu começo, caminhando do imperfeito até chegar ao Perfeito quando isto que hoje é uma utopia aos olhos de todos será uma realidade.

Ora, se o governo do Reino segundo a lei se manifestou na Rússia czarista, lugar preparado para ele, a verdade é que o governo do Reino segundo a graça vai se manifestar no país Brasil. O Brasil vinha sendo preparado para esta nova e avassaladora revolução desde tempos remotos, imemoriáveis. Imperceptível aos olhos de todos enquanto estava sendo gestada no ventre da Divindade, mas neste ano de 2014, eclodindo no país Brasil, a terra inteira vai conhecer a sua força, a força de uma revolução que trará profundas mudanças no campo social porque trouxe profunda mudança no campo espiritual, no campo das idéias, não em debates intermináveis, mas porque a sua lógica e a sua verdade conquistou a todos – e seremos transformados num abrir e piscar de olhos (9). Velhas políticas, velhas filosofias, velhas teologias, tiveram a sua solidez desmanchada no ar (10).

Ninguém percebeu, mas movimentos fortes no meio dos pobres como o pentecostalismo e o carismático eram na verdade preparação para a mais avassaladora das revoluções, aquela visionada pelo profeta Isaías: E a soberba do homem terreno terá de encurvar-se, e o enaltecimento dos homens terá de ficar rebaixado; e somente Javé terá de ser sublimado naquele dia. E os próprios deuses que nada valem passarão inteiramente. E as pessoas entrarão nas cavernas das rochas e nas cavidades do pó por causa do pavor de Javé e diante da sua esplêndida superioridade, quando ele se levantar para fazer a terra sofrer tremores. Naquele dia, o homem terreno lançará diante dos musaranhos e dos morcegos os seus deuses de prata que nada valem e os seus deuses de ouro que nada valem, que fizeram para eles se curvar diante deles, Isaías 2.17-10. Enquanto a juventude se definha no consumo de drogas lícitas e ilícitas, ao puro e gratuito divertimento, nunca saciando a voracidade do corpo, muitos se entregando a roubos e assassinatos para satisfazer a voracidade do corpo, a juventude evangélica e carismática se esforça para servir e estar caminhando com Deus. Esforçam-se em ser o menor peso possível à sociedade. Como a galinha protege sob suas asas seus pintainhos ameaçados pelo mau tempo é notório como pastores se esforçam para manter a sua juventude o mais longe possível do ilícito. De modo que no tempo certo Deus fecundará neles a sua política. E então será a revolução, o seu levantar consciente para a construção de uma nova nação que quando seu edifício estiver completado as coisas velhas não serão mais lembradas. Não subirão mais ao coração.

É verdade, diferente das revoluções franco-burguesa e russo-socialista, demolidoras no instante revolucionário pela força de líderes sobrenaturais, agigantados, a revolução brasileira será grande porque será a soma de pequenos atos que acontecerão no cotidiano. Será grande não pela ação e força de grandes líderes, mas pela soma de pequenas ações, de líderes no anonimato. Pequenas ações se concatenarão e se imbricarão, produzindo a grande ação.

É o que Leonardo Boff chamou de “revolução molecular”. “Se não podemos mudar o mundo, podemos sempre mudar este pedaço de mundo que sou eu mesmo e minhas relações”.

Junho de 2013

Ora, uma vez que revolução é ato transcendente podemos intuir a presença do Divino nas gigantescas manifestações que ocorreram em todo o Brasil no mês de junho do ano passado e ainda hoje respingam?

Não foi por acaso que no mês de junho do ano passado de repente estouraram manifestações de jovens por todo o Brasil clamando por uma nova pátria. Como as Jornadas de Julho foi sinal da iminência da revolução na Rússia naquele ano de 1917, tenham como certo que as manifestações que varreram o Brasil no mês de junho de 2013 foram a Divindade lançando o seu sinal antecipado e anunciador da iminência da revolução brasileira. A revolução brasileira está às portas, na iminência e pode sim ter a sua força explosiva no ano de 2014.

A Revolução Brasileira

Muito tem se falado sobre a revolução brasileira. Se fala sobre ela desde a década de 20 quando aconteceu na Rússia a primeira revolução socialista da terra. E hoje se fala ainda mais sobre ela.

As redes sociais a partir do ano passado foram inundadas de informações de que no ano de 2014 iria ocorrer no Brasil a Revolução. E é feito a pergunta: estas pessoas que passaram a anunciar que no Brasil iria ocorrer revolução no ano de 2014 foram inspiradas? Sim, foram inspiradas quanto à forma, não, porém, quanto ao conteúdo.

Quanto à forma porque realmente no ano de 2014 vai acontecer no Brasil a revolução, mas não será revolução comunista como estas pessoas passaram a proclamar. A revolução comunista teve o seu tempo e ela não acontece em mais nenhuma parte da terra. No ocidente praticamente impossível, no Brasil impossível.

Ora, se no Brasil vai ocorrer revolução em 2014, mas não será revolução comunista, como será, então, esta revolução? Será a revolução do Evangelho! Revoluções portam respostas para questões localizadas, mas o Evangelho porta respostas para todas as questões que afligem o ser humano.

O que segue abaixo será um esforço para se compreender teoricamente a revolução brasileira, que num segundo momento será revolução ocidental e num terceiro momento, revolução mundial (11).

A revolução do socialismo que ocorreu na Rússia naquele ano de 1917, o maior acontecimento político-social de todos os tempos, foi gestada no espírito do Lênin e teve o seu nascimento no ano de 1903 em Londres. Lênin fora discípulo de Plekhanov que vinha desenvolvendo a revolução no marco da moderação. De modo que a revolução do Lênin, que ganhou o nome de Bolchevique, foi se gestando neste ventre moderado e naquele ano de 1903 fez o seu nascimento.

Como as concepções radicais do Lênin e dos seus partidários estavam se chocando com as concepções moderadas de Plekhanov e seus partidários então convocaram um Congresso no exílio no qual seria decidido qual rumo tomaria a revolução, o moderado de Plekhanov ou o radical de Lênin.

E marcaram o Congresso para a cidade de Bruxelas, na Bélgica. E enfeitaram o lugar com bandeirinhas vermelhas. Mas, durante os debates, cada qual falando mais alto, a sua barulheira foi tanta que os vizinhos não mais suportando chamaram a polícia. E a polícia que já sabia de sua presença na cidade, e andava rondando o local, de imediato os expulsaram. Entraram em um navio e tomaram o rumo de Londres; e em Londres concluíram o Congresso.

E saiu vitorioso Lênin. Contado os votos dos delegados presentes houve maioria para Lênin. Daí surgiu o nome Bolchevique, que significa maioria, enquanto os partidários de Plekhanov derrotados receberam o nome Menchevique que significa minoria.

O que ninguém sabe é que este Congresso realizado em Londres no ano de 1903, e que fez nascer o movimento revolucionário comunista, o mesmo era parte de um movimento maior que iria ter todos os seus desdobramentos, o seu imbricamento mesmo. De fato, três anos depois nascia em Los Angeles o movimento pentecostal; que, ao lado do movimento comunista foram os dois maiores movimentos sociais do século XX.

O que teria o movimento pentecostal que ver com o movimento do socialismo?

Cumprindo Tiago 5, segundo o qual no tempo do fim iria surgir uma grande exploração do povo trabalhador, o povo que trabalha iria ter seu salário retido, e isto iria lhe trazer grande sofrimento, o que sucede é que por conta disto o povo trabalhador iria clamar a quem podiam clamar: Deus. E segundo Tiago o seu clamor iria chegar a Deus, ao seu trono, e Deus iria responder.

E desta vez Deus iria lhes mandar uma libertação completa, material, como foi no Egito, mas também espiritual, como foi em Sodoma. Deus iria lhes libertar totalmente, das concupiscências da carne, mas também das concupiscências do dinheiro (12)

De fato, aquele movimento que nasceu em 1903 em Londres Deus colocou nele a sua libertação material, a sua libertação contra o Egito e a sua opressão, e naquele movimento que nasceu em 1906, em Los Angeles, o movimento pentecostal, Deus colocou nele a sua libertação espiritual, a sua libertação contra Sodoma e a sua opressão.

Começamos a entender a íntima ligação transcendente entre o movimento do socialismo e o movimento do pentecostalismo. O governo do Reino iria se manifestar na terra em dois momentos, o da Lei e o da Graça. O momento da Lei iria surgir a partir do movimento que nasceu em Londres naquele ano de 1903. Mas, como ele carregava hegelianamente a sua negação, a Graça, isto significa dizer que aquele movimento iria nascer e ter existência gloriosa, mas depois iria cair. E iria cair justamente para que se manifestasse o governo do Reino segundo a graça.

E o governo do Reino segundo a graça iria se manifestar justamente a partir do movimento pentecostal, daquele movimento que nasceu em 1906 em Los Angeles, nos Estados Unidos. Sim, daquele movimento que se gestou no ventre moderado metodista e naquele ano de 1906 naquele templo metodista então abandonado fez o seu nascimento.

O movimento pentecostal era um movimento que nasceu puramente religioso. Mas, na medida em que ele fosse crescendo mais e mais ele iria se abrir para a política, assim como a criança quando vai crescendo mais e mais vai se abrindo para o sexo oposto. Já era a presciência de Deus. Deus sabia que aquele movimento forte do socialismo, que chegou a dominar quase a metade da terra, iria ter fim. E iria recomeçar, mas agora em patamar novo, totalmente diferente.

Abrindo-se para a política iria chegar um momento em que Deus iria fecundar nele a sua libertação contra o Egito. Deus fecundara nele a sua libertação contra Sodoma, e então iria concluir a sua obra por fecundar nele a sua libertação contra o Egito. E então o movimento pentecostal, portador de uma luta contra Sodoma, contra as concupiscências da carne, e agora portador da luta contra o Egito, contra as concupiscências do dinheiro, de posse então do que é completo iria se revelar avassalador, em condições de ser o condutor e mediador de todas as relações da sociedade pois que o que era imperfeito se levantou Perfeito, o que era em parte se levantou completo.

O que isto significa? Que o socialismo que caiu ele renasce, mas em corpo novo, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao opróbrio dos homens. A religião e Deus, ausente no socialismo russo, porque era Esaú, que preferiu o alimento da terra ao alimento do céu, agora se tornam no fundamento do socialismo. O que era superestrutura, ideologia, no Materialismo Filosófico, se revela Infra-Estrutura, Ciência, no novo socialismo que está para o Marxismo na exata proporção em que o Cristianismo esteve para o Judaísmo.

É novo socialismo, completamente diferente. No lugar de se construir a igualdade na destruição dos ricos e dos opressores buscar-se-á agora a sua transformação e conversão. Educados nos ideais da igualdade, uma educação que chegará a eles não extraída das ciências sociais e processada na pedra de toque da filosofia materialista, como ocorreu com a Teologia da Libertação, mas uma educação extraída do Evangelho, a verdade é que mais e mais as desigualdades sociais irão diminuir, até chegar um tempo em que ninguém mais dirá que qualquer coisa que possui é a sua própria, mas todos terão as coisas em comum. Cada um terá realmente segundo a sua necessidade.

Portanto enviamos a todo o Brasil um alerta geral: Vós estais dizendo que no ano de 2014 vai ocorrer uma revolução no Brasil. E vai mesmo acontecer no Brasil uma revolução no ano de 2014. Mas será a revolução pentecostal em que Deus derramaria do seu espírito sobre toda carne. A sua explosão nas ruas do Brasil no ano de 2014 vai abalar a terra com todos ficando na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo a partir do Brasil. E esta revolução pentecostal, do Evangelho, pode sim começar na cidade de Belém do Pará e de Belém do Pará descer até as partes mais remotas do sul do país.

As virgens néscias e as virgens prudentes

A Palavra de Deus descreve o momento glorioso em que na História, e no seu tempo final, escatológico, iria se levantar para toda a terra um grito especial, inconfundível: Aqui está o noivo! Ide ao encontro dele.

Ora, quando este grito fosse levantar-se então iria haver na terra dois grupos de pessoas, o composto por néscios e o composto por prudentes. O grupo dos prudentes, tendo óleo em suas lâmpadas, iria imediatamente ao encontro do noivo, mas o grupo dos néscios, não tendo provido suas lâmpadas de azeite, iria ficar confuso quando não entraria em paranóia.

Quem são estas virgens prudentes da parábola e quem são as suas virgens néscias? As virgens prudentes são todos os que carregam nas suas lâmpadas o azeite do Evangelho, mas as néscias são estas que nas suas lâmpadas não tem o azeite do Evangelho. Não se interessam por religião, não se interessam por teologia, não se interessam por Bíblia e muito menos por Deus. Não obstante, apesar de não terem nada, estarem sozinhos, alienados das massas populares, mesmo assim estão falando em revolução comunista no Brasil no ano de 2014, o que apenas atesta o quanto néscios são.

É verdade, a revolução brasileira vai acontecer, vai explodir, e todos estes que estão pregando e aguardando no Brasil a explosão da revolução comunista vão ficar confusos, alheios a um novo mundo que está acontecendo. A revolução brasileira aconteceu e eles ficaram de fora.

Mas, a Palavra de Deus reserva uma condenação para as virgens néscias? Não, pelo contrário, mas é dito a elas: Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.

Isto significa que todos estes que não tem o Evangelho em suas lâmpadas terão de adquiri-lo. E o primeiro passo, para adquirir o óleo do Evangelho é se libertar da camisa de força do adolescente materialismo filosófico. O segundo passo é fazer como fazem as pessoas humildes que ao entardecer se aprontam, colocam debaixo do braço a Bíblia e vão para a Igreja, para ouvirem e aprenderem da Palavra de Deus, e, muito mais, ter comunhão com o seu semelhante. E o terceiro passo? Bem, fazendo isto as demais coisas vos serão acrescentadas, o nascimento de uma nação livre de toda e qualquer opressão.

Ao Povo de Deus na Cidade de Belém do Pará. Em Especial à Juventude Belemense

Sabemos que no ano de 1910 aportou no Brasil, pelo portão de entrada da cidade de Belém do Pará, dois missionários nórdicos, Gunnar Vingrem e Daniel Berg. Entre as miríades que se embebiam no Evangelho que era derramado na Rua Asuza, em Los Angeles, e que numa sociedade dominada pela segregação racial e dominada pela segregação social, as miríades que ali se reuniam se abraçavam e se reconheciam como irmãos, não olhando para a cor da pele ou para a condição social, brancos e negros, ricos e pobres, asiáticos e mexicanos, alto-executivos e desempregados, lavadoras negras e patroas brancas, jovens negros e jovens brancos, todos se abraçavam e se reconheciam como irmãos e filhos do mesmo pai, Deus, entre as miríades que esperançosas de um novo dia acorriam àquele lugar inusitado, de manhã, tarde e à noite, eis que entre eles também estavam os missionários nórdicos Gunnar Vingrem e Daniel Berg. Embebidos em um evangelho que trazia transformação, o milagre da conversão, os dois vieram para o Brasil e aqui começaram uma nova evangelização, que foi crescendo, se espalhou por todo o país, e hoje são cerca de 40 milhões.

Mas, temos de reconhecer: o Evangelho que Deus derramou naquele templo metodista naquele ano de 1906, na mediação do filho de ex-escravos Joseph William Seymour, instrumento vivo nas mãos de Jesus, e que foi o Evangelho que se espalhou para o Brasil a partir daquele ano de 1910, a partir de Belém do Pará, tratou-se do Evangelho que Paulo chamou de parcial. Mas Paulo também disse que no futuro iria aparecer o Evangelho completo, que não iria ser negador, mas iria sair para vencer e completar a sua vitória. Pois é, tem chegado o tempo do Evangelho Completo, e ele pode se espalhar para o mundo a partir de Belém do Pará. De Belém do Pará para o Brasil e do Brasil para todos os continentes da terra.

Não foi por iniciativa própria ou por acaso que Daniel Berg e Gunnar Vingrem vieram para o Brasil. Mas aqui vieram por indicação divina. Em oração o Espírito Santo lhes mostrou para onde tinham de ir e começar a nova evangelização. Mostrou-lhes a palavra pára ou para, e o próprio Espírito Santo indicou-lhes a cidade brasileira de Belém do Pará.

Ora, se Deus teve interesse em que o Evangelho parcial se propagasse para o Brasil a partir de Belém do Pará ele não teria um interesse ainda maior que o Evangelho Completo se propague também a partir de Belém do Pará?

Portanto Ministros da Palavra de Deus que estão em Belém do Pará: Abram o vosso ouvido, vosso coração e vosso entendimento para receber bem e ouvir as palavras que estão chegando a vós por jovens com a missão de criar um Brasil novo a partir de Belém do Pará. Jovens que chegam aqui em Belém do Pará, junto a vós, para darem início à revolução brasileira, que será então a maior revolução de todos os tempos, que há de sepultar o pecado já vencido na cruz e fazer nascer uma nova terra em que nela habitará a justiça. Unam-se aos homens e mulheres de Deus que estão chegando de Caratinga e acordem toda a Grande Belém. E a Grande Belém acordada então acordará todo o Brasil. O gigante adormecido vai acordar e ocupar o seu lugar no mundo de ser o centro irradiador do Evangelho de Jesus Cristo.

Caiu, Caiu Babilônia

Conhecemos a história de Babilônia e conhecemos a história de sua queda, quando os comandantes de medos e persas, Dario e Ciro, entraram pacificamente na cidade e libertaram o povo de Deus escravizado no seu meio com o povo de Deus então retornando à sua terra natal.

Mas, aqueles acontecimentos foram tipológicos. Fatalmente iriam se repetir uma segunda vez. E é tão certo que descrições sobre Babilônia foi captado profeticamente por João e projetadas para o futuro adiante de si. No futuro iríamos ver mais uma vez Babilônia ser conquistada e reduzida a escombros.

Ora, se no fundamento tipológico foram Ciro e Dario quem conquistou Babilônia livrando o povo de Deus do seu jugo pesado quem seriam os novos Ciro e Dario? Adamir Gerson responde: Joaquim Barbosa e o senador Cristovam Buarque!

A Babilônia da corrupção e a Babilônia da ignorância, duas pragas que assolam o Brasil, cairão diante de Cristovam Buarque e de Joaquim Barbosa, pois, deveras, a força avassaladora que Deus colocou nas mãos destes comandantes da Média e da Pérsia, Deus irá colocar nas mãos de Joaquim Barbosa e de Cristovam Buarque. E o povo brasileiro, ao ver que a ética e a moral estão sendo infundido nos três poderes pilares da nação, Executivo, Legislativo e Judiciário, e deles se espalhando para os poderes complementares, Exército, Polícia, Funcionalismo Público, então neste momento o povo brasileiro sentirá que o Brasil está saindo de Babilônia e indo, não de volta à Jerusalém terrena, mas agora de volta ao Paraíso, para a Jerusalém Celestial, que sabemos é o lugar da verdadeira liberdade, da liberdade concreta, onde cada um tem segundo as suas necessidades, não as ditadas por uma ideologia, mas ditadas por Deus no nascimento de cada um.

Aqui reside o grande mistério de Deus ter indicado a cidade de Belém do Pará para os missionários nórdicos. A partir de Belém do Pará vai começar um movimento forte, fortíssimo, que levantará todo o Brasil para a realidade do governo de Cristo segundo a graça. E como seus escolhidos, este movimento forte, fortíssimo, fará com que no dia 1º de janeiro do ano de 2015 Joaquim Barbosa e Cristovam Buarque subam a rampa do Palácio do Planalto para que a Presidente Dilma coloque nos seus pescoços a faixa presidencial. E não irão fazer como Lula em 2002 que chorou porque “tinha ganhado”, mas a faixa no pescoço é momento para reflexão profunda, das responsabilidades que a vitória impõe, de não frustrar os anseios do povo brasileiro por um novo Brasil.

Que os ministros da Palavra de Deus em Belém do Pará, e em especial a juventude belemense, que sentiram no espírito os nomes de Cristovam Buarque e de Joaquim Barbosa é mesmo indicação de Deus, do Deus que interveio inúmeras vezes na História e prometeu uma grande intervenção no futuro que todas as indicações é que é para os dias atuais – Mas, prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. Pois virá sobre todos os que moram na face da terra (...) Porque assim como eles eram naqueles dias antes do dilúvio, comendo e bebendo, os homens casando-se e as mulheres sendo dadas em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca e não fizeram caso, até que veio o dilúvio e varreu a todos, assim será a presença do Filho do homem (13) – sim, que cada um de vós faça engajamento político nas boas novas criando núcleo de apoio em cada vila e em cada bairro da Grande Belém. Que nem uma única igreja e nem uma única escola fiquem sem ter um núcleo engajado nas boas novas. Estendam as suas mãos e apanhem os trabalhos que estes missionários e estas missionárias do Reino estão trazendo a vós. Leia-os com atenção, meditem sobre seu conteúdo, e compartilhem o mesmo com todo o povo da Grande Belém. O mais rapidamente possível, pois já não haverá mais demora.

Reúnam-se com estes jovens que estão chegando a vós e discutam entre si a melhor estratégia para que tudo venha a acontecer em 2014, gigantescas manifestações para a manhã do dia 08 de junho, em todas as cidades do Brasil, desde as pequeninas, Serra da Saudade em Minas, Borá no Estado de São Paulo e Jardim Olinda no Paraná, até as suas grandes metrópoles, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte. E onze dias depois, 19 de junho do ano de 2014, então a grande caminhada na cidade de Presidente Prudente quando neste dia será revelado ao mundo o verdadeiro corpo de Cristo.

Verdade, grandes manifestações do Reino na manhã do dia 08 de junho e a grande caminhada na manhã do dia 19 de junho. Mas toda essa explosão popular que acontecerá no país Brasil no ano de 2014, alavancadas pelo povo religioso, e que são o momento em que a mulher gloriosa de Apocalipse 12 entra nos seus momentos de parto, se iniciaria mesmo em Belém do Pará. Uma avassaladora manifestação nas avenidas de Belém do Pará para a manhã do dia 20 de abril. Uma avassaladora manifestação nas avenidas de Belém que teria a força do Círio de Nazaré. A multidão segurada na corda de Jesus Cristo caminharia pelas avenidas de Belém do Pará batendo fortes os seus tambores, agitando ao alto os seus cartazes e cantando os mais belos cânticos a que não faltarão Coração de Estudante, PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, Quão Grande és Tu, Castelo Forte, Oração da Família, Águia Pequena. E tu virias numa manhã de domingo; Eu te anuncio nos sinos das catedrais...

E nesta manhã do dia 20 de abril os milhares e milhares que desfilariam pelas avenidas de Belém do Pará ora ao estarem levando os seus cartazes mui provavelmente os mesmos contenham as imagens de Joaquim Barbosa e de Cristovam Buarque. E nesta manhã já estará sendo antecipado um grito que será ouvido em todo o Brasil no ano de 2014: Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Portador de Cristo!

NOTAS DE RODAPÉ

(1)  Ezequiel 23; Apocalipse 13

(2)  Mateus 25

(3)  Apocalipse 19.7-8

(4)  Isaías 11.6

(5)  Ora, John Reed no livro OS DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO ao relatar as divergências entre os líderes da revolução quanto ao rumo da revolução então explicita o fato dos ministros nomeados por Lênin terem apresentado sua renúncia. E ele chega a dizer que apenas dois homens permaneceram firmes e confiantes no triunfo da revolução, Lênin e Trotsky. Isto não faz de Lênin e Trotsky antítipos de Moisés e Arão os homens que permaneceram firmes não obstante a reação virulenta de Faraó? Lênin voltando do exílio naquele abril de 1917 e um mês depois Trotsky voltando do exílio nos Estados Unidos e os dois formando uma aliança de vida, que deu a vitória à revolução, tal não foi mesmo o antítipo de Moisés e Arão que se encontraram e formaram uma aliança de vida, que possibilitou a libertação do Egito? Mesmo porque a Palavra de Deus diz que Arão foi dado como boca para Moisés, o homem que iria falar ao povo, ao passo que Moisés foi dado a Arão como Deus. Mas, não foi esta a relação que houve entre Lênin e Trotsky naqueles momentos da insurreição? Correu o mundo depoimentos de revolucionários á época, assim: Quando Trotsky falava, ficávamos encantados; mas quando Lênin falava então marchávamos. Foi de suma importância o papel de Trotsky na insurreição, especialmente naquele momento em que subiu em cima de um carro de combate e com um discurso que chegou aos píncaros da glória convenceu aquele grupo de soldados para o lado da revolução. De modo que foi naquele momento em que Trotsky ganhou o apoio daquele grupo isolado de soldados que começou a dar-se o triunfo da revolução, pois aqueles soldados começaram a arrastar os indecisos para o lado bolchevique, grupo arrastando grupo.

Bem, esse paralelo entre as descrições sobre as ações de Moisés e Arão no Egito e os relatos históricos entre as ações de Lênin e Trotsky no Egito, sim, Moisés e Arão voltando do exílio e quebrando o poder de Faraó e principiando a guiar o povo liberto na direção de Canaã, a terra da promessa, que manava leite e mel, vista antes por Abraão como lugar de descanso de sua descendência peregrina e oprimida, e Lênin e Trotsky voltando do exílio e quebrando o poder das forças opressoras e principiando a guiar o povo liberto na direção do socialismo, essa semelhança entre ações é apenas coincidência de acontecimentos históricos, como tem sido uma constante, ou na verdade é indicativo da existência de uma força sobrenatural e a-histórica, movendo os acontecimentos da História no seu estrito interesse?

(6) Ora, se a lógica é de que os bolcheviques seriam derrotados pelos seus inimigos, pela desproporção de forças, ainda mais que era do interesse do mundo, questão de sobrevivência, que os bolcheviques não triunfassem, fossem derrotados, aniquilados, ora, historiadores têm explicado a vitória bolchevique unicamente pela total desunião que houve não só entre as forças da contra-revolução interna como entre as forças da contra-revolução externa. Internamente, No caso da contra-revolução interna, ora, como os generais que lutavam contra os bolcheviques tinham como certo sua vitória a preocupação maior entre eles é quem iria ser o novo ditador da Rússia. Antes de vencer os bolcheviques já reinava entre eles mútuas desconfianças não raro lutando isoladamente. Não foi diferente entre as nações imperialistas. Certas da derrota dos bolcheviques cada uma delas estava preocupada em ficar com a maior parte do botim da guerra. De modo que não somente os generais russos da contra-revolução não se entendiam entre si como também as nações imperialistas. O caos e a confusão tomaram conta dos inimigos do socialismo. Isto levou historiadores a explicarem de forma racional a vitória bolchevique. Naquelas condições tinham tudo para perder.

Mas, como conciliar essa visão dos historiadores com a visão de Adamir Gerson para quem a vitória bolchevique se deu unicamente pela intervenção de Deus a seu favor intervenção que se deu já na insurreição?

É fato que a vitória bolchevique se deu pela completa confusão entre as forças da contra-revolução, não concatenavam as suas ações, ou era mal concatenado, o oposto do que se exige num esforço de guerra. Mas, vejamos isto: Então o anjo do verdadeiro Deus, que ia na frente do acampamento de Israel, afastou-se e foi para a sua retaguarda, e a coluna de nuvem afastou-se da sua vanguarda e pôs-se na retaguarda dele. Assim veio a estar entre o acampamento dos egípcios e o acampamento de Israel.. Dum lado mostrou-se uma nuvem com escuridão. Do outro lado iluminava a noite. E este grupo não chegava perto daquele grupo durante toda a noite. (...) Por fim, os filhos de Israel passaram pelo meio do mar em terra seca, enquanto as águas eram para eles como muralha à sua direita e à sua esquerda. E os egípcios foram no encalço deles, e todos os cavalos de Faraó, seus carros de guerra e seus cavalarianos começaram a entrar atrás deles no meio do mar. E sucedeu, durante a vigília da madrugada, que Javé começou a olhar para o acampamento dos egípcios, desde a coluna de fogo e de nuvem, e passou a lançar o acampamento dos egípcios em confusão. E ele desprendia as rodas dos seus carros, de modo que os dirigiam com dificuldade; e os egípcios começaram a dizer: Fujamos de qualquer contato com Israel, porque Javé certamente está lutando por eles contra os egípcios. Êxodo 14.19-25.

Ora, não podemos encontrar aqui a causa mais profunda da completa desorganização entre as forças da contra-revolução? A sua desorganização, confusão, teria se dado porque tal se deu no acontecimento tipológico, as forças de Faraó que foram atrás dos escravos hebreus pela intervenção de Javé foram lançadas na mais completa confusão? E tudo voltou a se repetir com as forças da contra-revolução que invadiram a Rússia para esmagar a revolução e trazer o povo liberto de volta à casa dos escravos.

“Fujamos de qualquer contato com Israel, porque Javé certamente está lutando por eles contra os egípcios”. Ora, o governo francês enviou navios à Rússia com soldados para combater os bolcheviques. E quando chegaram perto então os marujos se rebelaram se negando a entrar na Rússia: isto não é o que está na Palavra de Deus, Javé desprendia as rodas dos seus carros de guerra de modo que os dirigiam com dificuldade? Não estavam tendo dificuldade na condução da guerra? E mais, soldados das nações imperialistas que entraram na Rússia ao entrar em contato com os bolcheviques, e estes lhes narrarem o verdadeiro sentido da guerra, ora, esta propaganda bolchevique no meio deles não fez com que um número grande de soldados deixasse de lutar pelos seus senhores e se passassem para o lado bolchevique? E segundo historiadores abalizados este foi o real motivo que fez com que as nações imperialistas fugissem em desabalada do território revolucionário, pois ficou com medo de que seus soldados fossem contagiados pelos ideais da revolução e voltassem e fizessem a revolução em seus próprios países? Mas, o que foi isto senão o que está na Palavra de Deus: E os egípcios começaram a dizer: Fujamos de qualquer contato com Israel, porque Javé certamente está lutando por eles contra os egípcios?

(7)  O escopo da profecia de John Acquila Brown é que o trono de Deus, vago desde a destruição de Judá por Nabucodonozor, sendo Zedequias seu último rei, é que após o longo período de 2520 anos seria restabelecido. E o fato da revolução russa ter-se dado no ano por ele anunciado e a revolução ter sido, segundo muitos comentadores, um fenômeno judeu – George Riffert diz no livro A Grande Pirâmide que o comunismo foi gestado no ventre da Liga Judaica, e muitos outros historiadores vão nesta direção, que o socialismo foi fenômeno puramente judeu – isto não torna o vaticínio de Acquila Brown completamente verossímil?

O vaticínio de John Acquila Brown teria sido ainda mais transcendental. Porque, de fato, o período em que aconteceu a revolução foi o período em que os judeus receberam permissão da Inglaterra para voltar para a terra dos seus ancestrais e criar ali para si um “Lar Nacional”. No mesmo dia, 02 de novembro, tanto os bolcheviques se reuniram e decidiram fazer a revolução, cinco dias depois, como neste dia 02 de novembro o chanceler britânico Lord Balfour assinou a histórica “Declaração Balfour”. Com a Declaração Balfour os judeus iriam deixar de ser oprimido pelas nações, andando errantes de um reino a outro reino, e com a Revolução, que iria dar aos trabalhadores um “Lar Nacional”, o socialismo, a classe trabalhadora iria deixar de ser oprimida, com os trabalhadores deixando de ser enxotados de emprego em emprego, ao capricho do patrão.

Como analisar tudo isto? Adamir Gerson tem dito que aquele 02 de novembro do ano de 1917 o que se deu foi o aparecimento do fruto do Reino. Como a semente desaparece na terra e depois reaparece junto ao fruto, embutida nele, o Trono de Javé, vago desde a destruição de Jerusalém pelo rei caldeu, foi esta semente que desaparece na terra para depois reaparecer junto ao seu fruto. A semente foi a Declaração Balfour, mas o fruto o socialismo.

Podemos então dizer que naquele final de 17 tanto apareceu o nacional como o universal? O reino de Israel, mas também o reino messiânico, de modo que o socialismo, fenômeno judeu, já representou sim o estabelecimento do reino messiânico antevisto como a sublimação de Israel? Mesmo porque quando John Acquila Brown fez o seu vaticínio ele disse que em 1917 então iria dar-se “a glória plena de Israel’... Ora, o que é a glória plena de Israel senão o reino messiânico?

Então o que aconteceu no final do ano de 1917 foi que ao lado do Israel natural apareceu o Israel espiritual? (É preciso esclarecer: para Adamir Gerson do ventre de Israel, do ventre judeu, nasceram dois filhos ou duas bifurcações, o cristianismo e o socialismo. Portanto o Israel espiritual, o Israel celestial, é tanto o cristianismo como o socialismo).

Mais ainda, naquele final de 17 o conceito de povo de Deus teria sofrido mudança, metamorfose? De modo que povo de Deus passaria a ser, então, a classe trabalhadora? E isto não só foi explicitado pela Teologia da Libertação como também se acha em potência em Tiago. Para Tiago quem clamaria a Deus e Deus iria responder, lhes enviando uma libertação, não seria o povo judeu, mas os trabalhadores. Não os trabalhadores de uma nação particular, no caso Israel, mas trabalhadores universais, da terra inteira.

É preciso mais este esclarecimento: O reino messiânico, a glória plena de Israel, teria se estabelecido em 1917 com a revolução que trouxe o socialismo e que Lênin foi o seu primeiro governante? Sim, mas o reino messiânico iria se manifestar em dois momentos, distintos, mas complementar. Como Lei e como Graça. Naquele final de 1917 ele se estabeleceu como Lei, e futuramente ele iria se estabelecer como graça. E se como Lei ele estabeleceu-se no país Rússia, tenham como certo que como graça ele iria se estabelecer no país Brasil.

É preciso clarear um assunto muito controverso entre os teólogos, ora uns dizendo uma coisa ora outros dizendo outra. É sobre a profecia de Jesus segundo a qual esta geração não passará sem que todas estas coisas aconteçam. Apesar de muitas datas terem sido dadas, a que será aclamada como verdadeira pela posteridade é esta de Adamir Gerson que coloca o início desta geração que não passaria sem que todas as coisas acontecessem no ano de 1917. Mais especificamente no dia 02 de novembro do ano de 1917. Como uma geração gira em torno de cem anos, podendo ser um pouco mais como um pouco menos, tudo indica que a outra ponta da profecia, que encerraria a mesma, aconteça no ano de 2014 no país Brasil. Acontecendo tudo que está sendo programado, e endereçado agora para Joel Moreira, seja possível que este período profético vá desde o dia 02 de novembro de 1917 ao dia 20 de abril do ano de 2014. Sendo assim, caso tudo venha a acontecer como querido, Cristovam Buarque e Joaquim Barbosa inaugurarão na terra o reino messiânico, e agora pelo lado da graça. Dias de glória esperam por toda a terra.

(8)  No livro O Mistério Consumado, lançado em julho de 17 nos Estados Unidos, ali aparece que o governo do Reino iria ser estabelecido e que as forças do Faraó iriam ser levantadas dos profundos para destruí-lo. E o autor usou o termo “águas da anarquia” para expressar as forças que se voltariam contra o Faraó moderno e o destruiria. Ora, em termos de hoje, provavelmente quis dizer: águas do socialismo, porque á época o termoanarquia era mais popularizado.

(9)  ICoríntios 15.51-52

(10)Apocalipse 6.13-14

(11)Apocalipse 14.6

(12)As imagens de Apocalipse 7.9, que trás uma grande multidão, que nenhum      homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas, com palmas nas suas mãos, ora, esta grande multidão foi alcançada pela libertação espiritual de Deus, mas também pela sua libertação material. A salvação completa de Deus os alcançou de forma total, absoluta. É por isso que estão diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas e havendo palmas na sua mão, e dizendo: Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro. E eles não têm mais fome, não tem mais sede, e não se abate mais sobre eles o sol e nem o calor abrasador, não por causa deste ou aquele libertador humano, mas por causa Daquele que está sentado no trono, Deus, e por causa do Cordeiro. Não foi este ou aquele libertador humano, mas foi Deus quem enxugou toda lágrima nos olhos deles.

(13)Lucas 21.34-35; Mateus 24.36-39

(14)É oportuno saber de como o italiano radicado no Brasil Pietro Ubaldi deu testemunho cabal de como o Cristo se gestava em todas as entranhas do Brasil. Quem tiver a oportunidade de ler essa vasta obra de Pietro Ubaldi acerca da missão do Brasil no mundo tem a impressão de que o Cristo escolheu o Brasil o lugar para construir o ninho onde seriam chocados os frutos do Reino. Como um pássaro que trás no bico raminhos e com eles vai pacientemente tecendo o ninho assim foi o Cristo com respeito ao Brasil. E esse trabalho de construção do ninho no Brasil começou já com a chegada dos portugueses, o que se entende na obra de Ubaldi.

Muito oportuno para os nossos dias, e para este momento em Catanduva, são as palavras deixadas por um comentador de Pietro Ubaldi:O Brasil apresenta hoje as condições longamente preparadas pelo Alto, de Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, havendo, porém, muito a ser feito ainda no sentido de “separação do trigo do joio”.