quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

TJ Lênin Moisés

Adamir Gerson, que teve o seu encontro teofânico no ano de 1978 quando passou a receber diretamente de Jesus e de nenhum homem, de nenhuma escola de teologia ou filosofia, o embasamento teórico do governo do reino de Deus, nos bancos da Assembléia de Deus (enquanto neste mesmo período Lula recebia a sua imitação nos bancos da igreja da Teologia da Libertação) é o único homem em cima da terra que afirma com conhecimento de causa de que Charles Tasse Russel foi um profeta verdadeiro usado pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas; que, seguramente, Charles Tasse Russel foi o Jeremias do século XX, pois se tudo que Deus ia fazer à infiel Judá, que abandonou seu primeiro amor, Deus o comunicava a Jeremias para que comunicasse ao seu povo, tudo o que Deus ia fazer com a Cristandade, que abandonou o primeiro amor, Deus comunicou a Charles Tasse Russel no calor dos acontecimentos assim como acontecia com Jeremias.

John Acquila Brown e Charles Tasse Russel

Profetas dos tempos modernos e dois profetas verdadeiros. Deus começou a sua obra com John Acquila Brown e a concluiu com Charles Tasse Russel.

Em 1823 o inglês John Acquila Brown publicou o livro The Even Tide – A Noite e se acha escrito no livro que os sete tempos que aparecem no livro do profeta Daniel – 4.16 – representam um período de tempo de 2520 anos e que o mesmo iria ter seu cumprimento no ano de 1917. O que se entende nas palavras de John Acquila Brown é que o trono da Teocracia de Deus, vago desde seu último rei, Zedequias, iria ser novamente ocupado no ano de 1917. Não uma reocupação como aquela que ocorreu no ano de 1948 quando Israel ganhou mais uma vez o status de nação, mas uma reocupação diferente, num patamar superior, já o reino messiânico, pois quê John Acquila Brown disse que então, no ano de 1917, iria se manifestar “a glória plena de Israel”. Só podemos entender essa glória plena de Israel como sendo o reino messiânico e não o reino nacional israelita com tendência para queda e com tendência para envergonhar Deus. Portanto, nas palavras proféticas de John Acquila Brown o governo do reino de Deus iria se estabelecer no ano de 1917.

Em julho de 1917 foi lançado nos Estados Unidos o livro Finished Mystery – O Mistério Consumado. Trata-se de uma obra póstuma de Charles Tasse Russel estudante da Bíblia então falecido no ano anterior.

E chama à atenção que a data de 1917 que pela primeira vez apareceu em Londres no ano de 1823 reaparece pela segunda vez neste livro que então circulou na região do Brooklin naquele julho de 1917.

No entanto a data de 1917 reaparece muitíssimo mais enriquecida portando vaticínios inexistentes no livro de Acquila Brown senão que estivessem ali em potência. De fato, Charles Tasse Russel ao mencionar o advento do governo do Reino apresenta a sua manifestação fazendo uso analógico, antítipo, tanto do êxodo israelita como da destruição de Judá pelo rei caldeu Nabucodonozor. Nos escritos de Charles Tasse Russel de 1916 é como se no período compreendido entre os anos de 1917 e 1920 os acontecimentos do Êxodo e da destruição de Judá, ocorridos em tempo e espaço diferentes, fossem ressuscitados e transportados para este período. Moisés e Nabucodonozor iriam estar presentes, juntos, numa única ação, no período compreendido entre os anos mencionados, a causar uma destruição tanto no Faraó moderno como na Judá moderna.

Vejamos esta profecia de Charles Tasse Russel que aparece à página 258 do livro Finished Mystery em íntima ligação com o êxodo israelita: “Os três dias em que o exército de Faraó perseguiu os israelitas no deserto representam os três anos de 1917 a 1920, nos quais todos os mensageiros de Faraó serão tragados no mar da anarquia”.

Claramente Charles Tasse Russel está apresentando a manifestação do governo do Reino como revivência histórica dos acontecimentos do Êxodo quando Moisés, Arão e Miriã quebraram as algemas de Faraó e libertou o povo de Deus guiando-o na direção de Canaã, a terra da promessa, que tempos antes Abraão acreditou seria o lugar de descanso de sua descendência peregrina e oprimida.

É feito a pergunta: esse vaticínio de Charles Tasse Russel realmente se cumpriu? No período compreendido entre os anos de 1917 e 1920 realmente se manifestou o governo do Reino, ou Teocracia de Deus segundo John Acquila Brown, e as forças de Faraó reagiu contra ele para impedi-lo, mas foram derrotadas, tragadas pelas águas da anarquia como assim teria visto em espírito, em espírito de profecia, Charles Tasse Russel?

Adamir Gerson

Adamir Gerson teve o seu encontro teofânico no ano de 1978 quando passou a receber de Deus, diretamente de Deus, sem nenhuma mediação humana, revelações sobre o domínio eterno do Reino de Deus. E vale acrescentar que Adamir Gerson só teve acesso a essas profecias de Charles Tasse Russel que aparecem no livro Finished Mystery no final do ano de 2013. As de John Acquila Brown a mais tempo, cerca de sete ou oito anos antes.

E já naquele ano de 1982 Adamir Gerson colocou nas mãos de Paulo Isaac, hoje professor de antropologia na UFMT, campus Rondonópolis, e nas mãos de Padre Jerônimo e de Padre Marques, Presidente Prudente e Presidente Bernardes respectivamente, e nas mãos de José Caetano, sociólogo da Unesp, um gráfico em que apresentava acontecimentos ocorridos entre os anos de 1917 e 1920 como repetição histórica dos acontecimentos do Êxodo. Como Adamir Gerson já era o terceiro momento de Deus, fizera revelações para John Acquila Brown e Charles Tasse Russel e as estava consumando em Adamir Gerson, então o gráfico que colocou nas mãos destes personagens anunciados, além do primeiro momento, trazia um segundo momento. A escatologia iria ter dois momentos, o que acontecera entre os anos de 1917 e 1920 e um segundo momento que iria acontecer num futuro não superior a cem anos do primeiro acontecimento. De modo que os dois momentos da escatologia iriam ser presenciados pela mesma geração, a geração que segundo o vaticínio de Jesus não passaria sem que todas estas coisas acontecessem.

Adamir Gerson não tem mais o gráfico, mas se lembra que duas linhas verticais cortavam a linha central. A primeira linha trazia a Travessia do Mar Vermelho e a segunda linha trazia a Travessia do Rio Jordão. A escatologia iria ter exatamente estes dois momentos, da travessia do Mar Vermelho e da travessia do Rio Jordão, a partir de então a humanidade já entrando nos domínios da Canaã celestial e começando a lutar para expulsar para fora da sociedade o egoísmo, a ganância, as concupiscências da carne, até que o Paraíso de Deus se estabeleceria em sua plenitude. Era então o domínio de Deus.

Não tendo mais o gráfico, no entanto Adamir Gerson se lembra muito bem que depois da linha da Travessia do Mar Vermelho, próximo da linha da Travessia do Rio Jordão, assentou as duas tribos e meia que realizaram a sua conquista antes da travessia do rio Jordão, a saber: as tribos de Rubem e de Gade, e a meia tribo de Manassés. Os acontecimentos escatológicos que tiveram lugar entre os anos de 1917 e 1920, e que no gráfico aparecia como movimento de Deus, representava a conquista do deserto. Mas a promessa que Deus fizera a Abraão estava em Canaã, do outro lado do Jordão, e não em Gileade, antes do Jordão. De modo que no gráfico aparecia um segundo momento escatológico e que pode dar-se neste ano de 2014 cerca de cem anos depois do primeiro acontecimento.

A partir destas explicações preliminares Adamir Gerson se lançará ao trabalho de demonstrar que a profecia de Charles Tasse Russel sobre os anos de 1917 e 1921 foram inteiramente verdadeiras. Cumpriu-se literalmente, ao pé da letra.

De modo que, mais uma vez, é feito a pergunta: Charles Tasse Russel anunciou em 1916 com letras claras que entre os anos de 1917 e 1921 a humanidade iria passar por um novo Êxodo. Um segundo Êxodo, obrado à mão de Deus. E é feito a pergunta: um segundo Êxodo é bíblico? Acha-se assentado na Palavra de Deus? Sim, na Palavra de Deus há um segundo Êxodo, tanto no livro do profeta Isaías como no livro de Tiago. Isaías o apresenta pela primeira vez e Tiago o reforça. Vejamos Isaías:

“E terá de mostrar ser como sinal e como testemunha para Javé dos exércitos na terra do Egito; pois clamarão a Deus por causa dos opressores, e ele lhes enviará um salvador, sim, alguém grandioso, que realmente os livrará” Isaías 19.20.

Vejamos agora Tiago: “Vinde agora, vós ricos, chorai, uivando por causa das misérias que vos hão de sobrevir. Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas exteriores ficaram roídas pelas traças. Vosso ouro e vossa prata estão corroídos, e a sua ferrugem será por testemunho contra vós e consumirá as vossas carnes. Algo como fogo é o que armazenastes nos últimos dias. Eis que os salários devidos aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, mas que são retidos por vós, estão clamando, e os clamores por ajuda, da parte dos ceifeiros, chegaram aos ouvidos de Javé dos exércitos. Vivestes em luxo na terra e vos entregastes ao prazer sensual. Engordastes os vossos corações  no dia da matança. Condenastes, assassinastes o justo. Não se opõe ele a vós?” Tiago 5.1-6.

Ora, é mais do que evidente de que a profecia de Tiago está em íntima ligação com a profecia de Isaías. Isto vem reforçar o que foi dito acima de que Isaías realmente esteve a profetizar um segundo Êxodo, no futuro a si, porque Tiago está concebendo vaticínio a partir de Isaías e remete tal para o futuro a si. Este segundo Êxodo na visão de Tiago está reservado para acontecer “nos últimos dias”. E Tiago se torna esclarecedor dos acontecimentos que tiveram lugar entre os anos de 1917 e 1920.

E mais, para Tiago quem iria clamar a Deus não seria mais o povo judeu, mas agora os trabalhadores. E o Faraó que oprimiria os trabalhadores para Tiago são os ricos.

Bem, tivemos realmente um segundo Êxodo na História como vaticinaram o profeta Isaías e o apóstolo de Jesus, Tiago? Faraó se levantou dos profundos para impedir o nascente governo do Reino naqueles anos de 1917 à 1920, mas novamente foi derrotado, tragado por aquilo que Charles Tasse Russel chamou de “águas da anarquia”?

Vamos aos fatos
(a)    Lênin, um jovem advogado com futuro promissor no czarismo, todavia virou às costas a tudo aquilo e tomou o lado dos trabalhadores oprimidos e se juntou a eles. Perseguido pelo Czar, teve de ir ao exílio. E no exílio, no começo do ano de 1917, com a queda do Czar, notícias da Rússia chegaram a ele pedindo para que voltasse e assumisse o controle da revolução e libertasse o povo russo o conduzindo na direção do socialismo, para o lugar que tempos antes o judeu Karl Marx acreditou seria o lugar de descanso dos trabalhadores oprimidos pelo capitalismo. A notícia que chegou à Lênin era clara: Volta Lênin, porque o caminho está livre para a sua volta, pois foram derrubados do poder todos que estava à caça de sua alma.

Inicialmente Lênin ficou colocando a si mesmo obstáculos para a volta. Segundo os historiadores Lênin temia que assim que desembarcasse na Rússia seria preso pelo novo governo, que se derrubou o Czar, por outro temia a volta do Lênin. Por isso inicialmente Lênin respondeu que nada de novo tinha acontecido na Rússia senão que o chicote dos opressores tinha passado das mãos do Czar para as mãos dos novos governantes. Mas depois se acordou para as suas responsabilidades.

De modo que Lênin foi ao Kaiser e pediu permissão para atravessar o território alemão na sua volta à Rússia com kaiser não somente permitindo como oferecendo ao Lênin um meio de transporte, o trem blindado, no qual colocou a sua família de revolucionários e passou a voltar à Rússia.

E quando Lênin, naquele abril de 17 desembarcou na estação Finlândia, em Petrogrado, foi recepcionado com uma grande festa pelos líderes bolcheviques que realmente passaram a acreditar que Lênin iria libertar todo o povo russo.

Um mês depois chegou do exílio dos Estados Unidos o judeu Trotsky. E se encontrando com Lênin e os dois formando uma aliança de vida – certo historiador se referiu á união de Lênin com Trotsky naquele maio de 17 como uma “terrível combinação” – a verdade é que Lênin e Trotsky entraram imediatamente para fazer a revolução. Não deram trégua.

Estes fatos narrados teriam sido repetições de fatos acontecidos no Primeiro Êxodo? Ora, vejamos: Moisés, um príncipe na corte de Faraó, por ter tomado o lado de seus irmãos escravos teve de ir ao exílio. E no exílio, depois de bom tempo, então Deus apareceu a Moisés e o comissionou para que voltasse ao Egito e libertasse seu povo o conduzindo para Canaã, a terra da promessa, que manava leite e mel, e que Abraão tempos antes creu seria o lugar de descanso de sua descendência peregrina.

Inicialmente Moisés colocou obstáculo a si, argumentando que não tinha o dom da oratória ou mesmo que era gago (provavelmente a combinação dos dois, pois Adamir Gerson não só nasceu gago – herança biológica de seu pai – como é destituído do poder da conversa. No entanto, inspirado, a palavra e o pensamento fluem normalmente).

A verdade é que Moisés acabou sendo convencido por Deus das suas responsabilidades e as tomou sobre si. De modo que foi ao seu sogro Jetro e pediu permissão para ele para voltar ao Egito, ao lugar de onde viera. E Jetro não somente permitiu como ofertou a Moisés um meio de transporte, um jumento, no qual Moisés montou a sua família, sua mulher Zípora e seu filho Gerson, e passou a voltar ao Egito.

E Arão, ouvindo também o chamado de Deus, foi ao encontro de Moisés no monte do Verdadeiro Deus, e os dois se abraçando, e se beijando, formaram entre si uma aliança de vida a qual não suportou Faraó.
(b)   Quando Lênin retornou do exílio naquele abril de 17 e foi recebido com alegria pelos líderes bolcheviques, ora, ao se encontrar com Trotsky que retornara um mês depois do exílio nos Estados Unidos então os dois imediatamente foram cumprir suas obrigações revolucionárias. De modo que levantaram os trabalhadores de Petrogrado em grandes manifestações que entraram para a história como “Jornadas de Julho”.

E o governo entendendo que aquelas manifestações já eram tentativas para levantar as massas trabalhadoras contra o governo constituído e destituí-lo, livrando as massas do seu domínio, então reagiu violentamente contra os bolcheviques. Tendo ordenado a prisão de seus líderes conseguiu deitar a mão em Trotsky e o encarcerar. Quanto a Lênin, tendo se escondido em um monte de feno, de modo que podia ouvir o bufar dos soldados à sua procura, quando escureceu levantou de si o monte de feno e fugiu para a Finlândia.

Este acontecimento ocorrido no Segundo Êxodo teria sido repetição, o antítipo, de acontecimentos ocorridos no Primeiro Êxodo?

Ora, quando Moisés retornou do exílio e se encontrou com Arão e os dois na presença dos anciãos de Israel então obtiveram a sua aprovação imediatamente entraram até Faraó em prol da libertação dos escravos hebreus. Mas Faraó reagiu violentamente contra Moisés e Arão, dizendo: “Porque é Moisés e Arão, que fazeis o povo largar os seus trabalhos? Ide aos vossos fardos!” E Faraó continuou: “Eis que o povo do país é agora muito e vós deveras o fazeis desistir dos seus fardos”. E relata a Palavra de Deus que imediatamente Faraó ordenou que dobrassem a opressão sobre os filhos de Israel. (Êxodo 5).
(c)    Após as “Jornadas de Julho” que desencadeou uma perseguição muito grande sobre o povo bolchevique, então Lênin na Finlândia perdeu todas as esperanças de que pudesse ainda fazer a revolução. Naquele mês de setembro de 17 na Finlândia chegou a admitir: estão se preparando para nos enforcar! Era o que esperava Lênin. Mas naquele mês de setembro um fato novo aconteceu que reviveu as esperanças dos bolcheviques e os levantou da cinza. Um General por nome Kornilov intentou um golpe militar. Este Kornilov havia dito que o governo encabeçado por Kerensky estava sendo muito brando com os bolcheviques que, segundo ele, era uma ameaça para a Rússia maior que os alemães. De modo que esse Kornilov dizia para os oficiais ao seu lado: quando vencer Kerensky vou esmagar os bolcheviques. Não sobrará nada deles para contar a história.

E o que sucede é que esse Kornilov tendo reunido suas forças militares e mandado o recado que ia marchar contra Kerensky (tudo o que era feito na Rússia naqueles dias eram avisado. Teria sido porque o que era feito no Egito era avisado? Amanhã Javé fará estas coisas?) então Kerensky, desesperado, pediu ajuda aos bolcheviques. E colocou armas na sua mão.

Derrotado Kornilov então Kerensky se dirigiu aos bolcheviques e exigiu deles que devolvessem as armas e para viver em paz teriam de se submeter ao seu governo desistindo de derrubá-lo. Os bolcheviques não somente se recusaram a devolver as armas como voltaram elas contra o próprio Kerensky.
(d)   Tendo passado o período da luta contra Kornilov e os bolcheviques ao se recusarem a devolver as armas para Kerensky naturalmente voltaram a se entrar em choque a verdade é que no dia 02 de novembro os líderes bolcheviques se reuniram para decidir o que fazer. Estavam em um grupo de doze, entre eles Lênin e Trotsky. Vencendo a resistência de alguns recalcitrantes, em especial os judeus Kamenev e Zinoviev, que argumentaram que ainda não era tempo para a tomada do poder, a verdade é que a vontade de Lênin e de Trotsky prevaleceu. E naquele dia 02 de novembro os bolcheviques decidiram realizar a revolução para cinco dias depois.

E o que sucede é que no dia 07 de novembro do ano de 1917, à meia-noite, exatamente à meia-noite, Lênin saiu do esconderijo e chegou ao Convento Smolny que fora transformado pelos revolucionários em Comitê Militar da Revolução. Porque estava disfarçado com uma atadura no pescoço e porque era pouco conhecido das massas proletárias, naqueles seis meses que antecederam a revolução elas tiveram mais contato com Trotsky, o homem que lhes dirigia a palavra, a verdade é que as sentinelas impediram Lênin de entrar. Mostrou um documento que tinha sua foto e seu nome, mas nada adiantou. Só entrou quando vieram revolucionários e disse para as sentinelas que aquele homem com a atadura no pescoço era Lênin, o chefe da revolução.

Tendo entrado no Smolny e ordenado o início da revolução, de uma revolução que iria entrar para a história como o maior acontecimento político-social de todos os tempos, e mais do que isto, que iria cumprir milenares profecias bíblicas, a verdade é que ao amanhecer, pontos importantes da cidade já estavam nas mãos dos bolcheviques. Nas grandes repartições públicas e nas grandes indústrias soldados e operários armados colocaram nos seus portões de entrada cartazes anunciando a expropriação e que tudo agora pertencia ao proletariado. E permaneciam nas suas portas de entrada fazendo a proteção.

Ora, no Primeiro Êxodo há relatos que confirmam estes relatos do Segundo Êxodo. Tendo fustigado as hostes de Faraó com pragas, várias pragas, a última Deus enviou sobre o trono de Faraó exatamente à meia-noite. E nesta última praga, que atingiu diretamente os primogênitos do Egito, então se deu finalmente a libertação dos filhos de Israel com eles saindo do Egito e tomando o rumo da terra de Canaã, lugar que tempos antes Deus preparou para eles. “E sucedeu, à meia-noite, que Javé golpeou todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó sentado no seu trono, até o primogênito do cativo que se achava nas masmorras, e todo primogênito de animal (...) E os egípcios começaram a pressionar o povo, a fim de mandá-los depressa para fora do país, porque, disseram eles, a bem dizer já estamos todos mortos (...) E os filhos de Israel fizeram segundo a palavra de Moisés, indo pedir dos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e capas. E Javé deu ao povo favor aos olhos dos egípcios, de modo que estes lhes concederam o que se pedia; e despojaram os egípcios. Êxodo 12.29-36.
(e)   Quando na madrugada do dia 07 os bolcheviques fizeram a revolução e na manhã do dia 08 de novembro a notícia começou a correr o mundo, com muitos afirmando que tinham sido pegos de surpresa, pois se acreditava que tudo podia ocorrer na Rússia, menos os comunistas tomarem o poder, imediatamente as nações da terra decretaram o isolamento da Rússia. Isolada do resto do mundo, e apenas tendo contato com o governo alemão, que em troca de deixá-los sobreviver fazia-lhes pesadas exigências, a verdade é que muitos líderes bolcheviques amarelou. John Reed no livro Os Dez Dias Que Abalaram o Mundo narra que todos os ministros nomeados por Lênin apresentaram carta de renúncia pressionando Lênin a retroceder e criar um governo de coalizão, a fim de cheirar bem aos olhos do mundo. De modo que segundo John Reed somente Lênin e Trotsky permaneceram firmes nos seus postos inalteradamente acreditando no triunfo da revolução.


Ora, é feito a pergunta: esse isolamento dos bolcheviques no poder e a dissensão entre eles mesmos que fez muitos acreditar que a eles não tinha saída tal teria também acontecido no Primeiro Êxodo? Vejamos este relato: “Javé falou então a Moisés, dizendo: ‘Fala aos filhos de Israel que voltem e se acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, à vista de Baal-Zefom. Deveis acampar-vos defronte dele, junto ao mar. Faraó certamente dirá então com respeito aos filhos de Israel: “Estão vagueando em confusão pelo país. O deserto os encerrou.” Assim, hei de deixar o coração de Faraó ficar obstinado e ele certamente irá no encalço deles, e eu obterei glória para mim por meio de Faraó e todas as suas forças militares; e os egípcios certamente saberão que eu sou Javé.’” Êxodo 14.1-4.


Não resta a menor dúvida que naquele novembro de 17 quando decretou o isolamento dos bolcheviques, e souberam da dissensão entre eles, não resta a menor dúvida que as nações da terra inteira naquele momento se regozijaram, dizendo: “Os comunistas estão cercados, isolados. Estão vagueando em confusão pelo poder. Não sabem que rumo tomar”.

(f)     Por ocasião da revolução na Rússia, naquele final de 17, o país era na verdade um mosaico de povos, de modo que no território russo havia mais de duzentas nacionalidades diferentes. Um número assim tão grande obrigou Lênin a criar ministério só para cuidar da questão, o Das Nacionalidades que foi entregue à direção de Stálin. Um número de povos assim tão grande veio a constituir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

(g)    E este fato foi sim repetição, antítipo mesmo, de fato ocorrido no Primeiro Êxodo. Vejamos: “E os filhos de Israel passaram a partir de Ramessés para Sucote, no número de seiscentos mil varões vigorosos a pé, além dos pequeninos. E com eles subiu também uma vasta mistura de gente, bem como rebanhos e manadas, numerosíssima criação de animais” (Êxodo 12.37-38).


É feito a pergunta: porque essa vasta mistura de gente, embora também estivessem escravas no Egito, todavia pertenciam a outras etnias, não retornaram para as suas terras de origem, mas se juntaram e se misturaram aos hebreus e seguiram juntos para a terra de Canaã? Também é um fato que todas as nacionalidades vivendo na Rússia juntamente com o povo russo tomaram o rumo do socialismo.


E é preciso mais uma abordagem. Após fazer menção desta vasta mistura de gente que subiu junto com os hebreus em direção de Canaã a Bíblia silencia sobre ela. Mas lá na frente volta novamente a abordá-la. E dado fatos atuais inesperados convém uma analise mais aprofundada da questão. Vejamos este novo relato sobre esta vasta mistura de gente: “E a multidão mista que havia no seu meio expressou almejos egoístas, e também os filhos de Israel começaram a chorar novamente e a dizer: ‘Quem nos dará carne para comer? Como nos lembramos dos peixes que costumávamos comer de graça no Egito, dos pepinos e das melancias, e dos alhos-porros, e das cebolas, e do alho! Mas agora a nossa alma está ressequida. Nossos olhos não vêem nada senão o maná’” (Números 11.4-6)


Podemos dizer que este fato acontecido no Primeiro Êxodo veio a acontecer no Segundo Êxodo? Podemos divisar aí a essência verdadeira que levou à desintegração da União Soviética com as suas repúblicas clamando a autonomia, se constituindo a parte, como nações independentes?


O espírito do almejo egoísta teria tomado conta de todas elas, e, mais ainda, o próprio povo russo também teria expressado almejo egoísta se indispondo contra o socialismo que é sim o maná bíblico? A igualdade que quando não tinham nada lhes foi tudo e quando passaram a ter tudo teria se tornado um fardo, uma cadeia em suas vidas? (Vejam o maná bíblico: “Esta é a palavra que Javé vos ordenou: ‘Colhei disso, cada um proporcionalmente ao que come. Deveis tomar a medida de um gômor para cada um, segundo o número de almas que cada um de vós tem na sua tenda’ E os filhos de Israel começaram a fazer isso; e foram apanhá-lo, alguns recolhendo muito e outros recolhendo pouco. Quando o mediam pelo gômor, quem tinha recolhido muito não tinha sobra e quem tinha recolhido pouco não tinha falta. Apanharam-no cada um proporcionalmente ao que comia.”) (O “gômor” seria o princípio de justiça? A necessidade real de cada ser humano? Mais ainda, como o maná foi literalmente o alimento do céu, isto significa dizer que no domínio do Reino de Deus os homens e mulheres terão segundo as suas necessidades, nada mais, nem além, nem aquém?)
(h)    Quando Lênin retornou do exílio e se juntando a Trotsky e aos demais revolucionários foi fazer a revolução, ora, quando a revolução já tinha ido longe, isto é, o governo revolucionário já tinha tomado muitas medidas revolucionárias, expropriando as grandes riquezas e as colocando ao serviço dos oprimidos, tinha sido adotado o chamado “comunismo de guerra” a verdade é que as nações do mundo inteiro se acordaram para o que estava acontecendo na Rússia. E todas elas começaram a preparar as suas forças militares para intervirem no país russo e destruir o nascente governo revolucionário bolchevique.


Os livros de História narram que foi quatorze nações que naquele ano de 1918, tomadas de espasmos, invadiram a Rússia para esmagar a revolução e trazer as massas trabalhadoras de volta à casa dos escravos, de volta ao capitalismo. Mas Paulo Francis, de Nova Yorque, disse que foram vinte e uma nações que naquele ano de 1918 covardemente invadiram a Rússia para esmagar um governo que na sua maioria era composto de pessoas humildes, poucos dos líderes bolcheviques tinham instrução elevada, e muitos eram mesmo analfabetos. E é bom esclarecer que a palavra “covarde” foi pronunciada pelo próprio Paulo Francis em um programa do Fantástico.


De qualquer forma as nações mais poderosas da terra naquele ano de 1918 invadiram a Rússia para esmagar a nascente revolução e causar uma grande rapina, Turquia, Japão, França, Inglaterra, Estados Unidos... A capitalista Alemanha já tinha realizado ali um grande saque, açambarcado para si metade do país, e o resto dos países da terra entraram na Rússia para rapinarem o restante.


Podemos dizer que isto que ocorreu na Rússia naquele ano de 1918 foi sim repetição das narrativas bíblicas segundo as quais Faraó quando viu que o povo escapara e que já ia longe, então aprontou as suas forças militares e foi no seu encalço para trazê-lo de volta? Vejamos: “Mais tarde foi comunicado ao rei do Egito que o povo tinha fugido. O coração de Faraó, bem como dos seus servos, mudou imediatamente para com o povo, de modo que disseram: ‘Que é que fizemos, despedindo Israel de trabalhar como escravos para nós?’ De modo que passou a aprontar seus carros de guerra e tomou consigo seu povo. E passou a tomar seiscentos carros seletos e todos os outros carros do Egito, e guerreiros em cada um deles. Assim Javé deixou ficar obstinado o coração de Faraó, rei do Egito, e este foi no encalço dos filhos de Israel, enquanto os filhos de Israel saiam de mão erguida. E os egípcios foram no encalço deles, e todos os cavalos dos carros de Faraó, e os seus cavalarianos, e suas forças militares os alcançaram enquanto estavam acampados junto ao mar, junto a Pi-Hairote, à vista de Baal-Zefom.


Façamos a pergunta: aquelas nações imperialistas que invadiram a Rússia revolucionária naquele ano de 1918 estavam possuídas do mesmo espírito de covardia de Faraó quando foi atrás dos escravos para trazê-los de volta ao Egito e, assim, continuarem a trabalhar como escravos para Faraó e seu povo? E podemos dizer que o povo revolucionário se viu numa situação idêntica aos escravos que escaparam do Egito? Os israelitas se viram num sério aperto sem ter para onde fugir. À sua frente estava o grande mar a impedir a sua passagem e na sua retaguarda vinhas as forças de Faraó. Os revolucionários bolcheviques vieram a estar numa situação assim? Certamente. Fatalmente. Pois internamente tinha as forças contra-revolucionárias, os chamados “brancos”, e de fora surgiram, então, as nações imperialistas. De modo que os revolucionários, o povo que escapara da casa de escravos do capitalismo se viu cercados por dois inimigos, o interno e o externo, sendo desesperadora sua situação.


A revolução começou no final do ano de 1917 e findou no final do ano de 1920 com as últimas batalhas que então foram travadas na Criméia: como explicar a vitória bolchevique se a lógica é que seriam aniquilados?


“O inimigo disse: ‘Perseguirei! Alcançarei! Repartirei os despojos! Minha alma se encherá deles! Puxarei da minha espada! Minha mão os desalojará! Sopraste com o teu fôlego, o mar os cobriu; Afundaram como chumbo em águas majestosas. Quem entre os deuses é semelhantes a ti, ó Jeová? Quem é semelhante a ti, mostrando-se poderoso em santidade? Aquele a ser temido com cânticos de louvor, Aquele que faz maravilhas. Estendeste a tua direita, a terra passou a engoli-los. Tu, na tua benevolência, guiaste o povo que recuperaste; Tu, na tua força, certamente os conduzirás ao teu santo lugar de permanência. Os povos terão de ouvir, ficarão agitados; Dores de parto terão de apoderar-se dos habitantes da Filístia. Nesse tempo os xeques de Edom ficarão deveras perturbados; Quanto aos déspotas de Moabe, apoderar-se-á deles o tremor; Todos os habitantes de Canaã deveras esmorecerão. Horror e pavor cairá sobre eles. Por causa da magnitude do teu braço ficarão imóvel feito pedra, Até que passe teu povo, ó Javé, Até que passe o povo que produziste. Tu os trás e plantarás no monte da tua herança, Lugar estabelecido que aprontaste para habitares nele, ó Javé. Um santuário, ó Javé, que as tuas mãos estabeleceram. Javé reinará por tempo indefinido, para todo o sempre. Quando os cavalos de Faraó com os seus carros de guerra e seus cavalarianos entraram no mar, Então Javé fez retornar sobre eles as águas do mar, ao passo que os filhos de Israel andaram em terra seca pelo meio do mar (Êxodo 15.9-19).


É fato histórico que naquele ano de 1918 os inimigos do recém governo do socialismo partiram da Turquia, do Japão, da França, da Inglaterra, dos Estados Unidos, de todas as partes da terra, rumo à Rússia, para combater os revolucionários, de modo que é fato histórico que os iníquos entravam nos seus navios e nos seus carros de guerra já possuídos do regozijo: Perseguiremos! Alcançaremos! Repartiremos os despojos! Nossa alma se encherá deles! Puxaremos da nossa espada! Nossa mão os desalojará!


Mas também é fato histórico que três anos depois, no final de 1920, todas as forças militares que entraram no país russo foram massacradas pelos revolucionários comunistas. Nem um único dos filhos de Satã se deixou sobrar no território revolucionário, os que conseguiram escapar com vida fugindo espavorido de volta à Turquia, e ao Japão, e á França, e à Inglaterra, e aos Estados Unidos. De modo que, mais uma vez, é feito a pergunta: quem venceu a guerra foram os revolucionários comunistas ou na verdade foi Deus? O mesmo Deus que afundara as forças de Faraó nas águas do Mar Vermelho teia sido o mesmo Deus que afundou nas águas da revolução as nações imperialistas e saqueadoras?


É preciso este esclarecimento: diante da lógica que apontava o aniquilamento dos bolcheviques historiadores racionais explicaram a derrota da contra-revolução unicamente pela desunião que houve entre todos eles. Como todos tinham como certo a sua vitória sobre os bolcheviques a verdade é que cada um conduziu a guerra já pensando ter para si uma parte maior do butim de guerra. No que diz respeito aos generais russos que combatiam os bolcheviques, como tinham como certo a sua vitória, cada um deles já fazia planos para ser o novo ditador da Rússia quando fossem destruídos os bolcheviques. De modo que não só os generais russos como as nações imperialistas não raro faziam empreitadas militares sozinhos sem qualquer concatenação com o resto dos invasores. Numa situação assim, de total desunião entre eles, contrariando o mais elementar numa guerra, só podiam acabar sendo derrotados.


É fato histórico que as nações imperialistas que invadiram a Rússia naquele ano de 1918 não concatenaram entre si as suas ações bélicas e imperou entre elas a total desunião e desorganização. E isto certamente favoreceu os revolucionários bolcheviques. Mas, façamos a pergunta: mas não foi exatamente isto que ocorreu por ocasião do Primeiro Êxodo? Vejamos: “E sucedeu, durante a vigília da madrugada, que Javé começou a olhar para o acampamento dos egípcios, desde a coluna de fogo e de nuvem, e passou a lançar o acampamento dos egípcios em confusão. E ele desprendia as rodas dos seus carros, de modo que os dirigiam com dificuldade; e os egípcios começaram a dizer: Fujamos de qualquer contato com Israel, porque Javé certamente está lutando por eles contra os egípcios.” (Êxodo 14.24-15).


Os livros de História narram que por ocasião da guerra o governo francês enviou esquadras para combater os bolcheviques na Rússia e quando chegaram perto os marinheiros se rebelaram e se recusaram a lutar contra os bolcheviques. Também que os soldados quando entravam em território russo então os bolcheviques enviavam esclarecedores no seu meio esclarecendo os reais motivos da revolução. De modo que um número grande de soldados se passava para o lado bolchevique contra os seus senhores.


Mas, não é isto mesmo que se acha descrito na Bíblia? E não foi exatamente isto que fez com que aquelas vinte e uma nações covardes fugissem desesperadas do território russo? “Fujamos de qualquer contato com os bolcheviques, pois o povo certamente está lutando por eles contra nós...”


E tem explicação transcendente para o fato dos bolcheviques, no início da guerra, estar em desunião entre si mesmo, mas que se tornaram unidos, coesos em torno do seu líder Lênin? Vejam isto: “Então o anjo do verdadeiro Deus, que ia na frente do acampamento de Israel, afastou-se e foi para a sua retaguarda, e a coluna de nuvem afastou-se da sua vanguarda e pôs-se na retaguarda deles. Assim veio a estar entre o acampamento dos egípcios e o acampamento de Israel. Dum lado mostrou-se uma nuvem com escuridão. Do outro lado iluminava a noite. E este grupo não chegava perto daquele grupo durante toda a noite.” (Êxodo 14.19-20)


Estaria aqui a explicação porque tudo se tornou claro entre os bolcheviques de modo que todas as ordens que emanavam do Lênin e dos líderes revolucionários fluíam bem chegando ao seu destino, ao passo que uma terrível escuridão se abateu sobre as forças invasoras?


“E este grupo não chegava perto daquele grupo durante toda a noite...” E isto realmente veio a ocorrer durante os três anos da guerra. A intenção dos generais russos e das nações covardes que entraram na Rússia naquele ano de 1918 era chegar à Moscou onde estavam os líderes da revolução e deitar a mão neles. É verdade, chegaram perto, em Tsarko-Seloe, vinte quilômetros de onde estavam. Mas dali não avançaram sendo recuados para trás.



O que se sabe com certeza é que três anos depois os bolcheviques emergiram vitoriosos sobre todos. As suas últimas batalhas foram travadas no final do ano de 1920 na Criméia. Todas as repúblicas da terra que invadiram a Rússia todas elas foram derrotadas. Tragadas naquilo que Charles Tasse Russel chamou de “águas da anarquia” e que Adamir Gerson chama de “águas da revolução” ou “águas revolucionárias”. 

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