Lênin e Kerensky. Adamir Gerson e Lula
O Brasil Novo, e uma Terra Nova, às portas
Antes de começar a escrita é preciso este esclarecimento: o
presente trabalho já é o terceiro momento do trabalho O GOVERNO DE CRISTO, se
encaminhando para a sua fase final de nascimento. O primeiro momento foi
endereçado ao PSB, o segundo momento endereçado ao PDT e agora está sendo
endereçado ao PT. Está tomando o rumo do PT, pois que se PSB e PDT foram
momentos de gestação, a fase embrionária se convertendo na sua fase de botão, o
PT é agora o seu momento de nascimento. Portanto não há nenhuma confusão por
parte de Adamir Gerson, ora apresentando uns, ora apresentando outros, mas é a
dialeticidade que se manifesta em todo operar de Deus. E Adamir Gerson é apenas
o seu operar, o seu instrumento, fazendo a sua vontade.
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Primeiro: Adamir Gerson no trabalho O Governo de Cristo
Segundo a Graça vem dizendo que a revolução iria se desenvolver no tempo e no
espaço em dois momentos, distintos, porém, complementares. O momento da Lei e o
momento da Graça. E no trabalho aparece que o momento da lei foi revivedor de
Moisés e do judaísmo, mas o momento da graça é revivedor de Jesus e do
cristianismo. Lênin virando às costas para o futuro de glória que o czarismo
lhe reservava e se juntando aos trabalhadores oprimidos, e, por conseguinte,
tendo de tomar o rumo do exílio foi o antítipo de Moisés que, gozando das
benesses de príncipe na corte de Faraó virou às costas a tudo isso e foi se
juntar aos seus irmãos escravos. Lênin informado da queda do Czar e havendo o
apelo para que voltasse e fizesse a revolução, e voltando e se encontrando com
Trotsky e fazendo a revolução e guiando os trabalhadores na direção do
socialismo, para o lugar que tempos antes Marx creu seria o lugar de descanso
dos oprimidos pelo capitalismo, ora, tal foi o antítipo de Moisés que informado
que todos que procuravam sua alma para tirar estavam mortos (Êxodo 4.19 –
Depois, Javé disse a Moisés em Midiã: Vai, volta ao Egito, porque todos os
homens que estavam à caça da tua alma estão mortos –) então lhe veio o chamado
de Javé para que voltasse e libertasse o povo de Deus escravizado no Egito e o
levasse para a terra de Canaã, lugar que tempos antes Abraão creu seria de
descanso de sua descendência oprimida e peregrina no mundo. Lugar que manava
leite e mel. Ora, Lênin ouvindo a notícia da queda do Czar e o chamado para que
voltasse à Rússia e fizesse a revolução e indo ao Kaiser e lhe pedindo
permissão para atravessar o território alemão na sua volta à Rússia e o Kaiser
não somente permitindo como lhe ofertando um meio de transporte, o trem
blindado, no qual Lênin fez entrar a sua família de revolucionários e passou a
voltar à Rússia, ora, tal foi o antítipo de Moisés que ouvindo o chamado de
Deus para voltar ao Egito e libertar seu povo então foi ao seu sogro Jetro e
lhe pediu permissão para voltar para o Egito com Jetro não somente permitindo –
Vai em paz – como lhe ofertando um meio de transporte, um jumento, no qual
Moisés montou sua família, sua esposa Zípora e seu filho Gerson, e passou a
voltar ao Egito. É certo que Adamir Gerson foi claro, na questão.
Segundo. Quando Lênin voltou do exílio naquele abril de 1917
e foi recebido com grande festa pelo povo bolchevique, na plataforma da estação
Finlândia, ora, lançando nova luz sobre aqueles acontecimentos políticos, a verdade
é que Lênin causou um racha nas hostes mencheviques. Os mencheviques de luz
diante do inusitado que lhes chegou trazido por Lênin começaram a se passar em
massa para o lado da revolução verdadeira, esvaziando a coalizão política
construída por Kerensky e esvaziando o próprio. E diga-se, de passagem, uma
aliança política que nela cabia todos, desde que estivesse disposto a dar a
Kerensky sustentação política – para que, não se sabe, pois era mais fácil a
terra parar de girar do que Kerensky construir uma nova Rússia, liberta de toda
e qualquer opressão como prometia quando na oposição revolucionária. E a
verdade é que foi o racha causado por Lênin nas hostes mencheviques que
possibilitou a revolução e o nascimento de um novo mundo, uma nova terra, que trouxe
em potência a nova terra divisada por Isaías: Pois eis que crio novos céus e
uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao
coração (...) E hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos
e comer os seus frutos. Não construirão e outro terá morada; não plantarão e
outro comerá. Porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore; e meus
escolhidos usufruirão plenamente do trabalho de suas próprias mãos. Isaías
65.17.
Ora, uma vez que o Brasil está repetindo a Rússia, as
Jornadas de Junho que ocorreram no Brasil no mês de junho, sem ninguém saber
como tal apareceu, aparentemente veio do nada, foi sim o antítipo das Jornadas
de Julho que naquele ano de 1917 prepararam o caminho e anunciaram a iminência
da revolução, bem, uma vez que o Brasil está repetindo a Rússia, não só o PT
está revivendo os mencheviques como os tucanos reviveram os cadetes, é feito a
pergunta: os intelectuais do PT, e a sua militância política, ouvindo a nova
luz que Adamir Gerson está lançando sobre os acontecimentos políticos do
Brasil, desde os governos de Jânio e Jango, passando pelos governos militares,
pela aliança democrática de Tancredo, pela aliança partidária do PSDB com o
PFL, até chegar ao PT, ora, intelectuais e militância do PT vão se acordar e
passar para o lado de Adamir Gerson, esvaziando Lula, como a militância de luz
menchevique esvaziou Kerensky e foi no preciso momento em que foi esvaziado que
se abriu as possibilidades para o nascimento de uma nova pátria?
Lênin e Cristovam Buarque
No presente trabalho, O REINO DO MESSIAS SEGUNDO A GRAÇA,
Adamir Gerson diz que Lênin foi o homem escolhido e preparado por Deus (1) para materializar na Rússia o Reino do
Messias Segundo a Lei, mas, também é verdade, Adamir Gerson tem dito que o
político brasileiro a quem Deus tem escolhido desde o ventre e o preparado para
materializar na terra o Reino do Messias Segundo a Graça é o senador
brasiliense Cristovam Buarque.
Assim, Marx, a partir dos vinte e cinco anos, começou a teorizar
o Governo do Messias Segundo a Lei, e Lênin foi o homem escolhido e preparado
para materializá-lo. No que diz respeito ao Reino do Messias Segundo a Graça a
verdade é que Adamir Gerson, a partir dos vinte e cinco anos, naquele ano de
78, quando teve o seu encontro teofânico, começou a teorizá-lo, e o senador
Cristovam Buarque teria sido o homem que foi escolhido e preparado para
materializá-lo na terra a partir do país Brasil, tudo isto tendo sido intuído
pelo sábio italiano radicado no Brasil Pietro Ubaldi.
Cristovam Buarque e Lula
Ora, sabemos que Lula envidou esforços sobrenaturais para que
o Brasil tivesse assento no Conselho de Segurança da ONU ao lado das cinco
potências, Rússia, China, França, Inglaterra e Estados Unidos. O Brasil seria a
sexta nação a também ter o direito de veto, permanente.
Quão diferente tem sido o senador Cristovam Buarque que tem
dado declarações que o caminho não é encontrar um meio pelo qual o Brasil passe
a usufruir deste direito que apenas cinco nações na terra usufruem. Mas tem
sido claro que o caminho é acabar com esse privilégio, de algumas nações e que
todas as nações da terra participem de modo equitativo em todas as suas
decisões, seja ela qual for.
É preciso a criação de uma nova ordem mundial. Ora, analisando
Lula se percebe claro, claríssimo, que apenas tem visão de conservar esse
mundo. De conservar o sistema mundial. O que se deve fazer é lutar para subir
na sua escala. E nunca é demais dizer que essa sua visão é também aplicada à
questão social, onde envidou esforços para que as classes sociais que carregam
o peso da opressão subam na escala social, dentro do sistema que as oprime e
que necessita da opressão para sobreviver. Não se percebe em absoluto a
contestação do sistema existente, em nenhuma escala, senão a sua aceitação
passiva, a mais completa resignação.
Pois bem, contrariando lógica positivista – não, porém,
lógica metafísica – Adamir Gerson está fazendo ao PT a proposta para que o
partido faça adesão às boas novas. Faça adesão às novas propostas, ao novo
tempo, que quer nascer, que seguramente palpitou nas ruas do Brasil neste mês
de junho. E a proposta é tão somente que o PT apóie e se engaje numa eventual
candidatura de Cristovam Buarque que teria a chapa completada com o senador Eduardo
Suplicy ou por quem indicar a Aliança do Reino.
Adamir Gerson está propondo o resgate do PT, o libertando
desta teia de aranha que é a aliança política em que está metido. Aparentemente
há perda de quantidade, mas seguramente ganho de qualidade. Como está no
trabalho O APARECIMENTO DO VERDADEIRO, Adamir Gerson está propondo a criação da
Aliança do Reino que há de ser selada entre o povo cristão e o povo socialista,
aliança esta que revive historicamente a aliança de medos e persas que sob Ciro
conquistou pacificamente Babilônia e libertou os povos que ela oprimia. Os
próprios habitantes de Babilônia, seus comerciantes, querendo se livrar do seu
rei, entregue a sórdidas bebedeiras, abriram os portões da cidade para que
entrasse as forças vitoriosas e libertadoras de medos e persas. A Aliança do
Reino nascendo no Brasil há de chegar também aos Estados Unidos e ali criar uma
terceira força política que fatalmente engolirá tanto os republicanos, que é o
sistema, como os democratas, com a missão de manter vivo o sistema.
E a nova aliança teria como centro estes partidos, PT, PDT,
PSB, PC do B, PSOL, PV, SOLIDARIEDADE, Rede Sustentabilidade (embora não
participe das eleições, todavia terá forte presença com sua militância), e
certamente que mais partidos fariam parte desta aliança, em especial os que se
apresentam como cristãos, o caso do PSC, do PROS. E espera-se que os partidos
da esquerda tradicional, PCB. PSTU, PCO, não fiquem de fora da Aliança do
Reino. O sal grosso a salgar, para que as varejeiras não encostem e interrompam
ou diminuam o ritmo da caminhada, que é permanente, até o momento do completo
restabelecimento na terra do paraíso usurpado. Isto é, até o momento em que se
consuma em definitivo o retorno à terra paradisíaca, terra que mana justiça e
paz, todos os dias, à tardinha e ao anoitecer, em todas as estações do ano.
Logicamente que quando Adamir Gerson incluiu o PSB e a Rede
Sustentabilidade leva em conta que a candidatura de Cristovam Buarque seria
avassaladora com a candidatura do PSB perdendo sentido, mesmo porque há fortes
indícios de que todo o povo evangélico se engajará na Aliança do Reino
esvaziando Marina Silva. Com Marina Silva esvaziada uma candidatura do PSB
seria começar uma caminhada no deserto. Perderia todo e qualquer sentido.
Lula e Paulo
E qual o futuro de Lula? Adamir Gerson tem dito que
endossando Hegel os acontecimentos da História se manifestam no seu par (isto
se acha em potência em Hegel. Em ato somente em Adamir Gerson, que não endeusa
e não absolutiza a dialética, mas diz que ela é apenas caminho, ponte para a
metafísica. Bem, há o par dialético, mas não tem um fim em si mesmo senão que é
meio, para um par que tem um fim em si mesmo: o par metafísico. O par dialético
não se eterniza, se desfazendo e se refazendo ao infinito, como estaria em
Heráclito e nos dialéticos posteriores, mas é um caminho para o par metafísico,
braço de rio desaguando no mar, este sim se eternizando.
Entendendo, par dialético negativo (feminino): cristianismo –
paganismo. Par dialético positivo (masculino): socialismo – capitalismo. Par
metafísico negativo: paganismo & capitalismo. Par metafísico positivo:
cristianismo & socialismo. O par dialético tem uma função propedêutica,
prepara o caminho para o par metafísico e desaparece do processo (na acepção de
Santo Agostinho segundo o qual o mal existe para fazer o bem aparecer. Quando o
bem aparece o mal é esfumado por completo do processo).
Bem, o que Adamir Gerson está querendo dizer é que aquele
fenômeno do primeiro século, quando obrou Paulo apóstolo, iria obrar um segundo
momento, obrando um novo Paulo apóstolo. E para Adamir Gerson este novo Paulo
apóstolo há de ser Lula, com a missão de andar a terra inteira levando na
aljava o Governo de Cristo a nascer no Brasil e fazendo com que o Governo de
Cristo ocupe o lugar de governos que já se esgotaram na História, o que
significa ocupar o lugar de todos os governos, pois todos se esgotaram.
É possível que no ano de 2014, começando já no final de 2013,
aquele fenômeno ocorrido com Saulo de Tarso no caminho de Damasco quando a luz
de Jesus reluziu nele e o derrubou do cavalo, fazendo dele um novo homem, que
deixou de estar a serviço de forças mortas para estar a serviço da vida, é
possível que aquela mesma luz reluza sobre Lula o derrubando do seu cavalo de
ostentação messiânica. E Lula deixe de estar a serviço de forças mortas e passe
a estar ao serviço da vida.
Lembrando que foram estas forças mortas as responsáveis
maiores pela perda da soberania da nação sobre o petróleo. No caso do pré-sal o
governo do PT está conduzindo a questão como aquele indivíduo que ganhou trinta
milhões na mega-sena e torrou o dinheiro em cinco anos e hoje trabalha de
garçom em São Paulo. Essa exploração tinha de ser feita de modo paulatino, a
partir dos recursos da nação, sem essa fobia de exploração imediata e de tudo,
o que parece ser a intenção deste governo, que por ter quebrado princípios, ter
comprometido princípios, não podem ficar impunes.
Lênin e Trotsky. Adamir Gerson e Lula
Ora, Adamir Gerson tem falado que a revolução é o lado
imanente do Governo do Reino. Este sistema político-social que a nomenclatura
hodierna chama de Socialismo, nas Escrituras Sagradas o mesmo é chamado do
vindouro Reino do Messias, do vindouro Reino dos Céus, como é assim que se
refere a ele Jesus, na parábola de Mateus 20. E Adamir Gerson tem falado que
este vindouro Reino do Messias se manifestaria na terra em dois momentos, o da
lei e o da graça, sendo o da lei revivedor do Êxodo, mas o da graça, revivedor
da cruz.
Bem, o que Adamir Gerson está afirmando agora é que o
fenômeno da revolução russa, ocorrida entre os anos de 1917 e 1920, tal
fenômeno histórico foi que a revolução, teologicamente, atravessou o Mar
Vermelho espiritual de sua existência. A quatorze nações que invadiram a Rússia
naquele ano de 1918 para esmagar a revolução e trazer o povo liberto de volta
ao capitalismo foi na verdade o antítipo daquele momento em que Faraó quando se
acordou que o povo hebreu tinha escapado do Egito e caminhava na direção de
Canaã então reuniu as suas forças militares e foi atrás do povo para trazê-lo
de volta à casa dos escravos. (Segundo Paulo Francis, de Nova Yorque, foram
vinte e uma nações que invadiram a Rússia naquele ano de 1918, as mais seletas,
as mais poderosas da terra, Turquia, Japão, França, Inglaterra, Estados Unidos,
nações que Paulo Francis acertadamente as chamou de “covardes”).
Podemos dizer que a revolução russa, tendo como líderes
principais Lênin e Trotsky, foi o antítipo daquele momento em que Moisés e Arão
libertaram o povo hebreu das masmorras do Egito com eles tomando o rumo de
Canaã, lugar que manava leite e mel?
Mais do que isso, é preciso afirmar: as Escrituras Sagradas
garantem um segundo Êxodo, um Êxodo universal. Quem primeiro divisou este Êxodo
futuro foi o profeta Isaías, 19.20. Cerca de setecentos anos depois ele foi
ratificado e reafirmado pelo apóstolo de Jesus, Tiago, 5. E porque Deus é
aquele que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas, ora,
este novo Êxodo, num terceiro momento de revelação, foi re-confirmado em 1916,
às vésperas de acontecer, em um escrito que circulou nos Estados Unidos no mês
de julho de 1917 onde o seu autor afirmava o iminente nascimento na terra do
Governo do Messias; e, segundo ele, quando o Governo do Messias se manifestasse
as forças do Faraó iriam ser levantadas dos profundos para destruí-lo. Mas
novamente iriam ser destruídas. Iriam ser tragadas por aquilo que chamou de
“águas da anarquia”, que pode muito bem ser entendido como “águas
revolucionárias”, mesmo porque consta no mesmo livro que Deus neste período –
se acha citado os anos de 1917 e 1918 – iria criar um movimento revolucionário,
“exitoso”. E o reino do Messias, vitorioso, iria se estabelecer e iria
subverter as leis e instituições existentes, todas elas, criando outras no
lugar, constava no escrito profético que passou a circular na região do Brooklyn
naquele julho de 1917.
E este autor, falecido em 1916, declinou datas? Disse quando
isto iria acontecer? Sim, declinou o tempo de sua ocorrência, três anos, que
segundo ele iria começar no ano de 1917 e findar no ano de 1920. Lembrando que
a reação do Faraó moderno, que começou naquele final do ano de 1917, naquela
histórica meia-noite (2) do dia 07 de novembro quando Lênin,
saindo do esconderijo, entrou no convento Smolny e ordenou o início da
revolução, de uma revolução que iria entrar para os anais da História como o
maior acontecimento político-social de todos os tempos, sim, a verdade é que a
reação do Faraó moderno começou mesmo já naquele final de 1917 assim que soube
dos decretos do Lênin que, cumprindo milenares profecias (3), fazia com que toda a riqueza do país, suas fábricas, suas
terras, seus bancos, seus comércios, passassem para o controle do lumpen
proletário. É verdade, a reação do
Faraó moderno começou mesmo naquele final do ano de 1917, como previra esse
autor que falecera em 1916, e a sua reação durou até o ano de 1920 quando no
final deste ano as forças do Faraó moderno sofreram a sua última derrota na Criméia
e não foram mais visto no país senão que vinte anos depois, para sofrer nova
derrota, e nova derrota fragorosa, e agora as forças de Javé dos exércitos indo
no seu encalso e os pegando na sua própria terra e os prostrando ao solo, de
joelho.
E faz-se necessário também dizer que esse autor naquele ano
de 1916, pouco antes de morrer, publicou um artigo na revista que fundara
Aurora do Milênio (4), em que dizia
que a Grande Guerra, que então acontecia em toda a terra, envolvendo todas as
nações, preparava o caminho para a chegada do Reino do Messias, era a sua
condição. “Enquanto se destroem a si mesmas estão a preparar o caminho para a
chegada do reino do Messias”, artigo publicado na revista Aurora do Milênio
naquele ano de 1916.
E não resta a menor dúvida que a revolução aconteceu em
virtude da guerra. Enquanto se destruíam a si mesmas as condições foram se
formando para que os bolcheviques aproveitassem a situação e fizessem a
revolução. Se não tivesse havido a Primeira Guerra mundial a revolução não
teria acontecido. De modo que podemos situar o ano de 1914 como o ano em que
começou a preparação para o aparecimento do reino do Messias, logicamente que
entendendo que toda sua referência, embora não tivessem conhecimento algum da
revolução na Rússia, era uma referência e apontava unicamente para o
acontecimento da Revolução.
Ora, se as Escrituras Sagradas vaticinaram um novo Êxodo,
universal, e realmente aconteceu, nem um único til do que foi profetizado ficou
sem acontecer, embora homem algum em cima da terra o tivesse percebido (5), a verdade é que as mesmas
Escrituras Sagradas vaticinam uma nova travessia do Rio Jordão. Uma segunda
travessia do Jordão, travessia universal, espiritual, intimamente ligada à
travessia do Mar Vermelho espiritual. E se acha ali, no Salmo 2 e em Apocalipse
19.19, quando a besta (6) e os reis
da terra, revivendo os reis de Canaã que a uma se juntaram para unanimemente
travar guerra contra Josué e o povo que escapara do Egito e atravessara o Mar
Vermelho e agora tinha acabado de atravessar o rio Jordão, irão tentar impedir
as forças políticas que foram reunidas na Aliança do Reino, que agora, neste
preciso momento, seu momento primeiro, se acham reunidas em torno do senador
Cristovam Buarque e se formando em torno do senador Cristovam Buarque. Destarte,
é exatamente isto que Adamir Gerson está querendo dizer com o reino do Messias
a se manifestar em dois momentos, o da lei e o da graça. O da lei foi aquele
que entre os anos de 1917 e 1920 atravessou o seu Mar Vermelho espiritual, no
país Rússia, e o da graça é este que começa a se manifestar para o mundo neste
final de 2013 e o ano de 2014, no país Brasil. É a humanidade inteira, a partir
do país Brasil, que começa a travessia do Jordão espiritual, indo, não para a
Canaã de baixo, o socialismo no corpo do Marxismo (7), mas para a Canaã de cima, que significa um novo socialismo,
ressuscitado em corpo novo, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao
opróbrio dos homens (8), que há de
construir o reino da liberdade concreta, em que cada um tem segundo as suas
necessidades, não mais na destruição de uns por outros, mas na transformação de
todos, ricos e pobres, proprietários e trabalhadores, que adquiriram um novo
sentido para a vida, um novo sentido para as suas vidas, que mais vale dar do
que receber, mais vale ser do que ter. É o novo homem sendo construído não mais
na força do fuzil, mas agora na força do giz, que escrevendo no quadro negro a
fórmula: conhecimento + ética há de trazer os injustos à prudência dos justos.
Bem, é feito a pergunta: se Lênin e Trotsky foram o antítipo
de Moisés e Arão na travessia do Mar Vermelho espiritual, quem seria o antítipo
de Josué e Calebe na travessia do Jordão espiritual? Todas as indicações são de
que sejam Adamir Gerson e Lula. Os dois operários do ABC paulista, cujos pais
vieram do nordeste em caminhões paus-de-arara para São Paulo, e o estudo que
ostentam é ter concluído o Segundo Grau pelo Ensino Supletivo e nada além
(Adamir Gerson concluiu o Segundo Grau pelo ensino supletivo em 1975, na Escola
Rio Branco, em São Caetano do Sul).
Destarte, Adamir Gerson seria a força espiritual, eminência
parda, e Lula a força material, que há de se engalfinhar com os reis da terra
para que sejam desalojados e o lugar ocupado por Aquele que veio para que todos
tivessem vida e vida em abundância, dessa forma Lula completando o trabalho de
Paulo apóstolo.
O foguete de dois estágios
À cerca de vinte anos, um pouco mais, Adamir Gerson fez um
trabalho em que nele aparecia o nascimento do PT. Assim: o PT fora uma nave que
se levantara do solo sagrado de São Bernardo do Campo com destino a um Brasil e
a uma terra de gente de rosto feliz. E era dito que a nave fora levantada do
solo sagrado de São Bernardo do Campo por um foguete de dois estágios, o
primeiro contendo combustível marxista e o segundo, combustível hegeliano. E
era dito que a nave só iria até um determinado lugar, determinado patamar, dali
não avançaria mais. E quando o combustível do primeiro estágio do foguete
estivesse acabando e a nave correndo risco de entrar em parafuso, caindo e
matando seus ocupantes, então no ínterim o segundo estágio do foguete iria ser
acionado. E a nave, com gás novo, e livre do peso da carcaça do primeiro
estágio, iria novamente se reequilibrar no ar, e novamente seguindo firme ao
seu destino inicial, chegar num Brasil e numa terra de gente de rosto feliz.
Podemos dizer que o combustível do primeiro estágio do foguete
se esgotou? Podemos dizer que tudo isto que Adamir Gerson está propondo já é o
acionamento do segundo estágio do foguete, com combustível hegeliano, que trará
profundas mudanças não só no PT como em toda a esquerda? Porque o combustível
hegeliano não só permite enxergar na revolução a mão de Deus, a completa mão de
Deus, como também possibilita uma aliança duradoura entre os povos cristão e
socialista?
NOTAS DE RODAPÉ
(1)
Façamos uma rápida análise
do vaticínio de Isaías: E terá de mostrar ser como sinal e como testemunha para
Javé dos exércitos na terra do Egito; pois clamarão a Javé por causa dos
opressores, e ele lhes enviará um salvador, sim, alguém grandioso, que realmente
os livrará. Isaías 19.20.
Ora, uma vez
que Isaías está a falar não somente de uma situação em que os opressores
clamariam a Deus, como está a falar que Deus lhes responderia enviando a eles
um libertador, alguém grandioso que realmente iria livrá-los, ora, uma vez que
Lênin foi este libertador então temos razão de sobra para crer que o Lênin foi
escolhido e preparado por Deus desde o ventre. Porque a profecia vasculha o
futuro e vê Deus agindo através de um instrumento de carne, que certamente
exige escolha e preparação.
Como esta
profecia de Isaías reaparece em Tiago 5 é preciso alguns comentários esclarecedores.
De fato, Tiago não somente esclarece Isaías em termos de luta de classe como
desloca o eixo do povo de Deus dos judeus para os trabalhadores. O povo de Deus
em Tiago são os trabalhadores da terra inteira, que oprimidos clamariam a Deus.
Talvez tenha sido por isso que a Teologia da Libertação tenha trabalhado e
conferido aos oprimidos o conceito de povo de Deus.
(2)
Êxodo 12.29
(3)
Naquele final de 1917,
quando ocorreu na Rússia a revolução e o novo governo emitiu decretos de
expropriação de toda a riqueza nacional, passando para o controle dos operários
fábricas, minas, terras, bancos e etc, poucos perceberam que tal era o cumprimento
de milenares profecias. Dentre muitas apenas citar esta, Jó 20: “(...) Engoliu
riqueza, mas ele a vomitará; Deus a desalojará do próprio ventre dele. Sugará o
veneno das najas; a língua duma víbora o matará. Nunca verá os cursos de água,
os rios torrenciais de mel e manteiga. Restituirá a sua propriedade adquirida e
não a engolirá; como a riqueza proveniente do seu intercâmbio, mas com a qual
não se regalará. Pois tem abandonado, tem esmagado o de condição humilde; tem
arrebatado a própria casa que não passara a construir (...)
Um rápido
comentário sobre outra passagem que se acha no livro de Jó, 27.19, com a
recomendação da leitura dos versos anteriores: Deitar-se-á rico, mas nada será
ajuntado; Abre os olhos, mas não há nada. Quais águas o alcançarão terrores
repentinos; Durante a noite o furtará um tufão. Ora, naquele dia de 06 de
novembro os ricos na Rússia foram dormir tranqüilos como sempre fizeram. Mas,
na manhã de 07 de novembro o terror lhes bateu à porta. Ao chegarem às suas
propriedades as mesmas estavam ocupadas por soldados armados que protegiam
cartazes anunciando a expropriação feita pela revolução. Dormiram ricos, mas na
manhã do dia 07 de novembro daquele ano de 1917 não tinham mais nada. Não
restando a eles mais nada senão partir para outras terras, com as mãos
completamente vazias, enquanto as suas propriedades eram ocupadas pelo lumpen
proletário. E podemos dizer aqui também o cumprimento de Lucas 1.51-53: Ele tem
agido valorosamente com o seu braço, tem espalhado os que são soberbos na
intenção dos seus corações. Tem derrubado de trono homens de poder e tem
enaltecido humildes; tem plenamente saciado os famintos com coisas boas e têm
mandado embora, de mãos vazias, os que tinham riqueza.
(4)
Como foi falado que nos
dias imediatamente anteriores à revolução um grupo de religiosos, conhecidos
como Estudantes da Bíblia, que desde a segunda metade do século XIX vinham
concebendo profecias sobre a iminência do aparecimento do governo do Reino, a
vinda de Deus para governar a terra, que apontaram para 1914, depois,
hermeneuticamente, transferiram para 1915, e em 1916 apontaram o processo como
atingindo o clímax nos anos de 1917 e 1918, ora, como estes estudantes da
Bíblia anunciavam que aquele era o tempo da chegada do período milenial, a sua
aurora, podemos situar o triunfo do socialismo na Rússia já como o início da
aurora do Milênio? Embora com percalsos, a caminhada do Milênio teria começado
ao final do ano de 1920 quando as últimas forças do Faraó moderno foram
tragadas pelas águas da revolução e o país deu início ao processo da construção
do socialismo? Mesmo porque líderes bolcheviques, com profundo sentimento
religioso e conhecedores da Palavra de Deus, passaram a entender que o advento
do socialismo era já o início da construção do Paraíso na terra?
(5)
Como explicar que o
acontecimento da revolução russa, apesar de ser claramente profetizado na
Bíblia, tanto a expropriação como a violência revolucionária – e vou voltar a
minha atenção para os sacerdotes, e para os filhos do rei, e para os príncipes,
e para os que usam vestuário estrangeiro (burguesia), e para os que pesam a
prata (comerciantes), e para os poderosos, e nem a sua prata e nem o seu ouro
os livrará no dia da ira de Javé, mas seu sangue será derramado como pó e suas
vísceras como fezes (Sofonias) – como explicar que acontecimento de tamanha
envergadura que chegou a ganhar um livro com o título OS DEZ DIAS QUE ABALARAM
O MUNDO, escrito pelo repórter norte-americano John Reed, testemunha ocular da
revolução, sim, como explicar que tão grande acontecimento, seguramente o maior
acontecimento político-social de todos os tempos, não foi percebido como o
cumprimento da Palavra de Deus, o que faz lembrar o calvário de Jesus que não
obstante ter sido o cumprimento de Isaías 53 mesmo assim não foi percebido
pelos judeus? Como explicar que o acontecimento da revolução russa, que se deu
totalmente em conexão com a Palavra de Deus, a sua completa transcendência
permaneceu invisível aos olhos de toda a Cristandade?
A resposta só
pode estar nisto: ora, os já falados Estudantes da Bíblia, a verdade é que
assim que a revolução começou a acontecer e os bocheviques consolidaram o seu
poder, no seu calor eles saíram às ruas naquele ano de 1918 e começaram a
proclamar nos Estados Unidos e no Canadá que Deus já tinha estabelecido na
terra o reino do Messias. Deus já começara a governar. E as pessoas sem
entender começaram a lhes fazer perguntas e indagar onde estava este reino do
Messias que ninguém via e ninguém sabia dele. E apenas respondiam que Deus
começara a governar de forma invisível, a partir do céu. Deus estabelecera o
seu reino, mas estava invisível aos homens. E não faziam nenhuma menção à
revolução na Rússia, mesmo porque não sabiam de nada do que se passava neste país
dos czares. Toda a sua pregação estava confinada ao campo do religioso. De modo
que é muito provável que tenha sido um plano de Deus que o socialismo não
tivesse sido percebido como ação de Deus na terra, o cumprimento da Palavra de
Deus, só tardiamente sendo percebido pela Teologia da Libertação, e mesmo assim
muito confusamente, pois enquanto os luminares da Teologia da Libertação se
referiram ao construtor do socialismo real como “tirano”, na sua luz intelectual
de abajur, sim, no seu embotamento de coração faltando com a reverência pela
obra de Deus, Javé, pelo contrário, revelou a Adamir Gerson que o construtor do
socialismo real, Stálin, foi o seu Josué, o Josué dos domínios de baixo, que ao
desalojar do poder os cananeus e amorreus modernos e no lugar estabelecer os
trabalhadores libertos do capitalismo reviveu toda a luta vitoriosa de Josué,
filho de Num, sim, ao ter esgotado as potencialidades do marxismo no socialismo
real, acabou por preparar o caminho para o aparecimento de um novo Josué, dos domínios
do Alto, aquele que se acha em Apocalipse 19.11, que com uma nova espada, a
espada da Palavra de Deus, há de desalojar dos corações, de todos os corações,
o amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males, colocando no lugar o amor ao
próximo, a simplicidade e singeleza de coração que foi o sentido de vida dos
primeiros cristãos e foi o que lhes fazia ser feliz. Destarte, a clareza de que
o acontecimento da revolução foi cumprimento da Palavra de Deus, com a luz da
Ciência, se manifesta em Adamir Gerson. Na questão de Stálin ter sido um tirano
isto pertence ao campo do relativo, de onde se está, pois o mesmo Josué que é
tido e reverenciado por judeus e cristãos, como um grande profeta de Deus, no
mesmo panteão onde estão Abraão, Moisés e Arão, este mesmo Josué assim foi
definido por certa Enciclopédia: o maior assassino de toda a história! Não é de
estranhar que os homens tenham visto em Stálin um tirano.
(6)
Apocalipse 19.19 descreve
a batalha cósmico-final entre as forças de Javé e as forças contrárias a Javé.
O autor do livro do Apocalipse, o apóstolo João, não só descreve a besta e os
reis da terra reunidos para travar guerra com aquele que é o antítipo de Josué –
o Josué maior, dos domínios do Alto, já que Stálin também foi Josué, mas menor,
dos domínios de baixo, como Lênin foi também Moisés, mas menor, dos domínios de
baixo, e Marx foi também Abraão, mas menor, dos domínios de baixo – como também
descreve, na derrota dos reis da terra, a besta e o falso profeta sendo
apanhados juntos e, ainda vivos, lançados no lago ardente que queima com
enxofre. E os demais foram liquidados com a longa espada que se estende da boca
daquele que está sentado no cavalo e, como falado, é antítipo de Josué.
É feito a
pergunta: os reis da terra são do conhecimento quem, os governantes dos Estados
Unidos, da Europa, do Japão, entre outros, que sustentam um modelo econômico e
civilizatório que se revelou predatório, corrosivo, não só dos recursos
naturais como da ética, da moral. Mas, quem é a besta e este falso profeta que
foram apanhados vivos e lançados no lago ardente que queima com enxofre? Seria
uma referência a sacerdotes e a religiosos que, a partir das manifestações
externas do socialismo, odiaram-no, clamando pela sua morte, pela sua
destruição, como os sacerdotes de Judá clamaram pela morte e destruição de
Jeremias que se tornou um incômodo em suas vidas?
Faz-se
necessário uma classificação de sacerdotes e religiosos que tiveram uma visão
contrária ao socialismo, pois são de muitos matizes diferentes e nem todos representam
o corpo da besta e do falso profeta que no último minuto da história serão
pegos e lançados no lago ardente que queima com enxofre, por mil anos, e depois
pela eternidade sem fim. Adamir Gerson vai elencar três grupos e tecer juízo
sobre cada um deles.
GRUPO PRIMEIRO. Trata-se do grupo numeroso de sacerdotes e religiosos que
se tornaram contrários ao socialismo por causa de informações falsas ou
tendenciosas que ouviram sobre o mesmo, quase sempre chegado a eles em pacotes
selados com a Palavra de Deus. Como estas informações partiam de autoridades
aceitaram-nas como verdadeiras.
E a este grupo
numeroso, de sacerdotes e religiosos, não está reservada nenhuma condenação
senão que será transformado num abrir e piscar de olho ante o toque da última
trombeta (ICoríntios 15.52).
E irão
compreender claro como o dia que o socialismo, na sua totalidade, foi sim
cumprimento, da Palavra de Deus.
Vão
compreender que aqueles Estudantes da Bíblia que nos anos de 1916, 1917 e 1918,
quando passaram a proclamar que o reino do Messias acabara de ser estabelecido,
e que Deus começara a governar, em breve destruindo todas as leis e
instituições dos governos mundiais, colocando no lugar as suas leis, as suas
instituições, ora, embora não soubesse, este reino do Messias era mesmo o
socialismo que acabara de ser estabelecido na Rússia e estava sob a regência
sábia de Lênin.
Mais do que
isso, estes sacerdotes, ministros do Verdadeiro Deus, acabarão por compreender
claro como o dia que o socialismo forma um par com o cristianismo, que se
completa nele. Isto é, quando o cristianismo é compreendido revelação de Jesus
na mediação de Paulo apóstolo. Compreendido assim, a mente é levada a
compreender o socialismo como sendo revelação de Jesus Cristo na mediação de
Marx. Compreenderão claro que saíram de Deus e iriam retornar a Deus, se
reconciliando plenamente entre si na plena mediação de Deus. Como ocorre com
óvulo e espermatozóide, que não obstante estarem em corpos diferentes, todavia
se pertencem, e formam uma unidade, tal e tal ocorrem com cristianismo e
socialismo.
Hão de
compreender tudo isto e mais isto: que quando Apocalipse 6.9-11 fala sobre os mártires
do cristianismo e diz que futuramente iriam surgir outros mártires, que os
completaria e sofreria o mesmo martírio, chamados por João de co-escravos e
co-irmãos daqueles que eram martirizados nos coliseus de Roma, ora, estes
sacerdotes de Deus, porque neles palpita a vida, hão de compreender que estes
co-escravos e co-irmãos dos cristãos são mesmo o povo marxista, se aqueles
foram martirizados nos Coliseus de Roma, estes foram martirizados nos porões da
ditadura.
GRUPO SEGUNDO. Trata-se do grupo de sacerdotes e religiosos contrários ao
socialismo, porém jamais tomaram o lado do capitalismo. E neste grupo se inclui
o Papa João Paulo II, que lutou contra o socialismo, jamais a favor do
capitalismo. Este grupo olhou no horizonte e divisou no espírito a chegada de
um novo reino, superior, que não viria conciliar os sistemas em luta na terra,
o justo meio, mas superá-los.
Como neste
grupo palpita a vida, a espera na chegada de um reino de justiça e paz que
seria estabelecido não no derramamento de sangue, mas no derramamento do amor, nos
corações, em todos os corações, florescendo neles um sentimento novo, de viver
para si vivendo para o próximo, vale acrescentar que o Papa João Paulo II
tratou o comunismo, de raiz soviética, diferente do comunismo de Cuba. Enquanto
com uma mão empurrou para baixo o comunismo de raiz soviética, com a outra
ergueu para cima o comunismo de Cuba. Pois que, mesmo em luta declarada e
aberta contra o comunismo, elogiou o internacionalismo de Cuba, se referiu a
Che Guevara como um homem ao serviço com os pobres, portador de profundo
mistério que o entregava nas mãos de Deus, e conclamou os crentes e não crentes
da Ilha – leia ateus comunistas e cristãos – a estreitarem os laços e
realizarem uma profícua síntese cultural, criando de suas experiências
históricas uma resposta aos desafios do mundo moderno.
Mais ainda,
que em 87 em Miami se recusou a receber os exilados cubanos, que com cartazes
da Virgem da Caridad Del Cobre, padroeira de Cuba, rogava ao Sumo Pontífice que
não somente se solidarizasse com o seu “sofrimento” como também pediam que lançasse
palavras de condenação a Fidel Castro e ao comunismo em Cuba. E como o Papa
João Paulo II não se prestou ao papel inglório de Balaão, que pago pelo rei
Balaque se pôs ao serviço de amaldiçoar o povo que escapara do Egito, mas Deus
transformou as suas maldições em benção para eles, e depois não poupou Balaão,
matando-o, a verdade é que estes exilados cubanos, por ocasião da beatificação
de João Paulo II, em 2011, expressaram toda a sua ira ao Pontífice morto.
Lançando mão de palavras sórdidas, irreverentes, e descontextualizando a
Palavra de Deus, estes cubanos que preferiram o desterro que ter de viver em
uma sociedade que dava os primeiros passos na construção de um novo homem, sim,
estes cubanos vivendo o desterro, por iniciativa própria, não cessavam de
praguejar que um Papa que não lutou contra o comunismo de Cuba não era digno da
beatificação.
E é feito a
pergunta: como explicar essa aparente contradição na vida de João Paulo II?
Cuba escondia um mistério que o comunismo soviético não teve? Enquanto os
dirigentes comunistas soviéticos tinham como livro de cabeceira O Capital,
Fidel Castro devorava a Bíblia, se interessando sobremaneira pelos seus
mistérios proféticos e exegéticos, a ponto de ter gerado o livro Fidel e a
Religião, escrito pelo dominicano Frei Beto? Como explicar essa aparente
contradição de João Paulo II, que teve desprezo pelo comunismo russo e apreço
pelo comunismo cubano? Cumprimento da Palavra de Deus!
Daniel 4 trás
o relato de um sonho tido pelo rei Nabucodonosor, uma arvore no meio da terra,
sendo enorme a sua altura. E a árvore tornou-se grande e ficou forte, e a
própria altura dela por fim atingiu os céus, e ela era visível até a
extremidade da terra inteira. Sua folhagem era bela e seu fruto abundante, e
havia nela alimento para todos. Debaixo dela os animais do campo procuravam
sombra e nos seus galhos habitavam as aves dos céus, e toda a carne se
alimentava dela.
E o rei
Nabucodonozor relatando a Daniel o sonho, que desse a ele uma interpretação,
prosseguiu com a narração, dizendo: Eu continuei a ver nas visões da minha
cabeça, sobre a minha cama, e eis que havia um vigilante, sim, um santo,
descendo dos próprios céus. Ele clamou em alta voz e dizia o seguinte: Derrubai
a árvore e cortai-lhe os galhos. Sacudi a sua folhagem e espalhai os seus
frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus galhos. Todavia,
deixai-lhe o próprio toco na terra com as suas raízes, sim, atado com banda de
ferro e de cobre, entre a relva do campo; e seja molhado pelo orvalho dos céus
e seja seu quinhão entre a vegetação da terra. Mude-se-lhe o coração daquele do
gênero humano e dê-se-lhe um coração de animal, e passem sobre ele sete tempos.
Sabemos que o
profeta Daniel interpretou diante do rei o sonho, dizendo que a árvore que
crescera representava o crescimento do rei de Babilônia, e o corte da árvore é
que o rei iria ser expulso de entre os homens, passando a ter morada com os
animais selváticos do campo. E iria ser alimentado com vegetação, como a
touros. E o rei iria ser molhado pelo orvalho dos céus, e passaria sobre ele
sete tempos, até saber que o Altíssimo é governante no reino da humanidade e
que ele o dá a quem quiser.
Tudo isto realmente
veio a acontecer com o rei da Babilônia. Foi expulso de entre os homens, passou
a comer vegetação como a touros, teve o corpo molhado pelo orvalho dos céus.
Mas, quando passou os dias então o
rei levantou os olhos ao céu e seu próprio entendimento começou a retornar a
ele. Então bendisse o próprio Altíssimo, e louvou e glorificou Aquele que vive
por tempo indefinido.
Tendo sido
verdadeira a interpretação de Daniel, e fornecido dela os fundamentos
tipológicos, nos fixemos agora na sua ocorrência antítipo. Façamos, pois, a
pergunta: esta arvore do sonho de Nabucodonozor, que cresceu no meio da terra,
de folhagem bela e de fruto abundante, havendo nela alimento para todos, teria
sido o socialismo? Que naquele final de 1917 foi realmente uma pequena árvore
que se manifestou no meio da terra, mas cresceu, e setenta anos depois ocupava
a quase metade da terra, sendo visto em todas as suas extremidades?
Façamos esta
outra pergunta: e o vigilante, sim, o santo que no sonho do rei desceu dos
próprios céus clamando em voz alta para que fosse derrubada a árvore, este
santo teria sido o Papa João Paulo II? E o toco da árvore com as suas raízes,
que foi deixado na terra, atado com cadeias de ferro e de bronze, teria sido
Cuba que conseguiu sobreviver à derrocada do comunismo? O bíblico: mas, deixai na terra o toco com suas raízes,
explicaria porque João Paulo II não teve nenhuma palavra de condenação ao
comunismo em Cuba, que não obstante continuou sofrendo com o embargo?
Por aquilo que
passou Nabucodonozor, do esplendor do Reino ao pó da terra, de rei a
maltrapilho, os marxistas têm passado por tudo que passou Nabucodonozor? Teriam
sido expulsos de entre os homens estando hoje a comer vegetação como a touros?
O fato do
texto sagrado, dizer: e ao fim dos dias, eu, Nabucodonozor, levantei os olhos
ao céu e meu próprio entendimento começou a retornar a mim; e eu bendisse o
próprio Altíssimo, e louvei e glorifiquei Aquele que vive por tempo indefinido,
isto é indicativo de que chegará um momento em que os marxistas irão levantar
os olhos ao céu, que significa o seu nascimento em Deus, a sua conversão ao
Deus de Abraão, Isaque e Jacó, passando a reconhecer a transcendentalidade não
só da História como da própria revolução? Que quem realmente domina e dá o
reino a quem quiser é Deus, autor e condutor da História? De modo que neste
preciso instante será restituída aos filhos de Marx a sua antiga glória, quando
carregavam e eram carregados pelas grandes massas, fazendo planos para o futuro
com a certeza da sua concretização?
O caso de
Nabucodonozor, cujo livro sagrado deixa claro que foi derrubado do trono e se
tornou maltrapilho, passando a comer vegetação como a touros, por causa da sua
soberba atéia, encontramos aqui pistas da queda do comunismo?
Ora, já no
final da década de 20 os luminares da Escola de Frankfurt, começando com
Horkheimer, lançaram um apelo revolucionário, ou a revolução se livrava do
ateísmo e do irreligiosismo ou iria perder o apoio das massas. As massas iriam
se afastar da revolução, criando um enorme abismo entre o socialismo e as
massas populares. Passaram a entender que a religiosidade era algo arraigado na
alma popular que não se tirava por se remover estruturas, sócio materiais, que
muitos pensadores julgaram ser a causa real da existência da religião. Estas
estruturas, sócios materiais, irão ser removidas da vida das pessoas, mas a
religião continuará presente nelas. E esses pensadores, sabiamente, receitaram
como proceder: não desalojar, mas valorizar o Absoluto presente nas massas.
Mostrar para as massas a completa compatibilidade entre a sua fé religiosa e o
socialismo.
A causa da
queda do comunismo teria sido o seu completo desconhecimento do fenômeno
religião e o seu desinteresse por ela, sendo fatal quando pretendeu compartilhar
essa sua visão de mundo com as massas populares?
Acima Adamir
Gerson disse que o fenômeno ocorrido com o rei Nabuodonozor, que se voltou para
Deus, por ser lei do tipo e antítipo, o mesmo vai acontecer com o povo marxista
que irão sepultar em si o ateísmo se abrindo em alegria de espírito para Deus?
Ora,
Apocalipse 14 trás a descrição de um povo que tem todas as características de
ser o povo marxista já em outro patamar de existência, um povo que se tornou
crente. Podemos dizer que este povo de Apocalipse 14, cantando um cântico como
que novo, e estando no monte Sião ao lado do Cordeiro, podemos dizer que este
povo seja o povo marxista que agora se tornou crente? Ora, é dito que este povo
está seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá; é dito este povo foi
comprado dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro; é dito
não se achou falsidade na boca deste povo, não tem mácula. Mas também é dito:
Estes são os que não se poluíram com mulheres; de fato, são virgens.
Ora, uma
exegese popular confirma que o significado deste povo não ter se poluído com
mulheres é literalmente que este povo não se poluiu com religião ou com
denominações religiosas. É literalmente um povo não religioso. E isto se
encaixa perfeitamente no povo marxista.
O juízo do
texto sagrado está sendo duro e impiedoso com o universo religioso porque
Apocalipse 14 está focando os acontecimentos do tempo do fim. E no tempo do fim
Deus irrompeu com a sua obra do socialismo, abatendo os poderosos e enaltecendo
os humildes, e o universo religioso no lugar de se colocar ao lado de Deus se
colocou completamente contra ele.
O povo
glorioso de Apocalipse 14 é composto somente de marxistas que se tornaram
crentes em Deus? É composto também de religiosos que tiveram uma convicção
firme de que a Igreja errou ao se colocar ao lado dos poderosos; é composto dos
religiosos que no ano de 2014, no grande ano de 2014, ano de profundas mudanças
na terra, teológicas, filosóficas, epistemológicas, que desencadearão outras
mudanças, se acordaram que o socialismo, longe de ser obra de homem, como
depreciativamente foi ensinado em muitos institutos de teologia e
laudatariamente em muitas universidades, na verdade foi obra de Deus. O
cumprimento de sua Palavra.
Ao povo
marxista está reservado um futuro assim, se tornarem crentes em Jesus? Ora, não
só Mateus 25.40 trás imagens escatológicas onde nelas é claro um diálogo de
Jesus com o povo marxista; de forma racional Jesus está se esforçando para
mostrar aos marxistas que quando dedicaram suas vidas ao serviço com os pobres,
estiveram do lado deles, tomaram as suas dores, era ao próprio Jesus que
estavam fazendo, e desta forma deixando claro, inconteste, ser os marxistas o
povo que ouviria o maravilhoso Vinde benditos de meu Pai e possuí por herança o
reino vos preparado desde a fundação do mundo, como também, quando Jesus diz,
em João 10.16, que tem outras ovelhas que não são do aprisco cristão, e que
convém trazê-las, agregá-las, e elas escutarão a sua voz, se tornando um só
rebanho, tendo um só pastor, ora, quem são estas “outras ovelhas” senão o povo
marxista? Mesmo porque já se encontra pistas destas “outras ovelhas” não só em
Mateus 25.40, como já abordado, mas também em Mateus 21.43, a sua gênese se
achando em Isaías 65, é claro, não faltando aqueles que irão dizer que Oséias
2.21-23 foi concebido por influência direta de Isaías.
É preciso este
importante esclarecimento: é comum nos escritos de Adamir Gerson encontrar que
a revolução do 25 de Outubro, além de revivência histórica de Moisés, do
Judaísmo, foi também revivência histórica de Nabucodonozor, dos caldeus.
Naquele acontecimento único, riquíssimo de conteúdo e de formas, tanto se
enxerga a ação de Moisés contra Faraó como se enxerga a ação de Nabucodonozor
contra Judá e seus reis. Mas, por outro, é também possível encontrar nos
escritos de Adamir Gerson a ligação dos Estados Unidos com Babilônia. Como
solucionar essa questão que aparentemente porta contradição, pois a revolução
comunista e os Estados Unidos são figuras de espírito completamente
antagônicas?
Na verdade
existem duas Babilônias, Babilônia de Nabucodonosor, que forneceu os fundamentos
tipológicos para a revolução do 25 de Outubro, e Babilônia de Belsazar, que
fornece os fundamentos tipológicos para os Estados Unidos.
No que diz
respeito à Babilônia de Belsazar ela chegou ao fim porque atingiu os limites do
intolerável. Seu rei, juntamente com suas esposas e concubinas e seus maiorais
passaram a tomar vinho nas taças sagradas que foram retiradas do Templo em
Jerusalém. Entregaram-se a bebedeiras não tendo nenhuma reverência ao sagrado.
Ora, recentemente circulou nas redes sociais uma notícia que dava conta de que a
causa de cristãos estarem sendo mortos em países árabes era uma reação a
evangelização que as tropas norte-americanas estavam levando nos países onde
estavam entrando. A notícia dava conta de que as tropas norte-americanas
chegavam e junto com elas começava a evangelização das populações nativas, e
isto estava provocando a ira dos muçulmanos.
Usar a Palavra
de Deus para tentar justificar o massacre que a nação norte-americana fez no
Iraque e está fazendo no Afeganistão, fez em outras nações da região, ameaçando
fazer em quem não rezar sua cartilha, é estar cometendo sacrilégio. É estar
bebendo vinho nas taças sagradas. É ser, não a esposa de Jesus, mas concubina
de Belsazar, aquele rei que deu um grande banquete a mil dos seus grandes, às
suas esposas e às suas concubinas, mandando trazer as taças sagradas retiradas
do Templo, em Jerusalém; e, as enchendo de vinho, se pôs a ultrajar o Deus
Altíssimo.
Já agora, há
alguns meses, Adamir Gerson postando no grupo do Facebook DEFENSORES DO
EVANGELHO não tardou e começou a entrar em disputa ali. E no calor das
discussões, aumentando a sua temperatura, então um Ministro de Deus da região
do nordeste, que demonstrara possuir ojeriza pelo socialismo, ao mesmo tempo em
que não cessava de se referir aos Estados Unidos como nação que sustenta o
Evangelho na terra, nação que exporta missionários para todos os lugares da
terra, julgou estar com a verdade no seu juízo contra o socialismo por
desvendar a moralidade que cercava os construtores teóricos do socialismo, Marx
e Engels: casal de homossexuais. E se referindo particularmente a Marx, disse:
homem que nunca trabalhou. Vagabundo que vivia na custa do amante. (A íntima
ligação entre Marx e Engels se deu por causa do fundamento tipológico que
trouxe a íntima ligação entre Abraão e Ló. Mas agora não é ocasião para falar
de tal em minúcias).
As discussões
que já eram quentes subiram ainda mais de temperatura com os proprietários da
comunidade DEFENSORES DO EVANGELHO acabando por expulsar Adamir Gerson.
(Recentemente Adamir Gerson voltou a se inscrever no grupo sendo aceito; mui
provavelmente por moderador que não o conhecia).
Bem, porque
Adamir Gerson relatou esse caso real ocorrido no grupo DEFENSORES DO EVANGELHO?
Porque uma vez que a Palavra de Deus diz: Sai dela, povo meu, senão quiserdes
compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas
pragas, é porque a Palavra de Deus reconhece que o povo de Deus está em
Babilônia. E isto a partir dos fundamentos tipológicos. Porque uma vez que o
reino do Messias se estabeleceu na terra naquele final de 17, e revivendo a
destruição de Judá e Jerusalém pelos caldeus, imprimiu a mesma destruição à
Cristandade, isto fez com que a Cristandade tomasse o rumo de Babilônia, fosse
acolhida por ela.
Não porque os
Estados Unidos tivesse apreço pelo Cristianismo e pela Palavra de Deus. Mas
porque, diante da derrota que sofreu na Rússia naqueles anos de 1917 e 1920, e
porque temeu que a revolução fosse chegar a todos os países da Europa,
finalmente aos Estados Unidos (isto constava no livro distribuído no Brooklyn
naquele julho de 1917, segundo o qual quando o reino do Messias fosse
estabelecido iria se espalhar por toda terra, tragando os governos mundiais), sim,
então porque Balaque, imbuído do espírito de Balaque, daquele Balaque que assim
diz o texto sagrado: E Balaque, filho de Zípor, chegou a ver tudo o que Israel
tinha feito aos amorreus. E Moabe ficou muito amedrontado por causa do povo,
porque eram muitos; e Moabe passou a ter um pavor mórbido por causa dos filhos
de Israel. E Moabe passou a dizer aos anciãos de Midiã: “Esta congregação
lamberá agora tudo ao redor de nós assim como o touro lambe a erva verde do
campo” (Números 22.2-4), a verdade é que os Estados Unidos, como um novo
Balaque, começou a se infiltrar e a cooptar o universo religioso cristão e a
colocá-lo ao seu lado na sua luta contra o socialismo. Centenas e centenas de
religiosos cristãos sofreram doutrina no anticomunismo, e, transformados em
missionários, foram enviados para os quatro cantos do mundo. E eles partiam
convictos de que tinham recebidos de Deus a missão de lutar contra o mal, que
doutrinados passaram a entender que era o comunismo, doutrina satânica que se
levantara para destruir Deus e a sua Igreja, como diziam nos lugares em que
chegavam. E não sabiam que quando partiam para lutar contra o socialismo
estavam repetindo as viagens daquele judeu que recebeu cartas de seus senhores
para ir atrás e prender os nascentes cristãos e que um dia teve a sorte de se
encontrar face a face com Jesus, sendo transformado em um novo homem, que
deixou de prestar serviço para forças mortas para estar a serviço da vida.
E nunca é
demais dizer: eles partiam para o mundo recebendo verbas para as suas viagens,
mas era ensinado a quando chegarem aos países em que iam então bater na porta
dos seus governantes, e de empresários, da classe rica, conseguindo entre eles
a sua sobrevivência no lugar – isto não aconteceu em hipótese alguma com
missionários que partiram dos Estados Unidos anterior ao tempo em que os
Estados Unidos foram derrotados na Rússia, no período compreendido entre 1917 e
1920. Anterior ao tempo do advento do socialismo os missionários partiam com
recursos próprios ou de suas igrejas. Não raro partiam apenas com a roupa do
corpo, no interesse único de levar o Evangelho de Jesus Cristo aos lugares que
tinham a sua necessidade, como aconteceu com os missionários que vieram dos
Estados Unidos e aportaram no Brasil naquele ano de 1910. A abordagem está concentrada
ao tempo em que os Estados Unidos passou a encarnar Babilônia, não a de
Nabucodonozor, que se encarnou na Rússia revolucionária naqueles anos de 1917 a
1920, mas a de Belsazar, que passou a mostrar um grande interesse pelos
movimentos religiosos, a se imiscuir neles e por fim colocá-los ao seu serviço
na sua luta contra o socialismo.
Prosseguindo. Ora,
Adamir Gerson dá testemunho de que aquele Ministro da Palavra de Deus da região
do nordeste é honesto, sincero, o seu interesse único, sendo a Palavra de Deus
e o senhorio de Jesus sobre este mundo. Mas, como explicar a defesa veemente
que fazia dos Estados Unidos como nação defensora do Evangelho, e mais ainda,
como explicar que expressou uma visão sobre Marx e Engels que foge de qualquer
racionalidade, como a irracionalidade de vê-los dizer que Marx era “satanista”? Onde aprenderam essas aberrações senão que dos Estados Unidos, que os tem embriagado com o vinho de Belsazar?
Dizer que Marx
e Engels foram parceiros homossexuais, e que Marx foi um homem que nunca
trabalhou, vagabundo que viveu na custas do amante, satanista de primeira
linha, como dizem à exaustão, é literalmente estar embriagado. Isto explica os
fundamentos tipológicos da questão, pelos quais Belsazar mandou trazer as taças
sagradas retiradas do Templo, em Jerusalém. As taças sagradas foram os livros
da Bíblia enchidos de vinho e dado a beber. As passagens proféticas da Bíblia
eram descontextualizadas e se encaixava nelas o socialismo como o seu mal. Foi assim
que estes missionários difundiram mundo afora que o levante escatológico de
Ezequiel, segundo o qual no final dos tempos Gogue da terra de Magogue iria se
levantar dos profundos para cercar o acampamento dos santos e realizar um
grande saque (38) – (...) E forçosamente subirás. Entrarás como tempestade.
Tornar-te-ás como nuvens para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e
muitos povos contigo (...) E naquele dia terá de acontecer que subirão coisas
ao teu coração e certamente inventarás um ardil maligno; e terás de dizer:
Subirei contra a terra campestre. Chegarei aos que tem sossego, morando em
segurança, todos eles habitando sem muralha, e eles não têm nem mesmo tranca e
portas. Será para ganhar muito despojo e fazer grande saque (...) – sim, foi
assim que estes missionários, trabalhando para que as massas populares tivessem
ojeriza pelo socialismo, como um mal que apareceu na terra e que tinha de ser
combatido, difundiram que o levante do bando de Gogue da terra de Magogue seria
que a União Soviética invadiria Israel para realizar ali um grande saque. Forçando aqui forçando ali, que eles chamavam
de “exegese”, acabaram descobrindo que Gogue da terra de Magogue seria a União
Soviética que iria invadir Israel e saquear as suas riquezas naturais, que,
segundo eles, não obstante ser um território pequeno, Israel escondia em seu
solo os minerais mais caros.
Mas iria
chegar um dia em que os Ministros da Palavra de Deus iriam compreender claro
como o dia que o levante de Gogue da terra de Magogue aconteceu mesmo no tempo
designado por eles. Mas foi a multidão que na década de 80, de forma inesperada,
nas suas centenas e centenas de milhares, num acontecimento que nunca se viu na
História, como tempestade, nuvens, como vaticinou Ezequiel, cercaram os
governos socialistas para destruí-los.
O povo ali
estava sossegado, morando em segurança, todos eles habitando sem muralha como
diz a Palavra de Deus e não a palavra de homem? Ora, naqueles dias um grupo de
teólogos brasileiros, entre eles o presbiteriano Jaime Wright e o católico
Leonardo Boff, visitaram a União Soviética. E de lá mandaram um recado dizendo
que a agitação que acontecia na Polônia e em outros países do Leste Europeu não
chegara à União Soviética. Segundo eles na União Soviética o povo estava
seguindo seu ritmo normal, trabalhando e em sossego. E mal eles saíram da União
Soviética de volta ao Brasil a gigantescas manifestações que aconteciam nos
países do Leste estouraram também na Pátria-Mãe do Socialismo, causando a sua
desintegração e o maior saque de todos os tempos, pois as riquezas que foram construídas pelos trabalhadores estão hoje nas mãos de capitalistas?
É verdade,
chegará um dia em que os Ministros da Palavra de Deus, no que diz respeito à
União Soviética, a sua relação com Israel, o que irão saber de concreto é que
foram tanques e soldados soviéticos que estouraram os portões dos campos de
concentração nazistas libertando os judeus; que foram os soviéticos a causa
maior da criação do Estado de Israel, pois enquanto ingleses e norte-americanos
se colocaram do lado dos árabes, a União Soviética se colocou ao lado dos
judeus, não somente lhes dando apoio diplomático, como até mesmo lhes
fornecendo armas para lutarem pela sua independência.
No primeiro
século quando aconteceu no império o fenômeno do cristianismo, ora, como se
propagava com incrível rapidez, em pouco tempo alcançando vastas regiões do
império, a verdade é que os pagãos, desesperados, lançaram mão de tudo que viam
pela frente para impedir o crescimento do cristianismo. Assim que, se não
bastasse estar difundindo que os cristãos eram ateus, não acreditavam nas
divindades do império, lançaram mão de outra sórdida mentira, a de que os
cristãos bebiam sangue de criancinhas. Como há indícios claros de que Apocalipse
6.9-11 vaticina que um povo que iria aparecer futuramente na história, chamado
no texto sagrado de co-escravos e co-irmãos daqueles cristãos que eram acusados
de ateísmo e acusados de beber sangue de criancinha, a verdade é que quando o
socialismo se estabeleceu naqueles anos de 1917, 1918, 1919, 1920, ora, como
parecia a todos que a revolução tinha caráter mundial, e o simples fato das
nações do mundo todo terem invadido a Rússia para desalojar os bolcheviques
conferia a eles o direito moral de expandir a revolução para o mundo,
desesperados, as nações capitalistas do mundo passaram a lançar mão de tudo que
viam à frente para impedir o socialismo. Assim que, se não bastasse difusão de
que o governo revolucionário russo era ateu e pregava o ateísmo como visão de
mundo, sordidamente passou a difundir que também comiam criancinhas.
Objetivavam causar um choque nas pessoas simples e elas não querer nenhum tipo
de conversa com a propaganda do socialismo.
Desmascarados,
muito tempo depois, na chegada da era digital, eis que passaram a difundir e a
dar explicações que aquilo que foi dito na década de vinte em diante, de que os
comunistas comiam criancinhas, foi descoberto como sendo verdade e não boato.
E quais são as
explicações que agora estão dando para o fato? Que na década de 20, o governo
bolchevique, ao confiscar cereais e levá-los para as cidades, deixou o campo
desguarnecido de alimentos, causando uma grande fome. E, segundo eles, as pessoas
sem terem o que comer, desesperadas, ia aos cemitérios e desenterravam os
corpos de criancinhas e levavam para suas casas para se alimentar. Então,
dizem, o que foi tido por mito na verdade foi uma grande verdade, que nasceu a
partir de um fato concreto e real.
É feito a
pergunta: houve aqueles que acreditaram que os comunistas comiam criancinhas?
Não só houve como setenta, ou oitenta anos depois encontramos pessoas que
realmente estão acreditando na estória de crianças que eram desenterradas e
levadas para servir de alimento.
E não são
apenas pessoas simples, mas muitos dos que estão difundindo isto até ostentam
títulos universitários. Não desconfiando jamais que o início de tudo já trás
contradição e expõe a real causa da fome na Rússia. Se o governo confiscou
cereais é porque o povo na cidade estava passando fome. Não por falta de
cereais, porque existiam, mas estavam escondidos, sendo retidos no campo. E se
o governo confiscou cereal a lógica é que a fome iria diminuir e não nascer,
que já existia previamente, justamente porque os cereais estavam retidos no
campo.
E o governo
bolchevique, ao confiscar cereais, agiu corretamente, segundo o preconizado por
Jesus, pois Jesus, na parábola de Mateus 20, procurando esclarecer de que como
seria o futuro reino dos céus, de como o mesmo funcionaria, se colocou no lugar
dos seus dirigentes, dizendo: Não me é lícito fazer o que quero com as minhas próprias
coisas? Ou é o teu olho iníquo porque sou bom? O governo bolchevique agiu
corretamente ao confiscar o cereal, pois ao escondê-lo queriam na verdade
sabotar o governo e jogar a população contra os que dirigiam o país, como está
acontecendo agora na Venezuela que estão fazendo de tudo para levar o país à
desestabilização, ao gerarem o caos, o que vier para eles é lucro.
Como têm
fervilhado no meio do povo cristão, acaloradas discussões sobre quem é a
Babilônia do livro do Apocalipse, a Grande, que cairá, não sendo pequeno o
número daqueles que afirmam que é os Estados Unidos, a verdade é que um canal
de TV aberta, a HIT, promoveu um debate para colocar a limpo essa questão, se
os Estados Unidos era ou não a Babilônia apocalíptica como muitos estavam
falando.
O Debate teve
o objeto de realmente clarear e esclarecer essa questão? Pautou pela
imparcialidade? Parece que não. Porque não obstante durante todo o Debate ter
sido feito inserções com entrevistas na rua, onde uns expressavam a sua opinião
de que os Estados Unidos era arquétipo de Babilônia e outros diziam que não, no
que diz respeito aos debatedores presentes na emissora, parece que eram três,
ao final todos eles se prestaram ao papel de advogado dos Estados Unidos,
afirmando que não havia nenhum embasamento para que os Estados Unidos fossem a
Babilônia. Parece que o canal foi tendencioso, e estava a serviço de uma causa
oculta, pois em qualquer debate tem de estar presente debatedor a favor e debatedor
contra, para que se chegue a um consenso.
Vamos agora
nos deslocar da Babilônia de Belsazar, onde muitos beberam vinho nas taças
sagradas servido por este rei que não temeu em usar a Palavra de Deus para
defender um sistema que alimenta a dor e o sofrimento mundo afora, para a Babilônia
de Nabucodonozor. Dos Estados Unidos para a Revolução.
Bem, no que
diz respeito à Babilônia de Nabucodonozor, atentem para o seguinte:
Nabucodonozor destruiu Judá e Jerusalém em três sucessivos golpes. O PRIMEIRO
foi desfechado contra o rei Joaquim; O SEGUNDO foi desfechado contra o rei
Zedequias, onze anos e três meses depois; E O TERCEIRO foi desfechado um mês
depois, quando Nebuzaradã, enviado de Nabucodonozor, passou a queimar a casa de
Javé e a casa do rei; queimou a casa de todo homem proeminente e derrubou as
muralhas de Jerusalém. Por ordem de Nabucodonozor Nebuzaradã destruiu tudo, não
deixando pedra sobre pedra.
Ora, o golpe
que Nabucodonozor desfechou contra Judá foi o mesmo golpe que os revolucionários
desfecharam contra o reino da Cristandade, também em três sucessivos golpes, a
saber: O PRIMEIRO foi desfechado pelos revolucionários na Revolução de 1905; O
SEGUNDO foi desfechado pelos revolucionários na Revolução de Março, que
derrubou o Czar, onze anos e três meses depois; E O TERCEIRO foi desfechado um
mês depois, quando Lênin vindo do exílio começou a demolir todo aquele mundo,
não deixando pedra sobre pedra. Nada do que existia ficou de pé à ação dos
revolucionários.
Relata à
Bíblia que quando Nabucodonozor efetuou o segundo ataque então o rei, na calada
da noite, por uma brecha tentou escapar. O rei, sua família e os seus homens
próximos tentaram escapar das mãos dos caldeus por uma brecha. Mas os caldeus foram
no seu encalso e os alcançou nas planícies desérticas de Jericó, espalhando
toda a sua força militar ao seu lado. Caminhando com eles e passando pelos
lugares, finalmente chegaram a Ribla, à presença do rei Nabucodonozor. E relata
a Bíblia que um oficial entrou e leu perante eles uma decisão judicial. Em
seguida Nabucodonozor puxou da espada e passou a matar toda a família de
Zedequias, não tendo poupado ninguém, nem mesmo seus filhos pequenos. E o ódio
do rei era tanto que reservou a Zedequias uma condenação maior, cegou-o e o
colocou em grilhões, levando-o para Babilônia vivendo o resto de sua vida sem
poder ver a luz do dia.
Ora, algo
assim veio ocorrer no caso da revolução russa. O Czar, que vinha sofrendo
cerco, em março de 17 foi destronado pelos revolucionários que tomaram as ruas
até que se deu a sua queda. Aprisionado no Palácio de
Alexandre, em Tsarkoe Selo, arquitetou-se um plano para a sua fuga. Iria fugir
por uma brecha, que garantiram o levaria à Europa. E quando os revolucionários
descobriram o plano de fuga colocaram soldados em todas as estradas para
pegá-los. Sem conseguir fugir o Czar e sua família foram levados para longe,
para a Casa do Governador em Tobolsk, na Sibéria, e depois para a Casa Ipatiev
em Ekaterimburg, nos Montes Urais.
E a tragédia que
no fundamento tipológico alcançou o rei Zedequias e sua família por fim
alcançou Nicolau II e sua família. O capitão Yakov Yurovsky, um fotógrafo que
sofrera horrores nas prisões do Czar, entrou no porão da casa onde estava a
família imperial e leu perante eles uma decisão judicial tomada pelo soviete da
cidade, fortemente hostil. Em seguida puxaram das suas armas e mataram todos
que estavam no porão, não poupando nada que respirava, nem mesmo o cachorrinho
de estimação.
Relata a Palavra
de Deus que depois do massacre da família real em Ribla os caldeus continuaram
a aprisionar príncipes e nobres e a conduzi-los para cima, a Ribla. E ali eram
julgados e sumariamente mortos. Ora, isto também veio ocorrer no acontecimento
antítipo. Depois do massacre do Czar e sua família na Casa Ipatiev, em Ekaterimburg,
que se deu na madrugada do dia 17 de julho daquele ano de 1918, que segundo os
Estudantes da Bíblia, no livro que publicaram em julho de 1917, seria o ano em
que “cairá sobre a Cristandade um espasmo de angústia ainda maior”, a verdade é
que os revolucionários continuaram a caçar e a prender membros da família
imperial. E eram aprisionados e conduzidos com escolta até Ekaterimburg e
entregue aos cuidados do soviete local. E eram julgados e mortos. Desconhece-se
o número de mortos da família real que foram mortos em Ribla, à mão de
Nabucodonozor, mas no caso russo 18 membros da família imperial foram mortos
pelos revolucionários em Ekaterimburg, em um período de cerca de sete meses que
findou em janeiro de 1919.
Ora, relata a
Palavra de Deus que o povo que sobrou da destruição causada pelos caldeus em
Judá foi dividido em dois grupos, de um lado os humildes, que não tinham nada a
não ser a sua força de trabalho. A estes os caldeus permitiram que ficassem no
país, lavrando o solo e se dedicando ao plantio e à colheita. E o segundo
grupo, compostos dos proeminentes que se sobrou, a estes o rei levou para o
cativeiro em Babilônia. E relata a Palavra de Deus que ao final de setenta anos
eles começaram a retornar para Judá. Teria sido por isto que o comunismo durou
setenta anos e desmoronou, com a Cristandade passando a voltar para a Rússia e
novamente se estabelecendo ali?
Ora, foi lado
que nos tempos modernos surgiu um novo Abraão, Marx, mas iria surgir um Abraão
maior; surgiu um novo Moisés, Lênin, mas iria surgir um Moisés maior; surgiu um
novo Josué, Stálin, mas iria surgir um Josué maior. Pois bem, tal sequência de
acontecimentos iria também se aplicar a Ciro. Iria surgir um novo Ciro, menor,
mas iria surgir também o Ciro maior.
E quem teria
sido este Ciro menor? Não resta a menor dúvida que se trata das forças que se
combinaram para derrubar o comunismo.
Lembrando que
no acontecimento tipológico foram os próprios habitantes da cidade quem abriu
os seus portões para que entrassem as forças de medos e persas. Ora, a
população do próprio comunismo foi quem abriu os seus portões para que
entrassem aqueles que iriam restabelecer no país o domínio da Cristandade, que
significa o restabelecimento da liberdade de cultuar, mas também o
restabelecimento da propriedade privada, que trás a exploração de uns por
outros; o restabelecimento do sensualismo que gera banalização do corpo; o
aparecimento sem dúvida do engolfamento dos humildes pelos espertos.
Ora, foi
falado que o conceito de Babilônia se aplica tanto ao comunismo, antítipo das
forças caldéias que sob Nabucodonozor destruíram Judá e Jerusalém, e se aplica
aos Estados Unidos. A Babilônia de Nabucodonozor representa as forças
revolucionárias que sob Lênin, naqueles anos de 1917 a 1920 causaram uma
destruição nas forças da Cristandade, sendo banidas do país, senão na sua totalidade
ao menos na quase totalidade; e a Babilônia de Belsazar representa os Estados
Unidos, que muitos, com a Bíblia na mão, folheando o Livro Sagrado, disseram
ser nação baluarte na defesa e na propagação do Evangelho, mas que na verdade se
banqueteia e bebe vinho na taça dos livros sagrados.
Ora, se foi
falado não somente sobre duas, Babilônia, como também sobre dois, Ciro, o Ciro
menor, que libertou do corruptível e levou de volta para o corruptível, e
podemos estar falando de João Paulo II, que se foi o santo que desceu dos céus
e clamou para que se derrubasse a árvore, é também este Ciro menor, sim, Ciro
menor, mas também Ciro maior, que há de libertar do corruptível e conduzir de
volta para o Incorruptível, ora, aquele poderoso movimento que a terra
presenciou na década de 80, em especial ao seu final, quando uma multidão
incalculável, como nuvem, cercou os governos socialistas para destruí-los, que,
não suportando o seu peso, sucumbiu, veio abaixo, trinta anos depois a terra
presenciará as mesmas imagens, agora voltadas para a derrubada da Babilônia de
Belsazar?
Ora, se a
queda do Comunismo se deu pela união de dois povos que se apostatou, a
Cristandade, que se apostatou do Cristianismo, e aquela multidão que apostatou
do Socialismo, sim, aquela multidão que cercou os governos socialistas,
derrubou o Muro de Berlim, e foi para o outro lado, a Alemanha capitalista,
para comemorar a sua vitória, até a seis da manhã babando nos espetáculos de
streap-tease, e das seis da manhã em diante rodopiando o corpo ao som de muito
rock, durante dias, muitos dias, ora, é feito a pergunta: e agora, que a terra
vai presenciar um novo levante, para enxotar os norte-americanos que espalharam
o militarismo para todos os lugares da terra, para que apanhem as suas armas, uma
por uma, fuzil por fuzil, tanque por tanque, navio por navio, avião por avião, foguete
por foguete, e retornem para a sua terra, onde uma população que se esclareceu
na Palavra de Deus aguarda a sua chegada, para pegá-las e fazer delas um montão,
um grande montão, e colocar fogo, assim como vaticinou o profeta Ezequiel,
39.9, sim, é feito a pergunta: e que união de povos fará com o imperialismo
capitaneado pelos Estados Unidos o mesmo que fizeram com o bloco socialista?
Será a união de cristãos e marxistas, que de posse da Palavra de Deus, e de uma
nova consciência revolucionária, irá minar os alicerces que mantém de pé o
edifício do imperialismo. E quando vemos o senador Cristovam Buarque dizendo
que o caminho do Brasil não é lutar para ter um assento permanente no Conselho
de Segurança da ONU, como foi intenção daquele a quem Obama não por acaso disse
“é o cara”, mas lutar pelo seu fim, e as nações no seu conjunto decidirem toda
e qualquer questão, sem este ou aquele privilégio, isto nos enche de esperança
e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo.
“Depois destas
coisas vi outro anjo descer do céu, com grande autoridade; e a terra ficou
iluminada com a sua glória. E ele clamou com forte voz, dizendo: ‘Caiu! Caiu
Babilônia, a Grande, e ela se tornou moradia de demônios, e guarida de toda
exalação impura, e guarida de toda ave impura e odiada. Pois todas as nações
caíram vítimas por causa do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra
cometeram fornicação com ela, e os comerciantes viajantes da terra ficaram
ricos devido ao poder de sua impudente luxúria’” Apocalipse 18
GRUPO TERCEIRO. Adamir Gerson falou sobre dois tipos de sacerdotes e
religiosos que foram contra o socialismo, o primeiro grupo sendo composto por sacerdotes
e religiosos que tiveram um juízo negativo do socialismo por conta de
informações falsas ou tendenciosas que chegaram a eles levadas por autoridades,
quer eclesiásticas, quer políticas ou mesmo intelectuais, e o segundo composto
por sacerdotes e religiosos que foram contrários ao socialismo sem jamais ser a
favor do capitalismo. E faltou ser tecido um comentário sobre o terceiro grupo
de sacerdotes e religiosos contrários ao socialismo. Bem, o terceiro grupo de
sacerdotes contrários ao socialismo são aqueles que foram contrários a ele e a
favor do capitalismo. Aqueles que se referiram aos Estados Unidos como “mundo
livre”, pátria da liberdade, sendo feito a pergunta: este grupo representa a
besta e o falso profeta que na batalha cósmico-final estarão ao lado dos reis
da terra, guerreando ao lado deles contra Javé e o seu ungido?
Ora, este
grupo religioso que se refere aos Estados Unidos como pátria da liberdade, ao
tempo que se refere ao socialismo como lugar sem liberdade, lugar de opressão,
precisa saber duas coisas, pertinentes: Primeiro, que a liberdade nos Estados
Unidos não é tão liberdade assim, é relativa. Pois naquele ano de 1918 quando
os já falados Estudantes da Bíblia saíram às ruas proclamando que Deus
estabelecera já o seu governo, e como as descrições que davam se encaixavam no
governo revolucionário estabelecido na Rússia, as autoridades americanas não só
determinaram a apreensão do livro que publicaram em julho de 17 como os meteu
na cadeia. Vinte anos de cadeia, dos quais cumpriram um ano; e foram soltos
porque se descobriu que não tinham nada que ver com o comunismo e nem mesmo
sabiam do que se passava na Rússia. Descobriram que era um grupo puramente religioso,
com um léxico completamente apolítico.
E é bom saber
que eles foram presos com o argumento de que estavam “sabotando os esforços de
guerra”, quando na verdade foram presos porque se temeu que tal grupo ao
sustentar peremptoriamente que Deus tinha estabelecido o seu governo e que em
breve a terra iria ser um paraíso, sem ricos e sem pobres, sem exploradores e
sem explorados, ora, se temeu que tal pregação se espalhasse e induzisse o povo
norte-americano a achar que tal só podia ser uma referência direta ao governo
socialista estabelecido na Rússia, mesmo porque os partidários do socialismo
eram muito fortes e numerosos nos Estados Unidos.
E é tão certo
que esta foi a razão única de sua prisão, que publicaram o seu livro em julho
de 17 e ninguém se importou com aquele grupo, com o que pregava, governo do
Messias, palavras que então não tinham nenhum significado. Mas passou a ter
quando estourou na Rússia a revolução, emergindo um governo que era o retrato fiel
do que anunciava tal grupo religioso.
Segundo, este
grupo de religiosos que foram contrários ao socialismo, e a favor do
capitalismo, a quem chamaram de “mundo livre”, este grupo de religioso que viu
na democracia americana a mais alta expressão de liberdade, ao tempo em que via
no socialismo lugar de opressão, este grupo de religioso precisa saber que
Jesus concebeu dois tipos de liberdade: a do portão largo, que segundo Jesus
conduzia à perdição, e a do portão estreito, que segundo Jesus conduzia à vida.
Pois bem, este terceiro grupo de religiosos e fiéis precisa saber que a
liberdade existente nos Estados Unidos e nos países capitalistas é esta
liberdade que Jesus chamou de “porta larga”, ao passo que a liberdade que
existe no socialismo é esta liberdade que Jesus chamou de “portão estreito”.
Nem mais, nem menos.
(7)
O que viria ser esta Canaã
de baixo e esta Canaã de cima? Ora, quando os hebreus escaparam do Egito à mão de Moisés e
tomaram o rumo de Canaã, antes de atravessarem o Jordão conquistaram à Ogue e à
Sion, reis amorreus, a terra de Gileade. E Moisés deu Gileade como herança às
tribos de Rubem, e de Gade e à meia-tribo de Manassés.
Mas Gileade
não era o destino final da marcha do povo que deixara o Egito, e sim Canaã, do
outro lado do Jordão. A terra que Deus jurou dar a Abraão, que manava leite e
mel, não fora Gileade, mas, sim, Canaã. De modo que tendo chegado o momento da
travessia do Jordão Moisés se dirigiu aos rubenita-gadita-manassitas para que eles,
como os Valentes de Jah, atravessassem na frente dos seus irmãos ajudando-os a
também conquistar a sua herança de terra.
Mas os
rubenita-gadita-manassitas se recusaram a atravessar. Tinham conquistado já a
sua herança de terra e estavam satisfeitos com o que tinha. Então Moisés foi
duro com eles, ao ponto de dizer-lhes que se não atravessassem iriam ficar sem
a sua herança. E eles consentiram em atravessar o Jordão na frente dos seus
irmãos, deixando Gileade aos cuidados das suas esposas e dos seus pequeninos.
Ora, quem
seria hoje esta Gileade? Não resta a menor dúvida que Gileade é o socialismo
real, a conquista que os marxista-leninista-stalinistas fizeram no deserto.
Uma vez que
foi estabelecido o paralelo entre Gileade e o socialismo real, ora, como
Gileade não representava o final da caminhada dos escravos libertos do Egito
isto significa que o socialismo real não representava o final da marcha
revolucionária. Tendo como base o fundamento tipológico, este esclarece que
acima do socialismo construído na ex-União Soviética, chamado socialismo real,
há um socialismo superior, a ser encontrado “do outro lado do Jordão”.
E é bom
esclarecer que esse reino superior, acima do socialismo real, é aquilo que os
marxistas chamam de Comunismo.
Nunca é demais
dizer que o fenômeno que ocorre com os cristãos que falam de reino de Deus sem
ter claro o que seja e qual a sua diferença com o cristianismo, se há entre
eles diferença ou se reino de Deus e cristianismo é a mesma coisa, é um fato
que este mesmo fenômeno ocorre com os marxistas que falam de comunismo sem ter
claro o que seja e qual a sua diferença com o socialismo, se há diferença entre
eles ou se Comunismo e Socialismo é a mesma coisa.
Como o
socialismo é a conquista do deserto, se situa antes do Jordão espiritual, e Adamir
Gerson é o homem que em espírito esteve do outro lado do Jordão espiritual,
sabe o seu caminho, como chegar nele, e o que será achado nele, de imediato ele
diz: Há diferenças profundas entre socialismo e Comunismo. Não é a mesma coisa.
A verdade é
que o socialismo se converte em comunismo no exato momento em que se encontra e
se fecunda com o cristianismo. O socialismo pertence ao imperfeito, ao
limitado, porque justamente lhe falta a espiritualidade cristã, que Paulo
recebeu de Jesus no caminho de Damasco. Quando a materialidade socialista
recebe no seu núcleo a espiritualidade cristã há a fecundação de um novo ser,
que embora conserve partes do socialismo e do cristianismo mesmo assim é diferente deles.
O comunismo
tem o seu fundamento material, mas é muito mais uma espiritualidade, uma alta
espiritualidade. E quem melhor a descreveu foi Paulo apóstolo, em ICoríntios
10.24: Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas da outra
pessoa.
Isto põe em
choque o socialismo, pois nele o velho homem ainda persiste cioso por ser
recompensado pela quantia e a qualidade de sua produção. Mas quando este homem
passa a mover o seu ser no espírito de Jesus, que depositou em Paulo no caminho
de Damasco, não quer mais ter segundo a quantia e a qualidade de sua produção,
mas quer ter segundo a sua necessidade que sabe é a necessidade de todos os
homens – ver parábola de Mateus 20.
Se é, assim,
que o imperfeito socialismo se converte no perfeito Comunismo, uma
reconciliação nucléica entre socialismo e cristianismo, por outro o imperfeito
cristianismo (ICoríntios 13.9) se converte no perfeito reino de Deus
(ICoríntios 13.10) numa situação inversa. Ou seja, quando a espiritualidade
cristã é acrescida e fecundada da materialidade socialista. O velho homem, que
ainda persiste no cristianismo, fez-se novo homem, à imagem e semelhança do
Cristo da cruz.
É feito a
pergunta: os marxistas, que todas as indicações é que estão satisfeitos com o
que tem, parece não divisarem nada além do socialismo real, irão entender que
há um reino superior e além do Marxismo, este que Adamir Gerson no presente
trabalho vem chamando de Reino do Messias Segundo a Graça? De modo que se porão
em caminhada para atravessar o Jordão espiritual, olhando com esperança para o
cristianismo e o povo cristão?
Haverá a
recíproca dos cristãos, compreendendo que estão naquilo que Paulo chamou de
“parcial”, em parte, e que também neste ano de 2014 se encaminharão para
atravessar o Jordão espiritual, olhando com esperança para o socialismo e o
povo que nasceu de Marx, como seus irmãos na mediação de Cristo Jesus?
(8)
Este socialismo
ressuscitado em corpo novo, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao
opróbrio dos homens é porque há um processo conduzindo o socialismo do judeu
Marx para o judeu Jesus, do ódio revolucionário para o amor revolucionário, de
estar a serviço de uma classe social para estar a serviço da inteira
humanidade. O escopo último é a sua transcendentalidade sobre tudo e sobre
todos, a partir de então conduzindo a todos para fora da alienação até a
completa emancipação da humanidade. O fenômeno ocorrido com Jesus, em um corpo
mortal, mas carregando em oculto o corpo imortal, guardado para a ressurreição,
cuja condição para a sua manifestação foi o calvário de morte, por tudo isto o
socialismo iria passar. E passou no final da década de 80 quando a multidão,
irada, passou a clamar: Solta o capitalismo e à morte com o socialismo! Traído,
abandonado por todos, açoitado, cuspido, transformado em objeto de riso, crucificado entre dois malfeitores
como se fosse um deles, o nazismo e o fascismo, e finalmente morto, a verdade é
que o socialismo repetiu os passos de Jesus. Oxalá que o ano de 2014, o ano da
revolução brasileira, que há de ser a maior revolução de todos os tempos,
absoluta, total, em todos os campos do pensamento, teológico, filosófico,
epistemológico, gnosiológico, sociológico, político, religioso, oxalá que no
ano de 2014 se manifeste esse novo socialismo, ressuscitado, incorruptível, não
mais sujeito à morte e ao opróbrio dos homens. Seguramente aquele visionado em
espírito de profecia pelo profeta Daniel: E nos dias daqueles reis o Deus do
céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não
passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e
ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos; pois viste que se cortou
do monte uma pedra, sem mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a
prata e o ouro.
Segue o
trabalho O APARECIMENTO DO VERDADEIRO para que o leitor comece a acarear Lula
com Adamir Gerson e compreendê-los. http://anovateologiadalibertacao.blogspot.com.br/2013/11/o-reino-do-messias-segundo-graca-sexta.html
Segue também a terceira parte do trabalho O REINO DO MESSIAS
SEGUNDO A GRAÇA para que se possa compreender a importância transcendente do
senador Cristovam Buarquehttp://anovateologiadalibertacao.blogspot.com.br/2013/10/o-reino-do-messias-segundo-graca_23.html
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