terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ao César Benjamim

Ao César Benjamim

Cesar Benjamim é um fato que o socialismo no seu nascimento enxergou na Classe Trabalhadora a força motriz para a materialização dos seus ideais de liberdade e de igualdade. Daí os revolucionários, desde o seu nascimento na metade do século XIX, ter se dirigido aos trabalhadores com a mensagem do socialismo, e procurado organizá-los para que se tornasse exeqüível a revolução.

Mas, como escrito está que para tudo há um tempo debaixo dos céus, posso dizer que este tempo passou e doravante o socialismo terá que se dirigir às massas religiosas para que elas materializem os seus ideais de liberdade e de igualdade. As massas religiosas se tornaram hoje o que foi ontem a massas trabalhadoras. Se ontem as massas trabalhadoras tiveram necessidade do socialismo quem tem necessidade hoje do socialismo são as massas religiosas.

De modo que Adamir Gerson está se dirigindo a Cesar Benjamim e deixando claro que o socialismo caiu, mas está prestes a se levantar, mas se levantar a partir do ventre das massas religiosas. Eu diria mesmo que o socialismo seguiu o calvário de Jesus, depois dos seus grandes milagres (e da adesão dos oprimidos), no campo econômico, no campo social, no campo tecnológico, no campo militar, no campo esportivo, então acabou por ser traído e levado a um calvário como o percorrido por Jesus. Abandonado por todos (na época Clóvis Rossi em um artigo na Folha mostrou a sua perplexidade pela forma em que todos abandonaram o socialismo quando chegou a sua hora dura), então passou a ser cuspido, chicoteado, zombado (fala socialismo: quem te bateu?), preterido pela turba assassina (solta o capitalismo e à morte com o socialismo!), e finalmente crucificado entre dois malfeitores como se fosse um deles, o nazismo e o fascismo (na época a mesma Folha estampou uma foto de manifestantes segurando uma faixa, e na faixa os dizeres: O COMUNISMO É IGUAL AO FASCISMO E AO NAZISMO. Ainda hoje encontramos alienados e malandros que afirmam que o comunismo é igual ao nazismo e ao fascismo). E para completar o quadro podemos dizer sim que aquele momento em que Boris Yeltsin ordenou o bombardeio do Parlamento matando dezenas de comunistas com seu sangue escorrendo pelas escadarias aquele foi o momento em que o soldado, para ter certeza da morte de Jesus, então cravou no lado a lança, saindo sangue e água. E o quadro é de fato completado por se afirmar que da mesma forma como Jesus ao terceiro dia ressuscitou o socialismo está prestes a ressuscitar. Eles colocaram uma guarda na sepultura do socialismo para que não ressuscitasse, não só inoculando o vírus do consumismo naquelas populações como filiando nações do antigo Pacto de Varsóvia na OTAN.

Mas chegou o tempo da ressurreição do socialismo. Deus permitiu que os homens deitassem mão em Jesus e o levasse à morte porque Jesus estava em um corpo mortal, mas carregando em oculto um segundo corpo, guardado para a ressurreição. Corpo de glória, incorruptível, que então iria atrair a si todos os homens. Mais do que isto, que iria impulsionar o devir histórico, pois o aparecimento do cristianismo forçou a transformação do sistema escravocrata em feudalismo, a Reforma Protestante ao protelar a ética católica transformou o feudalismo em capitalismo, e um judeu-luterano, Karl Marx, transformou este em socialismo. Na ressurreição de Jesus a História se tornou dinâmica, saltando da quantidade de gregos e romanos para a qualidade dos cristãos sempre superando a si mesmo, de forma permanente, nos seus altos e baixos. O novo socialismo que está batendo às portas há de refletir o Ressuscitado. Será novo socialismo, branco, incorruptível, não mais sujeito à morte e ao opróbrio dos homens. Um novo socialismo que não mai se engalfinhará, mas que transcenderá. Transcendendo as classes sociais há, então, de conduzir todos para fora de suas alienações na direção de um novo reino, realmente de liberdade, de igualdade, um reino fraterno. Trabalhadores e burgueses, ricos e pobres, serão todos destinatários do seu amor e do seu apreço. Serão todos educados para a nova sociedade. Como um formidável exército de formigas brancas, milhões – os mansos que Jesus disse herdariam a terra – está sendo preparados para no tempo certo então levar aos espíritos, a todos os espíritos, as novas transformações, que serão sociais, no campo econômico, no campo político, mas estas transformações foram o resultado das profundas transformações no espírito. Espíritos transformados então transformaram o social. O interior transformado então transformou o exterior. Odres velhos foram feitos novos para que então fosse deitado neles o vinho novo da nova sociedade. Lembrando que a chegada deste novo socialismo, deste novo tempo, em que os contrários são colocados a caminhar juntos, e a trabalhar juntos na construção de uma sociedade realmente fraterna, de justiça, de prazer, vem coroar a visão escatológica do profeta Isaías. Se os Árabes e Tomás de Aquino viveram os dias de Aristóteles e foi porta de entrada em que grassou o renascimento Greco-Romano, mudança de estação na História do Homem (mas os Cristãos e Agostinho viveram os dias de Akhenaton e foi porta de entrada em que grassou o renascimento Egípcio-Platônico, este tese, aquele, antítese), a verdade é que estamos nos dias do profeta Isaías, e é iminente um novo Renascimento, Judaico-Cristão, sintético, o início da caminhada do Milênio bíblico: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor deles. E a própria vaca e a ursa pastarão; juntas se deitarão as suas crias. E até mesmo o leão comerá palha como o touro. E a criança de peito há de brincar sobre a toca da naja; e a criança desmamada porá realmente sua própria mão sobre a fresta de luz da cobra venenosa. Não se fará dano, nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Javé assim como as águas cobrem o próprio mar. Isaías 11.

É verdade, o socialismo depois de uma ascensão meteoro acabou por cair. Está caído. Mas vai se levantar. Chegou o tempo de se levantar. E agora através das massas religiosas, e agora especificamente entre as massas evangélicas. No ventre de cada evangélico imperceptivelmente se desenvolve o socialismo. A qualquer momento descobre que está grávida dele. E Adamir Gerson vai fornecer bases científicas para que se compreenda porque o socialismo ou se levanta através dos evangélicos ou não se levanta de modo algum, porque essa militância de esquerda preocupada com a legalização das drogas, do casamento gay e etc, esta militância constrói tudo menos o socialismo.

Primeiro

Naquele ano de 1903 quando se deu, em Londres, o nascimento do bolchevismo, do Partido Bolchevique, na histórica votação que deu vitória ao Lênin sobre Pkekhanov, sendo de fato este o momento em que do ventre moderado menchevique nasceu o bolchevismo, ora, três anos depois, em Los Angeles, deu-se o nascimento do movimento pentecostal. De fato, naquele casarão situado na Rua Azusa, um templo metodista construído por episcopais metodistas afro-americanos e que se achava abandonado, o que de fato ocorreu foi que do ventre moderado metodista então nasceu o moderno movimento pentecostal em larga medida revivedor de John Wesley pai do Metodismo. De modo que Lênin esteve para Plekhanov como William Joseph Seymour esteve para Charles Parham.

Nascidos em tempo e espaço diferentes, e com objetivos diferentes, é possível afirmar um parentesco entre o movimento bolchevique e o movimento pentecostal seguramente os dois maiores movimentos sociais do século XX? Podemos dizer sim que os dois movimentos na verdade eram partes de um mesmo processo, o da redenção completa, primeiro dos trabalhadores, e depois de toda a sociedade. Podemos dizer sim os dois movimentos foi uma resposta de Deus aos trabalhadores de Tiago que iriam clamar contra os opressores, que reteriam seus salários (5), de modo que Deus respondeu a eles na criação do movimento bolchevique e do movimento pentecostal. Porque eles eram oprimidos, materialmente, mas também espiritualmente. O peso da opressão que pairava sobre suas vidas era pesado demais, a mão forte do Egito-Capitalismo, mas também a mão forte de Sodoma-Paganismo. Sofriam no corpo e sofriam na alma e Deus decidiu a sua libertação.

Bem, como nasceu mesmo o movimento bolchevique? Em 1903, tendo sido decidido pela realização do 2º Congresso do Partido Operário Social Russo, ocasião em que os revolucionários iriam decidir o rumo da revolução, então escolheram a cidade de Bruxelas como palco do Congresso. Um enorme casarão em Bruxelas foi enfeitado com bandeirinhas vermelhas. E durante os debates os ânimos entre os participantes se acirraram de tal maneira que uma barulheira de vozes, onde cada qual falava mais alto que o outro, acabou por incomodar a vizinhança que para se ver livre de tanto barulho de russos barbudos chamou a polícia. E a polícia, que já sabia da sua presença na cidade e rondava o local então determinou a sua expulsão. Expulsos de Bruxelas então tomaram o rumo de Londres onde o 2º Congresso do Partido Operário Russo foi realizado e deu a vitória aos partidários do Lênin.

E como nasceu o movimento pentecostal? As primeiras reuniões se deram na casa do casal Richard e Ruth Alberry. E em poucos dias a casa se tornara pequena demais, pois a novidade se espalhava e cada dia aumentava o número de pessoas que vinham para o local conhecer a novidade do falar em novas línguas, em línguas estranhas. E as pessoas que se reuniam ali foram tantas que parte da casa cedeu não suportando o peso, pois as pessoas tanto pulavam como se jogavam ao chão. Então saíram na procura de um novo local encontrando um templo metodista abandonado numa rua chamada Azusa. De modo que foi neste templo metodista abandonado, situado no número 312 da Rua Azusa que se deu o nascimento do movimento pentecostal, hoje cerca de quatrocentos milhões de fiéis no mundo, trinta milhões no Brasil.

Esta proximidade histórica de nascimento e este paralelo entre estes dois movimentos sociais que no século XX foram a esperanças de milhões de pessoas, somado ao fato de que seus dois líderes não só nasceram no mesmo ano, 1870, como viveram praticamente o mesmo número de anos, Lênin viveu cinqüenta e três anos contra cinqüenta e dois de William Joseph Seymour, ora, podemos dizer que há algo de mais profundo por detrás destas semelhanças? Sim, que na verdade o conceito de socialismo é muito mais amplo e transcende o modo como é conhecido nos meios acadêmico-intelectuais. O conceito de socialismo é um processo que se desenvolve em três momentos, na tríade hegeliana, tese, antítese e síntese. Ou seja: Socialismo ESPIRITUAL, Socialismo MATERIAL e por fim surge um novo sistema a soma dos dois, do referencial marxista chama-se COMUNISMO, e do referencial cristão, REINO DE DEUS. Comunismo é quando o socialismo no desenvolvimento interno de suas potencialidades supera a si mesmo emergindo em uma nova qualidade, nova figura de espírito, e Reino de Deus é quando o Cristianismo, no desenvolvimento interno de suas potencialidades, supera a si mesmo emergindo em uma nova qualidade, nova figura de espírito. Estes socialismos adjetivados representam “parcialidades” como tão bem reconhecido pelo apóstolo Paulo (ICoríntios 13.9), parcialidades que um dia iria se revelar em totalidade ao se encontrar e se fundir com a metade que lhe falta.

Ora, o que aconteceu naquele ano de 1903 em Londres quando nasceu o Bolchevismo e em 1906 em Los Angeles quando nasceu o Pentecostalismo foi que o Absoluto tirou de si mesmo o socialismo MATERIAL e o socialismo ESPIRITUAL e os plasmou no Partido Bolchevique e no Pentecostalismo respectivamente. Como tese e antítese.

Conhecemos sobremaneira o que é o socialismo material, a divisão justa entre todos da riqueza produzida por todos, culminando numa sociedade em que cada um tem segundo as suas necessidades, uma sociedade em que ninguém diz que as coisas que possui são suas, mas tudo pertence ao bem comum (Atos 4.32), bem, temos evidência de que se o socialismo material foi derramado entre os bolcheviques, o socialismo espiritual foi derramado entre os pentecostais naquele ano de 1906?

A verdade é que naquele ano de 1906 quando repentinamente nasceu o pentecostalismo a ele se dirigia pessoas de todas as raças, de todas as cores, de todas as condições sociais. E o que causou choque na ortodoxia americana foi saber que ali, no Templo da Rua Azusa, todos se reconheciam iguais. Ali se abraçavam brancos e negros, pobres e ricos, lavadeiras negras e patroas brancas, asiáticos e mexicanos, jovens negros e jovens brancos, se lançavam um no ombro do outro e se abraçavam e se reconheciam como irmãos.

É evidente que aquela igualdade que experimentavam ali no templo da Rua Azusa ou entre eles era passageira, porque iria chegar o momento do seu relacionamento material, e então iriam entrar na desigualdade do capitalismo. E isto fazia seus espíritos um ser anfíbio vivendo e tergiversando entre dois mundos. E um dia esta contradição iria ser superada com a comunidade dos crentes, ao lado da igualdade espiritual, passando também a ter a igualdade material. Seria este o momento de sua plena felicidade, não só da comunidade dos crentes, mas também da comunidade dos socialistas porque também eram seres anfíbios vivendo e tergiversando entre dois mundos.

César Benjamim, Adamir Gerson acabou de expor os nascimentos do movimento bolchevique e movimento pentecostal, de como os dois portavam a redenção da humanidade, primeiro dos pobres e depois de todo o conjunto da sociedade, redenção espiritual, contra as promiscuidades da carne, o Pentecostalismo, e redenção material, contra as promiscuidades do dinheiro, o Socialismo. Após ter estabelecido esta gênese comum, que do ponto de vista teológico é a gênese comum de Jacó e Esaú, Jacó o movimento pentecostal e Esaú o movimento do socialismo, Adamir Gerson vai se aprofundar ainda mais na questão. E agora trazendo a lume a importância histórica do movimento pentecostal, uma importância que não se inaugurou, mas que está prestes a se inaugurar.

Na queda do socialismo surgiram muitas explicações do porque da sua queda. O termo “queda” não faz parte do léxico do socialismo celestial, porque na verdade o socialismo não caiu, mas se recolheu ao casulo de sua existência para se levantar em uma nova figura de espírito. Cumprira, esgotara a sua missão, que era propedêutica e não finalística. O socialismo iria se manifestar na terra em dois momentos, num primeiro momento libertador de uma classe social e num segundo momento libertador de todas as classes sociais.

Estes dois momentos de certa forma se acham em potência em Marx. Porque se acham em ato em Hegel e Marx deva ser visto como um giro de 180 graus que o Absoluto, em Hegel, deu. Ora, segundo Hegel o Absoluto carregava a missão da redenção universal, mas primeiro teria que redimir-se a si mesmo, pelas suas próprias forças, não contando com a ajuda de ninguém, e depois iria se lançar a uma nova libertação e agora a libertação da inteira humanidade. Marx toma esta proposição de Hegel, faz dela a sua proposição, e no lugar do Absoluto então coloca o Proletariado. A Classe Trabalhadora. Para Marx quem carregava a missão da redenção universal era o Proletariado, mas primeiro o Proletariado teria de redimir-se a si mesmo, pelas suas próprias forças, não contando com nenhuma ajuda desta terra.

De modo que devemos entender a “queda” do socialismo como algo perfeitamente natural e necessário, posto que o socialismo real esgotara todas as suas potencialidades e missão, e a sua queda se fazia necessário para que este seu outro lado, oculto, então se manifestasse. E Adamir Gerson afirma que tem chegado o tempo deste outro momento do socialismo, que ao grosso modo, podemos dizer é negação do Marxismo na mesma proporção em que o cristianismo foi negação do judaísmo.

E é agora que vamos compreender a importância do movimento pentecostal porque será a partir dele que se dará a ressurreição do socialismo. O movimento religioso de 1906, da Rua Azusa, foi mantido em reserva por Deus para quando chegasse o seu dia. Iria chegar o dia de um novo socialismo e este novo socialismo iria nascer a partir das massas pentecostais, o Jacó para o Esaú bolchevique. A presciência de Deus sabia da transitoriedade do socialismo do sexteto Marx – Engels – Lênin – Trotsky – Stálin – Mao. Iria se esgotar. E quando se esgotasse então iria acionar um novo socialismo que no lugar de trabalhar com a luta de classe iria então trabalhar com a transformação de classe; no lugar de tomar o lado de uma classe social contra outra classe social iria tomar o lado de todos os envolvidos na contradição contra o Pecado. O novo socialismo iria trabalhar e moldar os espíritos, os limpando cada vez mais do egoísmo, e no lugar do amor ao dinheiro iria então colocar o amor ao próximo, começando pelo próximo mais próximo, o próximo necessitado. A máxima que Jesus colocou na boca de Paulo: Nós, porém, os que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos que não são fortes, e não estar agradando a nós mesmos, iria tomar o lugar desta máxima do capitalismo em que os fortes procuram os fracos para se locupletar. De modo que se hão filosofias que afirmam que modificações no material provocam modificações no espiritual, na consciência, no modo de ver e sentir o mundo, também vale a recíproca, mudanças no espiritual, na consciência, provoca também mudanças no material.

E ninguém deve confundir o socialismo celestial com a social-democracia. A social-democracia pertence ao espectro ideológico, ao passo que o socialismo celestial transcende as estruturas ideológicas. A social-democracia procura conciliar trabalho e capital criando um espaço onde cabem os dois. Cria linhas demarcatórias onde um garante a sobrevivência do outro. Não é assim com o socialismo celestial que há de continuar a luta para uma terra sem explorados e sem exploradores. Não lançando mão das armas do Marxismo, é evidente, mas lançando mão do poder transformador do Evangelho. De forma pacífica, com generosidade, mais e mais a sociedade irá sendo conduzida para o patamar em que não há classes sociais e não há privilégios.

Lúcio Junior Espírito Santo

César Benjamim: conhecemos o trabalho de pássaros e do próprio vento ao transportar sementes de um lugar a outro. E as sementes transportadas caindo em terra fértil então vingam dando seus frutos. Pois é, Lúcio Junior Espírito Santo, professor da área de Filosofia em Bom Despacho, Minas, e proprietário do Blog Revista Cidade Sol fez chegar até Adamir Gerson uma postagem envolvendo o nome do candidato a Vice nas eleições presidenciais de 2002, ao lado de Heloisa Helena, César Benjamim, e o nome do senador Marcelo Crivela. Como profeta do Altíssimo, e sabedor de que Deus se prepara para levantar todo o povo evangélico na causa do socialismo, e sabedor de que a Palavra de Deus vaticinou o aparecimento do povo marxista na cena da História, o vaticinando como se manifestou, um povo que não iria dobrar o seu joelho diante de Deus, não iria invocar o nome de Deus, não iria ter tratos com o religioso, não iria prestar reverência ou homenagem a sacerdotes (Isaías 65; Mateus 21.43; Apocalipse 14.4), mas um povo ao serviço do Reino (Mateus 25.40), e a mesma Palavra trazendo um segundo momento em suas vidas, quando então iriam se acordar para Deus (Isaías 66.14), para ouvirem e compreenderem o maravilhoso: Vinde benditos de meu Pai e possuí por herança o reino vos preparado desde a fundação do mundo, ora, sabedor de que as “outras ovelhas” que Jesus disse as tinha em outro aprisco e convinha agregá-los em um só aprisco, no mesmo aprisco, estas “outras ovelhas” era mesmo o povo marxista, ora, a postagem escrita e com testemunho de César Benjamim envolvendo ele e a figura do senador Marcelo Crivela fez ascender em Adamir Gerson uma grande luz, que este diálogo e trabalho conjunto entre o marxista César Benjamim e o evangélico Marcelo Crivela já era Deus se preparando e tomando as medidas iniciais para levantar o novo socialismo, um novo movimento, que será maior, muitíssimo mais forte, do que todas as grandes giestas do socialismo marxista no século XX. Porque este novo movimento é simplesmente o aparecimento na História daquilo que o profeta Isaías chamou de “A Esplêndida Superioridade de Javé”.

Vou transcrever e comentar a postagem que recebi do Lúcio Junior Espírito Santo, escrita por Cesar Benjamim.

Eu conheço Crivella. Diversas vezes me demonstrou seriedade, em contextos que nada tinham a ver com campanha eleitoral. Quem acha que os movimentos evangélicos – que reúnem dezenas de milhões de brasileiros – são apenas picaretagem não conhece como o nosso povo vive, como se organiza, que necessidades (materiais e espirituais) tem. Basta se aproximar um pouquinho dessas pessoas para conhecer inúmeras histórias de solidariedade e de superação, de genuíno amor ao próximo, vividas por gente simples, anônima e pobre, os grandes perdedores do sistema atual.”

Essa visão de César Benjamim sobre os evangélicos é impossível de ser encontrada nos intelectuais, ao menos os de escalão médio-alto para baixo. Quando se fala nos evangélicos o cheiro que invade suas narinas é o de homofobia. Para estes intelectuais, evangélico é sinônimo de homofobia. Para além da homofobia não enxergam nada nos evangélicos, absolutamente nada, formando um par e unidade com certos religiosos que reduz o marxista ao ateísmo. A riqueza de vida que está no evangélico e a riqueza de vida que está no marxista escapam a estas mentes estreitas e preconceituosas. Que fala daquilo que não viu, que não sabe, e nunca foi lá. O testemunho de César Benjamim é o resultado da experiência, de quem foi lá, viu, e sabe do que está falando. Tem uma visão correta do que seja o povo evangélico um povo em busca de sua emancipação enquanto seres humanos. Destarte, um povo que não se refugia no divertimento para fugir das dificuldades da vida, mas um povo que foge do divertimento para enfrentar as dificuldades da vida.

E é também elogiosa a postura do senador Marcelo Crivela, primeiro, em reunir pessoas para receberem aula de política e cidadania – o que partido de esquerda nenhum faz –  e, segundo, em convidar para ela um professor com história de vida no Marxismo e na luta contra o capitalismo.

Não resta a menor dúvida que este novo socialismo, este novo tempo, há de nascer da convergência de marxistas como César Benjamim e de evangélicos como Marcelo Crivela. E podem sim ser modelo e protótipos de um novo tempo.

Segundo

Fiz esta primeira abordagem do Pentecostalismo, em que o mesmo foi apresentado como tendo uma gênese comum com o nascimento do socialismo bolchevista; que o socialismo bolchevista iria começar uma caminhada de libertação e que naturalmente iria se esgotar, e então iria ter o lugar ocupado pelo Pentecostalismo que, com armas novas, novo gás, iria então consumar a sua luta construindo uma terra fraterna, de irmãos, sem explorados e sem exploradores. E agora vou abordá-lo numa outra perspectiva.

Quando o PT nasceu no começo da década de 80 é um fato que seu nascimento se deu da união dos católicos com a esquerda política. Mas também é um fato que o PT ao menos no seu nascimento excluiu o Pentecostalismo. Como naquele início da década de 80 a igreja católica estava sensivelmente preocupada com o aumento dos pentecostais, as Cebs trabalharam para que o PT não se abrisse para os pentecostais senão que para os evangélicos tidos como progressistas. Todavia, ao lado do crescimento do PT também se verificou um crescimento exponencial dos pentecostais nestes vinte e cinco anos mais que dobrou a sua população.

Antes de prosseguir vou abordar um trabalho feito por volta do ano de 89, 90. A sua abordagem ajudará a compreender este novo momento que está batendo às portas.

No trabalho feito no ano de 89 ou 90 Adamir Gerson lançou mão de uma metáfora para apresentar o nascimento do PT. O PT fora uma nave que se levantara do solo sagrado de São Bernardo do Campo com destino a um Brasil e a uma terra de gente de rosto feliz. E no trabalho foi dito que a nave fora levantada por um foguete de dois estágios, o primeiro contendo combustível marxista e o segundo contendo combustível hegeliano. E era dito que a nave só iria até um certo patamar e dali não avançaria mais. E quando o combustível do primeiro estágio do foguete estivesse acabando e a nave ameaçando cair, matando todos os seus ocupantes, então no ínterim o segundo estágio do foguete iria ser acionada; e a nave, com gás novo, e livre do peso da carcaça do primeiro estágio, iria novamente se reequilibrar e novamente seguir firme ao seu destino de origem, a construção de um novo Brasil e de uma nova terra.

Portanto peço neste momento tanto a César Benjamim como a Marcelo Crivela que meditem profundamente sobre esta metáfora. Tem chegado o tempo de se criar um novo movimento político. O PT se esgota ou se esgotou. O povo quer mudança, e não mudança para pior, encarnada pelo Aécio e pela direita golpista, mas mudança para melhor. E posso dizer para César Benjamim e para Marcelo Crivela que este novo existir político há de nascer a partir das massas pentecostais.

O PT de início da década de 80 era um partido popular, voltado para a organização popular. Em todos os pontos do país o PT organizava simpósios, trabalhos de esclarecimentos políticos, e para eles trazia as massas populares. Mas isto se dava não por conta dos marxistas, mas por conta das Cebs católicas. Quem fazia este trabalho eram as Cebs católicas causando ciúme nos marxistas que passaram a desacreditá-los e procuraram desqualificá-los como um grupo marginal chamando-os pejorativamente de “igrejeiros”. Não resta a menor dúvida que este novo existir político vai reviver o PT do início da década de 80, mas avassaladoramente maior. As massas pentecostais estão para as Cebs como uma bomba atômica está para uma banana de dinamite. A revolução molecular, que Leonardo Boff sonhou seria feita pelas Cebs católicas, ela será feita pelas massas pentecostais. Os pentecostais estão a um passo de serem arrebatados do domínio da direita e levados para construir o novo socialismo. Estão a um passo de serem transformados num abrir e piscar de olhos, e compreender claro como o dia que a luta do socialismo é luta de Deus, é Deus lutando novamente contra o Egito. Que, se ontem, lançando mão dos marxistas, Deus lutou contra o Egito Menor, o capitalismo, agora, lançando mão dos cristãos, Deus vai lutar contra o Egito Maior, o amor ao dinheiro que tem invadido todas as mentes e todos os corações com tudo sendo objeto de comércio e de barganha.

A Questão do Neo-Pentecostalismo

César Benjamim até aqui tratamos do Pentecostalismo. Mas, nos últimos quarenta anos começou a surgir um movimento que pareceu uma metamorfose na base do Pentecostalismo, o Neo-Pentecostalismo. O fato de enfatizar a busca da felicidade na aquisição e pertença de bens materiais o Neo-Penecostalismo se tornou alvo de muitas críticas e até mesmo de muita ira. O Neo-Pentecostalismo passou a ser visto a invasão do capitalismo sobre o universo Pentecostal.

Mas, o Neo-Pentecostalismo deva ser visto como parte do processo e necessário à plena manifestação do Reino. Simplesmente porque o Pentecostalismo foi revivência histórica do cristianismo primitivo, aquele que saiu da pena de Paulo apóstolo; e, como tal, o Pentecostalismo foi um movimento avesso ao mundo. O escopo do Pentecostalismo foi passar por este mundo sem pecado para ter direito á vida eterna. As palavras que Engels dirigiu ao cristianismo primitivo se encaixam perfeitamente no Pentecostalismo.

De modo que o Neo-Pentecostalismo despertando no crente o interesse pelos bens materiais, passando pelo capitalismo, isto iria fazer com que chegasse fatalmente no socialismo a negação que se forma na base do capitalismo. Iriam mesmo descobrir que o material que completa o seu ser é o socialismo e não o capitalismo.

Como a pregação neo-pentecostal praticamente invadiu todas as igrejas evangélicas isto significa dizer que quando surgir um trabalho novo, levando a idéia de socialismo para dentro dos meios evangélicos, de imediato irão se despertar, se acordar, que estão de posse de uma contradição, no espiritual servindo a Deus, mas no material servindo a Mamom. Um pé na Nova Jerusalém e outro no Egito. Esta compreensão virá no exato momento em que se acordarem para a essência do socialismo.

Então a verdade é que todo o universo evangélico se acha preparado para as boas novas: Mete a tua foice e ceifa, pois chegou a hora para ceifar, porque a colheita da terra está inteiramente madura. E o sentado na nuvem meteu a sua foice na terra e a terra foi ceifada. Apocalipse 14.14-16.

PSOL ou PAREPAR?

César Benjamim: és um militante de esquerda que não somente participou da criação do PT como também da criação do PSOL. O PSOL nasceu porque militantes do PT entenderam que o partido estava saindo dos trilhos abandonando a sua ideologia e seu projeto inicial de lutar para o fim do capitalismo e dar o poder aos trabalhadores.

O que estes militantes queriam é que o PT permanecesse fiel aos princípios do Marxismo.

Mas o nascimento do PT deva ser visto um movimento novo na base da própria revolução. O PT foi sim a revolução que entrou em transformação para se levantar em nova figura revolucionária. Posto que a revolução é tão somente que o Absoluto está recapitulando os passos que deu com o Judaísmo e o Cristianismo. Este movimento da terra em torno do sol, depois de passar pelo inverno e primavera e ter produzido botão e flor, e depois seguir pelas estações do verão e do outono, produzindo o fruto verde e o fruto maduro, ora, a verdade é que o Judaísmo e o Cristianismo foram respectivamente este botão e esta flor, mas o Marxismo foi a sua continuação, produzindo então o fruto, fruto verde, e no seu outono produzindo o fruto maduro.

A revolução não é um ato estático, mas um processo altamente dinâmico. A Revolução é tão somente a continuação da idéia de Redenção, no plano político-materialista, recapitulando as três etapas da Redenção no plano religioso-teológico. As três fases da Redenção no plano religioso-teológico: JUDAÍSMO, ESSENISMO E CRISTIANISMO. Ora, o Marxismo claramente é recapitulação do Judaísmo, a Escola de Frankfurt claramente recapitulação do Essenismo e o novo socialismo que está prestes a nascer para o mundo a partir do Brasil será recapitulação do Cristianismo. Os essênios foram elo de ligação entre o judaísmo e o cristianismo e a Escola de Frankfurt é elo de ligação entre o Marxismo e o novo socialismo que pode acertadamente ser chamado de Reino de Deus.

Então, César Benjamim, o PT nasceu para ser este elo de ligação, entre o judeu Karl Marx e o judeu Jesus. O PSOL não compreendeu isto, mas tentou um retorno ao judeu Karl Marx.

Bem, se não foi o PSOL a alternativa ao PT quem seria então? O PAREPAR, PArtido da REconstrução do PAraíso.

Quem vai ocupar o lugar do PT não será o PSOL e nem serão os tucanos, mas o PAREPAR.

O PAREPAR aprofunda o nascimento do PT. O PT nasceu da soma dos católicos progressistas com marxistas, mas o PAREPAR há de nascer da soma dos evangélicos com o povo socialista. Com os evangélicos tendo a missão de trazer para ele os carismáticos católicos e os socialistas tendo a missão de trazer para ele a Teologia da Libertação. O PAREPAR deve ocupar o seu lugar em 2018 elegendo uma dobradinha que pode ser entre Cristovam Buarque e Marina Silva, entre Cristovam e Crivela, entre Cristovam e Heloisa Helena ou mesmo entre Cristovam Buarque e César Benjamim (o Lúcio Junior Espírito Santo que não tem interesse por eleição elegeria a dobradinha Cristovam-Benjamim). Já foi lançado o embate para 2018 entre Lula e Serra, mas assim como o Lênin naquele final de 1917 engoliu tanto os mencheviques como os cadetes esta dobradinha do PAREPAR há de engolir em 2018 tanto os mencheviques brasileiros, o PT, como os cadetes brasileiros, o PSDB.

César Benjamim

Ora, se César Benjamim foi um homem que trabalhou na criação do PT e na criação do PSOL Adamir Gerson está agora se dirigindo a César Benjamim para que tome nas mãos a missão da criação do PAREPAR. Exponha as propostas para o Crivela e procura alavancar apoios. Ou será o PAREPAR ou será o tédio de mais uma polarização em 2018. E O PAREPAR pode sim ser criado e já participar das eleições de 2016. Pode conquistar muitas prefeituras e fazer muitos vereadores. E explodir no ano de 2017 e 2018 quando se completa o centenário do triunfo da Revolução.

Marina Silva disse que os evangélicos eram imaturos politicamente. E é uma grande verdade. Mas caberá a nós dar-lhes consciência política, mostrar a eles claro como o dia que o caminho que tem de tomar é o do socialismo com objetivos a ser alcançados no curto, no médio e no longo prazo.

César Benjamim: estou sem tempo e tenho que ir trabalhar fora, no Paraná. Devo ficar fora uns vinte dias. Mas vou deixar para a vossa análise o trabalho O APARECIMENTO DO VERDADEIRO. Talvez ele explique porque o PSDB não ganhou. Há um processo dialético para o nascimento do Governo de Cristo, e do PT não se volta para os tucanos, mas se dá um salto de qualidade. Segue o trabalho e abraços. Na volta trago informações mais detalhadas, principalmente sobre a base filosófica do PAREPAR que é uma síntese do Idealismo com o Materialismo, do Teológico com o Antropológico. Eva é este teológico, é este Idealismo, é este cristianismo, e Adão é este antropológico, este Materialismo, é este socialismo. Eva é a IGREJA e Adão o SOCIALISMO. O PAREPAR há de unir a Igreja e a Universidade, o Sacerdote e o Mestre. Há de unir Educação e Evangelho. O giz será mais forte e mais poderoso que o fuzil.

Antes de finalizar eu queria passar algumas informações que ajudam a compreender esta nova visão filosófica do mundo e da História, que não é construção subjetiva, mas tão somente o resultado do movimento do Absoluto que está saindo do seu existir antitético para entrar no seu existir sintético. A essência do pensamento de Marx:

MATERIALISMO HISTÓRICO: Comuna Primitiva (K. Marx) – escravatura, animismo, feudalismo, capitalismo, Socialismo, COMUNISMO.

ESPIRITUALISMO HISTÓRICO: Monoteísmo Primitivo (W. Schmidt) – animismo, totemismo, fetichismo, politeísmo, Judaísmo, CRISTIANISMO. Daqui a uns vinte dias volto e dou prosseguimento, e espero que quando voltar Cesar Benjamim já esteja de posse da frase: ontem foi o Partido Comunista, hoje é o PT e amanhã será o PAREPAR. Um amanhã que começa ainda no ano de 2014, porque tudo que aconteceu em 1917 e 1918 começou a sua preparação em 1914 quando estourou a Primeira Guerra Mundial.




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Novamente a Questão de Kornilov

Novamente a Questão de Kornilov

Na presente eleição Adamir Gerson fez trabalho abordando o PT e o PSDB e os apresentando como sendo revivências históricas dos mencheviques e cadetes russos respectivamente. E no trabalho dizia que o Brasil carregava um estigma, no Brasil não se passava de Kerensky (mencheviques) para Lênin, mas para Kornilov, e um Kornilov que dava certo. De modo que no trabalho dizia que foi assim com o Kerensky Getúlio Vargas, com o Kerensky João Goulart e tudo poderia se repetir com o Kerensky Lula.

Consciente de que o PT e o PSDB eram os mencheviques e cadetes respectivamente, mas convicto de que este estigma será quebrado, chegará um momento em que o Brasil passará para o Lênin, então Adamir Gerson começou a fazer trabalhos em prol da candidatura de Marina Silva. Como Adamir Gerson tem consciência, convicção e conhecimento de que o fim último é o socialismo se levantar, mas agora através das massas religiosas cristãs, em especial as massas evangélicas, e no meio delas com mais especialidade as massas pentecostais, ora, vendo nas massas pentecostais uma revivência histórica das massas bolcheviques, e estas igrejas evangélicas espalhadas por todos os lugares embriões de sovietes, então Adamir Gerson acreditou que Marina Silva poderia se sair vencedora e ser quebrado o estigma de Kornilov e o Brasil passar a estar sob domínio do brasileiro.

É preciso esclarecimento: Adamir Gerson não fez previsão ou profecias de que Marina ganharia, mas elaborou trabalhos para que o mesmo fosse colocado em prática; e seria este trabalho quem daria a vitória para Marina Silva. O trabalho significava literalmente a entrada de Deus na vida política brasileira através daquilo que chamava de “Governo de Cristo”. Todo o Brasil teria de saber que o Governo do Lênin na Rússia na verdade já foi governo de Deus, governo do Reino, mas pelo lado da lei. A volta do Lênin do exílio e a sua união com Trotsky e os dois fazendo a revolução e principiando a guiar as massas trabalhadoras para fora de sua opressão (Tiago 5.4) na direção do socialismo, para o lugar que tempos antes Marx acreditou seria de descanso dos oprimidos pelo capitalismo, tal foi o antítipo do momento em que Moisés voltou do exílio e após se juntar a Arão então foram quebrar as algemas de Faraó e guiar os escravos hebreus na direção de Canaã, para o lugar que tempos antes Abraão creu seria de descanso de sua descendência oprimida e peregrina. De modo que assentou de forma clara que o Lênin brasileiro era uma repetição do Lênin russo na forma e não no conteúdo. Quer dizer, como no fundamento tipológico houve a passagem da Lei para a Graça, de Moisés para Jesus, do Judaísmo para o Cristianismo, esta mesma mudança iria acontecer agora. O Lênin brasileiro não era mais repetição de Moisés e do Judaísmo, mas de Jesus e Cristianismo. Novo tempo, novo socialismo, em que a violência revolucionária daria lugar ao amor revolucionário, a Educação à imposição, e com clareza o Evangelho no lugar de muitas coisas.

Mas, as propostas de Adamir Gerson que na prática significa a entrada do Lênin brasileiro em ação, e Marina Silva era o seu instrumento, não foram aceitas. Um peixe fora da água. A proposta já surgiu no dia seguinte à morte de Eduardo Campos. Adamir Gerson elaborou as propostas e as enviou para o Pastor Jesiel Padilha, em Santos. Dirigente dos evangélicos em toda a Baixada Santista ele tinha como colocar em ação as propostas enviadas. E as propostas naquele dia após a morte de Eduardo é que Jesiel Padilha reuniria os Pastores da Baixada e então lançaria um Manifesto para todo o Brasil, Eduardo morreu para que entrasse em ação o Lênin brasileiro que tem de se manifestar no levantamento político das massas evangélicas. E no levantamento do Lênin brasileiro até constava que seriam realizados doze comícios em doze dias consecutivos nos doze Estádios que abrigaram jogos da Copa do Mundo. Multidões acorriam aos Estádios impactando toda a sociedade brasileira. E panfletos curtos seriam feitos e distribuídos pelas massas evangélicas em toda a sociedade, um atrás do outro, até que a vitória tornaria irreversível. Mas a fé de Jesiel Padilha foi depositada em Marina Silva e não se interessou em nada das propostas novas. E Adamir Gerson tentou também com um militante do partido Rede Sustentabilidade em Caratinga, Joel Moreira, que também não se mexeu no sentido das boas novas serem levadas adiante preferindo confiar unicamente em Marina Silva e não na entrada de Deus no processo político brasileiro. Logicamente que o Lênin brasileiro não era Marina Silva, mas, sim o trabalho de Adamir Gerson. E o Lênin brasileiro não entrando em ação, que iria suprir todas as deficiências da candidatura de Marina – partido pequeno e sem representatividades nas maiores cidades brasileiras, e pouco tempo na Televisão – então Marina subiu, mas depois despencou. O Espírito se retirou.

O Kornilov Brasileiro

Mas, vamos voltar à questão do Kornilov que foi dito, repetidas vezes, na Rússia foi um fiasco, mas no Brasil sempre sucede o Kerensky. O Brasil corre o risco de mais uma vez ver um Kerensky ser sucedido por um Kornilov como aconteceu com Getúlio e Jango? Uma vitória de Aécio seria mais uma vez a vitória de um Kornilov brasileiro? Aécio é este Kornilov? Ora, Kornilov foi criado pelas elites dominantes russas, pelos cadetes, pelos comandantes militares, pelos britânicos, que quiseram reconquistar o poder que então estava nas mãos dos mencheviques. Os cadetes assumiram o comando o Governo Provisório na queda do Czar, mas em abril perdeu o poder para os mencheviques, e naquele setembro de 17 tentou reconquistá-lo fomentando e apoiando o levante do ambicioso Kornilov. O PSDB que perdeu o poder para o PT pode reconquistá-lo através deste um que tem as características de Kornilov? Aécio pode vencer e o Brasil vai retornar novamente para as mãos das forças da direita?

A situação está complicada, e uma vez que a maioria esmagadora dos votos de Marina são votos evangélicos e uma vez que a sua maioria esmagadora está sob domínio da direita política, a lógica é que a maioria dos votos de Marina vá para Aécio. E Aécio pode ganhar.

Mas trabalhar o Lênin brasileiro que dia mais dia menos ele se encaixa, entra em ação. E o caminho agora é criar o PAREPAR, PArtido da REconstrução do PARaíso, que, ao contrário de todos estes partidos de esquerda, partidos mortos, que não dão consciência do socialismo para as massas populares, o ênfase de sua luta é matérias polêmicas como legalização das drogas, descriminalização do aborto, casamento gay, o PAREPAR terá a missão de levar às massas populares a conscientização política. De forma hegeliana unificar toda a História, com as mentes e os corações compreendendo claro que o cristianismo e o socialismo são partes do mesmo processo histórico, processo histórico da Redenção. A Redenção se consuma na união do povo cristão com o povo socialista.

Para encerrar Adamir Gerson não votou, seu domicílio eleitoral é em uma cidade distante 100 quilômetros e sua condução fundiu o motor e ficou sem ir votar. Mas se tivesse votado seu voto seria este: MAURO IASI, PADILHA, SUPLICY, DONIZETE, federal do PSOL, e um jovem candidato a deputado estadual que votaria nele porque deve favor ao seu pai. E votaria no Donizete do PSOL porque é da cidade. Embora goste de três candidatos que não tinha como votar neles, Soldado Márcio, de Bauru, Ed Thomas (eleito) e o Fábio Sato também da cidade

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Lula Inácio, Adamir Gerson e Silvio Santos

Lula Inácio, Adamir Gerson e o Silvio Santos

Dois trabalhadores. Dois filhos de pais nordestinos. Os pais de um vieram do Estado do Pernambuco em caminhões paus-de-arara para o Estado de São Paulo; os pais do outro vieram do Estado de Alagoas em caminhões paus-de-arara para o Estado de São Paulo. Os dois trabalharam no ABC paulista, Lula Inácio em Aço Villares como torneiro mecânico e Adamir Gerson na Chrysler como conferencista de peças para uma Transportadora da Mooca. Os dois tiveram a mesma escolaridade, Lula concluiu o Segundo Grau pelo Ensino Supletivo e Adamir Gerson concluiu o Segundo Grau pelo Ensino Supletivo na Escola Rio Branco em São Caetano do Sul. Depois que concluiu o Segundo Grau Lula Inácio nunca mais voltou a estudar; depois que concluiu o Segundo Grau Adamir Gerson nunca mais voltou a estudar. No final da década de 80, Lula Inácio foi levado por mãos sacerdotais para os bancos da Igreja Matriz de São Bernardo do Campo, e no seu ventre fez o seu nascimento político refletindo o judeu Karl Marx como as duas mãos dos trabalhadores; no final da década de 80 Adamir Gerson foi levado por mãos angelicais para o ventre da Igreja Assembléia de Deus e no seu ventre teve o seu nascimento político refletindo o judeu Karl Marx e o judeu Paulo as duas mãos do judeu Jesus Cristo.

Para tudo há um tempo debaixo dos céus. O tempo de Lula está passando, deve passar neste final de outubro. Forças obscuras se preparam para dar a vitória para o Kornilov. Estão criando um rolo compressor para a volta dos cadetes explorando o sentimento do povo que enquanto houver a exploração do homem pelo homem será sempre por mudança. Seria bom que este Kornilov e estes cadetes tivessem o mesmo destino que tiveram aqueles nas mãos de Lênin e Trotsky. E irão ter. Se lograrem êxito, devem lograr êxito, porque no Brasil Kornilov sempre logrou êxito, seu domínio será curto, como curto foi a festança em torno de Kornilov. Porque no seu calcanhar estará aparecendo o Lênin brasileiro. O Lênin brasileiro estará aparecendo no exato momento em que intelectuais e trabalhadores conscientes entenderem que se esgotou o tempo do operário filho de pais nordestinos que vieram do Estado do Pernambuco e que agora é tempo do outro operário, filho de pais nordestinos que vieram do Estado de Alagoas, sim, daquele que no ano de 1973 foi para a região do ABC paulista para trabalhar e sobreviver, trabalhando como cobrador de ônibus e depois como conferente de peças de automóveis, porque seu pai abandonara a família deixando sua mãe com dez filhos quase todos pequenos, de modo o que era duro ficou mais duro ainda.

O Kornilov está todo confiante na sua vitória. Há um séquito preparando a sua vitória. Mas o Lênin brasileiro pode estar também chegando. A rigor, ele está chegando. Deve estar chegando, porque Silvio Santos, não aquele que há um tempinho quis disputar a Presidência da República, mas Silvio Santos que disputou a eleição no Estado de Pernambuco como Vice-Governador na chapa encabeçada por Pantaleão, ambos do PCO, está demonstrando grande interesse na criação do PAREPAR, PArtido da REconstrução do PAraíso. Grande admirador de Martin Luther King e de Dom Helder Câmara, e tendo enxergado no PAREPAR a presença viva deste líder protestante, Martin Luther King, e deste líder católico, Dom Helder Câmara, Silvio Santos está tendo a forte intuição de que o PAREPAR pode estar chegando para ocupar o lugar do PT assim como Lênin e os bolcheviques ocuparam o lugar de Kerensky e dos mencheviques. A História não pára. Quando se perde é então que se está ganhando. E a força que faltou ao PT para criar um novo Brasil, um Brasil de gente de rosto feliz, ela pode estar no PAREPAR. A força do PAREPAR é avassaladora, não apenas para conter o ambicioso Kornilov, esse pobre Kornilov, mas para livrar a terra inteira do domínio nefasto desta nação que onde seus pés têm pisado tem deixado um rastro de destruição e de sangue, e de muita dor, nação esta que não ficará impune, porque também foi alvo da visão profética do profeta Isaías quando este hebreu iluminado vasculhava o futuro da História e então a encontrava prostrando nações e reis. Mas também viu o seu fim, a sua queda: E terá de acontecer, no dia em que Javé te der descanso da tua dor, e da tua agitação, e da dura escravidão em que foste escravizado, que terá de encetar esta expressão proverbial contra o rei de Babilônia e dizer: Como cessou aquele que compelia outros a trabalhar, como cessou a opressão! Javé destroçou o bastão dos iníquos, a vara dos governantes, aquele que incessantemente golpeava povos em fúria com um golpe, aquele que subjugava nações em pura ira, com perseguição sem freio. A terra inteira chegou a descansar, ficou sossegada. As pessoas ficaram animadas, com clamores jubilantes. Até mesmo os juníperos se alegraram de ti, os cedros do Líbano, dizendo: Desde que te deitaste não sobe contra nó nenhum lenhador. 14.

O interesse do marinheiro Silvio Santos pela criação do PAREPAR deve servir de marco para muitos trabalhadores. Quando dava os primeiros passos para organizar a URSS Lênin lançou apelo para que a visão religiosa de grande parte dos líderes bolchevique não tivesse acento nas decisões do partido. Entendia que o ateísmo e a iconoclastia de líderes revolucionários, poderiam causar divisões entre as massas trabalhadoras com prejuízo irreparável para a revolução. O seu apelo foi em vão. Então foi a vez dos primeiros luminares da Escola de Frankfurt, em especial Horkheimer, lançar um veemente apelo: ou a revolução se livra da anti-religião presente no Partido, e até mesmo em programa de governo, ou irá se apartar das massas. Na visão destes luminares, religião e Deus eram conceitos inseparáveis das massas populares e que o caminho não era lutar para eliminá-los do espírito das massas, mas, sim, trabalhá-los positivamente no seu espírito. Se as massas entendiam Deus e religião como instâncias que as alimentava espiritualmente então o caminho era traçar um paralelo entre Deus e o socialismo e mostrar a elas a real presença de Deus no socialismo.

Mas para tudo há um tempo debaixo dos céus. A escatologia do profeta Sofonias mostra com clareza meridiana Deus fazendo pesado ajuste de conta com o conjunto da obra. A ira de Javé. O seu dia de ira. Não só o rei, os filhos do rei, os que usam vestuário estrangeiro (burguesia), os que pesam a prata (comerciantes), os poderosos, mas também os sacerdotes iriam sofrer nas mãos de Deus. Todos os sacerdotes, tanto os sacerdotes de deuses estrangeiros, que fazem juramento a Malcão, como também os sacerdotes que fazem juramento a Javé, iriam sofrer nas mãos de Deus – Cala-te diante do Soberano Senhor Javé; porque está próximo o dia de Javé, pois Javé preparou um sacrifício; ele santificou os seus convidados. Ora, uma vez que a revolução foi este sacrifício de Javé, este dia da ira de Javé, então temos de compreender a necessidade do ateísmo e da anti-religião marxistas. Eram o instrumento com os quais cumpria a sua santa e bendita Palavra.

Mas a escatologia do profeta Sofonias não tinha um fim em si mesmo. Era propedêutica. Era uma ponte para a escatologia do profeta Isaías. E se a escatologia do profeta Sofonias foi concebida a partir dos fundamentos tipológicos da destruição de Judá e Jerusalém pelo rei caldeu Nabucodonozor, quarenta anos antes destes acontecimentos, a verdade é que a escatologia do profeta Isaías foi concebida a partir dos fundamentos tipológicos da conquista de Babilônia por parte do rei persa Ciro, quase duzentos anos antes destes acontecimentos. A Escatologia-Revolução teria este curso, sofreria esta metamorfose, da destruição de Nabucodonozor para a libertação de Ciro. De se castigar impiedosamente os filhos da rebeldia para tratá-los com amor e benevolência. Sarar as suas feridas. A Revolução-Escatologia (1) iria deixar de ser destruidora para ser educadora. Iria passar do dia da Ira de Javé para o dia da Graça de Javé. Da luta de classe para a luta de transformação de classe. Do ódio revolucionário para o amor revolucionário. Do domínio avassalador do proletariado de Marx para o domínio avassalador dos mansos de Jesus (Mateus 5.4). E se o espírito de ira de Deus foi colocando no espírito do Lênin e dos revolucionários comunistas (2) a verdade é que o espírito de graça de Deus tem sido colocado no espírito do senador Cristovam Buarque. Em Cristovam Buarque e em nenhum outro. Cristovam Buarque é o Lênin brasileiro, porque o Lênin russo foi Nabucodonozor, foi a volta de Moisés, mas o Lênin brasileiro é Ciro. É o benevolente e humanista Ciro. E talvez aqui resida o mistério bíblico, tantas vezes insistido, da importância do nome de Ciro. Um nome dado a ele já no ventre de sua mãe. E o significado do nome do senador Cristovam Buarque – Portador de Cristo, que carrega Cristo – deva servir de reflexão em quem pensa o futuro do Brasil para além deste Kornilov, para além deste fatídico retorno dos cadetes (3).

Uma grande caminhada começa a partir de um primeiro passo. E Silvio Santos no Recife, mostrando grande interesse pelas boas novas, já tendo chegado à conclusão da necessidade de se criar o PAREPAR e colocar as massas populares no seu devido lugar, ao serviço das forças de vida da nação e não ao serviço das suas forças de morte, pode ser este primeiro passo que está sendo dado. Atrás de Silvio Santos poderá estar vindo uma multidão de trabalhadores.

Lênin começou a sua marcha avassaladora de vitórias ao conseguir a união de três forças, Soldados, Marinheiros e Operários. O marinheiro Silvio Santos pode ser protótipo dos marinheiros, mas o soldado Marcio Henrique Moreno Barbosa poderá ser protótipo dos soldados, ficando faltando aquele Operário. Márcio Henrique, sem recursos financeiros – e desconhecido politicamente – conseguiu uma votação na região de Bauru que dá a ele as condições para levantar o PAREPAR. Adamir Gerson vai trabalhar para que este batista se interesse totalmente pela criação do PAREPAR e comece a levantá-lo, não só na região de Bauru, mas em todo o Estado de São Paulo. Assim como Lênin absorveu os mencheviques de luz e outras forças revolucionárias, mas livrou o povo russo das garras dos cadetes e das forças do atraso, o PAREPAR acabará absorvendo o PT e as demais forças progressistas, dentro de um projeto que buscará resultados no curto, no médio e no longo prazo. É a caminhada do Milênio; e felizes os convidados para a refeição noturna do casamento do Cordeiro (4), casamento do Cordeiro que se dá na união em um só corpo das forças do socialismo com as forças do cristianismo, e, principiando pelo Brasil, então libertar a humanidade do jugo desta grande Babilônia.
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(1)    Adamir Gerson tornou consubstancial Revolução e Escatologia, como sendo o mesmo acontecimento, porque Jesus concebeu a profecia da geração que não passaria sem que todas estas coisas acontecessem. Jesus teve uma visão da Revolução-Escatologia. O tempo em que Deus irromperia sobre a terra para instaurar o seu reino, o seu governo, novamente restabelecer o paraíso perdido. E como o profeta Isaías concebeu biologicamente o tempo de uma geração em cem anos isto significa dizer que os acontecimentos da Parúsia se dariam em um período de cem anos. E Adamir Gerson situa o seu início nos anos de 1917, quando houve a revolução na Rússia, e no ano de 1918 quando vinte e uma nações – em espasmo – invadiram a Rússia para esmagar a revolução e trazer o povo liberto de volta à casa dos escravos, revivendo as forças do Faraó que foram atrás dos escravos saídos do Egito para trazê-los para as masmorras do Egito. E tudo deva se consumar entre os anos de 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018. Porque a preparação para a Revolução-Escatologia começou mesmo em 1914 quando eclodiu a Guerra, que veio preparar o caminho para a revolução do socialismo. Lembrando que uma profecia concebida no ano de 1823 apontava para o ano de 1917 como sendo do aparecimento “da glória plena de Israel”, e com mais clareza uma profecia concebida no ano de 1916 e que foi exposta em julho de 1917 nos Estados Unidos apontava para este período como do estabelecimento do Governo do Reino. E só podemos entender esta “glória plena de Israel” e este “Governo do Reino” como sendo o aparecimento na terra do reino messiânico. E a revolução do Socialismo, gestada no espírito judaico, entre o povo judeu, desde a Liga Judaica, foi sim o estabelecimento do reino messiânico. Na Rússia a sua gestação foi no necessário espírito da Lei, Ditadura do Proletariado, mas o reino messiânico iria se manifestar em um segundo momento, agora no necessário espírito da Graça, Democracia de Jesus. O reino messiânico está prestes a saltar da Lei, do particular na Rússia, para a Graça, o universal no Brasil. E a mudança que os jovens pediram nas ruas naquele Junho de 2013 não foi para ser preenchida por Aécio Neves e PSDB, como está sendo o álibi que políticos progressistas estão lançando mão para justificar a sua adesão ao tucano. O que os jovens foram buscar nas ruas, nas Jornadas de Junho, de modo inconsciente (por causa da transcendentalidade da História) foi o reino messiânico. Foram atrás de solução para seus problemas e atrás de paz para seus espíritos, e estão lhe oferecendo um placebo, ensoparam um pano de vinagre para colocar na sua boca. Uma política brasileira, alienada de si e de sua história de vida e luta pelo rolo compressor se formando em torno do Kornilov, que, para juntar casa a casa e anexar campo a campo (Isaías 5.8), está até mesmo tendo o poder mágico de transformar o bom no mau, a luz em escuridão e o doce em amargo (Isaías 5.20), sim, esta política brasileira, alienada de si, da sua história de luta, disse que estava indo para a cruz. Mas quem estará indo literalmente para a cruz será Dilma com ela assistindo à distância Dilma ir para cruz, como Pedro. Mas quando o calo cantar a terceira vez então vai chorar amargamente, com as feridas sendo saradas na ressurreição. Os jovens vão continuar nas ruas – que continuem nas ruas – até o momento em que o reino messiânico se estabeleceu no Brasil, em todo o Brasil, cobrindo com o seu manto sagrado todas as suas cidades, todas as suas ruas, todos os seus bairros, todas as suas igrejas, todas as suas escolas, todas as suas praças públicas, todos os seus lugares de trabalho, todos os seus rios, todas as suas florestas, todas as suas espécies animais, todos os lugares de lazer e de entretenimento. Então eles não terão mais fome, nem terão mais sede, nem se abaterá sobre eles o sol, nem calor abrasador, porque o Cordeiro, no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles, dos olhos da gente humilde, que deu ao Chico Buarque vontade de chorar e que embora não acreditasse, pediu a Deus por eles que já tinha reservado a eles o melhor, o melhor dos melhores: Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro. Naquele período, que se estende do ano de 1914 ao ano de 1920, o que se deu foi a travessia do Mar Vermelho espiritual, e cem anos depois estará se dando a travessia do Jordão espiritual, com a sua preparação começando no ano de 2014. A Escatologia-Revolução tanto seria realização do processo Nabucodonozor-Ciro como do processo Moisés-Jesus. De fato, Lênin voltando do exílio para libertar os trabalhadores oprimidos foi aquele momento em que Moisés voltou do exílio para libertar os escravos hebreus no Egito, mas também foi aquele momento em que o rei Nabucodonozor, um mês depois da queda da família real, então enviou Nebuzaradã a Judá com Nebuzaradã passando a demolir todo aquele mundo não deixando pedra sobre pedra. Em outra oportunidade Adamir Gerson abordará estes assuntos em mais profundidade.
(2)    Sobre esta questão da profecia escatológica do profeta Sofonias ter se cumprido na revolução do socialismo, ocorrida naquele ano de 1917, é interessante observar que um grupo religioso chamado Tabernáculo, e que segue o pregador norte-americano William Marrion Branham, tem afirmado em suas pregações que a revolução do comunismo foi um instrumento nas mãos de Deus para punir a Cristandade. Segundo eles a Cristandade cometeu muito pecado aos olhos de Deus e Deus usou os comunistas para lhe castigar. E tudo parece estar mesmo se repetindo, porque se houve sacerdotes que tiveram respeito e reverência pelo profeta Jeremias, crendo que suas palavras eram avisos de Deus, do castigo merecido, todavia houve outro grupo de sacerdotes que enxergaram a questão de modo diferente. Encheram-se de ódio por Jeremias o acusando de ser um instrumento ao serviço do rei de Babilônia quando este veio para destruir-lhes. Ora, se há este grupo religioso que enxergou no comunismo um instrumento que Deus usou para punir a infiel Cristandade, que trocou Jesus Cristo pelos reis e príncipes deste mundo, dando a eles uma falsa unção, por outro há grupos de religiosos que abriram as suas bocas em maldição ao comunismo. De qualquer forma o que está em potência neles se acha em ato em Adamir Gerson. O que neles é intuição em Adamir Gerson é a luz da Ciência.
(3)    Adamir Gerson acabou de dizer que o homem a quem Deus escolheu para gerenciar o reino messiânico segundo a Lei foi o Lênin, mas o homem a quem Deus escolheu e preparou para gerenciar o reino messiânico segundo a Graça foi o senador Cristovam Buarque. Segue palavras do senador Cristovam Buarque, e muitos perceberão nele esta passagem, da Lei para a Graça, do ódio revolucionário para o amor revolucionário: ** Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez”, senador Cristovam Buarque

(4)    Apocalipse 19.6-9

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PAR ou PAREPAR?

E para finalizar é preciso esclarecer que o advento do PAREPAR, a sua essência, é o cumprimento dos vaticínios escatológicos do profeta Isaías que viu no final dos tempos os contrários sendo unidos por um PEQUENO RAPAZ e conduzidos na direção do Reino. Ver Isaías 11.6. Quem não quiser se embasar no profeta Isaías então que se embase no sábio italiano Pietro Ubaldi que concebeu as revoluções, franco-burguesa e russo-socialista, como partes de um mesmo processo revolucionário. E segundo Pietro Ubaldi no Brasil estava se gestando uma terceira revolução que seria síntese das duas anteriores, uma revolução que se depreende de suas palavras fortemente enlaçada pelo querer e a vontade de Jesus Cristo. E esta terceira revolução haveria de transcender as duas revoluções anteriores conduzindo-as para fora de suas imperfeições. O lema da revolução francesa, igualdade, liberdade e fraternidade, e o lema da revolução russa, liberdade concreta, a cada um segundo a sua necessidade, que as vicissitudes históricas tangeram a sua boa intenção para bem longe, será uma realidade na revolução brasileira, pois liberdade, igualdade e fraternidade, ao menos no conjunto de sua obra, é atributo único e exclusivo do Cristo da cruz. Eis o PAREPAR!


PAR OU PAREPAR?

Que caminho seguir?

Precisamente agora dois pensadores se esforçam para criar dois partidos, PAR e PAREPAR (PAR, Partido Anticapitalista Revolucionário; PAREPAR, Partido da Reconstrução do Paraíso).

Ivanildo Cavalcante se esforça para criar o PAR a partir do Estado do Ceará e Adamir Gerson se esforça para criar o PAREPAR a partir do Estado de São Paulo.

Há necessidade de se criar mais estes dois partidos? Senão os dois pelo menos um, porque daqui a quatro anos estes mesmos partidos de esquerda que disputaram a eleição neste ano de 2014 estarão de volta, com os mesmos discursos, as mesmas propostas, e continuando invisíveis, completamente invisíveis, porque quem não se comunica se trumbica, e se comunicar não é um monólogo, mas diálogo entre quem fala e entre quem ouve. Estes partidos de esquerda – PSOL, PSTU, PCB, PCO – estão completamente alienados da cultura do povo brasileiro. A cultura do povo brasileira é essencialmente religiosa, e estes partidos estão completamente na contra mão. Não falam a sua linguagem, e quando são forçados a se manifestar é um deus nos acuda, expressando uma total falta de conhecimento do assunto, falando daquilo que não sabe daquilo que não viu, e nunca foi lá, senão que emitindo juízos preconceituosos, altamente preconceituosos, inoculados no seu DNA intelectual por filosofias do século XIX, em especial as elaboradas por Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirner, que não foi nunca um juízo sobre o fenômeno em si, Ciência, mas, sim, um juízo sobre suas manifestações histórico-periféricas, alienada de si. E disto resulta uma queda de braço com o universo religioso e metafísico em puro enfrentamento, com a acusação gratuita, sem lastro na Ciência, de que estão de posse de uma ilusão que sobrevive porque sustentada e alimentada pelas classes dominantes que os mantém afastados da sua real libertação. E o enfrentamento – que resulta em enorme prejuízo a quem dedica a sua vida para a plena emancipação do gênero humano e lucro para quem quer conservar o mundo como está – não é o caminho, mas o caminho é outro, o de abrir o ouvido, o sentimento e a mente para ouvir e ponderar; e, então, com imparcialidade, emitir juízos que refletem o fenômeno como é e não mais as marcações dadas pelo filtro da subjetividade. Destarte, a questão não exige enfrentamento, mas diálogo. O estabelecer da ponte pascaliana, para, por intermédio dela, penetrar na verdadeira essência da questão, ponte que serve para todos os contrários em presença e em disputa, pois tanto se falam absurdos sobre Política e Socialismo como se falam absurdos sobre Religião e Cristianismo. De modo que sendo claro, os marxistas precisam defenestrar de si os juízos religiosos e metafísicos que orientam o seu agir e infestam estes partidos de esquerda mencionados, e se assenhorear ao menos dos juízos religiosos e metafísicos de um Ernst Bloch, que é ponte para Adamir Gerson.

Adamir Gerson fez a pergunta se há necessidade de mais estes dois partidos, e concluiu que há a necessidade de pelo menos um. É porque se suspeita que o PAR do Ivanildo Cavalcante pouca diferença tenha com o PSTU e o PCO, a começar nas críticas que o PAR faz da figura do Stálin creditando a ele todo o fracasso do socialismo, ao passo que no PAREPAR Stálin é visto e apresentado como um novo Josué o homem que guiou as massas para dentro do socialismo. É que no fundamento tipológico Moisés e Arão quebraram as algemas do Faraó, mas quem guiou as massas escravas libertas do Egito para dentro da Terra da Promessa foi outro, o Josué. Moisés subiu no alto do monte Nebo, ao cume do Pisga, e de lá avistou a terra de Canaã do outro lado do Jordão, mas não entrou nela, quem entrou foi Josué. De igual modo é um fato inconteste que Lênin e Trotsky fizeram a revolução e guiaram as massas trabalhadoras na direção do socialismo, mas quem introduziu as massas trabalhadoras no socialismo foi outro, o Stálin. Lênin foi como Moisés, subiu ao alto do monte da NEP e do seu alto avistou do outro lado o socialismo, mas não entrou nele, quem entrou foi outro, o Stálin. Para quem está na esquerda e milita na luta de libertação e tem juízo negativo sobre Stálin é estar revivendo a tríade Corá, Datã e Abirão, que, querendo tomar o bastão de comando das mãos de Moisés, acusaram Moisés de ter adotado o culto à personalidade o que não corresponde aos fatos, pois Moisés apenas cumpria com a missão que Deus lhe deu. Ora, se tinha na mão o bastão de comandante foi porque Deus lho deu.

Só é dono do presente e só se constrói o futuro quem tem a História na mão, quem estabelece a sua verdadeira conexões, não ideológicas, mas científicas. Quem foi visionado pela Consciência Maior, o profeta Isaías: Quem tem estado ativo e tem feito isso, convocando as gerações desde o começo? (...) Quem é que contou alguma coisa desde o começo, para que a saibamos, ou dos tempos passados, para que digamos: Ele tem razão? (...) A tal ponto surpreenderá muitas nações. Por causa dele, reis fecharão a sua boca, pois verão realmente aquilo que não se lhes narrou e terão de dar sua consideração àquilo que não ouviram. 41.4; 41.26; 52.15.

O que foi exposto é apenas a ponta do iceberg porque embora haja muitos pontos de contato entre o PAR e o PAREPAR, todavia mudança profunda está trazendo o PAREPAR, a começar que toda a sua luta para a superação do capitalismo não está no modo antigo, e certamente que seguido pelo PAR, mas em uma transformação espiritual de toda a sociedade. O Evangelho, esquecido ou negligenciado pela práxis marxista, é ele o vetor que opera agora as transformações, revivendo a sua ação no século I quando à sua fecundação não só os oprimidos sentiam um desejo ardente de viver em igualdade como até mesmo ricos vendiam suas propriedades e depositavam o valor aos pés dos apóstolos para ser usufruído por todos, conforme a sua necessidade – ver Atos 2.44; 4.32. E agora rico algum venderá suas propriedades e dará o valor a quem quer que seja, mas se engajarão na construção de um novo Brasil e de uma nova terra com os seus corações e as suas mentes se rendendo às palavras sábias e proféticas do senador Cristovam Buarque: Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

Em fevereiro de 17, pelo calendário Juliano, se deu a queda do Czar na Rússia com o poder passando para as mãos dos dissidentes cadetes. Logo em seguida o poder saiu de suas mãos e passou para as mãos dos mencheviques com os cadetes seguindo colocados ao seu pé e dissimulando a união. Em setembro de 17 se formou uma forte conspiração na Rússia para que fosse implantada no país uma ditadura militar. E estava envolvido nela todas as classes dirigentes da Rússia capitaneadas pelos cadetes, complô fortemente apoiado pelos britânicos. E chamaram o General Kornilov para ser o novo ditador do país. Pois é, o PT conquistou o poder no país Brasil das mãos dos tucanos e deram prosseguimento à sua macro-política, e agora neste final de outubro haverá a eleição presidencial em segundo turno. E o Brasil pode voltar às mãos dos tucanos. Se voltar, lembrando do Lênin, Que Fazer? É uma estultícia achar que o PT na oposição vai novamente reconquistar o poder perdido. Mesmo porque uma vitória de Aécio deve ser visto não que ele caiu nas graças do povo brasileiro, mas que o povo está em busca de mudança. E o povo tateando no escuro se lança nos braços de um Kornilov. As Jornadas de Junho já foi sinalização de que o povo quer mudança. O PT trouxe melhorias para o povo brasileiro, mas não trouxe mudança. De modo que não cabe a nenhum intelectual sério numa vitória de Aécio dizer que vão para a oposição e voltar em 2018. Este não é intelectual sério, mas apenas miseráveis que fazem da política meio de sobrevivência. Numa vitória de Aécio intelectual sério começará a olhar com esperança para o PAREPAR, e organizá-lo, e a partir dele começar a dar consciência política para as imensas massas populares. De modo que o PAREPAR no seu nascimento já será muitíssimo maior do que o PT no seu nascimento porque o PT quando nasceu foi da união entre marxistas e católicos, mas o PAREPAR será mais, muito mais, a união entre o povo socialista, o povo católico e o povo evangélico. O PAREPAR vai colocar um fim a esse domínio avassalador que a direita exerce entre os evangélicos e se esforça para ter novamente o domínio dos católicos.

Para compreender o PAREPAR. Numa página do PSOL no Orkut o administrador afixou estas palavras em lugar visível: NÃO VEJO A HORA DE CHEGAR O FINAL DE SEMANA PARA EU CAIR NA FARRA. E isto é uma verdade, pois toda a militância de esquerda não vê a hora de chegar o final de semana para cair na farra, com exceção em dias de eleição. E eles não vêem a hora de passar a eleição e voltarem para a farra ao final de semana. (Lembrando que este proprietário da pagina do PSOL no Orkut expulsou Adamir Gerson). Mas o militante do PAREPAR dirá: não vejo a hora de chegar o final de semana para ir ao trabalho de campo junto com meus companheiros e minhas companheiras. E bater na porta das pessoas, conversar com elas, explicar-lhes o que é o socialismo, qual a sua relação com religião, com Deus e com a sua Palavra. E este trabalho que é feito pelos membros da Testemunhas de Jeová que no final de semana vão a todas as vilas para conversar com as pessoas e lhes falar do Paraíso de Deus, que vai se estabelecer na terra, em toda a terra, cessando a dor e o sofrimento, e as pessoas sendo então felizes, muito felizes, com todos vivendo em paz, em igualdade, este trabalho será feito pela militância do PAREPAR. No final de semana milhares e milhares, nas suas centenas, nos seus milhares, irão para as vilas das cidades levarem para o povo politização, no corpo a corpo, boca com boca, até o momento em que todo o povo brasileiro foi liberto da bicaria destes políticos que apenas querem conservar seus privilégios políticos e econômicos.

E junto ao trabalho político também o trabalho social. O PAREPAR será um partido de vivos e não de mortos.


E para finalizar é preciso esclarecer que o advento do PAREPAR, a sua essência, é o cumprimento dos vaticínios escatológicos do profeta Isaías que viu no final dos tempos os contrários sendo unidos por um PEQUENO RAPAZ e conduzidos na direção do Reino. Ver Isaías 11.6. Quem não quiser se embasar no profeta Isaías então que se embase em Pietro Ubaldi que concebeu as revoluções, franco-burguesa e russo-socialista, como partes de um mesmo processo revolucionário. E segundo Pietro Ubaldi no Brasil estava se gestando uma terceira revolução que seria síntese das duas anteriores, uma revolução que se depreende de suas palavras fortemente enlaçada pelo querer e a vontade de Jesus Cristo. E esta terceira revolução haveria de transcender as duas revoluções anteriores conduzindo-as para fora de suas imperfeições. O lema da revolução francesa, igualdade, liberdade e fraternidade, e o lema da revolução russa, liberdade concreta, a cada um segundo a sua necessidade, que as vicissitudes históricas impediram a sua materialização, será uma realidade na revolução brasileira, pois liberdade, igualdade e fraternidade, ao menos no conjunto de sua obra, é atributo único e exclusivo do Cristo da cruz. Eis o PAREPAR!