terça-feira, 7 de outubro de 2014

PAR ou PAREPAR?

E para finalizar é preciso esclarecer que o advento do PAREPAR, a sua essência, é o cumprimento dos vaticínios escatológicos do profeta Isaías que viu no final dos tempos os contrários sendo unidos por um PEQUENO RAPAZ e conduzidos na direção do Reino. Ver Isaías 11.6. Quem não quiser se embasar no profeta Isaías então que se embase no sábio italiano Pietro Ubaldi que concebeu as revoluções, franco-burguesa e russo-socialista, como partes de um mesmo processo revolucionário. E segundo Pietro Ubaldi no Brasil estava se gestando uma terceira revolução que seria síntese das duas anteriores, uma revolução que se depreende de suas palavras fortemente enlaçada pelo querer e a vontade de Jesus Cristo. E esta terceira revolução haveria de transcender as duas revoluções anteriores conduzindo-as para fora de suas imperfeições. O lema da revolução francesa, igualdade, liberdade e fraternidade, e o lema da revolução russa, liberdade concreta, a cada um segundo a sua necessidade, que as vicissitudes históricas tangeram a sua boa intenção para bem longe, será uma realidade na revolução brasileira, pois liberdade, igualdade e fraternidade, ao menos no conjunto de sua obra, é atributo único e exclusivo do Cristo da cruz. Eis o PAREPAR!


PAR OU PAREPAR?

Que caminho seguir?

Precisamente agora dois pensadores se esforçam para criar dois partidos, PAR e PAREPAR (PAR, Partido Anticapitalista Revolucionário; PAREPAR, Partido da Reconstrução do Paraíso).

Ivanildo Cavalcante se esforça para criar o PAR a partir do Estado do Ceará e Adamir Gerson se esforça para criar o PAREPAR a partir do Estado de São Paulo.

Há necessidade de se criar mais estes dois partidos? Senão os dois pelo menos um, porque daqui a quatro anos estes mesmos partidos de esquerda que disputaram a eleição neste ano de 2014 estarão de volta, com os mesmos discursos, as mesmas propostas, e continuando invisíveis, completamente invisíveis, porque quem não se comunica se trumbica, e se comunicar não é um monólogo, mas diálogo entre quem fala e entre quem ouve. Estes partidos de esquerda – PSOL, PSTU, PCB, PCO – estão completamente alienados da cultura do povo brasileiro. A cultura do povo brasileira é essencialmente religiosa, e estes partidos estão completamente na contra mão. Não falam a sua linguagem, e quando são forçados a se manifestar é um deus nos acuda, expressando uma total falta de conhecimento do assunto, falando daquilo que não sabe daquilo que não viu, e nunca foi lá, senão que emitindo juízos preconceituosos, altamente preconceituosos, inoculados no seu DNA intelectual por filosofias do século XIX, em especial as elaboradas por Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirner, que não foi nunca um juízo sobre o fenômeno em si, Ciência, mas, sim, um juízo sobre suas manifestações histórico-periféricas, alienada de si. E disto resulta uma queda de braço com o universo religioso e metafísico em puro enfrentamento, com a acusação gratuita, sem lastro na Ciência, de que estão de posse de uma ilusão que sobrevive porque sustentada e alimentada pelas classes dominantes que os mantém afastados da sua real libertação. E o enfrentamento – que resulta em enorme prejuízo a quem dedica a sua vida para a plena emancipação do gênero humano e lucro para quem quer conservar o mundo como está – não é o caminho, mas o caminho é outro, o de abrir o ouvido, o sentimento e a mente para ouvir e ponderar; e, então, com imparcialidade, emitir juízos que refletem o fenômeno como é e não mais as marcações dadas pelo filtro da subjetividade. Destarte, a questão não exige enfrentamento, mas diálogo. O estabelecer da ponte pascaliana, para, por intermédio dela, penetrar na verdadeira essência da questão, ponte que serve para todos os contrários em presença e em disputa, pois tanto se falam absurdos sobre Política e Socialismo como se falam absurdos sobre Religião e Cristianismo. De modo que sendo claro, os marxistas precisam defenestrar de si os juízos religiosos e metafísicos que orientam o seu agir e infestam estes partidos de esquerda mencionados, e se assenhorear ao menos dos juízos religiosos e metafísicos de um Ernst Bloch, que é ponte para Adamir Gerson.

Adamir Gerson fez a pergunta se há necessidade de mais estes dois partidos, e concluiu que há a necessidade de pelo menos um. É porque se suspeita que o PAR do Ivanildo Cavalcante pouca diferença tenha com o PSTU e o PCO, a começar nas críticas que o PAR faz da figura do Stálin creditando a ele todo o fracasso do socialismo, ao passo que no PAREPAR Stálin é visto e apresentado como um novo Josué o homem que guiou as massas para dentro do socialismo. É que no fundamento tipológico Moisés e Arão quebraram as algemas do Faraó, mas quem guiou as massas escravas libertas do Egito para dentro da Terra da Promessa foi outro, o Josué. Moisés subiu no alto do monte Nebo, ao cume do Pisga, e de lá avistou a terra de Canaã do outro lado do Jordão, mas não entrou nela, quem entrou foi Josué. De igual modo é um fato inconteste que Lênin e Trotsky fizeram a revolução e guiaram as massas trabalhadoras na direção do socialismo, mas quem introduziu as massas trabalhadoras no socialismo foi outro, o Stálin. Lênin foi como Moisés, subiu ao alto do monte da NEP e do seu alto avistou do outro lado o socialismo, mas não entrou nele, quem entrou foi outro, o Stálin. Para quem está na esquerda e milita na luta de libertação e tem juízo negativo sobre Stálin é estar revivendo a tríade Corá, Datã e Abirão, que, querendo tomar o bastão de comando das mãos de Moisés, acusaram Moisés de ter adotado o culto à personalidade o que não corresponde aos fatos, pois Moisés apenas cumpria com a missão que Deus lhe deu. Ora, se tinha na mão o bastão de comandante foi porque Deus lho deu.

Só é dono do presente e só se constrói o futuro quem tem a História na mão, quem estabelece a sua verdadeira conexões, não ideológicas, mas científicas. Quem foi visionado pela Consciência Maior, o profeta Isaías: Quem tem estado ativo e tem feito isso, convocando as gerações desde o começo? (...) Quem é que contou alguma coisa desde o começo, para que a saibamos, ou dos tempos passados, para que digamos: Ele tem razão? (...) A tal ponto surpreenderá muitas nações. Por causa dele, reis fecharão a sua boca, pois verão realmente aquilo que não se lhes narrou e terão de dar sua consideração àquilo que não ouviram. 41.4; 41.26; 52.15.

O que foi exposto é apenas a ponta do iceberg porque embora haja muitos pontos de contato entre o PAR e o PAREPAR, todavia mudança profunda está trazendo o PAREPAR, a começar que toda a sua luta para a superação do capitalismo não está no modo antigo, e certamente que seguido pelo PAR, mas em uma transformação espiritual de toda a sociedade. O Evangelho, esquecido ou negligenciado pela práxis marxista, é ele o vetor que opera agora as transformações, revivendo a sua ação no século I quando à sua fecundação não só os oprimidos sentiam um desejo ardente de viver em igualdade como até mesmo ricos vendiam suas propriedades e depositavam o valor aos pés dos apóstolos para ser usufruído por todos, conforme a sua necessidade – ver Atos 2.44; 4.32. E agora rico algum venderá suas propriedades e dará o valor a quem quer que seja, mas se engajarão na construção de um novo Brasil e de uma nova terra com os seus corações e as suas mentes se rendendo às palavras sábias e proféticas do senador Cristovam Buarque: Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

Em fevereiro de 17, pelo calendário Juliano, se deu a queda do Czar na Rússia com o poder passando para as mãos dos dissidentes cadetes. Logo em seguida o poder saiu de suas mãos e passou para as mãos dos mencheviques com os cadetes seguindo colocados ao seu pé e dissimulando a união. Em setembro de 17 se formou uma forte conspiração na Rússia para que fosse implantada no país uma ditadura militar. E estava envolvido nela todas as classes dirigentes da Rússia capitaneadas pelos cadetes, complô fortemente apoiado pelos britânicos. E chamaram o General Kornilov para ser o novo ditador do país. Pois é, o PT conquistou o poder no país Brasil das mãos dos tucanos e deram prosseguimento à sua macro-política, e agora neste final de outubro haverá a eleição presidencial em segundo turno. E o Brasil pode voltar às mãos dos tucanos. Se voltar, lembrando do Lênin, Que Fazer? É uma estultícia achar que o PT na oposição vai novamente reconquistar o poder perdido. Mesmo porque uma vitória de Aécio deve ser visto não que ele caiu nas graças do povo brasileiro, mas que o povo está em busca de mudança. E o povo tateando no escuro se lança nos braços de um Kornilov. As Jornadas de Junho já foi sinalização de que o povo quer mudança. O PT trouxe melhorias para o povo brasileiro, mas não trouxe mudança. De modo que não cabe a nenhum intelectual sério numa vitória de Aécio dizer que vão para a oposição e voltar em 2018. Este não é intelectual sério, mas apenas miseráveis que fazem da política meio de sobrevivência. Numa vitória de Aécio intelectual sério começará a olhar com esperança para o PAREPAR, e organizá-lo, e a partir dele começar a dar consciência política para as imensas massas populares. De modo que o PAREPAR no seu nascimento já será muitíssimo maior do que o PT no seu nascimento porque o PT quando nasceu foi da união entre marxistas e católicos, mas o PAREPAR será mais, muito mais, a união entre o povo socialista, o povo católico e o povo evangélico. O PAREPAR vai colocar um fim a esse domínio avassalador que a direita exerce entre os evangélicos e se esforça para ter novamente o domínio dos católicos.

Para compreender o PAREPAR. Numa página do PSOL no Orkut o administrador afixou estas palavras em lugar visível: NÃO VEJO A HORA DE CHEGAR O FINAL DE SEMANA PARA EU CAIR NA FARRA. E isto é uma verdade, pois toda a militância de esquerda não vê a hora de chegar o final de semana para cair na farra, com exceção em dias de eleição. E eles não vêem a hora de passar a eleição e voltarem para a farra ao final de semana. (Lembrando que este proprietário da pagina do PSOL no Orkut expulsou Adamir Gerson). Mas o militante do PAREPAR dirá: não vejo a hora de chegar o final de semana para ir ao trabalho de campo junto com meus companheiros e minhas companheiras. E bater na porta das pessoas, conversar com elas, explicar-lhes o que é o socialismo, qual a sua relação com religião, com Deus e com a sua Palavra. E este trabalho que é feito pelos membros da Testemunhas de Jeová que no final de semana vão a todas as vilas para conversar com as pessoas e lhes falar do Paraíso de Deus, que vai se estabelecer na terra, em toda a terra, cessando a dor e o sofrimento, e as pessoas sendo então felizes, muito felizes, com todos vivendo em paz, em igualdade, este trabalho será feito pela militância do PAREPAR. No final de semana milhares e milhares, nas suas centenas, nos seus milhares, irão para as vilas das cidades levarem para o povo politização, no corpo a corpo, boca com boca, até o momento em que todo o povo brasileiro foi liberto da bicaria destes políticos que apenas querem conservar seus privilégios políticos e econômicos.

E junto ao trabalho político também o trabalho social. O PAREPAR será um partido de vivos e não de mortos.


E para finalizar é preciso esclarecer que o advento do PAREPAR, a sua essência, é o cumprimento dos vaticínios escatológicos do profeta Isaías que viu no final dos tempos os contrários sendo unidos por um PEQUENO RAPAZ e conduzidos na direção do Reino. Ver Isaías 11.6. Quem não quiser se embasar no profeta Isaías então que se embase em Pietro Ubaldi que concebeu as revoluções, franco-burguesa e russo-socialista, como partes de um mesmo processo revolucionário. E segundo Pietro Ubaldi no Brasil estava se gestando uma terceira revolução que seria síntese das duas anteriores, uma revolução que se depreende de suas palavras fortemente enlaçada pelo querer e a vontade de Jesus Cristo. E esta terceira revolução haveria de transcender as duas revoluções anteriores conduzindo-as para fora de suas imperfeições. O lema da revolução francesa, igualdade, liberdade e fraternidade, e o lema da revolução russa, liberdade concreta, a cada um segundo a sua necessidade, que as vicissitudes históricas impediram a sua materialização, será uma realidade na revolução brasileira, pois liberdade, igualdade e fraternidade, ao menos no conjunto de sua obra, é atributo único e exclusivo do Cristo da cruz. Eis o PAREPAR!

Nenhum comentário:

Postar um comentário