O Nascimento da Ciência - Luz

O NASCIMENTO DA CIÊNCIA

“Despertei alguém do norte, e ele virá. Do nascente do sol ele invocará meu nome. E ele virá sobre os delegados governantes como se fossem barro e assim como o oleiro pisa a massa úmida”, Isaías 41.25

ESPIRITUALISMO HISTÓRICO – animismo – totemismo – fetichismo – JUDAÍSMO –CRISTIANISMO

MATERIALISMO HISTÓRICO – escravatura – feudalismo – asiatismo – SOCIALISMO – COMUNISMO

I

Temos visto que os religiosos cristãos no que diz respeito ao conteúdo expresso no Espiritualismo Histórico reagem a ele com ciência. Relacionam, classificam e tecem juízo de valor juízo de valor que são comprovados nos seus resultados práticos. A religião cristã não é apenas mais uma religião que surgiu na sua cadeia, senão que é a negação que se manifestou no sistema. É o momento em que as condições objetivas, estando preparadas, então a Transcendência irrompe no sistema e se estabelece; a partir de então estabelecendo um novo religioso, que é negação absoluta dos religiosos precedentes, pois então este novo religioso trazido e que é o Transcendente vem se preocupar com as pessoas e com a sociedade; trazendo a eles valores tais como o amor ao próximo, o abandono de práticas arraigadas que geram sofrimento e exploração do próximo. E este novo religioso não se estabeleceu sem que não tivesse muita luta sendo o sangue dos seus mártires a razão de sua vitória.

Mas, no que diz respeito ao conteúdo do Materialismo Histórico observamos com freqüência que o mesmo não é tratado com a ciência. Os cristãos não estabelecem juízo de valor entre os seus diferentes momentos, não vendo qualquer diferença entre capitalismo e socialismo, entre comunismo e fascismo. Jogam tudo no mesmo balaio de gato.

II

Temos visto que o povo socialista no que diz respeito ao conteúdo expresso no Materialismo Histórico reage a ele com ciência. Relacionam, classificam e tecem juízo de valor. O socialismo não é apenas mais um sistema social que surgiu na sua cadeia, senão que é a negação que se manifestou no sistema O momento em que se estabeleceu no sistema um novo político, que vai defender a imensa maioria dos trabalhadores da exploração em que vivem.

Mas, no que diz respeito ao conteúdo do Espiritualismo Histórico observamos com certeza que o mesmo não é tratado com ciência. Os marxistas não estabelecem juízo de valor entre os seus diferentes momentos, não vendo qualquer diferença, por exemplo, entre a religião cristã e práticas religiosas remotas que ainda sobrevivem. Jogam tudo no mesmo balaio de gato.

Como explicar que cristãos, quanto ao conteúdo do Espiritualismo Histórico, tratam o mesmo com ciência, mas, quanto aos fenômenos do Materialismo Histórico, são pura alienação? Como explicar que marxistas, quanto ao conteúdo do Materialismo Histórico, tratam o mesmo com ciência, mas, quanto aos fenômenos do Espiritualismo Histórico, são pura alienação?

A razão é que seus seres estão se movendo na corrente sanguínea de um esquema histórico e não do outro. Daí ser ciência em um esquema e não-ciência no outro esquema.

Mas isto não basta, e nem mesmo explica a questão. Afinal, porque é ciência em um esquema e não no outro?

São ciência não porque sejam ciência mas unicamente porque é a Transcendência se movendo na sua corrente sanguínea. Eles agem como ciência, quer num caso como no outro, porque é Deus vendo por seu intermédio ou é eles vendo por intermédio de Deus. Então aonde quer que chegue a ciência é unicamente porque chegou ali se manifestou Deus. Não era Marx, mas era Deus por seu intermédio classificando, separando e estabelecendo juízo de valor entre as suas diferentes manifestações.

O assunto é mais compreensível assim: segundo Kant o númeno, a coisa em si realmente existe, mas é incogniscível. Inapreensível pelos homens. Daí todas as construções dos homens serem subjetivas, refletirem o referencial deste expectador. Mas, se é assim, porque construções claramente objetivas se manifestaram e se tornaram para nós? Por exemplo, a proposição matemática 2 + 2=4, que trás o mesmo resultado para todos os ângulos de observação? A ida do homem à lua que trás o mesmo resultado para todos os ângulos de observação, e para aqueles que ainda não é porque vivem na completa escravidão do subjetivismo?

Na verdade o conhecimento subjetivo não é estático, assim como se manifesta em Kant, mas ele é altamente dinâmico, altamente dialético. O conhecimento subjetivo vai cada vez mais aproximando a consciência do númeno, deste objetivo, cada vez mais perdendo subjetividade e ganhando objetividade. É como a água no fogo que vai aquecendo, aquecendo, até que quando atinge os cem graus então emerge nova qualidade. E chega um momento em que o conhecimento subjetivo, rondando as proximidades da objetivade, já a tocando, então ela irrompe e ocupa todos os espaços da subjetividade. É o Eureka! Dos gregos. É a Iluminação! De Santo Agostinho.

E uma vez que a objetividade se estabeleceu no sistema ela vai então cuidar em ter crescimento próprio, que é dar crescimento às consciências. Cada vez mais vai se tornar clara às consciências e lhes fazer verem o objeto com mais clareza.

Então não é o homem, mas é Deus! Não foi Einstein quem criou a Teoria da Relatividade, mas a Teoria da Relatividade é Deus! Não foi Chico Buarque quem criou a A Banda, mas a A Banda é Deus!

Então essa clareza de discernimento que os cristãos têm com os fenômenos presentes no Espiritualismo Histórico é Deus quem tem essa clareza. É a alma do Divino por intermédio dos seus corpos tendo esta clareza. E a escuridão que eles têm com os fenômenos presentes no Materialismo Histórico é ausência de Deus, mas presença da Serpente Original, do subjetivismo de Kant. A proposição de que todos os políticos são iguais; estão todos correndo atrás de dinheiro e de fama, é Satanás! A proposição impede a luta contra o seu reino.

Também, a clareza de discernimento que os socialistas têm com os fenômenos presentes no Materialismo Histórico é Deus quem tem essa clareza. É a alma do Divino por intermédio dos seus corpos tendo esta clareza. E a escuridão que eles têm com os fenômenos presentes no Espiritualismo Histórico é ausência de Deus, mas presença da Serpente Original, do subjetivismo de Kant. A proposição de que todos os religiosos são iguais e que estão todos em busca de dinheiro e de fama, é Satanás! É Satanás usando de astúcia para impedir a luta contra o domínio do seu reino, que é o Egito, mas é também Sodoma, cidade que em sentido espiritual crucificou Jesus e continua crucificando a humanidade.

Ora, o que faz, então, que surja uma consciência que faça ciência tanto no esquema do Espiritualismo Histórico como no esquema do Espiritualismo Histórico? Porque é Deus irrompendo no seu momento terceiro, o sintético. Havia um processo que tangia os dois sistemas para fora da subjetividade, e eles foram se aproximando da objetividade, no seu par. Donde então a objetividade, no seu par, ter irrompido e se manifestado num novo sistema que faz ciência nos dois esquemas. E esse aproximar da subjetividade da objetividade, no seu par, foi a Escola de Frankfurt e a Teologia da Libertação. Que era a subjetividade também crescendo nos seus esquemas históricos ao lado da sua objetividade. E se aproximando cada vez mais da objetividade eis que ela irrompeu no sistema. E ela tem um nome agora, celestialismo histórico. Boas novas de eternas (Apocalipse 14.6).

Portanto os ateus têm de rever suas posições. Acham que o ateísmo é produto da ciência, de gente sábia, quando na verdade é produto da escuridão. Deus não está nos cafundó do Judas senão que no cotidiano de cada um. Num motorista que dirige obedecendo as regra de trânsito, num juiz que julga retamente, na proposição Religião e Política se mistura, numa economia onde cada um tem segundo as suas necessidades de modo a não sobrar e a não faltar.

O nascimento da ciência é o irrompimento da luz divina em todas as relações sociais e pessoais. É exatamente isto: Depois destas coisas vi outro anjo descer do céu, com grande autoridade; e a terra ficou iluminada com a sua glória. Apocalipse 18. Os que tem Deus correm atrás desta luz, os que não tem tapam os olhos para não vê-la.