sexta-feira, 4 de março de 2011

Pinceladas Rudimentares Sobre a Questão do Homossexualismo

Pinceladas Rudimentares Sobre a Questão do Homossexualismo

Estava Adamir Gerson em conversa com Enrique Celst e Enrique Celst lembrou que um determinado pastor evangélico se mostrara radicalmente contra o homossexualismo. E Enrique Celst mostrando desânimo com os evangélicos, não que seja, mas que tem opinião formada de que ser homossexual parte de uma escolha sexual que deve ser respeitada, sim, então quis saber como os arautos celestiais iriam lidar com a questão.

Realmente trata-se de uma questão a que os arautos celestiais não poderão fugir dela. Não terão como tirá-la de sua agenda.

Por longo tempo tido como patologia moral e depois por patologia biológica, hoje existe certo consenso, fora dos círculos religiosos, que o homossexualismo não é patologia de tipo nenhum, mas sim uma variante sexual que se apresenta no indivíduo e ele a assume de modo consciente, como se assume de modo consciente a sexualidade hetero. Essa é a sua radiografia atual.

Mas, vamos a uma resposta que talvez possa ser dada pelos Arautos Celestiais, pois que a questão é de difícil solução, isto é, para aqueles que acham que precisa de solução e não logicamente para aqueles que não a vê como problema.

É possível que hoje possamos identificar ao menos dois tipos de homossexuais: o biológico e o moral.

Quando digo biológico porque claramente muitos nascem com tendência homossexual, e quando digo moral porque muitos heterossexuais por razões que se desconhece se tornam tal. Pessoas normais, casadas, com filhos, e de repente se revelam homossexuais. Destas não se pode dizer nasceram homossexuais, porque não eram, mas se tornaram.

Ora, sabemos que a questão foi levada para apreciação de um grupo de sábios e eles chegaram a conclusão que o homossexualismo não era de modo algum qualquer tipo de patologia, como é visão religiosa. Apenas uma variedade sexual. Ao menos pude ler um artigo postado no grupo do Yahoo Teologia da Libertação e o seu autor, um padre, argumentava que o homossexualismo fora feito por Deus. Era parte de sua criação.

Porque disse isto? Justamente porque ele tem uma certeza de que o homossexual nasce homossexual, como nasce o heterossexual.

Mas aqui tenho de discordar do padre. Vi certa vez um senhor que tinha os dois pés para trás. E ele andava com os pés para trás. Deus teria feito uma espécie de homem que anda com os pés para trás? Eu digo que não. Mas aquele era um caso excepcional. Sendo mais crível dizer que ele nasceu com os pés para trás por um “defeito de fabricação”. E quando isto acontece, e em outros casos similares, então é ocasião para a ciência entrar em ação e procurar corrigir tal anormalidade.

O indivíduo que nasce homossexual seria também o resultado de um “defeito de fabricação”? Deus não cria homossexuais, como defendeu o padre, mas Deus cria sim heterossexuais, mas, por razões que desconhecemos, em certos indivíduos se forma uma orientação sexual que não a normal.

Então foi dito, pelo exemplo acima, que o homossexualismo é sim uma patologia? Mas tal foi apresentado para exame de cientistas e eles deram um diagnóstico negativo. Não é patologia, mas, sim, uma normalidade que é tida por anormal por muitos porque uma normalidade que se manifesta em número pequeno.

Mas, o homossexual vê tal como normal, como foi o diagnóstico da ciência? Não, porque ele trabalha para que a ciência encontre meios para que possa trocar o sexo visível. E ela tem evoluído neste sentido, com muitos tendo se submetido à operação e mudado o sexo, surgido a figura nova do transsexual.

Aqui começa a aflorar contradições por parte do homossexual. Ele está sim reconhecendo que o homossexualismo é uma doença. E ele procura a medicina, e cobra do avanço tecnológico, solução para o seu caso. Há uma deformidade no seu corpo. Onde era para ter nascido órgão sexual feminino nasceu órgão sexual masculino. E isto está em gritante contradição com sua alma e seu espírito, que são femininos.

Mas, a ação positiva da ciência no sentido de mudar seu sexo resolveu o problema? Em parte sim e em parte não. Em parte porque se livrou do incômodo do órgão sexual masculino, mas um desejo premente de sua alma ficará sem solução, a necessidade inerente de reprodução a todo indivíduo.

Mas, eis a interferência dos Arautos Celestiais. Ora, uma vez que se revelou a contradição, corpo masculino em alma feminina, e uma vez que ambos são normais, porque ao invés de se buscar interferir no corpo para a solução não se busca a solução por se interferir na alma? Caso se consiga interferência na alma e se troque a sua sexualidade com certeza a questão será resolvida em totalidade, inclusive com a pessoa se tornando apta para a reprodução. Posto que os ingredientes da reprodução acham-se no corpo material e não no corpo espiritual.

Os homossexuais não estariam tomando uma decisão inversa? Ao invés de procurarem a solução do seu problema na alma estariam procurando no corpo?

Mas vão responder: mas o que se sabe é que a alma está no lugar certo. A alma é o lugar da vontade e da decisão. E ela decidiu que o problema reside no corpo e não na alma. A própria ciência atestou isto. Ademais, vão dizer, pode fazer-se operação no corpo, mas não na alma que é coisa que não se conhece.

Antes de prosseguir é preciso este esclarecimento: a questão é a mesma que envolve o aborto. O aborto se acha nesta mesma situação. Dum lado a mulher, do outro o feto no seu ventre. A mulher é o lado ativo, ao passo que o feto, o lado passivo. E a situação pode ser resolvida de duas maneiras: ou o aborto ou a mulher aceitar o crescimento do filho no ventre. E a mulher decidiu resolver a questão pelo aborto, mas não esquecendo que ela também poderia ser resolvida ela assumindo o filho.

Acontece a mesma coisa no caso do homossexualismo. Há o lado ativo, a alma, e há o lado passivo, o corpo. A alma pode decidir, mas o corpo não. Ele não pode gritar: o problema não está em mim, mas na alma. É passivo, quieto, como o é o feto no ventre da mãe.

Bem, então a ciência analisou a alma e descobriu que ela não tem patologia (por coerência deveria dizer: a patologia está no corpo). O fato da ciência não ter descoberto patologia na alma o mais correto é dizer que psicólogos e psiquiatras não atestaram patologia na alma. Psicólogos e psiquiatras são uma coisa, ciência, outra. Ciência é quando a solução surge para qualquer tipo de problema.

Um Fato Interessante

Ano passado, 2010, o canal de Televisão da Record News trouxe um especialista no assunto, e ele entregou ali um recado que é desconhecido ao menos do grande público: que o ser quando está se formando tem um momento em que ele é feminino e depois é que se torna masculino. Trata-se de uma biologia do individuo.

Ora, como ele abordava a questão do homossexualismo é possível que ele tenha deixado nas entrelinhas que o homossexual se manifesta neste momento biológico em que o ser passa do estagio feminino para o masculino. É ali que se dá o problema.

Vamos deixar de lado aquele especialista e vamos nos ater a Adamir Gerson.

Há cerca de vinte anos Adamir Gerson escreveu um artigo a partir da questão do homossexualismo que a colocação do especialista, de que o ser em formação no ventre da mãe primeiro se forma feminino e depois masculino, torna ocasião para que ele exponha o que escreveu. Escreveu sobre a formação sexual da alma, coisa assim.

O que escreveu? Escreveu que a alma se forma sexualmente passando exatamente pela tríade, é feminina, depois é masculina, e então volta ao feminino, se o corpo é feminino, e volta ao masculino, se o corpo é masculino.

Ela passa por esse processo dialético de formação, o que faz com que todos tenham uma alma feminino-masculina ou vice-versa. Somos isto. Ora, se somos masculinos, carregamos na alma também o feminino, embora o que predomina é o masculino, e vice-versa.

Se isto é verdade cabe aos especialistas aprofundar a questão. Em que período da vida se dá essa formação sexual na alma? Aos 10, aos 12, aos 17 anos?

É assim que a ciência nasce e é assim que a ciência avança. E talvez algum cientista descubra que a deficiência da alma se manifeste no processo. Na tese, antítese e síntese por algum motivo o processo ficou incompleto, com a alma ficando com o sexo incorreto. E se abre possibilidade para a sua cura.

E talvez aí resida a questão porque pessoas heterossexuais acabam se revelando homossexuais. A alma não ficou acabada, carregando as suas duas pontas, ora prevalecendo uma ora outra.

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