terça-feira, 24 de julho de 2012

A Igreja de Cristo na Lei e na Graça


A Igreja de Cristo na Lei e na Graça

No trabalho O ABRIR DA HISTÓRIA E DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA Adamir Gerson, comentando a fala de Padre João por ocasião de um Fórum Social realizado nesta cidade de Presidente Prudente, mui provavelmente no ano de 2002, em que este ministro da Palavra de Deus afirmou que a Igreja de Cristo começou a se apartar dele por ocasião do Concílio de Nicéia, todavia retornou a ele por ocasião do advento da Teologia da Libertação, e Adamir Gerson procurou lançar mais luz sobre a questão, dizendo que a visão de padre João era também visão dos evangélicos, isto é, na forma, todavia se divergindo por conta do conteúdo, para quem, os evangélicos, este retorno da Igreja de Cristo começou a se dar com Lutero e os reformadores em geral, ora, como que a sequência que deu ao assunto, tomando como ponto de partida a Paulo apóstolo, é possível que na sua explanação tenha ficado a impressão de que Adamir Gerson endossou a visão dos evangélicos não endossando a visão de padre João.

Não é nada disto. O retorno da Igreja de Cristo realmente passou a se dar tanto entre a linha evangélica como entre a linha da Teologia da Libertação. Posto que em Jesus habite tanto o fundamento espiritual do Reino, como o seu fundamento material. E estes fundamentos, por um lado, emergiu a partir da Reforma Protestante, e por outro, a partir do Concílio Vaticano II. É verdade, apartados um do outro, sem a consciência de um para com o outro, como convém à tese e antítese, todavia carregando em potência o dia da sua unificação em corpo único, o corpo do Cristo.

O assunto precisa ser apresentado em bases científicas, para que muitas dúvidas sejam dirimidas.
De fato, este retorno da Igreja de Cristo iria dar-se em dois momentos distintos, o da Lei e o da Graça. A Igreja de Cristo, portando o fundamento espiritual e o material, iria se manifestar primeira pelo lado da Lei, e depois, em seguida, pelo lado da Graça.

E ela se manifestou pelo lado da Lei justamente na Reforma Protestante e no Marxismo. Naquela a sua espiritualidade, e nesta a sua materialidade. O que explica o fato doloroso dos reformadores terem sido, em sua maioria, tão violentos quanto, posteriormente, foram os lideres bolcheviques. A violência que se observou por parte dos bolcheviques na implantação do socialismo foi mesma violência que a História tinha registrado antes por parte dos reformadores na implantação da nova religião. O olho por olho, dente por dente, que veio estar presente na ação dos líderes bolcheviques, esteve presente antes na ação de Lutero, de Calvino, por exemplo. E não há nenhuma condenação em ambas a violência, porque tal foi inerente ao espírito da Lei. Era Deus agindo assim, por certo que no dever da estrita necessidade, preparando, assim, e tendo como escopo, o advento da liberdade da Graça.

E, quando foi que a Igreja de Cristo na sua metamorfose começou a deixar para trás o seu estado de Lei para se levantar no novo estado da Graça? Certamente que no advento do Pentecostalismo e da Teologia da Libertação. No grande acontecimento de 1906, no casarão metodista da Rua Azusa, e no grande acontecimento do Concílio Vaticano II, certamente que foram Jesus fazendo o seu retorno glorioso, para estar novamente no meio de nós. Destarte, o rosto de Moisés, presente e ativo na Reforma Protestante e na Revolução Comunista, na sua metamorfose se revela o rosto de Jesus justamente no Pentecostalismo e na Teologia da Libertação; e, mais uma vez, ele tendo vindo para os doentes e não os sadios, com os sadios mais uma vez rangendo os dentes.

O que significa dizer que estes dois movimentos sociais, que na sua origem se revelaram movimentos dos pobres, para lhes dar a libertação espiritual e material respectivamente, sim, simplesmente que tem chegado o tempo da sua união em corpo único, o corpo de Cristo. A sua união e ação significa o renascimento do socialismo, com peso de ressurreição, pois não é mais aquele, mas um novo socialismo. Em que o ódio revolucionário emergiu como amor revolucionário e o Evangelho tomou o lugar de qualquer prática coercitiva e excludente. Ora vem Senhor Jesus.

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