Balanço
Geral e a Nova Caminhada
A Palavra de Deus narra as grandes giestas de Moisés no Egito e no deserto. Tendo chegado às proximidades do Jordão então Deus parou para um balanço geral. Reuniu os filhos de Israel. Fez um balanço geral de toda a caminhada. E apresentou profundas mudanças. Ali se encerrava o tempo de Moisés. Chegara o tempo de sua morte. Mas não era nem a morte e nem o fim da caminhada. Pelo contrário, o balanço geral era na verdade a preparação para a entrada em Canaã, todo o objetivo e escopo da luta. Chegara o momento mais aguardado de toda a luta.
É verdade, Moisés é recompensado. Sobe ao monte Nebo, ao cume do Pisga e dali avista toda a terra do outro lado. Não entrará, mas se regozija por saber que todo o povo que com ele caminhava nela iria entrar e tomar posse dela.
Eia agora o balançar das águas do Jordão pela presença massiva e marcante daqueles pés calejados da caminhada pelo deserto. O bater de suas águas ressoam do outro lado. Os reis de Canaã entram em polvorosa. Unem-se para enfrentar Josué e o povo estranho e exótico que saiu do Egito. O povo atravessa o rio e derruba os muros de Jericó. Sua força invencível obriga os gibeonitas a um acordo de paz que poupa seus valentes guerreiros. Os reis de Canaã são vencidos. Josué estabelece equânime a partilha de Canaã. Cada tribo de Israel recebe a parte que lhe cabe e é compatível com o seu tamanho.
Realizou-se no espaço da Unisinos em São Leopoldo o Encontro Continental de Teologia da Libertação. Um balanço geral dos quarenta anos de existência da Teologia da Libertação e dos cinqüenta anos da realização do Concílio Vaticano II.
Deixemos de lado as imagens e juízos positivistas e falemos das imagens e juízos metafísicos. Falemos deste encontro pela ótica e visão de Deus, quem realmente realizou o Concílio Vaticano e quem realmente criou a Teologia da Libertação, sendo João XXIII e Gustavo Gutierrez apenas seus instrumentos visíveis.
Este Encontro Continental de Teologia da Libertação no espaço da Unisinos, em São Leopoldo, não foi outro senão que Deus fazendo um balanço geral, revivência histórica do balanço geral que Deus fez na proximidades do Jordão. Concílio Vaticano II e Teologia da Libertação foi o momento em que Deus atravessou o Mar Vermelho. E chegou o tempo de Deus atravessar agora o Jordão espiritual. As mesmas e profundas mudanças que ocorreram na beira do Jordão naquele tempo remoto, tipológico, irão acontecer agora. A Teologia da Libertação e o Concílio Vaticano II não atravessarão o Jordão. Mas tem a recompensa de olhar do outro lado e avistar o Reino de Deus. A recompensa de saber que sua luta não foi em vão. Seus soldados e seus líderes não sucumbirão, mas serão eles mesmos, como os Valentes de Jah, quem irão atravessar o Jordão na frente dos seus irmãos a fim de ajudá-los a também conquistar sua herança eterna, Jesus Cristo (1).
O horror tomará conta das nações da terra. Elas irão se reunir com a Besta (Apocalipse 19.19). As nações da terra que são as forças políticas que festejaram a queda do socialismo e a Besta que são as forças religiosas que lutaram para reverter as conquistas de diálogo com o mundo e de comunhão universal do Concílio Vaticano II e proclamaram o fim da Teologia da Libertação. Mas muitos terão a compreensão e a humildade dos gibeonitas. Irão procurar as forças do Reino para estabelecer um diálogo. Sabem que o seu Deus é invencível. É perda de tempo e perda de vidas lutar contra elas.
2012... O ano que começa na terra a travessia do Jordão... Os teólogos e público que participaram do Congresso Continental de Teologia da Libertação mal descarregam dos carros as suas malas e ouvem a notícia do novo Chamado. Umas mulheres se dirigem a eles com as boas novas e com o novo Chamado. São informados da Travessia do Jordão. Com alegria recebem a notícia das boas novas. Recolhem suas malas e as colocam nos carros novamente. E tomam o rumo de Presidente Prudente...
De todos os lugares... Vinham aos milhares... E em pouco tempo eram milhões. Invadindo ruas, campos e cidades... Espalhando amor aos corações...
É a manhã do dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma multidão imensa vindo de todo o continente ocupam as avenidas de Presidente Prudente. Vai começar a grande caminhada vista em sonho pela jovem Joseane naquele ano de 2003, 2004.
A terra inteira está parada... Olham-se mutuamente, pasmados. Suas faces são faces afogueadas...
Levantai um sinal de aviso num monte de rochas calvas. Elevai a voz para eles, acenai com a mão, para que entrem pelas entradas dos nobres. Eu mesmo dei a ordem aos meus santificados. Também chamei os meus poderosos para expressar a minha ira, meus altaneiramente rejubilantes. Escutai! Uma massa de gente nos montes, algo parecido a um povo numeroso! Escutai! O rebuliço de reinos, de nações ajuntadas! Javé dos exércitos está passando em revista o exército de guerra. Estão chegando desde a terra longínqua, desde a extremidade dos céus. Javé e as armas de sua verberação, para estragar toda a terra
Uivai, porque está próximo o dia de Javé! Chegará como assolação da parte do Todo-poderoso. Por isso é que se abaixarão todas as mãos e se derreterá o próprio coração inteiro do homem mortal. E as pessoas ficaram perturbadas. Apoderam-se delas as próprias convulsões e dores agudas de parto; tem dores de parto como a mulher que está dando à luz. Olham-se mutuamente, pasmados. Suas faces são faces afogueadas (2).
Eis que está chegando o próprio dia de Javé, cruel, tanto com fúria como com ira ardente, para fazer da terra um assombro e para aniquilar nela os pecadores da terra.
A terra inteira está parada... Olham-se mutuamente, pasmados. São faces são faces afogueadas...
Eis que é a manhã do dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma multidão imensa ocupa as avenidas de Presidente Prudente... Bandeiras vermelhas tremulam nas mãos e nos rostos que se encheram de esperança em todos os seus pontos... Todos os que tinham bandeiras vermelhas guardadas em suas casas as desenrolaram e vieram para Presidente Prudente. Deveras, a multidão, experimentando a sua manhã da alegria, está alegre, feliz, e não pára de cantar os mais lindos cânticos... Coração de estudante, Pra dizer que não falei das flores, Rosa de Hiroshima, Águia Pequena, Oração da Família, Quão Grande és Tu, Castelo Forte...
E de repente no meio da multidão alguém grita: Eia lá vem...E quando o Eia lá vem ecoa alguém se lembra da canção e começa a cantar, ao que os pulmões dão: Ó, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis.. E quando a multidão ouve ele cantar assim, porque é dia de festa, a alegria da manhã que chegou para aqueles que tiveram o choro da noite, então toda a multidão nas suas avenidas começa a cantar... Ó, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis... Olha o trem...Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho aeon... Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem... Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem...Quem vai chorar, quem vai sorrir? Quem vai ficar, quem vai partir? Pois o trem está chegado... Tá chegando na estação... É o trem das sete horas,,, É o último do sertão, do sertão... Ó, olha o céu, já não e o mesmo céu que você conheceu, não é mais... Vê, ó que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar... Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões... Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons... Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral (3).
Deveras, eis que é o dia 30 de dezembro do ano de 2012... Uma
multidão imensa, vinda de todas as partes do Brasil, de muitas partes da terra,
está na cidade de Presidente Prudente, ocupando as suas avenidas, com os seus
tambores, as suas bandeiras, e os seus muitos cânticos. E quando alguém canta:
Eia lá vem e todos cantam a canção, ora, cantando a canção eis que todos
avistam vindas as forças dos reis do nascente do sol, as forças de Javé, vindo
(8) com a missão de começar em cima da terra o reinado de Jesus Cristo no lugar
do reinado de homens, que trouxe proveito para poucos, mas lágrima, dor e
sofrimento para a imensa maioria.
E lá vem.
E na frente de todos eis que aparecem jovens empurrando uma grande roda e nela
os dizeres: 2012: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A
GOVERNARIA. No centro da grande roda, o número 2012, e em cima, circundando, os
dizeres: O ANO DOS MANSOS QUE JESUS DISSE HERDARIA A TERRA E A GOVERNARIA, e
embaixo, completando o círculo, os dizeres, OS TRABALHADORES
E atrás
seguem jovens em cima de uma caminhonete que veio do Pontal do Paranapanema
levando três estandartes, os estandartes de Paulo e de Marx ladeando o
estandarte de Jesus Cristo.
E quando
a camionete passa levando os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de Marx eis
que logo atrás vêm jovens empurrando um carrinho; e em cima do carrinho um
livro aberto com os dizeres, deste lado: EDUCAÇÃO, e do outro lado, EVANGELHO.
E os jovens que empurram o carrinho são deste lado, um jovem evangélico, e
daquele lado, um jovem católico, mas no meio deles um jovem socialista, com os
três jovens seguindo pelas avenidas de Presidente Prudente empurrando o
carrinho.
E quando
os jovens passam empurrando o carrinho, eis que atrás deles vem um carro
alegórico ocupando bom espaço da rua. E ao fundo se levanta uma grande réplica
de Jerusalém se expandindo a partir do Muro das Lamentações. E deste lado de cá
aparece em grande destaque a Mesquita de Omar com o ouro que cobre seu domo
sendo visto em todo seu resplendor, beleza e grandeza sempiternos. E do lado de
lá, em grande destaque, aparece a Sinagoga de Ramban. E entre a Mesquita de
Omar com o Domo da Rocha prendendo as atenções e a Sinagoga de Ramban aparece,
então, em grande destaque, a Basílica do Santo Sepulcro. Mesquita, Basílica e
Sinagoga uma ao lado da outra. E no alto, encimando, em forma de arco que cobre
toda a extensão, eis que se lê a inscrição: O TERCEIRO TEMPLO RECONSTRUÍDO. E
em cima do carro alegórico seguem crianças palestinas, judias e cristãs em suas
respectivas indumentárias, conversando entre si e cantando cânticos
tradicionais e pertinentes, cristãos, palestinos e judeus. Todas cantam o mesmo
cântico. E o maestro está junto a elas, as ajudando na harmonia de sua síntese.
E o carro
alegórico, em toda a sua riqueza, segue pelas avenidas de Presidente Prudente,
e eis que na sua frente segue três jovens montados cada qual em um cavalo
branco. E levam ao ombro um grande estandarte que segue pelas avenidas da cidade
girando em suas mãos. E o jovem do lado de cá, em indumentária palestina, e com
o dorso do cavalo coberto do vermelho, do vermelho cetim, leva ao ombro um
grande estandarte que girando em suas mãos então faz aparecer dum lado a figura
de Esaú, mas do outro lado a figura de Yasser Arafat. Quanto ao jovem que vai
do lado de lá, em indumentária hebraica, e com o dorso do cavalo coberto do
branco, do branco cetim, ora, quando gira o estandarte em suas mãos eis que de
um lado aparece a figura de Jacó, mas no outro lado a figura de Yitzhac Rabin.
E os dois jovens, palestino e judeu, seguem pelas avenidas de Presidente
Prudente ladeando um jovem cristão que segue pelas suas avenidas levando ao
ombro um grande estandarte, que quando gira em suas mãos então dum lado aparece
a figura de Isaque, mas do outro lado a figura de Jesus. E o dorso deste cavalo
está coberto do rosa, do rosa cetim.
E o que
sucede é que quando passa pelas suas avenidas a camionete que veio de Estrela
do Norte trazendo os estandartes de Paulo, e de Jesus, e de Marx; passa os três
jovens empurrando o carrinho que leva em cima um livro aberto com os dizeres
EDUCAÇÃO e EVANGELHO, sim, o que sucede é que assim que acaba de passar o
caminhão alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e cristãs, então
a multidão que os presenciara não se contém e exclama: Vede! É a Arca do Pacto!
Do Pacto novo que Deus selou com seu filho Jesus! Ó morte, onde está a tua
vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? Ó Glória... Já não seremos mais
explorados; nem material e nem espiritual, mas o Cordeiro que está no meio do
trono nos pastoreará e nos guiará para as fontes de águas da vida. E ele
enxugará de nossos olhos toda lágrima, e não teremos mais fome, e nem sede, e
nem sol ou calor abrasador cairão mais sobre nós. Ô Glóóóóóóória!!!
E o
grande exército de Deus, sim, há um povo numeroso e poderoso; semelhante a ele
não se fez existir nenhum, desde o passado indefinido, e depois dele não haverá
mais nenhum até os anos de geração após geração. Adiante dele um fogo devora e
atrás dele uma chama consome. Adiante dele a terra está como o jardim do Éden;
mas atrás dele é um deserto desolado, e também se mostrou que dela nada
escapa. Sua aparência é como a aparência de cavalos e correm como
corcéis. Saltitam como que com o ruído de carros nos cumes dos montes,
como que com o ruído dum fogo chamejante que devora o restolho. É como um povo
forte, posto em ordem de batalha. Por causa dele, povos terão dores agudas.
Quanto a todas as faces, certamente ficarão coradas de excitação. Correm
como homens poderosos. Sobem a muralha como homens de guerra. E vão, cada um,
nos seus próprios caminhos e não trocam de veredas. E não empurram um ao outro.
Prosseguem andando assim como o varão vigoroso no seu rumo; e se alguns caírem
mesmo entre os projéteis, os outros não interrompem o avanço. Investem para
dentro da cidade. Correm sobre a muralha. Sobem às casas. Entram pelas janelas
como o ladrão. Diante dele a terra ficou agitada, os céus tremeram. Mesmo
o sol e a lua ficaram escuros e as próprias estrelas recolheram a sua
claridade. E o próprio Javé certamente fará ouvir a sua voz perante a sua força
militar, pois o seu acampamento é muito numeroso. Pois, aquele que cumpre a sua
palavra é forte; porque o dia de Javé é grande e muito atemorizante, e quem
poderá resistir nele? Sim, e o grande exército de Deus, que o profeta Joel viu
saindo para a sua ação, em toda a terra, partindo de um lugar, segue pelas
avenidas de Presidente Prudente arrebatando e extasiando a grande multidão. Que
bate no peito e diz: eu militarei nele! Serei um dos seus soldados valorosos,
investindo para dentro da cidade, correndo sobre a muralha, subindo às casas, e
entrando pelas janelas como o ladrão.
E o que
sucede é que quando a multidão acaba de exclamar: Ô Glóóóóóóória!!! E passa o
carro alegórico levando em cima crianças judias, palestinas e cristãs então a
multidão vê passar em seguida novo quadro que é mais uma jóia na coroa do
Senhor. E eis que vêm quatro jovens carregando ao ombro quatro grandes
estandartes. Na frente segue um estandarte, mas, atrás, guardando distância de
seis passos – que foram os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca
do Pacto subir da casa de Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de
alegria, e com toque de buzina, e com cânticos, e com dança – segue três
estandartes um ao lado do outro. E os três estandartes que segue atrás, seis
passos atrás, ora, deste lado de cá segue o grande estandarte de Madre Tereza
de Calcutá, no ombro de uma jovem, e do lado de lá o grande estandarte de
Chiara Lubich. Mas entre as duas jovens que levam ao ombro os estandartes de
Madre Tereza de Calcutá e de Chiara Lubich eis que segue uma jovem levando ao
ombro o grande estandarte de Zilda Arns. E as três jovens seguem pelas avenidas
de Presidente Prudente guardando distância de seis passos, da jovem que vai à
frente levando ao ombro o grande estandarte de Dorothy Stang.
E quando
essa jóia da coroa régia do Senhor passa pelas suas avenidas eis que a multidão
vê passar nova jóia da coroa do Senhor. E eis quatro jovens levando ao ombro
quatro grandes estandartes. Na frente segue um jovem levando ao ombro seu
grande estandarte, e atrás dele, guardando distância de seis passos – que foram
os seis passos que o rei Davi deu quando fazia a arca do Pacto subir da casa de
Obede-Edom para cima a Jerusalém, e com gritos de alegria, e com toque de
buzina, e com cânticos, e com dança – segue três jovens levando ao ombro seu
grande estandarte. Um ao lado do outro. E eis que deste lado segue um jovem
levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu, e do lado de lá
segue um jovem levando ao ombro o grande estandarte de Nelson Mandela. E os
dois grandes estandartes seguem pelas avenidas de Presidente Prudente ladeando
o grande estandarte de Martin Luther King, que segue pelas suas avenidas nos
ombros de um jovem batista negro. E os três jovens, levando os estandartes do
Bispo Desmond Tutu, e de Martin Luther King, e de Nelson Mandela, seguem pelas
avenidas de Presidente Prudente guardando a distância de seis passos do jovem
que vai à frente levando ao ombro o grande estandarte de Mahtma Gandhi.
E quando
passarem os jovens levando ao ombro o grande estandarte do Bispo Desmond Tutu,
e de Nelson Mandela, e de Martin Luther King, e de Mahatma Gandhi, eis que a
multidão vê agora passar aos seus olhos dois jovens montados cada qual em um
cavalo branco. E levam ao ombro um grande estandarte. E os estandartes seguem
girando em suas mãos. E o que sucede é que quando o jovem do lado de cá passa pelas
avenidas de Presidente Prudente girando o seu estandarte então em um lado a
multidão vê o rosto de João XXIII, mas no outro lado vê o rosto de John Wesley,
com os rostos de João XXIII e de John Wesley intermitentemente se manifestando
aos seus olhos. E quando o jovem do lado de lá gira o estandarte em sua mão
então a multidão vê de um lado o rosto de Che Guevara, mas no outro lado vê o
rosto de Francisco de Assis. E os rostos de João XXIII e de John Wesley, e de
Che Guevara e de Francisco de Assis se mostram intermitentemente aos olhos de
toda a multidão, como se fossem a sua noite e o seu dia.
E quando
passarem os jovens montados em seus cavalos brancos, levando ao ombro os dois
grandes estandartes que seguem pelas avenidas de Presidente Prudente girando em
suas mãos, e fazendo alternar aos olhos da multidão João XXIII e John Wesley,
Che Guevara e Francisco de Assis, eis que a multidão vê passar atrás deles
dezenas e dezenas de jovens que levam ao ombro os estandartes daqueles que João
viu por debaixo do altar clamando vingança pelo seu sangue derramado. E eis que
são dezenas e dezenas de jovens levando ao ombro os estandartes daqueles
cristãos que sofreram martírio nas mãos de Roma pagã. E o seu número é
incontável, sendo incontável o número dos seus estandartes, pois, deveras, cada
estandarte leva o nome de um daqueles mártires que na defesa de sua fé sofreu
horrores à mão de homens violentos e de feras famintas. E na frente de todos
eles seguem três jovens levando em suas mãos ramalhetes com rosas brancas.
E as
dezenas e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente levando
ao ombro os seus estandartes. E eis que a multidão vê entre seus estandartes os
estandartes dos apóstolos de Jesus que foram martirizados. Todos eles estão ali
nos ombros dos jovens para receberam a coroa de glória que um dia foi-lhes
prometido. Todos eles estão ali, desde Estevam ao último dos apóstolos
martirizado, André. E entre eles, no meio deles, dezenas e dezenas de jovens
carregam ao ombro o estandarte de um cristão que teve a sua vida ceifada por
não permitir que valores éticos e morais fossem subjugados por valores de
duvidosa qualidade, que tinham o poder de satisfazer o ego e a voracidade do
corpo, jamais o espírito.
É
incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos mártires do
cristianismo que desfilam pelas avenidas de Presidente Prudente. De modo que se
podem ver no meio deles, entre os estandartes dos apóstolos de Jesus, eis os
estandartes de Policarpo, e de Bárbara de Nicomédia, e de Anastácio de
Sirmiuns, e de Demétrio Tessalonico, e de Perpétua e de Felicidade, e de Inês,
e de Agatonice, e de Sinforosa, e de Justino, e de Teodoro de Heracléia, e de
Catarina de Alexandria, e de Cristina de Bolsene, e de Irene, e de Clemêncio, e
de Flávia Domitila, e de Blandina, e de Inácio, e de Leônidas, e de Pantaleão
de Nicomédia, e de Teodósia, e de Procópio de Citópolis. A verdade é que se
para cada mártir cristão houvesse um representante em Presidente Prudente com
certeza todas as suas ruas seriam insuficientes para abrigar o seu número, tão
grande foi o número dos mártires que morreram na defesa da fé cristã.
E o que
sucede é que quando passarem os três jovens levando nos braços ramalhetes com
rosas brancas, e sendo seguido por uma multidão incalculável de jovens levando
ao ombro o estandarte de um cristão martirizado sob o domínio de Roma pagã, eis
que agora multidão vê passar diante dos seus olhos os estandartes daqueles que
João viu completando o número dos mártires cristãos, e que foram chamados por
ele de co-escravos e de co-irmãos, que iriam ser mortos como foram aqueles que
debaixo do altar clamavam vingança pelo seu sangue.
E diante
dos olhos da multidão agora passa os estandartes dos mártires do socialismo. É
incontável o seu número. É incontável o número dos estandartes dos mártires do
socialismo que passam perante os olhos da multidão. Desde os mártires que
morreram lutando na Comuna de Paris, passando pelos mártires de Chicago, e pelo
martírio do casal Rosemberg em Nova Yorque, e pelo martírio de Che Guevara na
Bolívia, até chegar ao martírio de Dorothy Stang no Brasil, é incontável o
número dos mártires pelo socialismo, que sofreram todo tipo de violência desde
ser afogado na água até ser amarrado pelos pés e ser arrastado pelas ruas da
cidade por automóveis conduzidos por homens enfurecidos.
E dezenas
e dezenas de jovens seguem pelas avenidas de Presidente Prudente levando ao
ombro os estandartes dos mártires pelo socialismo, cujo número foi tão grande
como foi o número dos mártires pelo cristianismo. E na frente deles seguem três
jovens levando nos braços ramalhetes com rosas vermelhas.
E eis que
a multidão nas avenidas de Presidente Prudente vê agora passar os mártires pelo
socialismo, que necessário se fez morrer para que se completasse o número dos
seus co-escravos e co-irmãos que foram mortos sob Romã pagã e eles então fossem
vingados. Eis que a multidão vê jovens levando ao ombro os estandartes de
Stuart Angel, e de Carlos Mariguela, e de Alexandre Vanucci Lemes, e de
Vladimir Herzog, e de Manuel Fiel Filho, e de Santo Dias, e de Chico Mendes, e
de Olga Benário, e de João Bosco Penido, e de Pe. Ezequiel Ramin, e de Dom
Oscar Romero, e de Pe. Josimo Tavares, e de Frei Tito, e de Ranúsia Alves
Rodrigues, e de Manoel Lisboa, e de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, e de
Carlos Lamarca e de Iara Yavelberg, e de Zequinha Barreto. Se todas as ruas de
Presidente Prudente são pequenas demais para abrigar os estandartes dos
mártires cristãos são também pequenas para abrigar os estandartes dos
mártires pelo socialismo. Milhões foram mortos pela causa do cristianismo, e
milhões foram mortos pela causa do socialismo, todavia era no martírio dos seus
milhões que um novo mundo estava sendo forjado.
E quando
passarem os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires pela causa do
cristianismo e passar os jovens levando ao ombro os estandartes dos mártires
pela causa do socialismo, eis que atrás deles, logo atrás, seguem jovens
levando ao ombro os estandartes das grandes religiões monoteístas.
E atrás
deles seguem jovens levando ao ombro os estandartes das grandes doutrinas
espiritualidades, dedicadas à caridade e a minorar o sofrimento daqueles que
não tem a quem clamar, tanto as que estão no oriente como as que estão no
ocidente.
E atrás
dos jovens levando os estandartes das religiões monoteístas e das doutrinas espiritualistas
eis que seguem jovens levando em seus ombros os estandartes de todas as
denominações religiosas, quer as pertencentes ao campo evangélico quer as
pertencentes ao campo católico. Todas elas, nas suas centenas, que sentiram em
seus seres que realmente os seus corpos foram mergulhados nas águas do Mar
Vermelho espiritual e que agora chegou o tempo de mergulhá-los nas águas do
Jordão espiritual indo diretamente para ocupar as moradas eternas que o Cristo
da cruz um dia disse iria as preparar para os seus.
E atrás
dos jovens levando em seus ombros os estandartes de suas respectivas
denominações religiosas eis que seguem os povos da floresta, as suas inúmeras
tribos, todas elas nas suas mais ricas indumentárias. E seguem pelas avenidas
de Presidente Prudente com os seus chocalhos e as suas danças e os seus
cânticos.
E atrás
dos povos da floresta então segue o caminhão levando os homens e mulheres, que
por terem se dedicado ao serviço com os pobres, por terem lutado para arrebatar
os pobres da mão do opressor, que sem medo enfrentaram as forças das trevas e
do terror, sim, seguem os homens e mulheres que neste dia, quando estiverem no
grande palanque armado ali no Parque do Povo visto em sonho pela jovem Joseane,
hão de ouvir: Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai. Herdai o
reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós
me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu
era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me
vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me
visitastes.
E o que
sucede é que quando a multidão entrar no Parque do Povo e após discursos, então
chegará o momento da simbólica chuva de rosas, uma justa homenagem que será
prestada a todos aqueles que lutaram e foram martirizados tanto pelo
cristianismo como pelo socialismo. E aqueles três jovens que seguiram na frente
dos estandartes dos mártires pelo cristianismo então lançarão ao alto os
ramalhetes de rosas brancas em suas mãos numa justa homenagem a todos os
mártires do cristianismo. E quando subirem e descerem ao olhar de todo o
povo no Parque do Povo então dedos femininos começarão a retirar das cordas do
violino o som divino do hino MAIS ALVO QUE A NEVE. E a multidão, na alegria do
espírito, canta MAIS ALVO QUE A NEVE. Em seguida será a vez dos três jovens que
seguiram na frente dos estandartes dos mártires pelo socialismo lançarem ao
alto os seus ramalhetes com rosas vermelhas numa justa homenagem aos mártires
do socialismo. E quando subirem e descerem ao olhar de todo o povo então dedos
masculinos começarão a retirar do violino o som da música Vermelho, que o
Brasil inteiro cantou com Fafá de Belém.
E
sucederá que quando todos no Parque do Povo acabar de cantar Vermelho, então os
seis jovens se abaixarão e apanharão os seus ramalhetes. E juntos os lançarão
ao alto, os ramalhetes com rosas brancas e os ramalhetes com rosas vermelhas,
numa justa homenagem aos mártires do cristianismo e aos mártires do socialismo.
E enquanto sobem e descem ao olhar de todo o povo no Parque do Povo, então os
dedos femininos e masculinos começarão a retirar do violino o som divino da
música Rosa de Sarom com todos no Parque do Povo cantando: Uma cortina se abriu
e surgiu / Um cavalo e mil cavaleiros / Brancos, vermelhos armados, armados /
Do riso inocente que faz despertar / Pisando firmes na terra / Abrindo seu
ventre fazendo brotar / Uma canção que só fala de amor / Que só diz que a vida
já vai começar / Do trigo somos a sua brancura / E da videira o seu vermelhão /
O branco da paz, o vermelho da vida / Somos a rosa – a Rosa de Sarom (4).
E
enquanto dedos masculinos e femininos retiram do violino o som divino da música
Rosa de Sarom, ao seu som, então chegou o grande momento de todos no Parque do
Povo participar da Ceia Nova, da Ceia especial, que Jesus, por ocasião da
última ceia, disse só voltaria a participar dela quando aparecesse nova, no
reino de seu Pai, junto com seus discípulos.
E todos
no Parque do Povo levam à boca um pedaço de pão e um cálice de vinho, com o pão
e o vinho tendo um novo sentido em suas vidas, não mais apenas lembrar-se do
sacrifício de Jesus na cruz, mas saber que no seu sacrifício estava a redenção
completa do ser humano, tanto a redenção espiritual que trás igualdade
espiritual como a redenção material que trás a igualdade material. Igualdade
espiritual e igualdade material que Ele cuidou em construir no devir histórico,
primeiro com Paulo, e depois, quando a História no seu movimento real saiu do
tempo teológico-espiritualista e entrou no tempo antropológico-materialista,
seguindo a curvatura da história e que se deu com e a partir do Renascimento,
ora, então na plenitude dos tempos materiais ele cuidou em construir a sua
redenção material com o judeu Marx.
E a
multidão no Parque do Povo participa da Ceia Nova de Jesus, que se manifesta em
conexão com o seu novo nome. E o perfume universal da sua paz e da sua justiça
sobe do chão do Parque do Povo e é levado pelo vento para os quatro cantos da
terra, a fazer morada e a fincar raízes em todos os corações e em todas as
mentes.
E a
multidão se despede do Parque do Povo cantando a música do Geraldo Vandré PRA
DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES. Voltam para as suas casas com a certeza de que
a Semente terá de ser semeada em todos os corações, em todas as mentes, na sua
casa, na sua vizinhança, no seu bairro, na sua cidade, no seu estado, na sua
nação, no seu continente, na terra inteira, pois, deveras, é esta a Semente que
o profeta Daniel viu sendo arrancada do monte, sem o auxílio de mãos, e feriu a
estátua a esmiuçando, e se espalhando para a terra inteira e a enchendo como a
um só monte.
21 de Dezembro
Suponhamos
que tudo isto realmente virá acontecer no final do ano na cidade de Presidente
Prudente. Os líderes com responsabilidade ouviram o Chamado e se mobilizaram para
que tudo realmente acontecesse. Ora, como Deus é aquele que toda vez que vai
fazer a sua obra ele recapitula os seus passos, Jesus voltando do Egito para
Israel recapitulou os passos que Moisés deu na sua volta de Midiã para o Egito,
com a diferença de que Jesus recapitulou Moisés na forma, não, porém, no
conteúdo; o conteúdo de Jesus foi outro, não voltou para tomar o lado dos
judeus contra os romanos, como teria feito Moisés, mas para onde Moisés parou
dar um novo salto de qualidade, no lugar da libertação particular eis agora a
libertação universal, não deste daquele, mas de todos do pecado que estava
presente na vida de todos, corroendo e corrompendo a todos, ora, caso tudo isto
venha realmente a acontecer, então tão grande acontecimento seria precedido de
um acontecimento recapitulador dos passos dados por Deus.
De fato,
que seria feito um ato na região do Pontal do Paranapanema, um ato que recapitularia
os passos da revolução, os passos que deu com o Marxismo, com a Teologia da
Libertação e agora com o socialismo celestial. Que mui provavelmente seria
realizado em três lugares e em três cidades, o Assentamento Che Guevara, em
Mirante do Paranapanema; o Assentamento Dom Tomás Balduino, em Sandovalina, e
em Estrela do Norte. Três cidades uma próxima da outra. E tudo indica que tal
se iniciaria no dia 21 de dezembro, uma data muito louvável para o início de
tudo, com a militância ficando uns dias no Assentamento Che Guevara, outro no
Assentamento Dom Tomás Balduino, e por fim rumariam para Estrela do Norte. E
então na tarde do dia 29 ou mesmo na manhã do dia 30, cedo, muito cedo, então
rumariam para Presidente Prudente a tomar parte na grande caminhada. Esta é a
camioneta que foi dito veio de Estrela do Norte trazendo os estandartes de
Paulo e Marx ladeando o grande estandarte de Jesus e que foi vista pelas
avenidas de Presidente Prudente.
Assim: o
ato inaugural seria realizado no Assentamento Che Guevara, neste 21 de
dezembro, com a militância que se disponibilizou. E o ato no Assentamento Che
Guevara será todo dedicado ao Marxismo e à Revolução nas suas cores vermelhas.
De modo que neste dia oradores se revezarão para falar sobre as suas grandes
giestas, que certamente serão precedidas de sua gênese mais remota, o comunismo
que os escravos hebreus experienciaram no deserto, passando pela rebelião dos
escravos liderados por Espártaco, pelo comunismo dos cristãos primitivos, pela
Cidade do Sol de Campanella, pelas cidades industriais de Robert Owen, pelo
falenstério de Charles Fourier, pelo kibutzin israelense, até chegar à sua
forma quiçá acabada, o socialismo real, fruto da teoria científica elaborado
por Marx e Engels no século XIX.
Depois de
três dias esta militância que se disponibilizou bem cedo rumará para o
Assentamento Dom Tomás Balduino, em Sandovalina, cerca de trinta e três
quilômetros dali. E ficarão ali mais três dias dedicados à luta do cristianismo
da Teologia da Libertação. E oradores se revezarão para falar sobre as suas
grandes giestas, certamente que principiando por Abraão, passando pelo Abraão
maior que deixou a casa de seu Pai no céu e veio para a Terra, lugar do reino
dos céus, até chegar à moderna luta contra o capitalismo.
No sétimo
dia, bem cedo, indo pela estrada de terra onde no ano de 97 Adamir Gerson fez
uma caminhada sozinho e à pé, levando em uma mão uma sacola com as suas roupas
e na outra a sua máquina de datilografar, e que usou para chamar os convidados,
que não vieram – e a caminhada ele começou a fazer assim que os ossos de Che
Guevara foram descobertos e desenterrados em Vallegrande e levados para o seu
Mausoléu em Santa Clara. No momento em que os dentes da escavadeira tocaram os
ossos de Che Guevara então o Espírito começou a pousar nele e a revelar coisas
inefáveis sobre Che Guevara, a tal ponto que o levou em espírito para a
eternidade sem fim e lhes mostrou os sacerdotes do Reino fazendo leitura do
Salmo 22 e o exaltando. E falavam de Jesus, mas falavam também de Che Guevara;
e falavam de Che Guevata, mas falavam também de Jesus. Nas suas falas e nas
suas exortações Jesus e Che Guevara eram inseparáveis. Isto é, na eternidade,
no domínio absoluto de Deus – ora, na manhã do sétimo dia todos rumarão para
Estrela do Norte onde ali os espera três estandartes sustentados em três bases.
E na base de cá, onde ao seu pé se acha a inscrição VIDEIRA, eis que ela
sustenta o estandarte de Paulo. E na base de lá, onde ao seu pé se acha a
inscrição FIGUEIRA, eis que ela sustenta o estandarte de Marx. E na base do
meio, onde ao seu pé se acha a inscrição ROSA DE SAROM, eis que ela sustenta o
estandarte de Jesus. E passam três dias em Estrela do Norte. No décimo dia,
quando o primeiro galo cantar, então se levantarão e apanharão os três
estandartes e os colocarão em cima de um veículo e tomarão o rumo de Presidente
Prudente a fim de participar do grande acontecimento, onde já os espera uma
multidão incalculável.
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(1) Pergunta pertinente: o que é adquirir a herança eterna chamada Jesus Cristo? Mateus 25.40 tem a sua resposta. Tomar posse desta bendita herança é dedicar a sua vida ao lado dos pobres a fim de ajudá-los na sua caminhada; é tornar leve o fardo pesado que os opressores colocam em seus ombros. E a Teologia da Libertação tem conquistado esta herança eterna antes do Jordão, na caminhada do deserto. E há de despertar o amor aos pobres naqueles corações que ainda não tiveram a sua oportunidade.
(2) Isaías 13
(2) Isaías 13
(3) Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o
bem num romance astral. Aqui certamente é o cumprimento de Isaías 11.6 como
segue: E o lobo, de fato, residirá por um tempo com o cordeiro e o próprio
leopardo se deitará com o cabritinho, e o bezerro, e o leão novo jubado, e o
animal cevado, todos juntos; e um pequeno rapaz é que será o condutor dele.
Essa questão entre bem e mal cuidará Deus. Os homens, em maior ou menor grau, se mostraram tendenciosos a lidar com a questão. De modo que desta questão cuidará Deus. Ele saberá livrar os corpos do mal,
fazendo escorrer bueiro adentro toda a sua água suja, despejada ali pelos
próprios corpos que foram ensinados por Deus a se banhar e a se esfregar.
(4) A música Rosa de Sarom na verdade é uma letra que
Adamir Gerson fez e encaixou no clássico Romance de Amor, que por sinal é
controverso a sua origem. O que se sabe com certeza é que se trata de uma
música pertencente ao folclore espanhol. Quanto ao seu compositor o mais aceito
é que tenha sido Antônio Rovira, também aparecendo como seu autor Tarrega, Sor,
Yepes, Paganini, e aquele que muitos afirmam ser o compositor de fato, Vicente
Gomes. Por ser uma música sem autor aparente, e belíssima, e intuindo que a sua
autoria desconhecida podia esconder um propósito divino, Adamir Gerson se viu
no direito de utilizá-la pondo nela uma letra que julga pertinente. E espera
que a sua versão tenha o mesmo alcance que teve a música austríaca Griechischer
Wein, do Udo Jurgens, que transposta para a cultura portuguesa por Paulo
Alexandre, se transformou num belíssimo clássico lusitano.
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