quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pequena Autobiografia de Adamir Gerson


PEQUENA AUTOBIOGRAFIA

Filho de pais nordestinos que vieram do estado de Alagoas para o estado de São Paulo em caminhões paus-de-arara, por volta do ano de 49, 50, em 52 sua mãe, grávida dele, se mudou da cidade de Sandovalina para a vizinha Estrela do Norte (Isaías 41.25; Apocalipse 2.28?), doze Quilômetros distante. No ano seguinte, aos 28 de maio, sua mãe o deu à luz nessa Estrela do Norte. E seus pais lhe deram o nome de Gerson (Êxodo 2.22?). Em 58, cinco anos depois, portanto, seus pais retornaram para a mesma Sandovalina.

Em 72, morando agora em Presidente Prudente um fato doloroso marcou profundamente sua vida: seu pai abandonara a família, deixando a sua mãe com dez filhos para acabar de criar, o que ela fez com dignidade vendendo roupa usada numa sacola de casa em casa.

Em 73, porque era difícil a situação de todos, ele foi então para a região do ABC, para trabalhar e sobreviver. Inicialmente trabalhou como cobrador de ônibus na antiga empresa São Bento, de São Caetano do Sul, hoje Santa Paula. Depois trabalhou na Chrysler, em São Bernardo do Campo, fazendo serviços externos para uma transportadora da Mooca, a Roda Branca. E, do dinheiro que ganhava, pagava a pensão da Noelia e o restante enviava para sua mãe  em Presidente Prudente; e, assim, ia ajudando a criar seus irmãos. E foi nessa São Caetano do Sul que ele, no ano de 75, pelo ensino supletivo, concluiu o 2º Grau. E não mais voltou a estudar, sabendo os reais motivos no ano de 78 quando teve o seu encontro teofânico.

Tendo retornado para Presidente Prudente, aconteceu então com ele o encontro teofânico, que se deu no mês de abril daquele ano de 78.

E foi assim que se deu: trabalhando agora na CICA da cidade, numa semana noturna daquele mês de abril, então de repente ele começou a cantar no seu íntimo a música Coração Materno, na voz do Caetano Veloso. A música vinha e ele começava a cantá-la no seu íntimo quando então sentia um grande gozo no coração e as lágrimas transbordavam. Dia após dia a música vinha e ela então para não verem suas lágrimas ia para os fundos do barracão até que então, no fundo do barracão, quando o gozo transbordou no seu coração e as lágrimas veio então teve o seu encontro teofânico. Então naquele dia, naquela noite, aquele operário de vinte e cinco anos não somente teve a sua vida mudada radicalmente, se afastando de tudo e de todos e se fechando em si mesmo, como também iria mudar radicalmente os destinos da humanidade. Pois que, deveras, a Divindade a partir daquela noite começou a construir naquele jovem operário o que haveria de se constituir em alternativa para todo o existente. A Divindade começou a construir nele literalmente o eis que faço novas todas as coisas.

Ora, quando Adamir Gerson foi para a região do ABC Paulista, no ano de 73, o que sucede é que neste ano (mas pode ter sido no ano de 74), quando em todo o Brasil se cantava a música 1973, na voz do cantor falecido Antônio Marcos, música que fala de Jesus como tendo sido doutor não obstante nunca ter cursado uma faculdade, sim, aconteceu então nesse ano que Adamir Gerson se achando em uma casa em São Caetano do Sul assistindo ao programa Fantástico, da Rede Globo, então o programa trouxe uma reportagem com Romão Batista, líder da seita apocalíptica Borboletas Azuis, da Paraíba, e que tinha construído uma arca de cimento dizendo ser iminente o dilúvio de Deus sobre a terra. De modo que a certa altura o repórter indagou dele se já tinha visto Jesus. E ele tendo dito que sim, então o repórter quis saber dele como era Jesus. E Romão Batista, um homem simples, do povo, assim disse no seu jeito de matuto: "Ele é um rapaz arvinho, de cabelo curtinho." Quando disse isto,  imediatamente Adamir Gerson, então um rapaz arvinho, de cabelo curtinho, então com vinte anos, sentiu um fogo muito forte abrasar o seu coração. Se pondo de pé instantaneamente, começou a andar rodopiando pela casa, sem saber o que era aquilo. Depois de cerca de um minuto, o fogo começou a abrandar e a diminuir, até que cessou. E voltou então ao sofá.

A verdade é que cinco anos depois, em 1978, no momento em que tinha o encontro teofânico, ali, na CICA, por entre as latas, e quando o fogo abrasava o seu coração e o véu era removido, então o próprio Espírito fazia que ele rememorasse e associasse o que ocorrera com ele em São Caetano cinco anos antes com o que acabara de ocorrer agora. De modo que ficou sabendo que ele mesmo não era Jesus, mas Jesus fora aquele fogo que, ante as palavras de Romão Batista, se passara para ele. Naquele momento fora Jesus pondo nele o seu espírito para que, através do seu espírito, então produzisse justiça para as nações (Isaías 42). E Adamir Gerson muito se alegrou em saber que Deus usara um homem do povo, uma pessoa simples, dos pequeninos de Jesus, para um ato tão grande. Mais tarde, quando Romão Batista faleceu e o mesmo programa Fantástico dava a notícia, Adamir Gerson se achava num sofá que fora como aquele sofá.

Ora, no ano de 81 quando ventos começaram a soprar forte sobre os regimes socialistas do Leste, ele então saiu pela primeira vez para tornar público o que a divindade lhe revelara até aquele momento. Tendo assentado as boas novas em um gráfico, então procurou Paulo Isaac, hoje professor de antropologia na Universidade Federal de Rondonópolis, Mato Grosso. E Paulo Isaac o encaminhou a padre Jerônimo, dizendo: "Quem na cidade para compreender isto senão padre Jerônimo?" E quando padre Jerônimo estendeu os olhos sobre o gráfico, que retratava as etapas porque estava passando o Absoluto no seu longo calvário de retorno a si mesmo, sim, no seu longo calvário para transformar a Idéia Absoluta em Espírito Absoluto – Moisés (moral-invernal) à Paulo (espiritual-primaveril) à Marx (intelectual-verânica) à Lênin (filosófica-outonal) à Elias (profética-colheital) à Jesus (messiânica - usufruto) – então padre Jerônimo disse: "Qual o teu nome e o que faz?" E tendo declinado o seu nome de Gerson, então padre Jerônimo correu num dicionário bíblico para ver se tinha significado na língua hebraica. E quando olhava, porque puro de coração, foi tomado pela manifestação do Espírito Santo. De modo que exclamou: "Falas isto porque és o próprio Deus!" (na verdade o que quis dizer foi que as suas palavras intelectuais e de vida tinham procedência divina e não humana. O gráfico não podia ter sido escrito por quem não tinha formação intelectual para o fazer senão que o fez por revelação).

Em 95, tendo feito um trabalho escatológico portentoso, foi guiado pela divindade para que fosse com ele para São Paulo. E colocou o trabalho nas mãos dos pastores Paulo e Marcos da pastoral universitária da Faculdade Metodista de São Bernardo do Campo. Tendo ficado com o material por dois dias, impressionados, os dois o orientaram que procurasse pastor Davi, batista e naquele ano presidente da Associação Evangélica do município. Não o encontrando, deixou o material com a sua secretária. Retornando no dia seguinte, então pastor Davi o tomou pela mão e o levou a um canto e indagou dele sinceramente: "Meu irmão, não me negue e não mo ocultes: Você é Jesus?" E ele não o negou e não o ocultou, e disse que não, mas que era o Elias restaurador de todas as coisas, cuja missão era conduzir a todos para Jesus e o glorificar. E pastor Davi, maravilhado, o largou (porque aquele ainda não era o seu tempo chegado) (Ora, esse Padre Jerônimo, que no ano de 81 ficou impressionado com Adamir Gerson passado mais de vinte anos veio a dizer: Você é muito superior a Lula; não tem comparação...) (Para reflexão, este Lula já presidente da nação em visita à Europa imprimia tanto às suas palavras tom messiânico, tanto mesmo, que um reitor francês, impressionado, deixou escapar: Lula não somente vai redimir o Brasil como a terra inteira. E acrescentando que Leonardo Boff disse que Lula lhe segredou que sentia-se portador da vocação do Messias brasileiro, que é eufemismo para O Messias. Ora, a redenção do Brasil só virá quando surgir uma aliança do povo católico e evangélico com o povo socialista na mediação de Jesus Cristo. Essa aliança que Lula tem criado, que é revivência histórica da aliança construída por Kerensky naquele ano de 1917, cria tudo menos uma nação redimida, pois que o fundamento desta redenção se acha no elemento ético, que enforma e determina todas as relações, que não move essa aliança política construída por Lula e PT senão que é movido unicamente pelo interesse).

Nunca é demais dizer que naquele instante em que teve o seu encontro teofânico naquele preciso instante foi tomado por mãos divinas e levado para o ventre da igreja evangélica, para o ventre da Assembléia de Deus. De modo que foi ali, entre os bancos da igreja evangélica, que Adamir Gerson começou a se despertar para Deus e para a Sua Palavra. Cada vez mais sendo despertado para o Evangelho, do seu poder em construir uma sociedade nova, fraterna, de irmãos, sem o uso da violência senão que semeando nos corações a Palavra de Deus, iria chegar um tempo em que os teólogos e os filósofos iriam se debruçar porque neste preciso tempo não só o operário do ABC Adamir Gerson foi levado para o ventre da igreja evangélica como o operário do ABC Lula foi levado para o ventre da igreja da Teologia da Libertação. Irão lançar mão de muitos recursos teológicos e filosóficos para compreender esse mistério, porque enquanto Lula estava nascia politicamente no ventre da igreja da Teologia da Libertação, enrolado na bandeira vermelha do Marxismo e prometendo criar uma sociedade igualitária na destruição da burguesia, Adamir Gerson nascia enrolado na bandeira branca do Evangelho e prometendo criar uma sociedade igualitária na transformação e conversão da burguesia. Mui provavelmente iria ser no ano de 2014 quando tudo isto viria à superfície, ao conhecimento de todos.


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