segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Teologia da Libertação: Já Fora dos Planos de Deus


Teologia da Libertação: Já Fora dos Planos de Deus

Na metade do século XIX e em diante o mundo conheceu no seu meio o aparecimento do movimento comunista. Um movimento completamente estranho para todos os padrões conhecidos. Não só com o objetivo de estabelecer na terra uma nova sociedade, em que todos viveriam em igualdade, não haveria mais ninguém se locupletando com o trabalho alheio, como até mesmo com a intenção de desarraigar de todos os lugares o nome de Deus e construir esta terra de paraíso sem a sua presença.

O que pouca gente sabe é que o aparecimento do movimento comunista na terra foi sim cumprimento da Palavra de Deus. A Palavra de Deus descreve em minúcias o seu aparecimento. Mais do que isso, o que ele iria fazer, a sua queda, e o seu soerguimento.

Tomemos duas passagens bíblicas, Isaías 65 e Mateus 21.43, e façamos sobre elas uma rápida exegese.

Isaías 65: Deixei-me buscar por aqueles que não perguntaram por mim. Deixei-me achar por aqueles que não me tinham procurado. Eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui! A uma nação que não invocava meu nome.

Mateus 21.43: É por isso que vos digo: o reino de Deus vos será tirado e dado a uma nação que produza os seus frutos.

Claramente estas palavras de Jesus é uma transcrição das palavras de Isaías. Isaías está falando de um povo nas mãos de Deus e a serviço de Deus, um povo que paradoxalmente não tinha ligação com Deus e não o invocava ou não dobrava seus joelhos diante de Deus, e Jesus fala de um povo futuro que receberia nas mãos a missão da construção do reino de Deus no lugar dos sacerdotes e povo judeus.

Ora, fazendo uso do silogismo de Aristóteles, tendo por base premissas lógicas, a conclusão é de que este povo só pode ser o povo marxista. (Premissas lógicas é que todos os povos da terra cultuaram ou tiveram um deus ou Deus. O único povo da terra que não cultuou ou teve um deus ou Deus foi o povo marxista. O único povo da terra que trouxe os frutos do Reino foi o povo marxista. Logo a conclusão lógica deste silogismo é que seja o povo marxista, e nenhum outro povo debaixo dos céus, o povo da profecia).

Mas, acontece que tanto o profeta Isaías como Jesus, depois de vaticinarem o aparecimento futuro de um povo paradoxal, que iria fazer a vontade de Deus sem ao menos o conhecer, os dois trazem um novo momento, o momento em que Deus remove o véu que o separa deste povo e se dá a conhecer a este povo como seu povo; e este povo alegremente se reconhece como pertencente a Deus. “E certamente a semearei como semente para mim na terra, e vou ter misericórdia para com aquela com que não se teve misericórdia, e vou dizer aos que não são meu povo: Tu és meu povo; e eles, da sua parte, dirão: Tu és meu Deus”, Oséias2.23

Isaías 66.14: E certamente vereis, e vosso coração forçosamente exultará, e os vossos próprios ossos florescerão como a tenra relva. E a mão de Javé há de ser dada a conhecer aos seus servos, mas ele verberará realmente seus inimigos.

Certamente que estes servos a quem Deus SE DARIA A CONHECER são mesmo os marxistas. E estes inimigos que ele verberaria são mesmo os capitalistas e todos que fazem defesa do imperialismo, uma multidão que é como as águas do mar. Mateus 25.40: E o rei lhes dirá, em resposta: Deveras, eu vos digo: Ao ponto que o fizeste a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.

Jesus, depois de no verso 43 do capítulo 21 de Mateus ter falado sobre um povo que iria se manifestar na história construindo o reino de Deus no lugar dos sacerdotes e povo judeu, agora no capítulo 25 é encontrado em diálogo com este povo. Há um esforço por parte de Jesus em conscientizar este povo de que seja ele o povo de Mateus 25.40. E eles se surpreendem com o anúncio de que é povo de Deus, a serviço da sua obra: Mas, nós... Porque nós? Se nunca tivemos qualquer ligação com Deus ou com sua Palavra? E Jesus responde: Pois é, são vocês mesmos. Quando davam de comer aos que tinham fome, quando dava a eles vestimenta, escola, moradia, conhecimento, lazer, era um serviço que estavam prestando a Deus. Estavam dando ao próprio Deus, pois Deus tem a sua moradia entre os oprimidos, para reavivar o seu coração, como vaticinou o profeta Isaías.

Ora, uma vez que a Teologia da Libertação pela boca do seu porta-voz mais respeitado, Leonardo Boff, disse que Marx não é nem pai nem padrinho da Teologia da Libertação – um militante emendou que também não é nem tio – e estas palavras expressam sim um desprezo pelo marxismo, um não querer se envolver com ele, pois é se envolver com quem se tornou mal quisto perante a opinião pública, sim, o marxismo que foi abandonado por todos estaria agora também sendo abandonado por aquela que mais próxima dele esteve, a Teologia da Libertação. Ora, como afirmamos que todos estes que abandonaram o Marxismo não tem nada a ver com Deus, somos obrigados a dizer que a Teologia da Libertação, pela sua postura oportunista, já não está mais nos planos de Deus. Esteve ao lado do Marxismo quando ele esteve em alta, e agora que se acha prostrado, como coisa vil para os homens, afirma publicamente não ter qualquer parentesco com ele. “Juro que não o conheço!” (Mateus 26.69-75).

Verdade seja dito: a Teologia da Libertação já não está mais nos planos de Deus porque o plano de Deus não é o abandono dos marxistas, mas, sim, é dar-se a conhecer a eles e eles se tornarem em povo de Deus. Os marxistas não ficariam jogados às traças, mas seriam por Deus resgatado de sua queda, recolhidos ao seu celeiro. Porque de Deus saiu e a Deus retornaria.

Nas palavras de Jesus, no lugar do desprezo, do abandono, o que iria ocorrer com os marxistas é que eles iriam brilhar tão claramente no reino de seu Pai... As imensas massas teístas, esclarecidas por teólogos com a unção de Deus, iriam compreender que estes justos que segundo Jesus iria brilhar tão claramente no reino de seu Pai são mesmo os marxistas. E quando as massas compreenderem assim é neste momento que está se dando o seu soerguimento.

E fica lançada ao militante da Teologia da Libertação e ao militante marxista a escolha, entre a Teologia da Libertação e o Socialismo Celestial. A escolha entre o que pode produzir a vida e o que deixou de produzir a vida. A escolha entre o que pode converter e ganhar os marxistas para Deus e aqueles que, por temor dos judeus, por temor dos conservadores, do seu rolo compressor, não querem mais se envolver com eles, envolvimento que trás prejuízo e se compromete perante as gerações futuras, pois então se descobriu estar o pensamento marxista claramente preso a limites epistemológicos. Mais ainda, que a práxis para a construção do Reino dispensa o auxílio marxista; que se pode construir o reino da liberdade concreta, em que cada um tem segundo as suas necessidades, sem a necessidade do Marxismo.

“Vê, deveras ponho hoje diante de ti a vida e o bem, e a morte e o mal. Se escutares os mandamentos de Javé, teu Deus, que hoje te ordeno, de modo a amar Javé, teu Deus, para andar nos seus caminhos e guardar seus mandamentos, e seus estatutos, e suas decisões judiciais, então forçosamente ficarás vivo e te multiplicarás, e Jeová, teu Deus, terá de abençoar-te na terra à qual vais para tomar posse dela. (...) Deveras tomo hoje os céus e a terra por testemunhas contra vós de que pus diante de ti a vida e a morte, a benção e a invocação do mal; e tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência, amando a Javé, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele; pois ele é a tua vida e a longura dos teus dias, para morares no solo que Javé jurou aos teus antepassados Abraão, Isaque e Jacó que lhes havia de dar.” (Deuteronômio 30.15-20)

Nenhum comentário:

Postar um comentário