Caiu! Caiu Babilônia! Faz pouco o canal de Televisão Hit promoveu um debate com teólogos acerca dos Estados Unidos, ser ou não a Babilônia que aparece no livro do Apocalipse. E o que levou a emissora televisiva a promover o debate é que cresce cada vez mais nos meios evangélicos a crença de que a nação americana só pode ser Babilônia, não a vista por Isaías com duzentos anos de antecedência, mas a vista por João com quase dois mil anos de antecedência.
E o canal televisivo promoveu o debate porque quis colocar a limpo a questão, para que um debate limpo, imparcial, pudesse esclarecer as mentes até que ponto os Estados Unidos é ou não a Babilônia moderna?
Apesar da aparente imparcialidade do mediador, é dever dizer que ali esteve presente aquilo que a Palavra de Deus chama de “as coisas profundas de Satanás”.
A começar que todo e qualquer debate televisivo ou em rádio que envolve temas conflituosos, com opiniões divergentes, é natural que seja trazido para o debate representantes dos dois lados. E os representantes de cada posição, debatendo em intermitência, expondo a lógica do seu raciocínio, acabam por fornecer aos telespectadores e ouvintes uma farta massa de dados possibilitando a eles exercitarem bem o juízo e fazer a escolha que julgou certa. O que não foi o caso da questão posta, pois todos os teólogos que ali compareceram foram unânimes de que os Estados Unidos não é a Babilônia esperada, o que, por si só, compromete a lisura e honestidade do debate.
É verdade, enquanto uns disseram que Babilônia não era os Estados Unidos, mas algo por ainda aparecer, e outros disseram que era isto aquilo, não se viu um único defender a posição que era de muitos telespectadores, conforme entrevista feita nas ruas e exibidas no transcorrer do debate: Babilônia hoje são os Estados Unidos!
E chama à atenção para o argumento bizarro e descontextualizado de que lançaram mão para defender os Estados Unidos do estigma de ser Babilônia; estigma que cresce dia a dia nos meios evangélicos: como os Estados Unidos pode ser a Babilônia se é o país que mais exporta missionários para o mundo, se achando presente em praticamente todos os lugares da terra, pregando a Palavra de Deus e anunciando a salvação em Jesus Cristo?
Realmente, se for olhar por este ângulo os Estados Unidos não tem como ser Babilônia. Mas devemos dizer que tal se tratou de premissa alienada, descontextualizada da questão em foco. O profeta Isaías ao estar vaticinando sobre Babilônia Apocalíptica, e João tão somente transcreveu as suas palavras, lhes dando, é certo, enriquecimento lingüístico e de imagens, que excita e põe o psicologismo do leitor em redobrada atenção, ora, em momento algum as palavras de Isaías dão direito a que se tome o fato concreto dos Estados Unidos serem nação exportadora de missionários com a Palavra de Deus para isentá-lo de ser Babilônia. Isaías parece estar num outro mundo, diferente, distante, sem qualquer contato com o mundo dos teólogos ali presentes.
De fato, vejamos a descrição exata de Isaías sobre Babilônia, certamente que concebido já a partir dos fundamentos tipológicos de Babilônia caldéia, bem assim como Sofonias, quarenta anos antes, profetizou sobre o escatológico dia da ira de Javé a partir dos fundamentos tipológicos da destruição de Judá, embora estes fundamentos tipológicos ainda não estivessem presentes, como não estavam presentes os fundamentos tipológicos concernentes a Babilônia, que só iriam aparecer duzentos anos depois (Sofonias profetizou aparentemente sobre a destruição de Judá cerca de quarenta anos antes e Isaías sobre a queda de Babilônia cerca de duzentos anos antes). Eis a descrição de Isaías sobre Babilônia, que deveria ter sido a premissa a que os teólogos em questão deveriam ter lançado mão:
“E terá de acontecer, no dia em que Javé te der descanso da tua dor, e da tua agitação, e da dura escravidão em que foste escravizado, que terá de encetar esta expressão proverbial contra o rei de Babilônia e dizer: ‘Como cessou aquele que compeliam outros a trabalhar, como cessou a opressão! Javé destroçou o bastão dos iníquos, a vara dos governantes, aquele que incessantemente golpeava povos em fúria com um golpe, aquele que subjugava nações em pura ira, com perseguição sem freio. A terra inteira chegou a descansar, ficou sossegada. As pessoas ficaram animadas, com clamores jubilantes. Até mesmo os juníperos se alegraram de ti, os cedros do Líbano, dizendo: “Desde que te deitaste, não sobe contra nós nenhum lenhador.”’”
Ora, quando lançamos mão de premissas verdadeiras e contextualizadas a situação dos Estados Unidos, temporariamente aliviada nas explanações dos teólogos presentes ao debate televisivo, volta a ser difícil. De fato, quem conhece a história da nação ianque, de intervenção política e militar não só em inúmeros países da América Latina (estavam prontos para intervir no Brasil em 64), mas em todos os continentes da terra, e intervenções sempre a favor de governantes não raro corruptos, mas sempre servis aos seus interesses, se convence de que esta nação imperialista alvo dos vaticínios de Isaías trás todas as indicações de serem mesmo os Estados Unidos.
A rigor, analisando as descrições de João sobre a universalidade das suas relações comerciais, com viajantes comerciantes de todos os lugares, de todos os ramos de negócio, que se enriqueceram com ela, é impossível surgir uma voz que não diga: Basta! Já sabemos quem realmente é Babilônia!
É esclarecedor a análise a ser feita sobre o conteúdo de Isaías 14.15-17, como segue: “Todavia, no Seol serás precipitado, nas partes mais remotas do poço. Os que te virem te fitarão; examinar-te-ão de perto, dizendo: ‘É este o homem que agitava a terra, que fazia tremer os reinos, que fez o solo produtivo como deserto, que lhe derrubou as próprias cidades, que nem aos seus prisioneiros abriu o caminho para casa?’”
Ora, por ocasião da invasão do Kwait por forças invasoras de Saddan Hussein, na resposta militar rápida e contundente dos Estados Unidos, que destroçava o exército iraquiano a galope, então Saddan Hussein sentindo na carne que entrara numa enrascada, e que a única coisa que tinha que fazer era se retirar o mais rápido possível do Kwait, então fê-lo pensando conservar o orgulho próprio ao dizer que tivera um sonho e no sonho era dito que se retirasse do Kwait.
Bem, o que sucede é que quando as forças de Saddan Hussein se retiravam do Kwait, e de forma desordenada e desesperada, é então que o vaticínio de Isaías sobre Babilônia começa a merecer a nossa atenção. Uma vez que os iraquianos estavam retornando para casa, mas tinham de passar pelas tropas da coalizão, que fizeram um gancho na sua retaguarda, ora, o que se sabe com certeza é que milhares de soldados iraquianos foram mortos quando a lógica militar e diplomática exigia que fossem poupados, pois não estavam mais em luta senão que se retirando dela.
Mas, porque bloquearam o seu retorno para casa enchendo o deserto de milhares e milhares de corpos de iraquianos mortos, que àquela altura só pensavam em chegar às suas casas? Para mostrar para o mundo a sua força e o seu poderio? Que aquele era o destino de toda e qualquer força que afrontasse qualquer dos seus aliados ou contrariasse qualquer dos seus interesses mundo afora? Como diz o profeta Isaías: Subirei aos céus. Enaltecerei o meu trono acima das estrelas de Deus e assentar-me-ei no monte de reunião, nas partes mais remotas do norte. Subirei acima dos altos das nuvens; assemelhar-me-ei ao Altíssimo.
Mas, como diz o mesmo Isaías: “Como caíste do céu, ó tu brilhante, filho da alva! Como foste sim cortado rente a terra, tu que prostrava as nações!” E como diz João, de forma mais simples é impossível: “Caiu! Caiu Babilônia, a Grande, e ela ser tornou moradia de demônios, e guarida de toda exalação impura, e guarida de toda ave impura e odiada.”
O que é isso? Ora, por ocasião da queda de Babilônia frente aos medos e persas e por ocasião do decreto de retorno de Ciro, muitos judeus passaram a voltar para Judá com a firme esperança de reconstruir o reino que uns entendem como teocrático de Javé. Mas muitos permaneceram em Babilônia, acostumados e integrados aos seus costumes e à servidão dos seus deuses. Pois é, estes que acham que os Estados Unidos não são de modo algum Babilônia, e que mesmo diante da revelação do Espírito – o “decreto de Ciro” –, continuam apegados à sua ideologia e ao seu estilo de vida, gozando das delícias de um mundo falsamente chamado de livre e não sentindo nenhum desejo de estarem entre as forças que irão se empenhar para a restauração do paraíso de Deus na terra, ora, temos de afirmar: estes são os demônios que continuam fazendo dela moradia!
O que foi falado deva servir de alerta e reflexão para o povo de Deus. O povo de Deus, Judá e Samaria, se achavam em Babilônia. É verdade, viviam em Babilônia, mas não eram Babilônia. Pois é, católicos e evangélicos devem pensar, e pensar muito, que não são Babilônia, mas estão sim em Babilônia, pois qualquer lugar da terra que está sob domínio e influência do imperialismo americano se está em Babilônia. É por isso que a Palavra de Deus diz: Sai dela, povo meu! Se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas (...). Sai da sua ideologia e do seu sistema de vida, que se é alegria para homens, é abominação para Deus.
E deva servir de alerta e reflexão, sobretudo, para os teólogos que tomaram parte no debate televisivo. Que a questão deva ser aprofundada, muito aprofundada, trazendo para o campo de juízo um leque muito maior de informações. Como são homens de Deus, seguramente homens de Deus, pois não somente Deus diz: sai dela POVO MEU como também estavam ali defendendo posições que a sua razão entendia ser a verdadeira, ora, analisando agora a questão em outros ângulos, em premissas internas e constitutivas do silogismo, certamente que também chegarão à conclusão: é verdade, e o assunto também está resolvido para nós!
Essa é a coisa mais podre que eu já vi na face da Terra.
ResponderExcluirTenho certeza que os Eua é a babilonia de apocalipse. O fato de "enviar missionários" nao a exime de ser -- pois em qualquer país existem crentes, mas todo o contexto que Ele(EUA) está inserido no mundo aponta para EUA.
ResponderExcluirCom suas "exportações" de falsa democracia--para mim demoniocracia-- filmes holiudianos ensinando feitiçaria,violencia,a industria pornografica quase toda de lá e muitas outras mazelas que, juntamente com a falsa religião cristã que aquele país pratica está a igreja católica que matou varios cristãos puros--so porque enchergaram a verdade nas escrituras. Por isso a grande babilonia sao Eua como império influente em todo mundo e a igreja catolica é a prostituta juntamente com a falsa igreja evangélica e outras cristãs. Aqui não tem burro não...só é confundido quem não estuda e não busca conhecimento de Cristo.
Muito boa toda a colocação.
ExcluirÉ imprescindível ler o blog: www.laurohenchen.blogspot.com para saber quem é a Babilônia. Precisam ser atendidas ciências como: Historia Geral, História da Igreja Cristã, Geografia, Matemática, e não pode ficar 1 (um) versículo bíblico sem atender. Apoc. 17:18 diz que a Babilônia é uma grande CIDADE (e não país) que estava comandando o mundo inteiro em 96 d.C.
ResponderExcluirO fundamento para se compreender Babilônia é Isaías. Isaías aborda o império babilônico em toda sua intereza.
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