quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Religião e Espiritualidade

Na comunidade Antropologia da Religião Mameless fez uma postagem de um trabalho de Eduardo Marinho sobre religião e espiritualidade. Uma infinidade de comparações entre Religião e Espiritualidade, onde Eduardo Marinho desenvolve todo um sofisma com o intuito de desmoralizar ao máximo a Religião.

Vejamos apenas algumas das comparações: A Religião reprime, condena e acusa; A Espiritualidade transcende, compreende e esclarece. A Religião determina formas; A Espiritualidade desenvolve conteúdos. A Religião determina e inquieta; A Espiritualidade desabrocha e aquieta. A Religião é tirania espiritual; A Espiritualidade é consciência existencial.

É certo que concordamos com Eduardo Marinho sobre tudo o que ele diz da Espiritualidade; mas discordamos frontalmente com tudo o que diz da Religião. Pois que, longe do juízo eivado de sofisma de Eduardo Marinho, a Religião é na verdade portadora e condutora da Espiritualidade, assim como a semente é portadora e condutora do precioso fruto. Temos o exemplo de milhares de pessoas que viviam sem qualquer espiritualidade, ciumentas, contendedoras, sem amor filial e familiar, e estas pessoas, no entanto, ao serem alcançadas pela mensagem do Evangelho, levado a elas por pessoas religiosas, que freqüentam um templo, participam dos seus sacramentos, pertencem a uma determinada filiação religiosa, se transformaram por completo e passaram a exibir e a viver uma espiritualidade que nunca tiveram.

Possa ser que Eduardo Marinho tenha a luz de dizer que aqueles que pegaram em pedras para apedrejar a mulher pega em adultério sejam exemplo clássico do que seja Religião, a completa ausência de espiritualidade, e aquele que escrevia na areia o exemplo clássico de Espiritualidade. Em primeiro, aqueles que pegaram em pedras a sua ordenança era, no mínimo, mil anos anterior, e ela foi concebida como instrução a um povo completamente embrutecido e vivendo um tempo completamente embrutecido, que para chegar ao patamar da Graça teria primeiro que passar pelo patamar da Lei. Então, em um plano relativista, a Lei daqueles dias era a espiritualidade de hoje, pois era ela quem dava crescimento moral, que prepara para o crescimento espiritual, como o inverno prepara para a primavera. Segundo, que a espiritualidade expressada por Jesus ela passou a ser substrato da nova religião do Cristianismo. Conteúdo imanente ao cristianismo e não fora dele.

Com todo respeito, quer dizer, com toda espiritualidade, pessoas como Eduardo Marinho e Mameless deviam ouvir mais e falar menos, o que significa tecer juízos sobre Religião não a partir do que leram em escritos de ateus e agnósticos, mas a partir de uma observação direta, com o espírito isento de preconceito. Certamente que acabarão descobrindo que Religião e Espiritualidade, longe de serem instâncias antagônicas, são na verdade termos consubstanciais; que religião é na verdade morada da espiritualidade de onde alça vôo para a libertação. (Em tempo, essa associação que fez Eduardo Marinho no plano espiritual ela é também feita no plano material, com pessoas assim pondo dum lado o Socialismo e do outro a Sociabilidade; que o Socialismo reprime, condena e acusa, a Sociabilidade transcende, compreende e esclarece; o Socialismo determina formas, a Sociabilidade desenvolve conteúdos; o Socialismo determina e inquieta, a Sociabilidade desabrocha e aquieta; o Socialismo é tirania social, a Sociabilidade é consciência existencial. E foi assim que eles conseguiram a proeza de derrubar o socialismo, e o seu lugar sendo ocupado, não por sociabilidade, mas por ladrões, corruptos, drogados, mafiosos, sugadores do trabalho alheio. O que eles fizeram com o socialismo é o que trabalham para fazer com o cristianismo. Tomam-se a ação de embusteiros no seu meio, e já prevista na Palavra de Deus (Mateus 24.24), embusteiros estes que pervertem a boa obra de Javé, quer no plano do socialismo quer no plano do cristianismo, e fazem da ação de embusteiros, desculpa para destruir o conjunto da obra, uns porque são ignorantes ou generalizadores de excessão (e pode ser o caso de Eduardo Marinho e Mameless), e que se deixam ser levados pelos filhos do Maligno. Mas o que foi feito com o socialismo não vamos deixar fazer com o cristianismo, e a partir do cristianismo iremos resgatar o socialismo que já virá em nova figura de espírito, novo socialismo)

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